09/07/2017

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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18-PEDRA PURA



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II-SEGUNDOS FATAIS
4- A QUEDA
DAS TROPAS
AMERICANAS

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores. .
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17-PEDRA PURA



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XIX -ERA UMA VEZ O ESPAÇO


1- A VINGANÇA DOS ROBOTS


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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16-PEDRA PURA



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David Casarett

O argumento de um médico

sobre maconha medicinal



O médico David Casarett estava cansado de ouvir extravagâncias e meias verdades sobre maconha medicinal, então ele colocou seu chapéu de céptico e foi investigar por conta própria.
Ele retorna com um relatório fascinante sobre o que sabemos e o que não sabemos, e o que a medicina convencional pode aprender com as modernas clínicas de maconha medicinal.
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15-PEDRA PURA



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RAQUEL SEREJO MARTINS

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A inquestionável 
urgência dos telegramas

Os dias iguais, indistinguíveis, foscos, baços, desbotados, amarelos, todos, tantos, como se chineses, porque não Sábado, não Domingo, não Segunda-feira, iguais

Os dias iguais, indistinguíveis, foscos, baços, desbotados, amarelos, todos, tantos, como se chineses, porque não Sábado, não Domingo, não Segunda-feira, iguais.

Que dia é hoje?

Dias feitos apenas de horas.

Como se os dias não fossem feitos de horas!

Sabe as horas ao minuto, ao segundo, sempre.

Dorme com relógio. Toma banho de relógio.

Tem, para o relógio, um pilha suplente na gaveta da mesinha de cabeceira, na gaveta do móvel da cozinha, na gaveta da secretária no trabalho, no cacifo do balneário do campo de futebol.

O seu Domingo é Terça-feira, um Domingo com a duração de quatro horas, banho incluído e duas mini’s.

Terça-feira, o dia de jogo da bola com os colegas da escola primária.

Ainda são amigos.

Ainda jogam à bola.

Ainda moram no mesmo bairro, o bairro maior porém o mesmo.

As vidas iguais, indistinguíveis, foscas, baças, desbotadas, amarelas.

Tem um relógio suplente, dois empregos, dois filhos para sustentar, a mulher desempregada, a mãe doente, a sogra a viver debaixo do mesmo tecto.

Tudo o que podia correr mal correu mal.

E claro que sabe que podia ser pior.

As coisas.

Que coisas?

A vida, pode sempre correr pior.

Às vezes corre, de facto.

Quando joga à bola não corre, fica à baliza, incomoda-se menos, cansa-se menos.

Sente-se cansado.

A verdade é que nunca gostou de jogar à bola.

Ia jogar a quê e com quem? E a pergunta não tem resposta.

Às vezes corre, tem de correr, os pés descompassados, não por gosto ou desporto, mas em fuga de mandíbulas caninas fiel e exclusivamente amigas dos donos das portas que guardam.

Claro que a vida podia ser pior!

Podia ter perdido a mãe, a mulher desempregada e diabética, o dobro dos filhos e um gago, um coxo, um vesgo, um burro, a mesma sogra em casa, o cão com sarna, o gato sem dentes, só um emprego.
Carteiro ou mecânico, fica indeciso sobre qual manter.

Como carteiro, das 9:00 às 15:00:

DETESTA correr à frente de cães, de dias de chuva, de sapatos novos.

GOSTA, mais que gosta, adora, entregar cartas portadoras de notícias trágicas, de preferência a pessoas que não saibam ler, uma espécie em extinção.

Em regra, as notícias más chegam por telegrama, que são necessárias poucas palavras para explicar uma desgraça.

São coisa de urgência!

Pedala num voo, não pedala, vai de mota, os cães a correr atrás da mota, para entregar os telegramas.
E urgência nenhuma, 90% das vezes o caso está morto, assim que, apenas a tempo do funeral e de umas palmadinhas nas costas que propina com carinho e para consolo próprio, porque naquele momento, olha para o relógio, olha para o destinatário identificado no envelope devidamente selado e sem excesso de peso, nome, morada, código postal, país, e pensa, se a felicidade medida de 1 a 10, nesse exacto momento o destinatário da epístola um 2, enquanto ele um 3, triste e permanente.

Como mecânico, 15:00 às 21:00:

NÃO GOSTA do fato macaco, reconhece que com o fato vestido tem atitudes de símio, o coçar as partes, o cocuruto, uma vontade inexplicável de bananas, que se contém de comer, o que mais lhe atiça a vontade, maldito fruto proibido, atendendo à exagerada propensão dos seus intestinos para a prisão de ventre, estado ou situação que o obriga a ler o jornal desportivo, de fio a pavio, sentado na casa de banho, como se ele O Pensador de Rodin. Cubículo que pelo menos tem uma janela e onde consegue ouvir o canário da vizinha.

Parece que está no campo!

Sente apenas falta do barulho de um grilo, talvez de uma cigarra, contudo há bandas sonoras piores. E irrita-se só de pensar no filho da mesma vizinha a tocar, a esbardalhar será verbo mais adequado aos gestos, a guitarra que lhe ofereceram no Natal.

GOSTA, porque o diverte, como se estivesse à baliza e conseguisse defender todas as bolas, das reacções dos clientes aos seus comentários.

Sempre os mesmos, que são necessárias poucas palavras para explicar uma desgraça.

Das reacções às palavras que utiliza nos diagnósticos, sempre reservados: este barulho não é normal; se for o que eu estou a pensar; é só substituir duas peças; com certeza mesmo só depois de abrir; vai precisar do carro para quando?. Às palavras e às onomatopeias que vai enfiando no meio das frases: Humm; Oops; Olé; e um SssssS, que faz estalar corações, como se vidros de janela e tempestade de granizo, órgãos em riste a um descuido do ataque, só de pensar no tamanho da despesa.

Que conste que nunca enganou um cliente, que é uma pessoa séria, que se não fosse tão sério talvez a vida mais leve, menos triste, melhor.

E perde-se, não se perde, foge da vida que leva, do tempo imparável no relógio de pulso.

Foge a imaginar outras vidas, às vezes para os outros, às vezes para si, sempre uma vida pior do que a vida que leva, e pensa que podia ter perdido a mãe, a mulher desempregada e diabética, o dobro dos filhos…

Não é uma pessoa ruim, apenas procura conforto para a sua vida sem graça nas desgraças dos outros.
Às vezes questiona-se se é boa pessoa. Repete para si próprio que não é pecado imaginar, depois acrescenta o adjectivo, imaginar coisas más.

Pecado é fazer ou não fazer, dizia o senhor prior na homilia do Domingo que passou, como se as palavras do pároco lhe entrassem ouvidos adentro, como se não cumprisse o ritual à base de cotoveladas da mulher, ajoelha, levanta, senta, sob o constante olhar de desaprovação da senhora sua sogra, que nem na tropa as ordens lhe custavam tanto, como se enquanto o padre debitava a palavra do Senhor não o imaginasse, gordo como está, a estrebuchar derivado de uma trombose, que por sorte dois médicos na igreja, que por azar um ortopedista e um dentista, enquanto, de propósito, demora a decidir se a ambulância vai chegar a tempo ou urgência nenhuma.

E, enquanto estes pensamentos, um sorriso inexplicável, um consolo pequenino, coisa de segundos, por vezes minutos… até que alguém lhe pergunta onde é que está com a cabeça.

 IN "SÁBADO"
03/07/17

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1286.UNIÃO



EUROPEIA


ASSUNÇÃO QUE COMOÇÃO

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14-PEDRA PURA



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4-A CIÊNCIA  EM FOCO
GRANDES QUESTÕES



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XXVI-VISITA GUIADA


Al Andalus Castelo

e Poço Cisterna/2

SILVES - PORTUGAL



* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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13-PEDRA PURA



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Claudio Abbado

Fausto Obertura


Wagner

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ESTA SEMANA NO 
"EXPRESSO"

Susana Coroado:
“O lóbi do eucalipto 
é dos mais poderosos”

As poucas tentativas de legislar sobre o lóbi têm tido pouco sucesso. Susana Coroado, investigadora na área, lança agora “O Grande lóbi”, um livro que pretende explicar como se influenciam decisões políticas em Portugal

Parece existir alguma confusão entre lóbi e tráfico de influências. 
O que é o lóbi?
Se formos às definições previstas nas várias regulamentações, lóbi é toda a comunicação oral ou escrita com vista a influenciar uma decisão pública ou política. 
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No fundo, o tráfico de influências tem o mesmo objetivo, só que fazer lóbi, à partida, não oferece contrapartidas materiais ao decisor. Há sempre um determinado nível de contrapartidas, porque senão o decisor não tem incentivos para receber o lobista. Há uma transmissão de informações que é importante para o decisor saber o impacto que vai ter determinada decisão — às vezes também ganhos políticos —, mas não há nem deve haver benefícios materiais. Quando isso acontece é tráfico de influências. Em geral, o lóbi vende o acesso, já no tráfico de influências o que se vende é a garantia da decisão — o intermediário garante a quem pediu o contacto que a decisão vai ser tomada a seu favor. Quando há regulação do lóbi há códigos de conduta para os lobistas para eles terem balizas do que podem fazer.

Como evoluiu o lóbi em Portugal nos últimos 30 anos?
Como começámos a ter uma economia mais aberta e a ter mais empresas internacionais, começámos também a importar outras práticas. Neste sentido, começámos a ter neste momento uma prática de fazer lóbi que começa a ser mais profissional. Com a figura do intermediário do lobista profissional ou das agências de comunicação que têm a área do lóbi. Mas ainda há resquícios das tradicionais formas de influência.

A cunha e o jeitinho são formas de lóbi?
São uma forma de tráfico de influências. Aquilo que verificamos, muitas vezes, é que a cunha não exige uma retribuição imediata. As pessoas fazem um favor e alguém lhes fica a dever, as pessoas já sabem que quando for preciso podem cobrar. Mas isso também tem muito que ver com falta de meritocracia e com uma separação entre os decisores públicos e a população em geral, que faz com que só quem tem o acesso a alguém reconhecido é que consegue ver as suas reivindicações respondidas.

O lóbi tem uma conotação negativa, mas não é ilegal. Considera-o
uma forma de pressão ilegítima?
Por si só não é ilegítimo. A EDP, por exemplo, tem toda a legitimidade de tentar defender ao máximo o interesse dos seus acionistas. A indústria tabaqueira também. O que é ilegítimo é a forma de pressão para conseguir atingir esses objetivos. Se a indústria tabaqueira ou do álcool pede uma reunião com um membro do Governo ou com um deputado, apresenta um projeto ou um documento que fala das suas reivindicações e até pode dar sugestões legislativas, não me parece que isso seja ilegítimo. Só quando há ofertas de viagens, sugestões de empregos futuros e quando as coisas se fazem na opacidade é que se torna ilegítimo. E a opacidade é uma coisa que acontece de ambos os lados, os interesses não devem tentar atingir os seus objetivos de forma opaca. E os decisores também se devem proteger disso. Devem evitar que haja jantares organizados só para ter acesso a determinado político, telefonemas pouco amigáveis. Agora, quando há opacidade dos dois lados, torna-se ilegítimo. O facto de estes processos serem opacos não permite que quem quer contrapor argumentos tenha capacidade de o fazer, porque não sabe que estas negociações estão a acontecer. E a opacidade é o que caracteriza o lóbi, neste momento, em Portugal.

Estamos a caminho do lóbi profissional que existe nos EUA?
Não há padrões no que toca ao lóbi. Por exemplo, no Reino Unido, a questão da regulamentação do lóbi começou, precisamente, porque já havia uma grande industria de lóbi profissional e precisava de ser regulada porque trouxe muitos problemas. Há outros países que estão um pouco como nós, a profissão de lobista profissional ainda é rara, começa agora a existir, mas no fundo são as redes tradicionais que fazem influências.

Que tipo de regulamentação defende?
Que exista pegada legislativa, em que todas as decisões contenham um registo das reuniões que contribuíram para o produto final, com todos os documentos entregues pelos grupos de interesse. Isso permite fazer o mapeamento de evolução da lei e dos interesses que estiveram em cima da mesa. E, por outro lado, a publicação das reuniões que os decisores públicos tiveram com os grupos de interesse. O registo do lóbi — que é uma coisa tão famosa — tem um interesse limitado. Sobretudo em contextos em que não há uma indústria de lóbi profissional. À partida, o interesse do registo é que os lobistas se registem, para que o próprio decisor saiba quem é aquela pessoa, é uma base de dados mas se só tiver um registo nós não vamos saber muito. Não vamos saber que reuniões aquela pessoa teve, com quem e sobre que matérias. Isso só por si tem um interesse muito limitado. Isto porque há pessoas que se inscrevem só para fazer publicidade ou para dar uma aparência de que são muito transparentes, mas depois não sabemos o que elas andaram a fazer. O que precisamos é de responder à pergunta: quem influenciou quem sobre que matéria. E isto só é possível através da pegada legislativa ou de saber com quem é que os lobistas tiveram as reuniões. Isso depende de que lado se quer por o ónus do registo, até se pode pôr dos dois e depois cruzar dados.

O que é fundamental para que a regulamentação do lóbi funcione?
Nunca vai ser bem implementada, se não tiver o apoio dos lobistas. E quando referimos os lobistas falamos de ONG, associações de empresas, sindicatos, agências de comunicação. Se eles não estiverem dispostos a registar-se e não concordarem que as suas reuniões sejam tornadas públicas, isto nunca vai sair do papel.

Em que modelo nos devíamos inspirar?
Não há um modelo ideal. Podemos tentar inspirarmo-nos em países que tenham uma situação económica e social semelhante à nossa, como a Irlanda, a Áustria e o Chile. Acho que o Chile é um ótimo exemplo, porque colocaram o ónus nos decisores públicos, ou seja, são eles que têm de registar as reuniões que tiveram, a hospitalidade que receberam, como presentes e viagens, e depois há uma entidade independente que recebe essas informações e produz estudos. E tenta perceber em que questões está a falhar, por exemplo, se existe uma lei de âmbito cultural e o Ministério da Cultura só reporta duas reuniões isso é estranho. Eles também criaram um registo de lóbi mas é opcional, precisamente porque o ónus está no decisor público.

A lei portuguesa está mais permeável ao lóbi?
Não. Os fenómenos a que temos assistido são iguais em todo o lado. Há tentativas de influência em todo o lado. A questão é que em Portugal há menos mecanismos de supervisão e de restrições.

No livro fala, quase como se fosse uma premonição do debate que estamos a ter, do poderoso lóbi do eucalipto.
É um dos mais poderosos em Portugal. No estudo que fiz para a Transparência e Integridade identificámos a energia, a banca e a imobiliário, sendo que estes dois estavam muito próximos. Notei que há vários diplomas, aprovados há pouco tempo, em que se nota que houve influências. E há mesmo nos jornais opiniões escritas de defesa do eucalipto, a pressão feita sobre o eucalipto é muito grande e há ligações entre a indústria e os partidos. A Navigator está no PSI-20, comprou várias empresas e tem participações noutras empresas. Havia ligações entre a Semapa e o BES.

O Parlamento é a imagem do lóbi?
É a imagem do conflito de interesses institucionalizado. Os deputados, não trabalhando em exclusividade, tem vários interesses que podem colidir com o interesse público. O problema é que não há mecanismos para evitar esses conflitos.

* Muito bem explicado!

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A pé, de carro ou em casa: 
saiba o que fazer perante um incêndio
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Porque estas coisas não acontecem só aos outros, vale a pena perder algum tempo a saber o que fazer caso se depare com um incêndio florestal. Se estiver a pé, de carro ou dentro de casa.

SE ESTIVER A PÉ

1. Ligue para o 112 ou o 117 (número de emergência para alerta de incêndios florestais) e tente abafar as chamas, sem colocar a sua vida em perigo, batendo nelas com ramos até à chegada dos bombeiros.

2. Tape a cabeça e a parte superior do corpo com roupas molhadas. Cubra o nariz e a boca com um pano ou lenço húmidos para filtrar as partículas. Agache-se para respirar junto ao chão para evitar a inalação de fumos, que o podem fazer desmaiar e ser fatais.

3. Proteja os olhos com óculos. Em caso de vista irritada, lave os olhos com soro fisiológico ou água fria e limpa.

4. Se o fumo não for muito espesso, use técnicas de respiração para evitar o pânico e manter a calma. Inspire profundamente durante quatro segundos e expire lentamente durante quatro segundos.

5. Siga na direcção contrária à do vento. Mas se ele estiver por detrás do fogo e a soprar na sua direcção, corra no sentido perpendicular ao fogo para poder escapar ao mesmo tempo das chamas e do curso que elas vão seguir.

6. Lembre-se que os ventos podem transportar faíscas e iniciar novos mini-fogos até várias centenas de metros à frente das chamas existentes. Esteja atento para não ficar cercado pelo fogo. E nunca entre em cavernas, onde o calor e a falta de oxigénio serão fatais.

7. Refugie-se numa zona com pouca vegetação porque o fogo precisa de material combustível, como árvores, arbustos ou ervas altas. Normalmente, as áreas de baixa altitude são consideradas as mais seguras se não houver muita vegetação

8. Se possível, dirija-se para perto de um rio ou de um lago, mesmo que seja necessário cruzar em frente ao incêndio. Entre na água e afaste-se da margem. É importante que o seu vestuário e pertences estejam molhados.

9. Caso não tenha nenhuma das opções anteriores, as áreas que já estão queimadas são, por vezes, o lugar mais seguro para ir. No entanto, deve garantir que o fogo ali está completamente extinto antes de prosseguir, de forma a evitar queimaduras e problemas respiratórios.

10. Se estiver perto de uma estrada e ela não for segura devido à dimensão das chamas, pode usá-la como uma barreira: se não houver galhos no pavimento, o fogo vai demorar a espalhar-se. Se ficar encurralado deite-se no chão (ou numa vala que exista na extremidade da estrada) sempre com a cara para baixo e o mais longe que conseguir do fogo.

SE ESTIVER DE CARRO

1. Evite ao máximo circular em vias rodoviárias que estejam próximas de incêndios, mesmo que o trânsito não tenha sido encerrado pelas autoridades.

2. Assegure que as janelas do carro estão bem seladas e feche os sistemas de ventilação. Isto é crucial, caso contrário não irá resistir aos gases e partículas do fumo.

3. Se o carro funcionar e for capaz de conduzi-lo, é importante que o faça em segurança. Conduza devagar e mantenha os faróis acesos. Mantenha-se atento aos outros veículos e aos peões – e pare para deixá-los seguir consigo no carro.

4. Não conduza através do fumo intenso, que o impeça de ver o que está à sua volta e também de ser visto por outras pessoas que circulam na estrada. Nestas condições é mais seguro parar o veículo. Se tiver de o fazer, estacione o mais longe possível de árvores e arbustos.

5. Se não conseguir ver a estrada ou não conseguir conduzir por qualquer motivo, permaneça dentro do veículo. Está muito mais seguro dentro do carro do que a pé no exterior. E não se preocupe com o depósito da gasolina: os veículos com tanques de metal raramente explodem.

6. Com o carro parado, mantenha as janelas para cima e as saídas de ar fechadas. Deite-se no chão do veículo, respire através de um pano molhado para proteger as vias respiratórias e cubra-se com um cobertor ou com um casaco, se possível.

7. O carro pode balançar e algum fumo e faíscas podem até mesmo entrar, mas não entre em pânico. Se o fogo estiver à volta do carro não deve sair. A temperatura no interior do veículo vai aumentar consideravelmente, mas continua a ser mais seguro estar dentro do que fora da viatura.

8. Mande uma mensagem ou ligue aos familiares quando sair da situação crítica. Assim, as autoridades não vão perder tempo a tentar localizá-lo e podem dar prioridade a outros casos.

SE ESTIVER EM CASA

1. Contacte de imediato os bombeiros e as forças de segurança (GNR ou PSP) através do número de emergência 112.

2. Remova materiais combustíveis das imediações da casa. Molhe as paredes e toda a zona circundante com a ajuda de mangueiras, de forma abundante. Ponha os objectos que não se danifiquem com a água no interior de piscinas ou tanques.

3. Solte os animais, caso não seja possível tratar deles. Eles saberão o que fazer para se salvarem.

4. Feche todas as válvulas do gás e desligue a corrente eléctrica. Calce uns sapatos fortes e isolantes do calor. Retire os cortinados das janelas, feche todas as persianas, janelas e portas de casa, tape as frinchas existentes com panos molhados.

5. Tenha à mão as ferramentas que podem extinguir um foco de incêndio (extintores, mangueiras, enxadas ou pás), uma lanterna a pilhas, pilhas de reservas e uma mala de primeiros socorros. Ligue um rádio a pilhas e esteja atento às indicações difundidas.

6. Ande de gatas, se houver fumo, porque perto do chão respira melhor. Proteja a boca com um pano húmido e respire através dele. Não corra se a sua roupa começar a arder; ponha em prática a regra "parar - deitar - rolar".

7. Não abandone a casa, a menos que corra perigo de vida ou as autoridades o recomendem. Nesse caso, saia rapidamente e não desperdice tempo a recolher objectos pessoais desnecessários. Nunca volte atrás seja por que motivo for. E caso tenha existido evacuação, regresse apenas quando tiver essa indicação.

8. Planeie rotas de fuga e pense em saídas alternativas, caso não seja possível utilizar as portas principais. Antes de abrir uma porta, verifique com a palma da mão se está quente. Se estiver, tente encontrar outra saída. Mesmo que esteja fria, pode haver fogo e fumo do outro lado a impedir a passagem, pelo que deve abrir a porta com cuidado e fechá-la rapidamente.

9. Use sempre as escadas e nunca utilize elevadores. Se for seguro, tente sempre descer porque o incêndio tem tendência a subir. Se não conseguir sair em segurança deve procurar uma janela ou varanda de onde possa ser visto a partir da rua. Para chamar a atenção, grite e acene com algum objecto, como uma peça de roupa ou uma toalha.

10. Avise os moradores vizinhos, para que ninguém fique isolado. Reúna toda a gente num mesmo local para, em conjunto, traçarem a melhor estratégia. Para tratar pequenas queimaduras, arrefeça imediatamente a área afectada com água fria corrente da torneira, por alguns minutos. Nunca utilize, na zona queimada, pasta de dentes, manteiga ou margarina, óleos ou pomadas caseiras.

Nota: sugestões recolhidas e tratadas pelo Negócios a partir das seguintes fontes: Autoridade Nacional de Protecção Civil, Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Deco Proteste, Associação Portuguesa de Segurança (APSEI) e portal WikiHow. 

* Excelente trabalho de ANTÓNIO LARGUESA

** Esta informação é para guardar no seu arquivo mais importante.

IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
21/06/17
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HOJE NO

"DINHEIRO VIVO"
Sem imóveis em Silicon Valley, 
Facebook constrói uma aldeia

Se não há, construam-se. A crescente falta de imóveis no norte-americano Silicon Valley levou o Facebook a decidir alargar o seu negócio à construção e engenharia, tendo apresentado esta sexta-feira planos para a construção de 1500 unidades habitacionais ao lado da sua sede. 
 O crescimento das já gigantes multinacionais de tecnologia, como o Google, entre outras, tem levado à explosão da procura na região da baía de São Francisco, sem capacidade para absorver os milhares e milhares de trabalhadores destas empresas. “O problema em Silicon Valley é que não há oferta suficiente para acompanhar a procura”, explicou Sam Khater, economista da CoreLogic, empresa de research, citada pela Reuters.

O plano do Facebook foca-se numa região entre São Francisco e San José, Menlo Park, onde irá avançar com a construção de uma “aldeia”, onde 162 mil metros quadrados serão dedicados a escritórios e quase 12 mil metros quadrados a zonas comerciais. 
Quanto às 1500 casas projetadas, estas serão disponibilizadas a qualquer pessoa, não sendo exclusivas para os trabalhadores da rede social, garantiu a empresa. “Parte da visão que temos passa por criar uma zona de bairro que ofereça os tão necessários serviços comunitários”, disse John Tenanes, vice-presidente do Facebook. 
Segundo o mesmo responsável, o Facebook pretende que 15% das casas que irá construir sejam colocadas no mercado a preços reduzidos, respondendo desta forma às queixas e apelos dos habitantes locais de que o crescente fluxo de trabalhadores de grandes tecnológicas para a região está a fazer disparar rendas e preços das casas. 
 Ouvida pela Reuters, Kirsten Keith, a mayor de Menlo Park, manifestou-se satisfeita com o anúncio do Facebook, mas pediu atenção a eventuais constrangimentos no trânsito que tantos novos habitantes poderão representar. “A omissão de investir continuamente nas infraestruturas de transporte é que provoca congestão e atrasos”, respondeu Tenanes. 
Além do Facebook, também a Alphabet, do Google, avançou recentemente com um plano semelhante, tendo anunciado a construção de 300 módulos habitacionais para estadas de curta duração dos seus funcionários.

* A indigência intelectual de quem anda no facebook.

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Nano tecnologia no
 restauro e conservação das 
maiores catedrais europeias




FONTE:EURONEWS


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ESTA SEMANA NO
"NOTÍCIAS MAGAZINE"
A faculdade que transformou
 uma aldeia em cidade

Uma cooperativa de ensino superior com cursos de saúde instala-se em Gandra, Paredes, nos anos 1990. A economia local cresceu, a aldeia passou a vila, a vila a cidade. O instituto universitário tem agora a maior percentagem de alunos estrangeiros do país e poderá ser a primeira instituição privada a receber um curso de Medicina. 

Em 1990, quando as máquinas começaram a abrir buracos na terra para construir o primeiro polo da CESPU (Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário) em terrenos disponibilizados por um dos fundadores, havia um restaurante e um prédio com uma loja de móveis na antiga EN15, que ligava Porto a Vila Real. Pouco mais. Ainda não havia autoestrada, nem bancos, nem cabeleireiros e salões de estética, nem pizarias e hamburguerias, nem gabinetes de projetos de arquitetura na rua central.

Gandra, no concelho de Paredes, era uma aldeia com pouco mais de cinco mil habitantes.
Hoje vivem lá sete mil pessoas e é há 14 anos uma cidade multicultural. Com a unidade de ensino universitário com maior percentagem de alunos estrangeiros do país, 32,7%, mais do dobro dos 12% da média nacional. São 405 estrangeiros em 1238 estudantes, sobretudo franceses, espanhóis e italianos. Nos cafés, restaurantes, no campus universitário, falam-se várias línguas. No café Molete, ao lado da faculdade, ouve-se italiano.
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A funcionária Cátia Nora já se habituou a essa diversidade, atende os alunos sem problemas. Quando não percebe, faz perguntas até entender. «Gandra era só campos e tudo mudou com a faculdade. Ninguém pensava encontrar aqui um Pingo Doce, que abriu há um ano», comenta. O prédio do Molete nem sequer existia no início dos anos 90. «As urbanizações aumentaram e até a nível cultural está diferente.»

O ano letivo está a terminar, há exames marcados, o parque de estacionamento da universidade está cheio, há poucas mesas vagas na zona de estudo, mais de metade dos lugares da biblioteca estão ocupados, os alunos conversam nos corredores, nas escadas, no bar. Vanessa Marcelino, que tirou o curso em Gandra, dá uma aula de Anatomia em francês para uma turma do primeiro ano.

Os alunos, todos franceses, analisam os membros inferiores, fazem perguntas, tiram dúvidas. «Veem as coisas nas mãos e ficam entusiasmados. São aplicados, vêm com um objetivo, e ao fim do primeiro ano já falam português», diz a professora. Na CESPU, os alunos estrangeiros têm aulas em francês no primeiro ano, quatro a seis horas de português por semana. No segundo ano, misturam-se com outras turmas e antes de irem para estágio fazem uma prova de português. Se não estão preparados, têm de reforçar as aulas de língua portuguesa.

A CESPU tem quatro edifícios em Gandra. Numa sala, uma aula de fisioterapia sobre musculatura, noutra aprende-se a desvitalizar um dente, ali ao lado fazem-se próteses, no auditório há uma aula em francês sobre o córtex cerebral. Nos laboratórios do instituto de investigação, que envolve 98 doutorados, 40 alunos de doutoramento e 94 de mestrado, trabalha-se de bata e quase em silêncio. Nos últimos três anos, este departamento publicou 408 artigos em revistas internacionais.

A freguesia cresceu à volta da CESPU que apresentou em outubro passado uma candidatura para a abertura de um curso de Medicina. Se for aceite, será a primeira instituição privada a ter um curso nessa área. Fora do sistema público foi a primeira a ter Medicina Dentária e a primeira a firmar uma parceria público-privada com o Serviço Nacional de Saúde, com o Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães.

A antiga EN15 é agora uma avenida com prédios e várias casas comerciais. Os 140 lugares da residência universitária de Gandra, inaugurada em dezembro de 2015 num edifício recuperado por um grupo de investidores, estão totalmente ocupados por alunos estrangeiros – só um é português. É um prédio com cinco pisos, cozinha comunitária em cada andar, refeitório no rés-do-chão, lavandaria, lugar de garagem. As mensalidades oscilam entre 400 e 560 euros.

Na esplanada da residência, Fadil, Marion e Elisa, todos franceses, almoçam antes de mais uma tarde de aulas, enquanto Ilda Santos, dona de uma papelaria e centro de cópias, ao lado da faculdade, regressa ao trabalho. Há 17 anos mudou de vida, deixou de ser costureira e abriu um negócio por causa da faculdade. E não tem mãos a medir. «Gandra era uma aldeia, a universidade veio trazer interesse económico, movimento e muita juventude.»

O Mestrado Integrado em Medicina Dentária é o que tem mais alunos estrangeiros: 316 ao todo, quase metade dos 735. O francês Loick Pourbaix, de 22 anos, é um deles. Está no quarto ano e voltará a Lille quando terminar o curso, dois dentistas da sua cidade garantem-lhe trabalho. «Está a ser uma boa experiência e estou muito feliz. Fazemos um trabalho que exige muita prática.» Bata branca, olhos no computador e no registo de dados, Loick está na clínica universitária da CESPU, espaço com 50 compartimentos de dentista – é a única clínica de uma faculdade que está aberta das 09h00 à meia-noite de segunda a sexta, não fecha em agosto, disponível à população a preços mais acessíveis.

Em França, Loick tentou entrar em dentária duas vezes e não conseguiu. Cruzou-se com um professor que fazia a ligação com a faculdade portuguesa e não hesitou. «Estou muito contente, é esta faculdade que me permite fazer o que gosto.» E já fala português.

Denni Scavome é italiano, de Vicenza, perto de Veneza, e quando chegou a Gandra também não sabia uma palavra de português. Agora sabe. Tem 27 anos, não conseguiu entrar em Medicina Dentária em Itália. Era canalizador durante o dia, estudava prótese dentária à noite, e foi aí que um professor lhe falou da escola de Gandra. «Tinha o meu salário e deixei a minha vida, a minha família em Itália. Foi uma revolução.» A componente prática do curso agrada-lhe. «Temos uma clínica que nos deixa aprender durante o curso e é muito importante saber usar as mãos. Temos oportunidade de trabalhar com materiais profissionais e com pacientes.» Denni quer ser um bom médico dentista. Se tudo correr bem, terminará o curso em 2020 e então decidirá se regressa ou não a Itália. Gandra é uma cidade tranquila que o ajuda a estar focado nos estudos.

Paula Barbosa não tem qualquer dúvida que assim é. A instituição de ensino mudou aquela terra. Há quatro anos, tomou conta de um restaurante colado à faculdade. Adaptou a ementa ao gosto dos alunos, refeições vegetarianas no menu, 12 pratos do dia à base de grelhados, mais saladas e legumes, todo o tipo de omeletes. E saber falar francês ajuda. «A faculdade deu outra vida a Gandra, na restauração não havia quase nada e hoje, de rotunda a rotunda, em 800 metros, há 12 a 15 restaurantes.»

O italiano Marco Günther, aluno do segundo ano de Medicina Dentária, mora por cima do restaurante de Paula. Tem 37 anos, deixou a mulher e os filhos de 2 e 9 anos em Trento, para ser dentista. Vai matando saudades por Skype e acredita que o esforço valerá a pena. As poucas vagas em Itália, as várias tentativas para entrar no curso, e a indicação de um professor que tinha a filha a caminho de Gandra, foram determinantes. Concorreu, entrou em Portugal.

Em Itália, trabalhou num laboratório de próteses, teve o seu próprio negócio, e decidiu voltar a estudar para ser médico dentista. «É o meu sonho e é para o bem deles, dos meus filhos e da minha mulher.» Mas custou voltar a pegar nos livros. «A minha escola não me preparou para uma faculdade assim. Não é um trabalho só de conceitos, também é prático, é preciso saber mexer com as mãos. E o meu cérebro atirou-se de novo ao estudo.»

Lucia Lorena de la Cruz está a 11 mil quilómetros e 12 horas de voo de casa, em Lima, no Peru. É em Portugal que quer estar para fazer a especialidade em cirurgia ou implantologia. Tem 26 anos, está no último ano de Medicina Dentária, a terminar a tese sobre a prevalência dos dentes inclusos. Depois quer arranjar emprego, tratar de tudo para se inscrever na Ordem dos Médicos. 

Um congresso na Universidade Peruana Cayetano Heredia com dois professores da Gandra habituou-se à diversidade, a faculdade já faz parte da paisagem. Sandrine Ribeiro tem um cabeleireiro com vista para a residência universitária. Não se queixa do movimento, deixou de ter um dia de folga na semana, agora trabalha de segunda a sábado. Nasceu em França, filha de pais emigrantes, voltou há 19 anos para Baltar, terra dos pais. «Se não fosse a faculdade não tínhamos vindo para aqui.» E foi por causa da CESPU que montou o seu negócio naquele local. «Antigamente isto era só montes, se não fosse a faculdade não havia nada.» As alunas francesas são clientes assíduas. «É cabelos, é unhas, só fecho ao domingo.»

Exportar o modelo de ensino para fora da Europa, captar alunos europeus, investir na especialização, têm sido as bases da CESPU. A crise demográfica, a abertura de vários estabelecimentos de ensino públicos na área da saúde, a inconstância do ensino privado, não passaram ao lado da instituição. Pelo contrário. «Temos de viver em função do que produzimos e não podemos baixar as guardas porque temos de ter proveitos para pagar os salários aos colaboradores da instituição», diz António Almeida-Dias, presidente do conselho de administração da CESPU, doutorado em Medicina.

A necessidade espicaçou a vontade de ser diferente. «Decidimos nunca abandonar o princípio da especialização, somos especialistas na área da saúde. A tendência para ir para cursos baratos é enorme, mas resistimos sempre e mantivemos cursos pesados do ponto de vista de tecnologia.» A componente prática e as parcerias com dezenas de instituições também fazem parte da estratégia. «Assentamos esta área da saúde no saber fazer, na aquisição de competências profissionais, porque o conhecimento científico é algo que está ao alcance das pessoas muito facilmente, o que é difícil é aprender a fazer. E isto faz que os nossos alunos, quando terminam os cursos, tenham um grau de autonomia elevado.»

Há alunos que acabam o curso e vão para o estrangeiro, os mercados internacionais ficam de olho na qualidade desses profissionais, há uma curiosidade à volta da cooperativa de ensino. Nuno Tiago, fisioterapeuta do Manchester United, é um exemplo. Curso tirado na CESPU, experiência internacional. «Não queremos ser mais uma escola para o mercado nacional, queremos uma escola para o mercado global», sublinha Almeida-Dias.

Neste momento, a procura dos alunos estrangeiros é três vezes superior ao número de vagas. O trabalho de captação de alunos, sobretudo europeus, começou em 2012 e está a dar frutos. Luís Silva, da direção da CESPU, lembra que a cooperativa marca presença «em feiras de promoção de ensino superior pela Europa». Em cinco feiras por ano em Paris e Bordéus, três em Roma e Milão, uma em Madrid. Há ainda trabalho feito junto de agentes locais de promoção através dos media sociais. E estarão presentes em feiras nas escolas do Brasil.

«O investimento na captação tem diminuído. Este passa a palavra tem-nos facilitado a vinda de novos alunos. Se tivéssemos três vezes mais vagas elas seriam ocupadas», diz Miguel Martins, responsável pela CESPU Europa. Mesmo assim, há novos mercados como o Brasil e a Índia debaixo de olho.

UMA HISTÓRIA COM 35 ANOS
Tudo começou há 35 anos, em 1982, em São Roque da Lameira, Porto. No ano zero, a CESPU tinha 250 alunos. Em 1995, mudou-se para Paredes. Neste momento, em Gandra, o Instituto Universitário de Ciências da Saúde tem cinco licenciaturas, dois mestrados integrados de Ciências Farmacêuticas e Medicina Dentária, sete mestrados, especialidade em Ortodontia e um doutoramento em Ciências Biológicas aplicadas à Saúde.

Tem mais dois institutos politécnicos de saúde, em Vila Nova de Famalicão (15 cursos e 478 alunos) e Penafiel (oito cursos e 450 alunos). Ao todo: 2166 alunos, 1651 portugueses e 515 estrangeiros. E um corpo técnico com 347 professores, 164 dos quais doutorados. Uma licenciatura custa entre 4000 e 6500 euros por ano.

A CESPU detém 80% do Hospital Particular de Paredes, 25% do Hospital Particular de Barcelos, e 100% dos Anjos da Noite, rede de cuidados domiciliários, em Lisboa. Tem parcerias com Angola, onde está desde 2006 no Instituto Superior Politécnico de Benguela com cursos de saúde, com a Universidade de Barcelona, com a Universidade Privada de Marraquexe onde começará com quatro cursos no próximo ano letivo. E colabora na reestruturação de cursos em Dakar, no Senegal.

Texto Sara Dias Oliveira
Fotografia Pedro Granadeiro

* Uma história como a do país, cheia de socalcos.

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