03/06/2017

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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6-SUBMERSÍVEIS

MADALINA GHENEA

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Acalma-te se puderes
Parte 1


Parte 2


FONTE: PROGRAMA "Donos Disto Tudo"  RTP/1

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5-SUBMERSÍVEIS


PROVOCATIVA

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NEUROMIELITE ÓPTICA



CONCEITO



Uma interessante série conduzida por Regina Maria Papais Alvarenga, Chefe do Serviço de Neurologia do Hospital da Lagoa, Rio de Janeiro.

* Uma produção "CANAL MÉDICO"

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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4-SUBMERSÍVEIS


LISSA

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AQUECIMENTO GLOBAL



FONTE: NERDOLOGIA

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3-SUBMERSÍVEIS


LAURA LEA

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FÁTIMA ASCENSÃO

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Grande trampa!

Trump, um “impreparado”, contra-atacou com mais ódio. Visitar o Papa não lhe cria uma auréola de anjo

O mundo está uma grande trampa! Já ninguém se sente seguro em lado nenhum e sentimos que navegamos num barco sem rumo.

Os terroristas descobriram que os atropelamentos em massa são suficientes para criar o pânico nas pessoas. Por quê? Porque temos medo de morrer e, no nosso subconsciente, temos a perfeita lucidez de que todas as cidades e locais estão vulneráveis a este tipo de atuação.

A comunicação social, no seu papel de informar, dá-nos conta destes atos tresloucados. Consequência da globalização, acedemos à informação em tempo real.

Com o ataque suicida no Manchester Arena, os terroristas voltam a dizer-nos que não abdicam de nenhum método de violência. Estão dispostos a tudo. O seu ódio é tão cego que não se importam de organizar ataques cujos alvos são crianças e adolescentes.

Este clima de medo e de ódio está a contaminar todas as sociedades do mundo. Trump, um “impreparado”, contra-atacou com mais ódio. Visitar o Papa não lhe cria uma auréola de anjo.
Esqueceu-se que para comandar há que ter nervos de aço e usar sabedoria. Mas também todos se esquecem de que foi o ódio dos americanos face à situação interna do seu país que os fez votar por rebelião. E agora? Agora temos o Trump.

Também foi o ódio aos emigrantes, extensivo aos refugiados e a ausência de respostas da União Europeia face aos desafios, bem como o populismo político de alguns deputados britânicos que ditaram o resultado do Brexit. E agora? Agora o Reino Unido está perante uma crise política com ameaça de ser desmembrado.

A inteligência emocional ensina-nos a perceber as emoções e a reagir conscientemente e a analisar o impacto de certas atitudes nas reações das pessoas. É curioso que nos últimos tempos temos vindo a assistir a atos de violência extrema que conduziram à morte de algumas pessoas na nossa terra e que nunca pensamos que tal pudesse ocorrer.

Psicólogos já alertaram para o impacto de jogos violentos na formação da personalidade das crianças. O que todos se estão a esquecer, é que este mesmo princípio aplica-se à totalidade da população.
Todos nós estamos a ser vítimas do terrorismo porque estamos a ser influenciados. Quando se usa o ódio para combater ódio, ensinamos que é legítima a vingança. É o princípio - comportamento gera comportamento.

Entretando, no meio deste turbilhão de acontecimentos, a comunicação social apresenta-nos notícias que faz ter esperança no futuro, fazendo-nos pensar.

Sem qualquer dúvida, o protagonista desta semana foi Steve Jones, o sem-abrigo que prestou auxílio às vítimas do Arena Manchester. Vagueava nas imediações do concerto. Não tinha casa, nem carro, nem trabalho. Um excluído socialmente como tantos outros, numa sociedade igual à nossa. Esta 2.ª feira, foi à procura de moedinhas e acabou por nos dar uma lição de moral.

As suas declarações foram de um verdadeiro ser humano: “Não é porque sou um sem-abrigo, que signifique que eu não tenha um coração e que eu não seja um ser humano. Eles precisavam de ajuda e eu gostaria de pensar que alguém me ajudaria se eu precisasse de ajuda.” Acrescentou “Foi instinto. Foi lá e ajudei”. “Se eu não ajudasse, eu não seria capaz de viver com a minha consciência. Não podia virar as costas e sair dali para fora e deixar as crianças assim”.

Sem nada, voltou a dar tudo o que tinha – a sua ajuda.
Esta história teve um final feliz. Graças à sua humanidade, está a receber ajuda para recuperar a sua vida. Mas, se agora lhe estão a ajudar, porque não foi ajudado antes?

IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA"
28/05/06


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1250.UNIÃO



EUROPEIA



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2-SUBMERSÍVEIS


LIZZY

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NOSSA SRA. DE FÁTIMA


Não bastando o momento que a Igreja é assolada por escândalos de Pedofilia entre os padres católicos hoje se descobre que também as crianças de Aljustrel foram vítimas de uma “montagem” feita pelo clero de Ourém.
A utilização de Jacinta, Francisco e Lúcia numa suposta aparição de Nossa Senhora de Fátima, em 1917, arruinou a vida das três crianças. “Foi um crime pelo menos tão grave quanto o da pedofilia”, considera o Padre Mário autor do livro “Fátima Nunca Mais”, onde apresenta provas que desmentem as aparições de Fátima. Tudo não passou de uma grande farsa do Vaticano em conluio com a igreja de Portugal, para prender as pessoas à fé catolica no momento em que a igreja estava em baixa de fiéis, mesmo que tudo isso custasse a vida de pessoas inocentes. O seu interesse de enriquecer os cofres da igreja era maior que o amor pela vida das pessoas.


FONTE: ATeuVer

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XVI-VIDA SELVAGEM
1- A MATILHA


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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1-SUBMERSÍVEIS


LYDIA

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RECORDANDO

Ella Fitzgerald

Alexander's ragtime band



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  HOJE NO 
"RECORD"
Record Challenge Park: 
Lisboa vive autêntica festa do desporto

Foi em clima de festa e energia que Lisboa acordou este sábado. O Parque de Jogos 1.º de Maio abriu de manhã as portas para a 2.ª edição do Record Challenge Park, iniciativa criada pelo nosso jornal que convida adeptos de todas as idades a participar em várias atividades desportivas.
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Miúdos e graúdos aproveitaram bem cedo o dia dedicado ao desporto e vontade de testar todas as modalidades presentes na Fundação Inatel não faltou. Ao todo são 20 as atividades que o evento oferece gratuitamente ao público: do futebol, ao lacrosse, passando pelo padel e o râguebi; há um pouco de tudo para experimentar em família.

Além disso, estão em destaque outras atividades lúdicas como Caça ao Tesouro, pinturas faciais para os mais pequenos, escalada, slide e o sempre divertido Bubble Football.

O Record Challenge Park está aberto até às 19 horas. Passe no Parque de Jogos 1.º de Maio para festejar o desporto connosco.

* Excelente iniciativa social e desportiva

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  HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Acidentes nas estradas provocaram 
184 mortos este ano

ANSR contabiliza mais 23 vítimas mortais do que no ano passado.

Os acidentes nas estradas portuguesas provocaram este ano 184 mortos, mais 23 do que em igual período de 2016, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). 
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A ANSR, que reúne dados da PSP e da GNR, indicam que 184 pessoas morreram, entre 1 de janeiro e 31 de maio, em consequência dos acidentes rodoviários, representando um aumento de 14,2% em relação ao mesmo período de 2016, quando tinham morrido 161. 

Já o número de desastres diminuiu ligeiramente nos cinco primeiros meses do ano, tendo-se registado 50.343, menos 1.419 do que em período homólogo de 2016, adianta a Segurança Rodoviária. De acordo com a ANSR, os distritos com maior número de mortos este ano são Setúbal (29), seguido do Porto (27) e Lisboa (18). Já Évora e Vila Real são os distritos com menos mortos, tendo-se registado três vítimas mortais em cada um. 

A Segurança Rodoviária refere também que 789 pessoas ficaram gravemente feridas, entre 1 de janeiro e 31 de maio, mais 30 do que em igual período do ano passado. No mesmo período sofreram ferimentos ligeiros 14.840 pessoas, enquanto em 2016 tinha ficado ligeiramente feridos 15.147. Os dados da ANSR dizem respeito às vítimas cujo óbito foi declarado no local do acidente ou a caminho do hospital. 

* O tiro ao alvo no asfalto já contabiliza 37 pessoas por mês, os portugueses são brilhantes.

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PRAÇA DE ESPANHA 
 LISBOA
ASSIM SE PENSAVA EM 2009




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ESTA SEMANA NO 
"O JORNAL ECONÓMICO"

Barcelona, Utrecht e Helsínquia 
testam rendimento básico universal

O objetivo final da versão-teste do programa europeu é desenvolver "serviços de assistência social comunitária mais eficientes e a uma escala mais global".

Barcelona, Utrecht e Helsínquia testam rendimento básico universal O objetivo final da versão-teste do programa europeu é desenvolver "serviços de assistência social comunitária mais eficientes e a uma escala mais global". 
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O distrito de Besós em Barcelona, ​​e as cidades de Utrecht nos Países Baixos e Helsínquia na Finlândia foram escolhidas pela União Europeia para testar a proposta de criar um rendimento básico universal. A versão-teste do programa europeu vai atuar em áreas particularmente afetadas pela pobreza, procurando incrementar o emprego e reduzir as dificuldades sociais em famílias com menores condições financeiras.

Segundo avança o jornal britânico ‘The Independent’, as instituições europeias querem estudar a melhor forma de implementar um modelo de rendimento básico “mais eficaz e mais inclusivo” que permita mudar “radicalmente a luta contra a pobreza urbana”. A ideia é que, no futuro, cada cidadão receba um rendimento fixo por mês, que será atribuído de forma igual a todos os cidadãos, numa tentativa de garantir uma “existência digna”.
Durante a fase de estudo, as famílias selecionadas aleatoriamente para receberem os apoios públicos vão ser divididas em quatro grupos distintos e vão passar a receber subsídios em diferentes formas, a fim de se perceber qual a melhor forma de implementar a medida. As verbas estatais podem oscilar entre os 400 e os 525 euros mensais, sendo que para este projeto a União Europeia tem destinados 13 milhões de euros.

A médio ou longo prazo, a previsão é que as pessoas envolvidas no programa encontrem um emprego estável e ingressem em projetos de inclusão social, complementando assim a melhoria da qualidade de vida fomentada e a descolagem do limiar da pobreza. Um dos pontos-chave do estudo é também desmistificar o preconceito de que os benefícios financeiros são um desincentivo à procura de trabalho.

A análise deve entrar em vigor em setembro e terá um duração prevista de dois anos. Raffaele Barbato, gestor de financiamento de projetos de fundos europeus, explica que os resultados da análise comparativa das três cidades tem como objetivo final desenvolver “serviços de assistência social comunitária mais eficientes e a uma escala mais global”.

* Um estudo importante que poderá "geringar" estratégia contra a pobreza.

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ESTA SEMANA NA 
"VISÃO"

Não tem o hábito de falar sozinho? 
É melhor começar...

Falar sozinho é comum, mas muitas vezes não é bem interpretado e pode até parecer indicador de algum problema de saúde mental. Mas a ciência só vê benefícios

Falar sozinho faz bem. Alguns investigadores defendem que este hábito ajuda a recuperar memórias, a aumentar a autoconfiança e a melhorar a concentração. E, em alguns casos, pode fazer mais que isso.
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Eugene Gamble dedicou parte da sua vida à medicina dentária, em Londres, mas há três anos decidiu largar as suas funções e criar um negócio. Tinha apenas um problema, como conta a BBC: Não tinha grandes capacidades empresariais e, à medida que via as suas ideias fracassarem, a sua confiança ficava também cada vez mais fragilizada.

Para encontrar uma solução que o ajudasse a encontrar o caminho certo, Gamble contratou um consultor de negócios, mas estava longe de imaginar o conselho do profissional: falar sozinho.
“Foi estranho porque era algo novo para mim. Não acreditei que funcionaria, mas, quando tentei, pareceu perfeitamente lógico”, recorda o antigo dentista, que atualmente é empreendedor no setor imobiliário.

Um estudo de 2012, da Universidade de Wisconsin, nos EUA, analisou o impacto que falar sozinho tem na memória. Aos participantes foi pedido que olhassem para objetos que apareciam num ecrã de um computador. Alguns tinham de dizer o nome dos objetos em voz alta, enquanto os outros apenas olhavam e permaneciam em silêncio. O resultado revelou que aqueles que disseram o nome dos objetos em voz alta identificaram os objetos mais rapidamente.

Embora tenhamos a capacidade de reconhecer, por exemplo, uma cadeira, ao dizer a palavra em voz alta o cérebro está a ativar uma informação adicional sobre aquele item. “Dizer um nome em voz alta é uma poderosa ferramenta de memória”, disse Gary Lupyan, principal autor do estudo.
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Um hábito amigo da saúde mental

A psicoterapeuta Anne Wilson Schaef também recomendava aos seus pacientes que falassem sozinhos. Quando, por exemplo, um paciente se sentia irritado com alguma situação, Schaef pedia que a pessoa dissesse em voz alta o que a estava a incomodar e isso fazia com que o sentimento de raiva diminuísse. Este comportamento, além de recuperar capacidades a nível da memória, também as fazia sentir melhor, destaca a terapeuta.

Uma outra investigação de 2014, da Universidade de Michigan (EUA), concluiu que falar sozinho pode ser uma boa ferramenta para aumentar a autoconfiança. No entanto, é necessário escolher as palavras certas. A pesquisa revelou que falar na segunda ou terceira pessoa promove mais sensações de tranquilidade, confiança e produtividade. Além de que há um controlo maior nas emoções do que ao falar na primeira pessoa.

“O diálogo interno na segunda ou terceira pessoa não nos ajuda apenas a controlar o stress e as emoções, também contribuiu para que tomemos decisões mais sensatas”, explica Ethan Kross, principal autor da pesquisa.

O exemplo de Gamble demonstra que dialogar sozinho, além de aumentar sua confiança, também pode ajudar a nível profissional. Antes de uma reunião, o empresário revê o que vai dizer em voz alta: primeiro escreve, de seguida lê e depois corrige as palavras que prejudicam o seu discurso. Gamble acrescenta que ouvir-se ajuda a organizar melhor os pensamentos e a memorizar as apresentações.

* Pois claro, falar sózinho é uma excelente ginástica mental

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Colômbia 
Reconstruindo uma comunidade
 destruída pela guerra



FONTE: ONU BRASIL

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ESTA SEMANA  NA 
"GERINGONÇA"

Estado já poupou 33 milhões 
com contratos de associação

Em apenas um ano, desde que a esquerda parlamentar decidiu pôr fim ao financiamento de colégios privados em zonas onde exista oferta pública, o Estado consegui poupar 33 milhões de euros com os chamados contratos de associação. A poupança esperada para este ano é de 21,5 milhões de euros, perfazendo um total de 54,4 milhões poupados em dois anos.
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FEBRILMENTE AMARELOS E MADUROS
O número de turmas apoiadas baixa de 478 para um total de 1006 em 2017/18, reduzindo assim o encargo para os cofres públicos de 135.5 milhões para 81 milhões de euros. A redução deve-se ao fim do financiamento de novas turmas de início de ciclo (5.º, 7.º, 10.º ano) nas zonas onde exista oferta pública, evitando assim uma duplicação da oferta escolar e uma dupla factura para o contribuinte.

O próximo ano letivo será o último abrangido pelos acordos trienais de Nuno Crato, o que significa que o Ministério da Educação deixará de estar restrito à opção de apenas aprovar apoios mediante avaliação das carências existentes na rede pública. Em 2018/19, no quinto ano, será inevitável um ajuste para baixo nas turmas. Quanto aos restantes anos, a secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão, defendeu ontem que “as necessidades da rede analisam-se anualmente”.

* A manifestação da "febre amarela" deu o  p.... mestre.

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"


João Paulo Raposo:
"O prejuízo da greve será dirigido ao
.poder político e não aos cidadãos"

João Paulo Raposo, da Associação Sindical dos Juízes, diz que a proposta do Ministério da Justiça é "claramente insuficiente"
Os magistrados decidem hoje - na Assembleia Geral que se realiza em Coimbra - os próximos passos nas relações com o poder político. João Paulo Raposo, secretário-geral da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) admite que a proposta do Ministério da Justiça entregue esta semana é "claramente insuficiente" e em cima da mesa poderá estar uma greve em inícios de agosto. Cujo resultado prático será o de adiamento das eleições autárquicas. O alvo é "o poder político", já que "a magistratura tem sido desconsiderada pelos últimos Governos".

Acredita deste pacto para a justiça possam sair, de facto, questões convergentes?
Isso acredito. Sem dúvida que acredito.

Em que áreas?
Estamos a trabalhar com base em quatro temas: a delação premiada, justiça económica, organização judiciária e acesso ao direito.

Em que moldes é que pode haver convergência na delação premiada?
A primeira coisa é preciso assentarmos é que isto nunca pode ser uma espécie de debate populista e que os juízes estão de um lado, com a capa de justiceiros, à procura de delatores e os advogados estão do outro lado da barricada como os defensores dos direitos individuais e do Estado de Direito. 
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Quando este tema foi escolhido, foi porque temos um problema claro, pelo menos publicamente percecionado, que tem a ver com a corrupção. O Ministério Público tem de fazer as investigações que são possíveis e há toda uma panóplia de perícias técnicas e de mecanismos associados à investigação que podem ser usados e que não podem substituir a delação ou a tal colaboração. Que ajudem, no fundo, a estabelecer o circuito quase intelectual, o circuito mental em que este fenómeno foi criado. Isto, obviamente, nunca pode ser uma prova única, como a confissão não é prova única.

Em algum momento pensaram, em casos como a Operação Marquês, que está na fase de inquérito ao tempo que está...?
Não. Não, de certeza absoluta que não...

A verdade é que a justiça já não está muito bem vista neste caso concreto porque está há que tempos e tempos e tempos na fase de inquérito, sem uma acusação...
Sem entrarmos também em sofismas, nem em dizer aquilo que eu não posso dizer, é óbvio que toda a realidade atual foi considerada, toda a realidade social que nos envolve foi considerada. E, portanto, por isso é que pegámos nesse tema.

Esta semana a ministra entregou o resto da proposta remuneratória dos Estautos. Acredito que já olhou para o documento. A hipótese de uma paralisação ainda está em cima da mesa?
A hipótese de paralisação está em cima da mesa. Mas eu não gostaria que essa fosse ligada apenas à questão remuneratória.

Mas sim a toda a proposta do estatuto?
O estatuto começa como? Começa com a famigerada reforma judiciária, portanto, o grande mapa judiciário, que nasce com as imposições da troika. Houve que fazer uma alteração substancial na estrutura dos nossos tribunais e, nesse contexto, a revisão dos estatutos era uma das peças. E, portanto, o que nos preocupa mais, de longe, são as questões de independência. O juiz não pode ser um funcionário.Podemos pôr em causa uma série de mecanismos que levam a uma espécie de funcionalização dos juízes face ao juiz-presidente.

E a proposta que a ministra vos entregou, nesse sentido, acha que isso está acautelado? Ou não é suficiente ainda, para vocês?
Eu acho, claramente, que a proposta é muito insuficiente nessas áreas. Em termos remuneratórios, também é um dado histórico em todo o mundo que, quando - aí já falamos de independência externa, mais de independência externa - quando há desconforto do poder político (que é sempre um poder mais forte) face ao judicial, a forma de ataque mais fácil é sempre atacar direitos dos juízes: enfraquecê-los, enfraquecer o seu estatuto económico, enfraquecer o seu estatuto social, enfraquecer a sua segurança, enfraquecê-los enquanto pessoas, para depois os ter mais fracos na função.

E acha que isso foi feito, neste caso, pelo governo anterior?
Não, eu acho que tem havido um processo de enfraquecimento ao longo do tempo. Ao longo dos vários governos. E temos um problema estrutural, digamos, do estatuto social, que tem que ver com a questão da exclusividade absoluta dos juízes. Os juízes são a única categoria, dentro das funções soberanas do Estado, que tem exclusividade absoluta e total desde que entram na função até que saem. E se nós queremos ter...

Mas também são premiados, passe a expressão, pelo subsídio de exclusividade.
Não.

Então explique-me.
Não existe um subsídio de exclusividade. O que é que nós temos? Temos, para já, um quadro remuneratório geral que é um quadro que está indexado, e bem, aos titulares de todos os órgãos políticos. Mas que nos cria um problema de base, que é o seguinte: nós entendemos - isto não é politicamente correto, mas nós entendemos - que todos os titulares de órgãos políticos, em Portugal, são muito mal pagos. O que acontece é precisamente ao nível da exclusividade: enquanto os juízes têm exclusividade absoluta desde que entram até que saem...os restantes não têm.

Portanto, podem ganhar dinheiro também por outras vias...
Às vezes enquanto estão na política...E, muitas vezes, não quando estão na política, outras vezes, quando estão depois da política ou antes da política. E, portanto, isto até cria, em termos de imagem pública daquilo que é o serviço dos políticos - aqui estou a falar dos políticos - de carreira, algumas dificuldades para nós todos enquanto cidadãos. Par ao juiz, cria também esta limitação, que é: sentem-se completamente limitados por uma razão que não é sua - que tem a ver com tal realidade do politicamente correto e da incapacidade de o poder político ajustar a sua própria retribuição àquilo que é a dignidade das funções - e nós ficamos, de alguma maneira, amarrados a isso. E depois, fora esse tal quadro macro, temos a questão do tal subsídio de compensação. O subsídio de compensação não é um subsídio de exclusividade. Quanto a nós, devia ser - não sei se com esse nome, se com outro, da condição de juiz. Mas a génese, continua a ser uma génese errada. Portanto, interessava-nos muito mais...Substituir, digamos assim, esse subsídio de compensação por o tal de exclusividade.

Esse subsídio de compensação é igual para todos os juízes - para um de 1.ª instância ou para um desembargador?
Igual para todos os juízes. É 620 euros. O que nós temos defendido há muito tempo é, claramente, que isto se resolve com uma alteração global dos titulares de cargos públicos que permita, no fundo, redignificar sem subterfúgios, sem componentes extra, os titulares dos cargos políticos.

E a proposta da ministra é minimamente satisfatória para vocês?
Não, não é minimamente satisfatória. Está muito longe disso. Desde logo porque não afasta essa qualificação do subsídio. E, portanto - aqui, já falando completamente a título pessoal -, eu preferiria um subsídio requalificado para aquilo que é subsídio de exclusividade com o valor que tem, do que um subsídio de dobro (sofrer uma subida para o dobro) mantendo-se com a qualificação atual.

De subsídio de compensação.
De compensação pela residência (casas de função). Exatamente por isso: porque as questões essenciais são as questões estatutárias e as questões de independência. Agora, também temos de ter noção de que os juízes são pessoas e têm de viver e que o seu estatuto económico e social degradou-se brutalmente nos últimos anos. Isto aconteceu com toda a gente, não há dúvida. Mas há funções, que têm determinado tipo de responsabilidade, em que isto se faz mais sentir. Quer dizer, não é uma exigência que, no fundo, seja um pedido de qualquer... nos chamamos voluptuário, em direito, quase um extra para as pessoas viverem com um conforto acima da média por terem uma dignidade acima dos outros cidadãos. Não tem nada a ver com isso. Tem a ver com voltarmos a ter um estatuto social e económico que garanta a tranquilidade no exercício das funções. É isto.

Quanto é que ganha um juiz em início de carreira?
Atualmente, contando com o subsídio, eu diria que andará em cerca dos 2.500 euros líquidos por mês. E não passa dos 3.500.

A hipótese de paralisação poderá sair deste encontro do fim de semana?
Não sairá, certamente, do encontro do fim de semana. Sairá, quando muito, do encontro do fim de semana, um mandato para a direção da associação poder convocar essa paralisação. Irá sair sim um debate do estatuto e do tratamento que o poder político tem tido com o judicial, desde estes seis anos, de estagnação completa; e que nos digam: "Sim senhora, chegámos a um ponto em que a realidade é insustentável e o que nos foi apresentado também não é brilhante. Portanto, direção, façam lá o processo negocial que tem de ser necessariamente curto. Se virem que não há um mínimo de abertura ou que a abertura que existe não é quanto a pontos essenciais, então ficam, desde já mandatados para isso".

Ainda vão dar um prazo para o processo negocial com o Governo?
Quando falamos de processo negocial estamos a falar de processo negocial de semanas, não estamos a falar de mais meses. O Ministério da Justiça, tem toda a legitimidade para tomar a opção política que quiser tomar. E se entender: "É esta a nossa solução, que foi a proposta, e não abrimos mais negociação", sujeitar-se-á às consequências.

E a questão da greve possivelmente marcada para agosto de forma boicotar as eleições autárquicas?
Estamos a chegar a uma situação em que as pessoas se sentem completamente desconsideradas O juiz que intervém no processo eleitoral, está ali como garante de quê? Da transparência do processo, da isenção do processo. O juiz entra com a sua imparcialidade para o funcionamento de algo que é, inerentemente, uma atividade política. E, portanto, se nós temos essa desconsideração, também, naquilo que seja essa oportunidade, podemos pensar nesse meio como...Mas não deixa de haver eleições autárquicas. Se não houvesse em outubro, haveria em novembro, dezembro. E não deixaria de haver autarcas em funções e não haveria, certamente, populações atingidas por nenhum drama. Portanto, é também uma greve muito simbólica e muito dirigida. Se for o caso. Não lhe vou dizer que é uma coisa que satisfaça esta direção. Mas também não lhe posso dizer que esteja excluída essa possibilidade.

A ideia é também criar prejuízo?
Um prejuízo que não é para o cidadão, nem é para a democracia. É preciso termos isto bem claro! Ou seja, para nós era bem pior uma greve que pusesse em causa julgamentos, que pusesse em causa a liberdade das pessoas. Isso era os juízes estarem a afetar a vida das pessoas e, de alguma maneira, a usarem a sua função...O prejuízo é dirigido ao poder político.

*  Preferimos que as greves não existam mas não somos contra elas, significa que o o estado de direito funciona.

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EXCENTRICIDADES














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Senso d'hoje
JOÃO DE MANCELOS
PROFESSOR DE AUDIOVISUAL
OFICINA NA ESEC
"Como tirar um génio
de uma lâmpada"



* “Como tirar um génio de uma lâmpada”: dinamizada por João de Mancelos, a Escola Superior de Educação de Coimbra recebeu uma Oficina de Guionismo. Esta oficina incluiu a apresentação de algumas técnicas, entre a ideia e a estrutura final de um guião, passando pela construção da intriga e das personagens.

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ESCOLHAS DE SÁBADO

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COMPRE JORNAIS








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BRINCADEIRAS


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BOM DIA


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