18/02/2017

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HOJE NO  
"RECORD"

António Costa enaltece papel de Carlos Lopes na afirmação de Portugal no Mundo

Primeiro Ministro recorda alegria dada pelo campeão olímpico de 1976

O primeiro-ministro discursava perante o antigo atleta, durante a reabertura do pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, 14 anos após ter encerrado por falta de condições de segurança. Durante a cerimónia, António Costa salientou que o campeão olímpico "foi quem deu a primeira grande alegria da capacidade de Portugal e dos portugueses triunfarem e se afirmarem no mundo". "Provavelmente, sem a força do seu nome, este pavilhão não estava agora devolvido à cidade e ao país", advogou.

MEDALHAS
Ouro
Los Angeles 1984
Maratona

Prata
Montreal 1976
10000 m

Campeonatos Mundiais de Corta-Mato

Ouro
Chepstow 1976
Individual

Ouro
East Rutherford 1984
Individual

Ouro
Lisboa 1985
Individual

Prata
Düsseldorf 1977
Individual

Prata
Gateshead 1983
Individual


Lembrando os feitos de Carlos Lopes, o primeiro-ministro apontou que, independentemente das medalhas de ouro que o antigo atleta alcançou durante a sua carreira, "a medalha de maior orgulho" é a medalha de prata que alcançou nos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976. "Essa foi a primeira vez que nós vimos numa grande competição internacional subir a bandeira nacional ao mastro, e essa é uma alegria inesquecível para toda a minha geração", considerou.

A reinauguração acontece no dia em que se assinala o 70.º aniversário do ex-atleta e campeão olímpico Carlos Lopes, que correu pelo Sporting e venceu provas como o Campeonato do Mundo de Corta-mato (1976 e 1984), a Corrida de São Silvestre de São Paulo, Brasil (1982 e 1984) e a maratona de Roterdão, Holanda (1985).

Ali estará, inclusive, patente uma exposição permanente sobre Carlos Lopes, composta por 300 peças por si cedidas, como troféus, medalhas e roupa desportiva, e por elementos multimédia como vídeos (que serão projetados) e uma cronologia.

A reabertura do espaço contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, do presidente adjunto da Associação Turismo de Lisboa (ATL), Jorge Ponce Leão, da presidente da Assembleia Municipal e deputada, Helena Roseta, dos vereadores do executivo, presidentes de Juntas de Freguesia, e ainda figuras do desporto nacional.

Tomando a palavra, o presidente da Câmara considerou que este "é indiscutivelmente um dia especial" para Lisboa, pois o pavilhão é uma "marca profunda no imaginário da cidade".

"Este pavilhão está reconstruído para servir o futuro da cidade", acrescentou o autarca.

Por seu turno, Carlos Lopes, que recebeu a chave do espaço das mãos de António Costa e Fernando Medina, observou que "é uma enorme satisfação ver esta cara lavada ao fim de 70 anos".

Criado na década de 1920, o pavilhão fechou em 2003 e esteve vários anos ao abandono.

Os trabalhos de requalificação, que incluíram a preservação de alguns traços históricos (como azulejos e elementos decorativos), a modernização da sala principal, a criação de infraestruturas de apoio, o arranjo da envolvente e a criação de novos acessos custaram oito milhões de euros e duraram cerca de um ano.

À semelhança do que aconteceu no passado, o espaço será usado para iniciativas culturais, comerciais, desportivas e outras.

* Carlos Lopes não foi campeão olímpico em 1976, há que haver rigor jornalístico.

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