18/12/2016

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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6-MAGREZAS



* Muitas jovens como a da foto são aliciadas com falsas promessas de futuro no mundo da moda, sujeitam-se a posar perante fotógrafos e agentes sem escrúpulos e acabam quase sempre em prostíbulos de luxo. São normalmente oriundas de países de leste onde as assimetrias sociais são escandalosas.

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IV-PEDRAS QUE FALAM
1-PAISAGEM VULCÂNICA


A RTP Madeira produziu um excelente documentário, numa série de 12 programas, sobra a temática dos recursos naturais com incidência nos recursos geológicos, a que denominou "Pedras que falam", de autoria do Engº Geólogo João Baptista Pereira Silva.


FONTE: NOEL SF

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5-MAGREZAS


* Muitas jovens como a da foto são aliciadas com falsas promessas de futuro no mundo da moda, sujeitam-se a posar perante fotógrafos e agentes sem escrúpulos e acabam quase sempre em prostíbulos de luxo. São normalmente oriundas de países de leste onde as assimetrias sociais são escandalosas.
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   VI -ERA UMA VEZ O ESPAÇO


1- A REVOLTA DOS ROBOS



* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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4-MAGREZAS


* Muitas jovens como a da foto são aliciadas com falsas promessas de futuro no mundo da moda, sujeitam-se a posar perante fotógrafos e agentes sem escrúpulos e acabam quase sempre em prostíbulos de luxo. São normalmente oriundas de países de leste onde as assimetrias sociais são escandalosas.

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Kate Adams

Quatro lições marcantes
das novelas


Novelas e telenovelas podem ser descomedidas e exageradas, mas assim como Kate Adams nos mostra, elas frequentemente refletem a intensidade e o drama da vida real. 
Adams, uma ex-diretora assistente de elenco de "As the World Turns" explica: "Novelas nos ensinam a afastar dúvidas e a acreditar em nossa capacidade de coragem, vulnerabilidade, adaptabilidade e resiliência".
Nesta palestra, ela enfatiza quatro lições para a vida e para os negócios e nos lembra que nunca é tarde para mudarmos nossa história.
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3-MAGREZAS



* Muitas jovens como a da foto são aliciadas com falsas promessas de futuro no mundo da moda, sujeitam-se a posar perante fotógrafos e agentes sem escrúpulos e acabam quase sempre em prostíbulos de luxo.
São normalmente oriundas de países de leste onde as assimetrias sociais são escandalosas.

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ANTÓNIO LOBO ANTUNES

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Nós

O último abraço de António Lobo Antunes ao irmão João

Não precisávamos de falar. Como ele dizia
– Tu sabes sempre o que eu estou a pensar e eu sei sempre o que tu estás a pensar
mas muito pouco tempo antes de morrer veio ter comigo e passámos a tarde juntos, sentados lado a lado no sofá. Foi ele quem falou quase sempre, eu pouco abri a boca.
Mostrou-me os braços, o corpo
– Estou miserável
sabia que ia morrer dali a nada e comportou-se com a extraordinária coragem do costume. Coragem, dignidade e pudor. A certa altura
– Para onde queres ir quando morreres?
respondi
– Para os Jerónimos, naturalmente.
Ficou uns minutos calado e depois
– Tu acreditas na eternidade.
Disse-lhe
– Tu também.
Novo silêncio.
– Eu quero ser cremado e que ponham as cinzas na serra, voltado para a Praia das Maçãs.
Novo silêncio. A seguir
– Vou morrer primeiro que tu. Vou morrer agora.
Mais silêncio. Eu
– Ganhei-te outra vez.
ele
– É.
Ele
Ganhamos sempre os dois.
Eu
– Porque é que a gente gosta tanto um do outro?
Ele silêncio antes de
– Se me voltas a falar de amor vou-me embora.
eu
– Sabes onde é a porta.
Mas não voltámos a falar de amor. Para quê? Estava ali todo. Depois quis ver os livros
– Para aí vinte mil, não?
eu
– Mais ou menos, incluindo os muitos que encontrei numa livraria de segunda mão, assinados por ti.
Silêncio. Eu
– Não podia suportar a ideia de que outras pessoas tivessem em casa os livros do meu irmão.
Gesto vago. Depois ele
– António
e silêncio, depois eu
– João
e silêncio. Ou seja um diálogo de amor compridíssimo. Depois
– Se os pais cá estivessem
e esta frase fez-me compreender melhor a sua imensa dor. A mãe para quem a inteligência, num homem, era a forma suprema de sensualidade. E um rabo grande a coisa mais feia deste mundo. Um homem inteligente, na sua opinião, era atraentíssimo.
– Um homem bonito e estúpido ao fim de um quarto de hora não existe
e ainda bem porque, assim, talvez tenhamos algumas chances com ela. A mãe, ainda
– Desafio qualquer mulher no mundo a ter filhos tão inteligentes como os meus.
E ele continuou a falar:
– Depois eu fui para Nova Iorque e tu para África.
Numa altura, depois de África, em que ele estava a sofrer muito meti-me num avião e fui para casa dele. Durante o dia ele trabalhava no hospital e eu ficava às voltas com o Fado Alexandrino. Depois jantávamos juntos e comíamos uns gelados enormes que ele trazia a vermos os play-offs do basquete.
Um de nós
– E jogam com humor
o que é tão raro no desporto. Aos sábados um bocado numa discoteca. Camisas cheias de baton. A certa altura olhou, do sofá, para a estante mais próxima: Um livro de Marcel Pagnol. Ele
– A nossa infância toda.
E eu com vontade de tocar-lhe. Claro que não toquei. As suas mãos, que conhecia tão bem, poisadas nos joelhos. Embora impassíveis estávamos demasiado emocionados.
Ele
– De qualquer modo não nos perdemos um ao outro
eu, depois de um silêncio compridíssimo
– Nunca nos perdemos, não é agora que isso vai acontecer.
Ele
– Vou chamar um taxi.
Silêncio.
Ele
– Acompanhas-me lá abaixo?
Entre a casa e a rua uma distância grande. Era o fim do dia, já não estava muito sol. O taxi à espera no passeio. O chofer, a quem ele operara a mãe, veio abrir-lhe a porta do carro. Ele voltou-se para mim e disse o meu nome. Eu aproximei-me dele e disse o seu. Abraçámo-nos com muita força e, de repente, começou a chorar. Só sentia ossos nas minhas mãos. Mas nada de mariquices, claro, sobretudo nada de mariquices.
Ele
– Não digas a ninguém que chorei.
E sentou-se no banco ao lado do chofer, sem olhar para mim. Não olhámos um para o outro, aliás, mas nunca nos vimos tão bem. O carro foi-se embora. Fiquei na borda do passeio até que desapareceu. E então, de mãos nos bolsos, voltei para casa. Nunca houve um abraço assim no mundo.

IN "VISÃO"
15/12/16


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1084.UNIÃO



EUROPEIA





2-MAGREZAS


* Muitas jovens como a da foto são aliciadas com falsas promessas de futuro no mundo da moda, sujeitam-se a posar perante fotógrafos e agentes sem escrúpulos e acabam quase sempre em prostíbulos de luxo.
São normalmente oriundas de países de leste onde as assimetrias sociais são escandalosas.

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II-DESTINO EDUCAÇÃO


5- XANGAI


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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XV-VISITA GUIADA


Museu de Lamego - Rei Édipo/2

LAMEGO-PORTUGAL



* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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1-MAGREZAS



* Muitas jovens como a da foto são aliciadas com falsas promessas de futuro no mundo da moda, sujeitam-se a posar perante fotógrafos e agentes sem escrúpulos e acabam quase sempre em prostíbulos de luxo.
São normalmente oriundas de países de leste onde as assimetrias sociais são escandalosas.

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Angelika Kirchschlager

The complete 5 Lieder (Alma Mahler)


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A SEMANA PASSADA NA 
"VISÃO"

Morreu Laura Ferreira dos Santos, 
rosto da luta pela eutanásia.

Recorde as declarações à VISÃO da fundadora do movimento "Direito a Morrer com Dignidade" e doente oncológica, onde revelava ter ponderado o suicídio com o barbitúrico fatal que pode ser comprado online

O discurso emocionado vem de rajada, surpreende o interlocutor, e do lado de cá faltam palavras para uma dor que não tem consolo, mas sobretudo para a determinação lúcida e racional de quem domina bem o tema. Bem demais, agora que é da sua própria morte que se trata. “Sou eu que agora me vejo na situação de pensar em suicídio. Estou entre a espada e a parede. Sei que provavelmente não vai tardar e, quando chegar a minha hora, sei bem o que vou fazer. Nunca me inscrevi na Dignitas porque quero morrer na minha casa, ou pelo menos na minha cidade. Não me faz sentido ir à Suíça para me matar”, afirma Laura Ferreira dos Santos, de 57 anos. Não tem dúvidas: “Tenho acesso a um produto letal, sei onde arranjar a droga [a substância Z] e equaciono usá-la.”
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Há anos que Laura Ferreira dos Santos fala pelos doentes para quem a vida deixou de fazer sentido. Tem sido a porta-voz, no início quase solitária, da causa da morte assistida e da eutanásia em Portugal, com quatro livros publicados, dezenas de artigos de opinião escritos e a fundação do movimento Direito a Morrer com Dignidade. Chegou agora o penoso momento de, pela primeira vez, falar publicamente também por si própria. “Tive um cancro da mama em 2001, uma recidiva em 2007 e desde 2011 que tenho metástases ósseas. Há pouco tempo apareceu-me uma grande metástase na coluna, que aumentou muito e me dá dores permanentes e insuportáveis. Fui operada para tentar atenuar estas dores terríveis, mas não resultou. Nada parece resultar. Ainda não sou uma doente terminal, mas começo a chegar ao momento em já não sei se vale a pena lutar e passar por tanto sofrimento. Não sei com que sequelas vou ficar quando terminar mais um ciclo de radioterapia, se vou poder sair à rua, guiar um automóvel… Se ficar como estava, não há drogas que funcionem. Os medicamentos não fazem nada, ou melhor, só me fazem mal. Os que podem funcionar deixam-me zombie, drogada de tal forma que não consigo ler nem escrever. Assim, esta não é a minha vida. Assim, não me faz sentido, por muito que eu goste do meu marido e dos meus sobrinhos. Simplesmente, não me faz sentido. Só peço o direito a não morrer aos bocadinhos.” 

Uma solução para o sofrimento que está longe de ser a saída digna que advoga a professora de Filosofia da Universidade do Minho. “Sei como fazer, mas entristece-me muito que tenha de ser assim: sozinha e na clandestinidade, para não incriminar ninguém. Sem sequer conseguir falar abertamente com um médico, porque a reação nestes casos é sempre a mesma: ou adotam a estratégia da negação, ou encaminham para a psiquiatria. Não concebem o suicídio racional. Mas a minha vida sou eu que a conduzo, e a minha morte também.” 

Paz, mesmo no fim
PUM! “O que ele queria era morte assistida.” Não havia, e o fim aterrador de um cunhado tinha-o feito prometer que não se ia deixar chegar àquele ponto de não-vida. O cancro no intestino já devorava todas as células boas, espremia-lhe os órgãos, fazia-o desmaiar de falta de ar. Chegou a pensar atirar-se da varanda. Desistiu porque um segundo andar não dá morte certa. Nem sempre se morre quando se quer. Mas alguns não aceitam determinismos alheios.

PUM! “O teu pai encontrou a pistola!” O filho, então com 35 anos, enfermeiro, ordenou: “Tragam-mo cá. Trato-o aqui!” As palavras de boa vontade haveriam de misturar-se com o derradeiro, estridente, PUM! O terceiro tiro chega-lhe intermediado pela ligação telefónica. Do outro lado, a impotência. Pior: a culpa. “Podia ter morrido tranquilo e em paz. 

Já lá vão treze anos. Mas a memória deste fim, que podia ter sido outro se a resposta de cuidados paliativos existisse para todos ou se a morte assistida já tivesse sido suficientemente discutida, ainda impõe pausas de silêncio. Para inspirar. Para chorar. Para expiar uma culpa que talvez não lhe coubesse se o tema da morte não fosse ainda tabu.

O filho não esquece aquele tiro que não pôde evitar. Os quatro netos ficaram traumatizados com o fim descabido de um avô com quem brincavam entre as árvores da quinta. Não foi a morte que os traumatizou, mas a forma como ela chegou.

A discussão sobre a possibilidade de cada um decidir sobre o seu fim sem traumas ganhou novos contornos depois do debate à volta do manifesto, tornado público no início do mês, a favor da despenalização da morte assistida, assinado por mais de cem personalidades. 

Uma discussão que se justifica pela ilegalidade que significa hoje terminar com a própria vida com o auxílio de outros. “A ajuda ao suicídio é crime previsto no Código Penal”, explica à VISÃO o advogado João Medeiros. Embora raramente, alguns juristas são confrontados com perguntas dos clientes sobre a legalidade de terminar com a própria vida. “Tenho de esclarecer que a eutanásia é a decisão de pôr fim à vida por alguém incapacitado de o fazer e que neste momento é proibida”, esclarece a advogada Filomena Girão.

A pergunta chega poucas vezes aos peritos em leis, mas é frequente no dia a dia dos profissionais dos cuidados paliativos. Mais do que dúvidas teóricas, ouvem angústias: “Quero morrer! Não quero viver assim!” A interpelação chega com frequência aos ouvidos do enfermeiro Francisco. “Trabalho numa unidade por onde passam cerca de 130 doentes por ano. Destes, uns dez por cento pedem eutanásia. É difícil ouvir, mas não podemos.” A taxa calculada por este enfermeiro desconta já os que deixam de verbalizar o desejo de morte depois de lhes ser diminuída a dor. Esses “rondam os 40 por cento”.

Francisco admite que trabalhar nessa antecâmara da morte que são os cuidados paliativos o ensinaram a ser favorável à eutanásia. Custa-lhe a impotência perante os pedidos dos doentes. “Estamos tão obcecados em drogar as pessoas que nem lhes damos oportunidade de dizerem o que querem.” E a oportunidade falta porque a maioria dos profissionais de saúde, diz, “não está bem resolvida em relação à morte”. Muitas vezes, “veem nos outros a sua própria morte e não estão preparados”.

Tal como Francisco, também a médica Cristina Galvão e a enfermeira Catarina Pazes ouvem pedidos desesperados. Mas ambas asseguram que o desejo de fim desaparece com o apaziguar da dor. Uma missão que garantem sempre – e enfatizam o sempre – possível: “Não há nenhum momento em que não haja nada a fazer. Recusamos esse fatalismo”, diz Catarina Pazes, logo secundada pela companheira de equipa. “Controlar a dor é fácil. Se esse controlo implicar perda de consciência, negociamos com o paciente. Explicamos e perguntamos se aceita a medicação.”

Em oito anos de projeto Suporte em Cuidados Paliativos Beja+, a média anual de doentes seguidos – em casa, unidades de cuidados continuados ou lares – ronda os duzentos. Embora já tenham ouvido o desespero do pedido “Mate-me!”, o apoio a doentes em fase terminal levou-as a concluir que querem – e conseguem – “matar o sofrimento em vez de matar o sofredor”. 

Uma convicção que as faz remar contra a morte assistida. Pelo menos enquanto não for esgotada a oferta de cuidados paliativos. “Aceitaria melhor a discussão depois de assegurados os cuidados paliativos para todos.” E se se resolvesse primeiro a distanásia – excesso de cuidados e intervenções médicas inúteis. “Andamos numa luta desenfreada contra a morte e depois oferece-se a eutanásia. Isto torna a discussão inoportuna”, defende Catarina Pazes.

Para esta equipa, tudo seria diferente se houvesse mais saber sobre o alívio que podem garantir. “Prevenia-se muita dor com referenciação precoce. A maioria dos doentes chega-nos tarde, quando já sofreram muito e pensam que não há alívio. Mas há”, reitera Cristina Galvão. O problema, admite um oncologista ouvido pela VISÃO, é que “a esmagadora maioria dos portugueses não tem quem os ajude” nesta batalha pela morte digna. Confrontado com a impossibilidade de aconselhar os seus doentes a escolherem como morrer, assinou o manifesto. “É preciso uma discussão séria sobre o tema e mudar a lei. O médico não pode transformar-se em assassino para aliviar o sofrimento.” Por isso mesmo, o próprio bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, veio já admitir a necessidade de referendar o tema dentro da classe. 

Enquanto não mudar a lei, nenhum médico se quer sentir assassino. Os doentes pedem uma morte digna. Nunca esteve tão perto de ser seriamente discutida, mas, para já, mantém-se o dilema.

Um testemunho inquietante que faz parte da investigação sobre o mercado negro da autanásia, que fez capa da revista VISÃO 1199.

Nota: Por motivos éticos, e de acordo com as recomendações para prevenção do suicídio, 
a VISÃO optou por omitir o nome do medicamento letal e o seu princípio ativo e os endereços 
dos sites onde pode ser comprado.

* O nosso enorme respeito por esta senhora que lutou até ao fim da vida para nos ajudar a morrer.

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ESTA SEMANA NO
  "SOL"

Colégios no topo cobram 
propinas acima de 500 euros

As alunos das escolas privadas voltaram a conseguir, este ano, melhores resultados nos exames nacionais do básico e secundário do que os da escola pública. É assim há vários anos.

A tendência resulta de vários fatores. Desde logo das condições socioeconómicas das famílias que optam pelas escolas privadas. Por exemplo, para inscrever um aluno do 10.º ano no Colégio Nossa Senhora do Rosário - que pela quinta vez volta a ocupar o primeiro lugar do ranking elaborado pelo B.I. para o secundário - as propinas têm um custo de 5.100 euros anuais (510 euros mensais). Ou seja, praticamente o valor atual do salário mínimo. A este valor somam-se ainda 300 euros da matrícula, mais 100 euros de pré-inscrição, o seguro escolar, os almoços que custam 1.150 euros anuais, a farda obrigatória e mais inscrições para atividades ou disciplinas extracurriculares.

Para os alunos do 5.º ao 9.º anos de escolaridade a propina cobrada pelo Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, desce para os 4.980 euros anuais. Todas as outras despesas têm o mesmo valor.

Já o St Peter’s School, em Palmela – que ocupa a segunda posição do ranking do secundário – cobra valores mais elevados. De acordo com o preçário daquele estabelecimento de ensino bilingue (português e inglês), este ano letivo a propina ascende aos 14.900 euros anuais (dez meses de aulas) para os alunos do 9.º ano. Sobe para os 15.790 euros anuais para os alunos do secundário, que podem ser pagos através de prestações. A este valor somam-se ainda três mil euros para a inscrição dos alunos tanto no 9.º ano para o secundário e um depósito de mil euros, que será devolvido no final de cada ano letivo.


A propina paga pelos alunos do St Peter’s inclui a farda, o material escolar, os manuais escolares, os almoços, e aulas de apoio caso os alunos tenham dificuldades nas notas. Mas, como se trata de uma escola bilingue, um dos pré-requisitos do St Peter’s para selecionar alunos passa pelo nível de inglês. Caso os estudantes não tenham um nível adequado de inglês, terão de frequentar um programa especial daquela língua, que tem um custo de 700 euros por semestre. 
      
No geral, são estes os valores praticados pelos colégios que fazem parte do top dez do ranking realizado pelo B.I. para o secundário. Mas além das condições socioeconómicas há outros fatores que fazem com que as privadas consigam melhores resultados. É o caso da seleção de alunos, seja através de provas de aptidão, dos valores cobrados em mensalidades ou através do número de vagas. Também o nível de exigência da aprendizagem nos colégios varia de escola para escola.

Tudo isto acaba por desvirtuar os resultados dos rankings, que o Ministério da Educação recusa realizar. Custos e restrições que não existem na escola pública, onde não há seleção de alunos – muitos com origem em famílias com dificuldades financeiras –, e que mesmo assim, em relação a 2015, desceu apenas sete posições na tabela das médias mais altas dos exames.

Num universo de 812 agrupamentos de escolas há 233 escolas do secundário, por exemplo, onde 25% dos alunos recebem apoio social escolar.

Este ano, a primeira escola pública a ocupar um lugar no ranking do secundário está na 34.ª posição. Em 2015, a primeira escola pública estava no 27º lugar da mesma tabela. Mas esta descida na tabela de classificação não traduz piores resultados. É que a melhor pública classificada entre as secundárias - a Escola Básica e Secundária Filipa de Lencastre, em Lisboa - tem uma média de 12,70 valores (numa escala de 0 a 20) em 553 exames realizados pelos 176 alunos do 12.º ano. Valores que são semelhantes aos registados no ano passado – quando a melhor escola pública classificada teve uma média de 12,93 valores em 739 provas realizadas.

* A segregação do dinheiro funciona, até entre os miúdos.

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VARSÓVIA
 O efeito magnético



FONTE: EURONEWS


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HOJE NO 
"EXPRESSO"

O carrasco confessa-se

Duterte garante que ele próprio já matou traficantes. Uma tirada que pode inflamar a “guerra à droga” filipina

Costumava andar em Davao, montado na minha grande moto, a patrulhar as ruas à procura de problemas. Estava à procura de uma luta para poder matar.” A frase, dita por um Presidente-eleito, poderia chocar por si só, mas Rodrigo Duterte não se ficou por aqui. Esta semana, o Presidente filipino fazia mais um balanço sobre a sua famosa “guerra às drogas” quando deu o exemplo da sua ação na cidade de Davao, onde foi presidente de câmara. Além de garantir que patrulhava as ruas, o homem que tem a alcunha de “Punidor” assumiu que matou: “Costumava fazê-lo pessoalmente. Só para mostrar [aos polícias] que se eu conseguia fazê-lo, eles também conseguiam.”
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O episódio já levou dois senadores filipinos a pedir a destituição do Presidente, argumentando que crimes como homicídio podem servir de base a um afastamento. Em troca, o Governo desvalorizou, classificando as declarações de Duterte como “uma hipérbole”. “Ele exagera sempre para fazer passar a sua mensagem”, disse o ministro da Justiça, Vitaliano Aguirre.

Verdade ou exagero, certo é que a “guerra à droga” de Duterte tem provocado milhares de mortes, mesmo que não resultem da ação direta do Presidente. Desde o início de julho, mais de seis mil pessoas foram assassinadas — duas mil em operações policiais, as restantes por milícias populares ou justiceiros voluntários, por suspeitas de serem traficantes ou consumidores de droga. As identificações dos corpos revelam que as vítimas são na maioria “homens pobres e desempregados, que vivem de tostões contados e de biscates nas obras ou como condutores de triciclos”, revela o sítio filipino de notícias “The Rappler”. Segundo uma análise feita pela Reuters a mais de 50 operações policiais, 97% das vezes a polícia disparou e matou — algo que, para a agência, “sugere que os agentes estão a fazer execuções sumárias de suspeitos”. 

Cerco internacional 
está a apertar 
Com o próprio Presidente a incentivar as execuções por populares, a “guerra à droga” nas Filipinas está a alimentar um clima de violência que preocupa várias ONG e até as Nações Unidas. Esta quarta-feira, o Governo anunciou o cancelamento de uma visita do relator da ONU para as execuções extrajudiciais por este não ter concordado com as condições impostas por Duterte. No entanto, não foram reveladas quais seriam essas condições.

O cerco internacional aperta-se, tendo os EUA cancelado esta semana um pacote de ajuda humanitária por “preocupações significativas” com “o Estado de direito e as liberdades civis nas Filipinas”. Duterte garante não se preocupar e reafirma o seu lema de “não querer saber dos direitos humanos”. 

Para a Amnistia Internacional, a “confissão” de Duterte irá “inflamar polícia e vigilantes para violarem a lei às claras e levarem a cabo mais mortes”. 

Para já, a “guerra à droga” filipina continua, sem um fim à vista. 

* Um assassino pode ser um Chefe de Estado? Claro que pode, ainda há dias morreu um.

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ESTA SEMANA NO 
  "DINHEIRO VIVO"
Contas-base deviam ser low-cost mas
. custam 5,92 euros por mês

Custo médio mensal destas contas, que oferecem serviços limitados e padronizados, é maior do que o das contas à ordem “normais”, conclui a Deco.

As contas-base ‘nasceram’ mais caras do que deviam e agora custam ainda mais. Em média, as comissões pagas pelos clientes que têm estas contas – que oferecem um conjunto de serviços limitado e igual em todas os bancos – subiu 6,67% em apenas um ano. Traduzindo em euros: custam, em média, 5,92 euros por mês (71,04 euros por ano). É um valor “demasiado elevado”, alerta a Deco. Sobretudo se se tiver em consideração que há contas à ordem tradicionais que são mais baratas. 
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Apenas no Banco CTT são gratuitas. Atualmente há 12 bancos que disponibilizam estas contas-base, que foram criadas em 2015 e que não têm as limitações associadas às dos serviços mínimos. O problema é que, à semelhança do que tem sucedido com as contas ‘normais’, também nas base se tem assistido a um agravamento exponencial dos custos, segundo um levantamento da Deco que será divulgado na edição de janeiro/fevereiro da Dinheiro & Direitos.

Uma conta-base oferece um cartão de débito, a possibilidade de fazer apenas três levantamentos por mês ao balcão, realizar depósitos, débitos diretos e transferências intrabancárias (ao balcão). Perante esta oferta, refere Nuno Rico, economista da Deco, “o único produto com interesse é o cartão de débito”, mas que acaba por ficar demasiado caro. Os números falam por si: a anuidade mais cara do mercado para um cartão de débito ronda 26 euros. Bem menos do que os 71,04 euros de custo médio por ano de uma conta-base. “Pagar este valor para ter praticamente apenas um cartão de débito não vale a pena”, acentua o economista. 

Assim, para quem não faz levantamento aos balcão e movimenta a sua conta através da Internet , “não há vantagem em abrir uma conta-base já que estes serviços são gratuitos no ActivoBank e no Banco CTT”. E a comparação com uma conta à ordem tradicional também mostra que uma conta-base pode não compensar. 

O último levantamento realizado pela Deco revela que os clientes de uma conta à ordem (com cartão de crédito e de débito e uma transferência interbancária) pagavam, em média 86,70 euros de comissões se não tivessem o seu ordenado domiciliado, e 40,44 euros com domiciliação de ordenado. Estes custos terão, entretanto, subido, mas mesmo assim, continuarão a ser competitivos face às contas-base. 

A Deco detetou apenas uma situação em que as contas-base (comercializadas pelo Banco CTT e BIC) são uma opção mais barata do que uma conta ‘normal’: para quem não usa o cartão de débito e precisa de fazer até três levantamentos em dinheiro ao balcão, já que no Banco CTT estas contas são gratuitas e no BIC custam 24,96 euros por ano. A pesquisa da associação de defesa do consumidor revela ainda que os bancos cobram valores muito diferentes e que no extremo oposto do Banco CTT surge o Deutsch Bank, onde o custo anual da conta-base ascende aos 128 euros. No BPI, são 78 euros. 
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As contas-base surgiram em 2015, na sequência de uma petição lançada pela Deco para que não fossem cobrados custos de manutenção. O objetivo era que os consumidores pudessem ter uma conta depósito, sem qualquer serviço ou produto associado, sem terem de pagar. A versão que acabou opor ser legislada e chegar ao mercado ficou longe do pretendido. Foi reconhecida a necessidade de existirem contas mais baratas e facilmente comparáveis – daí a imposição de serviços padronizados -, mas não foi acolhido o argumento de que não deveria haver um custo associado à manutenção. 

Encerrar contas 
Além de entender que os custos são exagerados e que vários argumentos contribuem para fragilizar a utilidade das contas-base, Nuno Rico alerta ainda que, ao contrário do que era prática habitual dos bancos até a alguns anos, estes deixaram de encerrar as contas que ficam a zeros e esquecidas nos seus balcões. “Não as encerram as contas e continuam a cobrar as comissões que lhes estão associadas”, referiu ao Dinheiro Vivo o economista. 

Esta situação leva a que algumas pessoas apenas se apercebam desta situação quando recebem uma carta em casa a dar-lhes conta da “dívida” ou quando ‘regressam’ ao banco para abrir uma nova conta, por exemplo. Para evitar este tipo de sustos ou surpresas, é hoje possível aos consumidores certificarem-se de quantas contas têm em seu nome e estão ativas. Podem fazê-lo através do site do Banco de Portugal, na área do Cliente Bancário, com a senha de acesso às Finanças. 

* Os gestos de carinho da banca portuguesa para os mais necessitados.

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ÁRVORE DE NATAL FEITA 
COM MADEIRA RECICLADA



FONTE: EDUARDO CASA GRANDE

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ESTE MÊS NA 
"PCGUIA"

Crie a lista de contactos perfeita

Toda a gente quer ter as listas de contactos organizadas entre os vários dispositivos, mas a verdade é que ninguém quer ter o trabalho de o fazer. Aqui fica uma sugestão para que possa ter todos os contactos sincronizados, seja no PC, no smartphone ou no tablet, sem demorar demasiadas horas ou fartar-se a meio.

É incrível como vivemos num mundo em que a NASA recebe tranquilamente fotografias de Júpiter ou um hacker lança um ataque hostil a qualquer PC com a mesma facilidade como a que vemos na série Mr. Robot. No entanto, essa mesma facilidade não é tão automática quando precisamos de uma forma de ter todos os contactos actualizados entre dispositivos, quer sejam Android ou iOS. Que comece a simplificação dessa tarefa chata.

Crie uma conta-mestra 
A primeira etapa passa por criar uma nova conta de email, que passará a ser a sua conta-mestra. O ideal para este passo é que a sua nova conta seja no serviço da Microsoft, como o Live (ou Outlook, como preferir). Este é compatível com a maior parte dos serviços de webmail, dispositivos e utiliza o Microsoft Exchange, uma funcionalidade que sincroniza tudo. 


Para criar uma conta, basta ir até bit.ly/2dAkah2 e preencher os campos pedidos.

Exporte e importe os contactos
Agora que já tem uma conta-mestra, é preciso importar todos os contactos. Isto pode ser feito a partir de uma conta Microsoft já existente (seja Hotmail ou Outlook), Gmail, Yahoo Mail ou contactos do smartphone/tablet. No caso do Android, a lista de contactos do telefone está já integrada na conta Gmail. Para ter a certeza de que isto acontece mesmo, vá até ‘Definições’, seguido de ‘Contas e Sincronização’ e depois ‘Google’. Deslize até aos ‘Contactos’ e verifique se está selecionado por defeito. Para o iOS, o processo é ligeiramente mais trabalhoso, mas já lá vamos.


Para importar os contactos para a conta-mestra, aceda à nova conta Outlook no PC, carregue no ícone com os nove pontos, no canto superior esquerdo da interface. Depois disso, escolha a opção ‘Pessoas’. Carregue em ‘Gerir’ e depois em ‘Importar Contactos’. Basicamente, cada uma das contas de onde quer importar contactos vai gerar um ficheiro CSV, com todas as informações de que precisa, que será carregado para a conta-mestra.

Outra dica: importe contactos do iOS
Para ter acesso ao ficheiro CSV nos contactos do iOS, vai ter de dar mais umas voltinhas. Em primeiro lugar, tem de sincronizar os seus contactos para a iCloud. Vá às ‘Definições’ do dispositivo e depois entre em ‘iCloud’. Se não estiver já tudo sincronizado, escolha essa opção. Depois, regresse à opção ‘iCloud’ e verifique se está escolhida a opção ‘Contactos’. Para activar o backup para a iCloud, vá até ‘Backup’ e escolha ‘Back Up Now’.

Depois, siga até ao PC, abra o browser e vá até ao site icloud.com. Carregue em ‘Contactos’ e escolha ‘Selecionar todos’. Carregue no ícone da roda dentada e depois em ‘Exportar vCard’. Guarde o ficheiro. Abra o Explorador de Ficheiros e vá até aos ‘Contactos’ (Disco Local > Utilizadores > Contactos). Carregue em ‘Importar’ para ter o vCard. Depois disto, vai ter de criar um ficheiro CSV a partir destes contactos que acabou de carregar. Repita o passo de ir até à conta-mestra do Outlook (‘Pessoas’ > ‘Gerir Importar Contactos’).

Limpe a lista de contactos
Agora que já importou todos os contactos das diferentes fontes (contas de email e dispositivos), é provável que a conta-mestra vá ter alguns contactos duplicados – além dos desnecessários. Para gerir isto, vá até ao PC, novamente até ‘Pessoas’ e depois carregue em ‘Gerir’ e ‘Limpar Contactos’. Isto vai gerar uma lista de todos os contactos duplicados. Pode escolher se são efectivamente duplicados ou se os quer manter. Quando estiver satisfeito, carregue em ‘Limpar contactos’. Assim que o processo estiver terminado, vai ter uma lista de contactos limpinha.

Sincronize os contactos da conta-mestra para os dispositivos
Agora que já tem uma lista de contactos arrumadinha (e completa), tem de a carregar para os dispositivos e emails.

Dispositivos iOS
Vá até às ‘Definições’ > ‘Mail’ > ‘Contactos’ > ‘Calendários’ e escolha ‘Adicionar Conta’. Introduza os dados da conta-mestra. Se for necessário introduzir um servidor, escreva m.hotmail.com e reintroduza o email e a password. Vá até ‘Mail’ > ‘Contactos’ > ‘Calendários’ e verifique se estão a ser sincronizados apenas os contactos, desligando a opção ‘Mail’.

Dispositivos Android
Siga até ‘Definições’ > ‘Contas’ > ‘Sincronização’ e adicione a nova conta. Tem de recorrer à opção de setup manual, depois de carregar em Microsoft Exchange. Introduza o email, password e m.hotmail.com no Endereço de Servidor. 
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Depois, nas opções da conta, repita o passo de não sincronizar os emails automaticamente. Da próxima vez que registar algum contacto, adicione-os logo à conta-mestre.

Mais contactos no email
Se quer ter estes contactos na sua conta principal de email, caso utiliza o Outlook no PC, pode ter logo acesso aos contactos da conta-mestra através de um setup dentro do programa. Se utiliza Gmail ou Yahoo, a importação terá de ser manual. No Gmail, por exemplo, carregue na seta ao lado de Gmail e siga até ‘Contactos’. Carregue em ‘Mais’, no novo separador que foi aberto, e em ‘Importar’. 


Depois disso, escolha ‘Outlook’. Para ter sempre tudo actualizado, repita o processo com frequência, de cada vez que grava um novo contacto.

* Devemos aprender com quem sabe!

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Rabanadas de água com vinho do Porto




De: Necas de Valadares
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Presidente do TC defende
. descriminalização do lenocínio simples

Para o Presidente do Tribunal Constitucional, Manuel da Costa Andrade, a actual definição do crime de lenocínio simples - a exploração comercial da prostituição onde há "livre determinação sexual de quem se prostitui" - é inconstitucional.
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Através de uma declaração de voto citada pelo Jornal de Notícias (JN), o líder do TC admite que o "acto de fomento, favorecimento ou facilitar o exercício de ato sexual remunerado justifica a convocação do Direito Penal", já que este "em nada se assemelha à moralidade". No entanto, argumenta Costa Andrade, o lenocínio simples passou a violar a Constituição após a reforma penal de 1998, que deixou cair as situações de exploração de abandono ou de necessidade económica.

"[A actual definição penal de lenocínio serve para] prevenção ou repressão do pecado, num exercício de moralismo atávico com que o Direito Penal de um Estado de Direito da sociedade secularizada e democrática dos nossos dias nada pode ter a ver", lê-se na declaração de voto de Costa Andrade, que foi apresentada pelo próprio no final de um acórdão de 21 de Novembro. Esta visão de Costa Andrade teve o apoio do jurista Rodrigues Ribeiro, no entanto a tese da inconstitucionalidade do crime do lenocínio simples foi rejeitada por grande parte dos juízes do Palácio Ratton. 

Segundo a lei, comete lenocínio simples "quem, profissionalmente ou com intenção lucrativa, fomentar, favorecer ou facilitar o exercício por outra pessoa de prostituição", e é punível com "pena de prisão de seis meses a cinco anos". Segundo o JN, esta definição distingue-se do lenocínio agravado a partir do momento em que o crime é cometido "por meio de violência ou ameaça grave, através de ardil ou manobra fraudulenta, com abuso de autoridade (decorrente de relação familiar, por exemplo), ou aproveitando-se da incapacidade psíquica ou vulnerabilidade da vítima".

* A fronteira entre os dois lenocínios é muito ténue, não será  fácil de separar, quem fica a ganhar são os chulos.

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