25/03/2016

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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20.O QUE NÓS  

"APRENDEMOS"!




JUDO





Na etiqueta "PEIDA E DESPORTO" estamos a apresentar regras de várias modalidades desportivas e olímpicas desde 13 de Novembro de 2015. .
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** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

 

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3.O NOVO MUNDO


DOCUMENTÁRIO DO

LIVRO DE MÓRMON




* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Teorias de conspiração, 
raiva, perplexidade e tristeza 
no bairro de Abdeslam

Nos 'media', Molenbeek é sinónimo de jihadistas e seus cúmplices, o lugar de onde saíram centenas de combatentes do Daesh. Ao vivo, num dia cinza e frio, é assim

Wafae não é exatamente o tipo de rapariga que se espera encontrar num bairro que o mundo inteiro vê como um coio de radicais islâmicos. Longos cabelos negros, pestanas postiças, unhas rosa shocking, jeans skinny a delinear as pernas rechonchudas, iphone plus na mão. Está à porta de um prédio com duas amigas, Sarah e Inez. Elas têm 19 anos e estudam, Wafae, enfermeira, tem 20. E opiniões muito claras. "Para mim isto é um golpe montado pelo Estado." Um golpe? Montado? Por que Estado? "É complicado explicar." Mas refere-se aos atentados? "Sim. Eles fizeram isto mas tinham boas razões. Vamos ficar à espera de saber o que se vai passar."
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São cinco e meia da tarde. Estamos no centro de Molenbeek, prédios baixos, antigos, mas sem especial mau aspecto, praticamente uma mercearia, com muitas caixas de fruta, em cada esquina, ruas limpas, e, à exceção de algumas mulheres de negro da cabeça aos pés e só o rosto de fora, pessoas com aspecto normal, a maioria claramente de origem magrebina. Não é a imagem clássica do bairro suburbano desfavorecido, até porque Molenbeek está muito longe de ser um subúrbio: fica bastante perto, por exemplo, da Praça da Bolsa, onde se reúnem os que querem homenagear os mortos e feridos nos atentados, praça que, por sua vez, é ao lado do ex libris de Bruxelas, a Grande Place. E daqui, de onde está Wafae, até à Rue des Quatre Vents, onde Abdeslam foi preso, são cinco minutos.

"Salah não é uma pessoa violenta"
Voltemos à conversa: "Boas razões?" Wafae olha-me com os seus enormes olhos escuros, muito séria. "Expliquei-me mal, não era isso que queria dizer. Eles foram endoutrinados." Hesita. "Eu conheço o Salah. Ele não é uma pessoa violenta. Nem ele nem os outros. Não eram assim, não é possível que tivessem ficado assim num mês. A ponto de matar gente inocente."

Sarah, sentada na soleira da porta ao lado, assume de repente, desafiadora: "Eu sou prima dele." Divertida com a perplexidade causada, apressa-se a esclarecer que "não sabia onde ele estava, não podia dizer. Mas é meu primo, defendo-o." É mesmo, prima de Abdeslam, ou está a inventar? Wafae garante que é verdade, sem nunca perder o ar sério. Se pudesse falar com Salah, diz, perguntava: "O que é que se passou realmente? Quem é que te obrigou a fazer isso?" Abana a cabeça. "É que não faz sentido, por isso digo que é um complot." Sarah volta à carga: "Sabe porque é que não deixam a mãe dele ir visitá-lo? É mãe dele, caramba. Ela está doente com isto, não percebe nada." A terceira rapariga, Inez, fala muito depressa: "Vi-os prenderem-no. Bateram-lhe."

Wafae abre um link no telefone
"Tem de ler isto. Não dá para ler aqui agora, porque é muito grande, mas anote e leia mais tarde. Vai perceber o que estou a dizer. Porque, repare: se eles quisessem de facto matar muita gente, acha que as coisas se tinham passado como se passaram? Em Paris, por exemplo, estavam no estádio e rebentaram-se cá fora. Podiam ter matado muito mais gente lá dentro. E o irmão do Salah (Brahim, 30 anos, que se explodiu no Comptoir Voltaire, um café do Boulevard Voltaire, a 13 de novembro), nem matou ninguém." Sarah, de novo: "Salah não é um terrorista."

São, garantem, as três muçulmanas. Não usam véu porque "é uma opção, não obrigatório", e usar véu implica uma série de obrigações, que enumeram: "Não falar com rapazes, não ir à discoteca, ir a Meca..." Sobre a imagem do bairro, encolhem os ombros. "É normal. Há aqui muitas nacionalidades. Italianos, portugueses." Riem com a menção a Portugal. "Mas às vezes sinto que me discriminam quando vou procurar trabalho. E se digo que sou daqui é pior." Um bairro normal, mas perguntam, com apreensão: "Anda por aqui sozinha?". E a seguir: "Podíamos ir beber um café consigo, mas o mais próximo é só para homens." E quando, no fim da conversa, pergunto onde posso apanhar um táxi, Wafae oferece-se para me acompanhar, para no fim explicar: "Foi para sua segurança."
Mas recuemos um pouco, à teoria da conspiração. "Vão esperar que isto fique calmo e o Daesh vai voltar a fazer mais atentados. É preciso deixar de atacar outros países, assim eles deixam de nos atacar." Eles quem? Wafae faz um ar ligeiramente enfadado. "Já reparou que eles só atacam países com petróleo? E que se o Daesh fosse motivado pela religião, atacaria Israel, que ocupou a terra dos palestinianos e os massacra? O Daesh é um golpe montado pelo Estado." Mas por que Estado? "Vários. Da Europa, da América. Esses todos. Drogam as pessoas, sei lá o que lhes fazem para elas depois fazerem estas coisas."

"Sentimo-nos um Zoo"
Wafae e as amigas não são as únicas pessoas encontradas ao acaso nas ruas de Molenbeek a, no meio da conversa, revelarem que conhecem Salah Abdeslam ou a família. E certamente não são as únicas a não querer fornecer a identificação completa, mails, números de telefone. De facto, ninguém diz o apelido, por vezes nem mesmo o primeiro nome. E ninguém fornece um contacto. Mas poucos recusam falar, como fez a diretora de uma escola básica do bairro recomendada pela sua política de integração que, contactada pelo telefone, é cortante: "Não, temos que chegue. Sentimo-nos um Zoo. Foi em novembro, foi na sexta-feira... Do que precisamos agora é de tranquilidade. De trabalhar com as crianças, que nos deixem em paz. O que se passou agora não foi aqui, foi no centro da cidade. Não vai encontrar nenhuma história aqui na nossa escola, connosco. Os alunos e os professores já passaram que chegue. Lamento, mas não."

Na verdade, espantoso é que alguém em Molenbeek ainda tenha paciência para jornalistas. Ao lado do nº79, o prédio onde Abdeslam estava escondido, a farmácia é um corrupio de equipas de reportagem. Por exemplo estes dois eslovacos que não arranham nada de francês e aqui andam, desolados, a tirar fotos e sem conseguir fazer uma única entrevista. Uma senhora de 63 anos que nem o primeiro nome aceita dizer sai, de roupão, disparada da porta de um prédio da rua perpendicular à Des Quatre Vents para os verberar: "Para que estão a tirar fotos ao prédio e à rua? A pessoas que não fizeram nada? Que mal fizemos nós? Vivo aqui há 42 anos, não temos nada a ver com essa merda, com esses merdas. Não fazemos merda e não queremos que façam merda. Queremos viver tranquilamente, vivemos muito bem com os belgas, comemos com os belgas, adoramos os belgas." E não é belga? Pára, surpreendida. "Sim, sou belga também, claro." Acalma-se. "Sabe, desde que isto sucedeu que estamos fartos. Eu só de falar consigo já me está a subir a tensão." Toco-lhe no braço, sorri. É de onde? "Sou de Casablanca. Somos a primeira geração a vir para a Bélgica. E ele estava aqui ao meu lado e eu não sabia. Ficamos doentes com isto. Se um filho meu fizesse aquilo, nem sei. Olhe, bato na madeira. Sabe o que lhe devem fazer, ao Abdeslam? Mandá-lo para Marrocos."

"Que raio de religião é a tua?"
Não é a única com essa opinião. Mohamed, 30 anos, que está mesmo em frente ao nº 79, acha o mesmo, se bem que quando se lhe aventa a hipótese de isso poder significar a pena de morte recua na ideia. "Ah, não. Isso também não." O que seria adequado, então? "Sei lá, um mínimo de 10, 15 anos." 
Mas queria mandá-lo para Marrocos porquê? "Para ele perceber que aqui se vive bem, temos tudo aquilo de que precisamos. A vida é muito pior lá." Estamos a falar há um bom bocado quando Mohamed confessa que andou com Salah na escola. "Ele é quatro anos mais novo. Mas todos tínhamos boa opinião dele. Era um rapaz doce, simpático, que não traía os outros. Correto." Então, como acha que isto sucedeu? "Foi manipulado." Podia acontecer com outra pessoa qualquer? Consigo, por exemplo? "Nem pensar. Eu fui bem educado. Sei como o mundo funciona. Mas, repare, ele não foi capaz de se matar. O irmão explodiu-se mas ele não." Que lhe diria, se pudesse visitá-lo? "Olhe, fico emocionado só de pensar nisso. Aconselhar-lhe-ia coragem e paciência. Dir-lhe-ia: "Não devias ter feito isto, fizeste algo de grave, mas tens toda a gente que te conhece do teu lado. E espero que mudes de ideias."

Na esquina a seguir Ilias, 18 anos que parecem 15, está na macacada com um amigo. Desmancha-se a rir com a nacionalidade da jornalista. "Sei palavrões na sua língua. Tenho um colega da escola, o Tiago, que me ensinou." Bom professor, o Tiago, a crer na demostração que se segue. Mas a risota acaba abruptamente: "É completamente bizarro, tudo isto. Ver o nosso bairro na TV, saber que tipos pouco mais velhos que eu se fazem explodir." Não, Ilias nunca viu Abdeslam mais gordo. Mas gostava de lhe fazer uma pergunta: "Que raio de religião é a tua? Não há religiões para matar pessoas inocentes."

Sobre isso, tanto para dizer. Mas vamos à última paragem, que na verdade foi o início da reportagem, uma loja de ferragens quase em frente ao prédio 79. Ben, 48 anos, é o dono. Tem tempo para falar, entre clientes esparsos que o saúdam com Salaam Aleikum, a paz esteja contigo. O bairro, diz, costumava ser "convivial". Agora é menos: "Desde que isto começou as pessoas estão mais fechadas." Para não variar, conhece a família Abdeslam. "O irmão mais velho costumava vir cá muito. Mas nunca mais o vi. Que acho da família? Bom, uma coisa é certa: se olharmos para o percurso do Salah, vemos que ele foi à escola, trabalhava, tinha um emprego estável. Criou os seus próprios problemas. Como, porquê? Não percebo. Era preciso ter uma bola de cristal." Nascido na Bélgica de pais marroquinos, Ben não nega que existe discriminação contra os magrebinos. Mas, acha, "sociedades sem discriminação não existem". E as consequências dos atentados em termos políticos não o assustam. "Pode ser que venham aí medidas securitárias, a extrema direita. Se for a extrema direita democrática, não é um problema. Podem ser mais duros, mas isso não é mau." Aliás, costuma votar à direita. "Mas não creio que mais medidas de segurança resolvam alguma coisa. Melhores serviços de informação, talvez." Uma senhora de idade, túnica e cabelo coberto, interrompe, vem pedir-lhe que arranje uma vassoura. Pergunta: "Jornalista? Vem por causa do que aconteceu, não é?" Arqueia as sobrancelhas: "Não me pergunte o que penso, não sei o que dizer de tudo isto."

Fernanda Câncio
Enviada especial a Bruxelas

* Vidas terríveis.

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2-QUANTO VALE

A TERRA?

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Formada há mais de 4,6 milhões de anos, a Terra acumula grandes riquezas, desde a madeira ao gado, passando pelo ouro. Em conjunto, esses recursos construíram nossas grandes civilizações.


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
 
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HOJE NO
"RECORD"

Filipa Martins conquista bronze em Doha

A ginasta portuguesa Filipa Martins conquistou esta sexta-feira a medalha de bronze na prova de Paralelas Assimétricas da Taça do Mundo de Doha, com um total de 13.625 pontos. Melhores do que a portuguesa apenas a sueca Jonna Adlerteg (14.925) e a brasileira Rebeca Andrade (14.250).
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De referir que, no sábado, Filipa Martins volta a entrar em ação numa decisão, agora para participar na final de Trave.

A presença de Filipa Martins em Doha antecede a sua participação no Rio de Janeiro, de 21 a 22 de abril, quando disputar o test event, a competição que encerra a qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

* Valente menina!

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AMAMENTAR

EM PÚBLICO


TESTE ESCLARECEDOR



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HOJE NO 
  "JORNAL DE NOTÍCIAS"
Mulher casa com 
o seu dador de esperma anónimo

Aminah Hart conheceu e apaixonou-se por Scott Andersen, o seu dador de esperma anónimo, um ano depois de a sua filha ter nascido. Subiram ao altar há poucos meses, revelou agora a própria

Aminah Hart e Scott Andersen conheceram-se em 2013, um ano depois da filha de ambos, Leila, ter nascido. A australiana, nascida em Londres, recorreu à fertilização in vitro para voltar a ser mãe, depois de ter perdido dois filhos para uma doença rara. Ele, como dador de esperma anónimo, tornou isso possível.

Leila nasceu a 14 de agosto de 2013, "grande e saudável", com três quilos e 900 gramas. Nesse mesmo ano, a mãe de Aminah lançou-se numa investigação por conta própria e descobriu uma fotografia de Scott online. Depois, encorajou a sua filha a entrar em contacto com a clínica de fertilidade, para oferecer os seus contactos e mostrar-se disponível, no caso de o dador querer conhecer a menina. Ele manifestou essa vontade.
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Conheceram-se, apaixonaram-se e fizeram manchetes de jornais em todo o mundo quando tornaram pública a sua relação. Agora, a mulher de 46 anos revelou à imprensa britânica que em dezembro último trocaram alianças, à beira-mar, perante 130 amigos e familiares próximos. A pequena Leila ficou responsável por transportar as flores da cerimónia.

"O que aconteceu comigo e com o Scott foi algo tão aleatório e bizarro", admitiu Hart, numa entrevista ao Channel Nine. A antiga publicitária escolheu o Andersen como dador entre cinco possíveis candidatos, sabendo apenas, à partida, que ele era saudável, que tinha quatro filhos e era praticante de futebol.

Pouco depois de começarem a namorar, Andersen pediu-a em casamento, no mesmo dia em que se assinalava o aniversário do seu falecido filho Louis (que, juntamente com o seu irmão, Marlon, sofria de uma doença genética que afetava os músculos e o movimento). "Ele foi buscar leite com a Leila e voltou com um anel de noivado, o que foi uma verdadeira surpresa, porque eu normalmente passo os aniversários deles [dos filhos] de forma calma e melancólica", contou, ao jornal "Daily Mail Australia".

A australiana transformou esta sua história num livro, intitulado "How I Met Your Father". Avança a imprensa inglesa que uma produtora já a abordou para transformar a obra num filme.

* Mas que bela história de amor!


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ANDRÉ MACEDO

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Não somos todos iguais

Os últimos dias foram preenchidos com os elogios à visita de Barack Obama a Cuba e aos modos suaves do presidente americano, decisivos para que o degelo com meio século abra uma nova oportunidade nas relações entre os dois países. Apesar de a prisão de Guantánamo não ter sido ainda encerrada, o caminho também começou a ser feito, reforçando esta ideia de grande moderação estratégica da Casa Branca nas relações externas.
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No Iraque e no Afeganistão, embora em ritmos diferentes, aconteceu o mesmo. Obama adotou a mesma suavidade, lançando as bases para o diálogo e a retirada militar onde antes reinava apenas confronto e belicismo. O acordo da América com o Irão, permitindo o regresso de Teerão ao comércio internacional de petróleo e a alguma normalidade nas relações diplomáticas, é outro dos exemplos mais recentes desta viragem da Casa Branca, que tem na Síria e no caos que a envolve mais um sinal da vontade do atual poder de Washington de deixar de ser o promotor único da paz mundial, reduzindo a sua esfera de influência.
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Os EUA, com Barack Obama, deixaram de ser o polícia irrefletido que se impunha no centro de grande parte dos principais conflitos planetários e, depois, pagava a fatura. A América não saiu de cena, mas já não quer assumir a liderança da mesma forma explícita, como aliás ficou claro a seguir aos atentados de novembro em Paris. Na altura, o presidente americano sublinhou que o terrorismo islâmico era uma ameaça, mas que teria de ser combatido de outra maneira, com mais diálogo, com mais paciência e com espaço para que os europeus, vizinhos do caos, dessem um passo em frente. Isto Obama não disse, não assim, não com estas palavras, mas estava no subtexto.
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O que os atentados de ontem em Bruxelas, capital política europeia - que não restem dúvidas nenhumas disto -, vieram confirmar foi que este recuo dos EUA, concretizado ao longo dos últimos oito anos, deixou um vazio explosivo que expôs a fragilidade da União Europeia e as suas enormes e talvez insanáveis contradições.
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A guerra na Síria confrontou e confronta os europeus com a chegada de milhões de refugiados - um problema que não se resolve com um cheque endossado à Turquia - e tornou ainda mais evidente a indisponibilidade das comunidades imigrantes islâmicas para respeitarem os princípios e os valores dos povos que as acolheram. O que acontece em Molenbeek, o que se passa em Paris e em várias cidades francesas e noutras pela Europa fora traduz esta intolerância militante e abrasiva que, de recuo em recuo, cedência em cedência politicamente correta - a permissão do uso de hijab sem limites, a eleição de fundamentalistas para cargos públicos, o financiamento das mesquitas por países que sustentam o terrorismo -, permitiu que o islamismo radical explorasse a desigualdade em seu benefício.
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O proselitismo islâmico agressivo, ancorado em versões primárias e primitivas da religião, alimentou descaradamente esta espécie de niilismo geracional que nos trouxe até aqui. E onde estamos hoje?

Estamos em guerra, embora muitos não queiram acreditar e insistam nas virtudes mágicas da tolerância universal. A paz e a grande moderação americana de Obama são, em si, saudáveis, são desejáveis, são para onde devemos caminhar. Mas não resolvem sozinhas o problema. A desintegração de Schengen, o regresso das fronteiras por razões de sobrevivência - não apenas de segurança - é a prova de uma derrota cultural e política que, a não ser emendada, rasgará a Europa.

Estamos em guerra, disse ontem François Hollande - e disse bem. O medo está entre nós. Viajar significa arriscar - porque os atentados já entraram na rotina. Tiramos os sapatos no aeroporto, fiscalizamos o passageiro do lado, olhamos por cima do ombro, habituamo-nos ao terror. Comecemos então pelo óbvio: não somos todos iguais. Ao reconhecer essa diferença - evitando a islamofobia - fica mais claro quem somos, o que temos de fazer, quem e o que devemos combater.

IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
23/03/16

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819.UNIÃO


EUROPEIA



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ONTEM NA
  "DELAS"
Mais anorexia nervosa, mais depressão,
. mais ansiedade e suicídio

As depressões, as perturbações por ansiedade e as demências registam as mais altas proporções nos Cuidados de Saúde Primários, desde 2010. De acordo como os resultados ‘Saúde Mental em Números 2015’, apresentados esta quinta-feira, 24 de março, pela Direção-Geral de Saúde, a demência e ansiedade registam taxas mais altas no Alentejo, enquanto as perturbações depressivas parecem ter prevalência mais elevada na região Centro.

Entre 2011 e 2014, a proporção de utentes com demências face aos inscritos nos Cuidados de Saúde Primários duplicou em Lisboa e Vale do Tejo e no Alentejo e quase triplicou no Algarve. No Norte e Centro, a taxa também subiu, no mesmo período, mas de forma menos acentuada.

A ansiedade, tendo em conta o mesmo intervalo temporal, duplicou no Alentejo e em Lisboa e Vale do Tejo. Resultados semelhantes se aplicam aos utentes com depressão. Neste capítulo, destaque para o crescimento acentuado no Algarve, no já referido período considerado.

Anorexia nervosa cresce entre as mulheres adultas
Os casos de anorexia nervosa estão a aumentar. De acordo com os dados do estudo, houve uma duplicação dos utentes do sexo feminino saídos de hospital, com idades compreendidas entre os 18 e os 39 anos, subindo dos 56 casos para os 120, em Portugal Continental. Registam, porém, menos dias de internamento.
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No mesmo período, mas no que diz respeito a jovens dos 0 aos 17, o valor desceu dos 69, em 2013, para os 65, em 2014. A bulimia nervosa parece registar a tendência contrária à da anorexia. Com muito menos casos apontados, há até uma estabilização entre os dados de 2013 e 2014, no que diz respeito ao sexo feminino.

Consumo de ansiolíticos e antidepressores sobe
Os medicamentos contra a depressão continuam a sua escalada, desde 2010. “A continuação do acréscimo prescritivo em todos os grupos farmacológicos, com ênfase para os antidepressores e os ansiolíticos: se os primeiros não acionam qualquer alarme na comparação internacional, os segundos, que integram sobretudo benzodiazepinas, mantêm este grupo farmacológico em níveis de risco para a saúde pública”, alerta o relatório. 
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Recorde-se que as benzodiazepinas mais prescritas (o alprazolam e o lorazepam) são as que têm maior potencial ansiolítico e, com isso, maior tolerância e dependência, havendo algumas indicações científicas que fazem corresponder a toma destes medicamentos a défices cognitivos e mesmo situações de demência.

Número de suicídios aumenta
Há quase mais 150 casos de suicídio em Portugal continental em 2014 do que em 2013, estando agora os 1154 casos de lesões autoprovocadas intencionalmente. Um valor apresentado no estudo ‘Saúde mental em números – 2015’ e que ressalva o facto de ter entrado em funcionamento um modo modelo de contabilização destes dados.

De acordo com o relatório apresentado pela Direção-Geral de Saúde, a taxa de mortalidade por suicídio em 2014 é a mais alta deste período de crise económica, ficando estabelecida nos 11,7 por 100 mil habitantes, em 2014. Recorde-se que, em 2012 e 2013 estava fixada nos 10,1, por 100 mil habitantes.

Os homens põem mais termo à vida do que as mulheres – o estudo aponta para uma prevalência três vezes superior. Os níveis de ruralidade e de privação estão, no caso do sexo masculino, bastante associados a esta taxa e os autores do estudo admitem que “as mudanças recentes destes padrões podem resultar do atual período de crise”.
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Se a crise económica e austeridade estão ou não na base deste aumento, os responsáveis do relatório “Saúde Mental em números” são cautelosos na hora de estabelecer a correlação, lembrando “não existirem estudos com base na revisão bibliográfica que comprovem ligação entre crise económica e mortalidade por suicídio em Portugal ao nível local”, lê-se no documento.

Contudo, o trabalho apresentado em 2015, ‘Suicídio em Portugal: determinações espaciais num contexto de crise económica’ não excluía a hipótese: “as alterações recentes nas tendências suicidas podem resultar do corrente período de crise económica e social”, lê-se no relatório agora apresentado.
A morte por suicídio mantém-se superior no Sul, com o Alentejo e Algarve a registarem os maiores números, e ilhas do que no Norte, mas a tendência dos últimos dois anos aponta para uma taxa de mortalidade a subir no caso dos homens no Norte, centro e Lisboa e vale do Tejo e descendo no Sul. No caso das mulheres, a taxa decresceu no Centro e Alentejo, mas subiu no Sul.

O relatório da DGS alerta para a taxa de suicídio nas Regiões Autónomas, “não menos atingidas pela crise económica que o Continente”, com particular destaque para os resultados registados nos Açores. “Destacamos a preocupante taxa de suicídio em jovens do sexo masculino com idades entre os 15 e os 24 anos, acima dos 25 por 100.000 habitantes, bem como na faixa etária entre os 35 e os 44 anos (35,7/100.000), que nesta região se destaca quando comparada com as restantes faixas etárias”, lê-se no documento.

* Suicídio, problema social de extrema gravidade.


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1-O CANCRO


DA EUROPA

CATASTROIKA



* Enterrado o papão da Guerra Fria que funcionava como "regulador" nas relações entre Ocidente e Leste, foi "confeccionado" um instrumento novo com maior abrangência, exterior à soberania dos países, que os manietasse para sempre a uma nova ordem mundial, dá pelo nome de DÍVIDA.


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9-PORTUGAL

1975 E AGORA

PERCENTAGEM DE ÓBITOS
COM MENOS DE UM ANO



PERCENTAGEM DE IDOSOS



 PENSÕES



 PROCESSOS PENDENTES


Como era Portugal em 1975? E como é nos dias de hoje? Uma série de episódios, numa cooperação entre a Pordata e a RTP, explicam como é que o país mudou ao longo dos últimos 40 anos.


** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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HOJE NO 
"PÚBLICO"
Portugal tem seis novos centros
 de vistos na China

Portugal passará a contar, a partir de Abril, com seis novos centros de vistos na China, o maior emissor mundial de turistas, acompanhando o crescente número de chineses que visitam o país, em lazer ou negócios.
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Guangzhou
Localizados nas cidades de Nanjing, Chengdu, Shenyang, Wuhan, Fuzhou e Guangzhou, os 'visa center' ficarão a cargo da VFS Global, grupo privado com operações em 123 países, segundo a embaixada portuguesa em Pequim.

Estas instalações tratarão da recolha dos documentos e dados biométricos, que são depois enviados para as secções consulares portuguesas em Pequim e Xangai, a quem cabe a decisão final sobre a emissão do visto.

Portugal já contava, desde 2013, com um 'visa center' em Pequim e, desde finais do ano passado, também em Xangai.

Entretanto, o novo consulado em Cantão, capital da província de Guangdong, no sul da China, "está em processo de abertura", segundo confirmou a embaixada de Portugal na China.

A mesma fonte revelou que, no ano passado, a secção consular na capital chinesa emitiu 8.679 vistos.
Aquela cifra não inclui as emissões do consulado em Xangai, a metrópole situada na próspera costa leste chinesa.

"Hoje em dia os vistos são emitidos em 24 horas. Isso é algo reconhecido por todas as entidades com quem estivemos", enalteceu esta semana o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, em declarações à agência Lusa em Pequim.

Segundo Luís Araújo, que falava à margem de uma visita de quatro dias à China, o número de turistas chineses que em 2015 visitou Portugal cresceu 36%, para "cerca de 150 mil".

Em média, foram os que mais gastaram em compras 'tax free' - 641 euros por transação -, de acordo com estimativas da Global Blue, empresa especializada em gestão de operações de reembolso de IVA a turistas.

"Dá uma ideia da curiosidade que existe relativamente a Portugal como destino turístico e de investimento, duas componentes que temos de ter em consideração quando falamos do mercado chinês", frisou Luís Araújo.

Pelas contas de Pequim, cento e vinte milhões de chineses viajaram para fora da China Continental, em 2015, num aumento de 19,5% face ao ano anterior.
Em 2014, o Turismo de Portugal passou a ter uma representante permanente na China, Inês Cunha Alves, especialista em relações internacionais e empreendedorismo.

No mesmo ano, o Governo português lançou uma campanha de promoção no país centrada na imagem de "C Luo" (Cristiano Ronaldo, em chinês), o português mais conhecido entre os chineses.

* Os chineses gostam de viver em Portugal país onde vigoram poderes democráticos e a repressão não existe, muitos "turistas" tentarão fixar-se no país.

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Vania Borges

Ya No Hace Falta


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HOJE NO 
"i"

Lava Jato. 
Documentação apreendida 
dá um tiro na oposição

Não só Lula e PT parecem sair do Lava Jato. De tanto levantar pedra, a lama cai em todos os lados. Há mais de 200 políticos financiados pela Odebrecht

“O ‘Jornal Nacional’ não vai divulgar os nomes de políticos listados. O motivo é simples: além de a polícia não saber ainda se cometeram alguma ilegalidade, a lista inclui mais de 200 pessoas de todos esses partidos. Não faria sentido escolher uns e omitir outros. E o tempo não nos permitiria divulgar todos”, foi assim que justificou o principal telejornal da televisão brasileira, da Rede Globo, a não divulgação dos nomes que constam da lista de financiamentos da construtora Odebrecht a mais de 200 políticos de duas dezenas de partidos. 
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Por mera coincidência, e embora esta parte da operação Lava Jato tenha sido desenhada para apanhar dois “marqueteiros” do PT, nem Lula da Silva nem Dilma Rousseff constavam da lista dos políticos alegadamente corrompidos pela maior construtora do mundo. Provavelmente, se estivessem, os jornalistas da Globo não resistiriam à notícia. 

Infelizmente para os espetadores desta televisão, apenas estão na listagem a maior parte dos nomes que fazem parte ativa do processo de impeachment.

A Polícia Federal apreendeu na 23.a fase da Operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22 de fevereiro, uma lista de políticos que receberam dinheiros da construtora Odebrecht, uma das principais empresas envolvidas no esquema de corrupção investigado pela justiça brasileira. Entre os nomes encontrados estão políticos de quase todos os partidos brasileiros.

Há gente que terá recebido financiamento da construtora dos seguintes partidos: PT, PMDB, PSDB, PP, PSB, DEM, PDT, PSD, PC do B, PPS, PV, PR, PRB, SD, PSC, PTB, PTN, PT do B, PSOL, PPL, PTB, PRP, PCB e PTC. 
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Entre os senadores constam da lista: Renan Calheiros (PMDB-AL), Aécio Neves (PSDB-MG), José Serra (PSDB-SP), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Romero Jucá (PMDB-RR). Entre os deputados estão o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Celso Russomanno (PRB-SP). Basicamente, está muita da política brasileira, mas o mais importante, o quartel-general do impeachment, alegadamente contra a corrupção do governo PT, está lá em peso.

Ao contrário do que sucedeu às escutas ilegais feitas à presidente Dilma Rousseff e ao ex--presidente Lula da Silva, o juiz federal Sérgio Moro decretou nesta quarta-feira, 23, sigilo sobre a listagem da Odebrecht que envolve dezenas de políticos e partidos como supostos destinatários de valores da empreiteira. O magistrado pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre a “eventual remessa” da documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A argumentação do juiz é a presunção de inocência, e o facto de a construtora alegar que tudo não passava de financiamentos legais, estes argumentos não têm colhido com as outras acusações feitas ao ex-presidente Lula, como as supostas casas de milhões de euros que teria comprado.

No seu despacho estabelecendo o sigilo sobre a listagem, o juiz Moro diz que pode haver “prematura conclusão” quanto à natureza desses pagamentos. “Não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais registradas nos últimos anos”, justifica o juiz.

As autoridades estão a interrogar Marcelo Odebrecht, herdeiro da empresa, e a antiga secretária do grupo que aceitou fazer “delação premiada” depois da prisão, para identificar quais são as verbas inscritas nas listas que correspondem a financiamentos legítimos, e quais delas podem indicar verbas ilegais e para corromper decisores políticos.

A ex-secretária, depois de presa e solta, ajudou na identificação dos políticos, a maioria dos quais consta com pseudónimo, que estão nas listas de dinheiro dado pela empresa, nomeadamente os senadores Humberto Costa (PT-PE), Aécio Neves (PSDB-MG), Lindbergh Farias (PT-RJ), Patrus Ananias (ministro do Desenvolvimento Social), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o deputado Mendonça Filho (DEM-PE).

Os valores registados nas listagens têm o financiamento a 316 políticos e 22 partidos e ultrapassam os 75 milhões de cruzeiros, cerca do dobro do valor declarado como doações do grupo empresarial nas prestações de contas que os candidatos apresentaram à Justiça Eleitoral (38 milhões). As disparidades reveladas pela documentação apreendida não ficam por aqui: sete empresas do grupo Odebrecht terão atuado como “patrocinadoras” de políticos que concorriam a eleições. No entanto, apenas três dessas empresas aparecem na contabilidade oficial dos partidos – as outras quatro não existem nos documentos que os partidos políticos brasileiros entregaram às autoridades eleitorais.
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Mas não só políticos que disputavam eleições tinham direito à generosidade da construtora: na documentação apreendida na operação policial consta uma lista de contribuições a políticos históricos. Entre eles estão Sérgio Cabral (PMDB), então governador do Rio, e Luiz Fernando Pezão (PMDB), na época vice-governador. Também são citados na lista de “históricos” os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Jorge Picciani (PMDB-RJ), o vice-governador do Rio Francisco Dornelles (PP) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Como escreve o editor do site Outras Palavras, António Martins, depois do Lava Jato e da “mãe de todas as listas” é precisa uma reforma política no Brasil que proíba, entre outras coisas, os financiamentos das empresas privadas.

* Se, dentro da maior modéstia e num futuro próximo, os pensionistas deste blogue tiverem de pedir desculpa a Lula da Silva, por terem acreditado no seu envolvimento em actos de corrupção, fá-lo-ão com humildade e alegria!

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REALIDADE VIRTUAL


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HOJE NO
"A BOLA"

Boavista
Acordo com FPF por €1,5 milhões
 
A BOLA revela esta sexta-feira que o acordo celebrado entre o Boavista e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), anunciado há cerca de um mês, cifrou-se em 1,5 milhões de euros.
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Este montante não atinge os 10 por cento da indemnização de 20 milhões de euros que os axadrezados reclamavam em tribunal pelo prejuízo da despromoção à Liga 2, decretada pelo Conselho de Justiça, em junho de 2008.

* Um negócio "poucochinho"

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A equação

que enlouqueceu

a Internet


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