06/12/2016

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS 

DA MADEIRA"

Viajar da Madeira à Suíça
 pelo preço de uma camisa

Todas as terças-feiras ao longo dos próximos meses, por apenas 38 euros, é possível fazer a viagem aérea directa entre a Madeira e o aeroporto suíço de Basileia. Esta é a mais recente rota assegurada pela Easyjet e o primeiro voo proveniente daquele aeroporto da Suíça aterrou esta tarde, às 17h48, em Santa Catarina.
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“É mais barato do que comprar uma camisa”, observou o secretário regional do Turismo, Eduardo Jesus, na conferência de imprensa que antecedeu a chegada do voo. O governante lembrou que a Suíça representa 86 mil dormidas por ano na Madeira, pelo que o novo voo “reforça a capacidade de trazer mais pessoas desse país e também vai ao principal mercado alemão”.

O director comercial da companhia aérea de baixo custo, José Lopes, referiu que esta é uma rota especial porque serve três países – as cidades de Basileia (Suíça), Freiburgo (Alemanha) e Mulhouse (França). “É um passo em frente nesta aposta da Easyjet na ilha da Madeira ao abrirmos a primeira rota internacional não servindo o Reino Unido”, descreveu. Contudo, é também um “teste de mercado”. “Se for um êxito, como nós esperamos que venha a ser, poderá abrir novas janelas de oportunidade para, no futuro, podermos continuar a crescer nesses mercados e trazer mais turistas para a Madeira destes destinos e também permitir aos madeirenses que possam voar para mais destino na Europa sem ter de fazer escala noutro aeroporto”, adiantou o porta-voz.

A Easyjet acrescentou recentemente mais 100 mil lugares na capacidade dos voos para a Madeira (sendo 70 mil nos voos domésticos) e estima ultrapassar pela primeira vez os 500 mil passageiros transportados para o nosso destino. O director comercial explicou que este crescimento explica-se também com a queda das tarifas e elogiou o actual sistema do subsídio de mobilidade.

Na mesma conferência de imprensa, Eduardo Jesus reagiu a uma notícia que indicava que o Governo Regional não tinha respondido a uma proposta da Ryanair, que estava disponível para entrar na rota da Madeira. Segundo o governante, a notícia baseia-se num “equívoco qualquer na origem”, pois a “resposta foi dada em correspondência directa com a companhia”. O secretário disse que está interessado na vinda da Ryanair mas não a qualquer preço. A esse respeito, recordou que a companhia pede um incentivo de 10 milhões de euros para entrar na rota quando a Madeira assegura a sua promoção anual com 8 milhões de euros, o que lhe permite estabelecer parcerias com 40 companhias aéreas que cobrem 63 destinos. “Nós trabalhamos com 8 milhões de euros por ano para promover a Madeira e com isso temos os lucros que são conhecidos e que este ano voltam a bater recordes. Mesmo as pessoas mais distraídas nestas matérias das acessibilidades achariam um disparate pegado despender semelhante dinheiro [10 milhões] para trazer uma companhia para a Madeira”, concluiu.

* A Madeira é uma engrenagem turística altamente profissionalizada, por isso foi premiada recentemente como o melhor destino insular em todo o mundo.
Este novo modelo de viagem será de certeza uma mais valia.

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