17/11/2016

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HOJE  NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Militares detidos "movidos por ódio
. patológico e irracional", 
diz Ministério Público

Sete militares foram detidos esta quinta-feira no âmbito do processo da morte de dois recrutas do 127º curso de comandos
 
A procuradora do processo do caso das mortes dos militares no curso dos Comandos, Cândida Vilar, disse num despacho do Ministério Público que os militares detidos esta quinta-feira trataram "os instruendos como pessoas descartáveis."
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No documento citado pelo Expresso a procuradora refere que face às suspeitas da prática dos crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física, "à personalidade dos suspeitos, movidos por ódio patológico, irracional contra os instruendos, que consideram inferiores por ainda não fazerem parte do Grupo de Comandos, cuja supremacia apregoam, à gravidade e natureza dos ilícitos" o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa entende que existem os "perigos de continuação da atividade criminosa e de perturbação do inquérito."

Sete militares dos comandos foram detidos esta quinta-feira no âmbito da investigação da morte de Hugo Abreu e Dylan Silvados, dois recrutas do 127º curso dos Comandos,

A Procuradoria-Geral da República disse, esta quinta-feira, num comunicado que foram emitidos mandados de detenção ao diretor da prova, ao médico e a cinco instrutores.

No mesmo comunicado a PGR disse que "estes militares são suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física"

Os detidos já foram transferidos para o Estabelecimento Prisional Militar de Tomar onde aguardam pelo primeiro interrogatório judicial no decurso do inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação penal (DIAP) de Lisboa.

Dois militares morreram na sequência do treino do 127º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal e vários outros tiveram de receber assistência hospitalar.

*  Os cursos de Comandos foram  recheados de violência desde a sua génese. É a "mística" com que cursos após cursos se enredaram os instruendos para lhes dar uma imagem cheia de nada.
Entendemos que possivelmente existe a necessidade de militares altamente treinados  para situações extremas de combate no exército português, mas a que preço.
Sabemos que na instrução de tropas de elite em exércitos estrangeiros também se morre e muito, não nos consola.
Não devemos esquecer que quem se inscreve num curso de Comandos é voluntário e já ouviu falar cruelmente da rudeza do treino.

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