29/09/2016

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"JORNAL DE NOTÍCIAS"

A mulher que cozinha a cabeça 
dos terroristas do Estado Islâmico

Wahida Mohamed, mais conhecida como Um Hanadi, é a líder de um grupo de soldados composto por 70 homens, que combatem o autoproclamado Estado Islâmico na zona de Shirgat, a cerca de 80 quilómetros de Mosul, no Iraque.

Ela e os seus soldados, que integram uma milícia tribal, ajudaram recentemente as forças governamentais a expulsarem os combatentes extremistas da cidade.
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Num universo em que são os homens a dominar os exercícios militares, Wahida não só é uma exceção, mas um caso que merece a admiração de todos

"Comecei a combater os terroristas em 2004, trabalhando com as forças de segurança do Iraque e da coligação", disse a mulher citada pela CNN. "Luto contra eles, cozinho as suas cabeças e queimo os corpos", refere a mulher.

Por outro lado, e como consequência das suas atividades, é um alvo a abater pelos alguns grupos armados na região.

"Recebo ameaças dos principais líderes do EI, incluindo o próprio Abu Bakr", conta Wahida, que acrescenta com orgulho: "Estou no topo da lista dos mais procurados, mesmo à frente do Primeiro-Ministro".

Em três anos, 2006, 2009 e 2010, os terroristas plantaram carros bombas à porta de sua casa. Apesar de ter sobrevivo a estas tentativas de morte, a sua família não teve a mesma sorte.

Perdeu o primeiro marido e depois de casar pela segunda vez, voltou a ficar viúva. Os soldados do EI também são responsáveis pela morte dos seus três irmãos, das ovelhas, dos cães e dos seus pássaros.

* Numa terra em que o ódio deve ser a principal riqueza, a vingança não tem direito a ser tão sórdida.
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