07/07/2016

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Sanções: 
Multa pode ser zero mesmo que 
o Ecofin avance com procedimento

O comissário europeu para o Euro, Valdis Dombrovskis, salientou hoje que se o Conselho de Ministros das Finanças da UE seguir as recomendações de Bruxelas para Portugal será aberto um procedimento, mas poderá não haver multa.

“Se a decisão de hoje for confirmada pelo Conselho dá origem a um procedimento”, disse Dombrovskis, em conferência de imprensa, salientando que se for decidida a aplicação de sanções, os países em causa – Portugal e Espanha – podem “apresentar motivos para as sanções serem reduzidas ou mesmo anuladas”.

Também o comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, reforçou a possibilidade de os ministros das Finanças da União Europeia (UE) optarem por “uma multa igual a zero”, sublinhando que a decisão compete ao Ecofin.

“Hoje está em causa uma avaliação objectiva do passado, não estão em causa sanções”, sublinhou Moscovici.
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O comissário lembrou que Portugal “devia ter corrigido o défice excessivo em 2015, mas este aumentou para 4,4%”, salientando que mesmo sem o resgate do Banif, este ficaria “ligeiramente acima dos 3,0%”.
Portugal “não cumpriu as metas, nem a nível nominal, nem estrutural”, disse.

Dombrovskis, por seu lado, lembrou que “estamos a lidar com o rescaldo de uma crise económica e financeira”, mas adiantou a necessidade se as finanças voltarem “ao bom caminho”, sem défices excessivos.

A Comissão Europeia lançou hoje processos de sanções a Portugal e Espanha, ao concluir que os dois países não tomaram “medidas eficazes” para corrigir os seus défices excessivos, passando a palavra aos ministros das Finanças da União Europeia.

Após a Comissão adoptar hoje recomendações ao Conselho a constatar que Portugal e Espanha “necessitarão de novos prazos a fim de corrigir os seus défices excessivo” (que no caso português era 2015), por não terem feito os esforços suficientes para atingir as metas estabelecidas, os ministros das Finanças dos 28 (Ecofin) deverão pronunciar-se já na reunião da próxima terça-feira sobre este parecer, após o que o executivo comunitário “tem a obrigação legal de apresentar, no prazo de 20 dias, uma proposta de multa a aplicar”.

* Ora aqui está uma grande fantochada mas pouco propícia a sobressaltos no povinho, sempre lichado. 

Como os burocratas de Bruxelas têm pouco que fazer entretêm-se a forjar enredos, tentativa torpe de justificar os rios de dinheiro que auferem. 

Depois de Delors a União Europeia tornou-se numa empresa de agiotagem com Heil Schaubel à cabeça, embora a recato na Germânia.

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