12/04/2016

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HOJE NO   
"CORREIO DA MANHÃ"

Oito inspetores do Fisco 
presos por corrupção 

Suspeitos foram detidos pela Polícia Judiciária.  

Oito responsáveis das Finanças, com funções na Autoridade Tributária, estão entre os quinze detidos esta manhã, pela Policia Judiciária, por crimes de corrupção e falsidade informática. Os restantes são empresários e pelo menos um advogado, apurou o CM, sob suspeita de terem pago subornos aos primeiros para obtenção de benefícios vários no âmbito das suas responsabilidades fiscais. 
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Corrupção ativa e passiva para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem e falsidade informática são os crimes em causa na Operação "Tax Free" em que foram detidas 15 pessoas, incluindo funcionários do Fisco, informou a PJ. 

No âmbito da operação, adianta a Polícia Judiciária, foram realizadas 120 buscas na região de Lisboa, tendentes "à consolidação dos elementos probatórios" relativos aos 15 detidos, entre as quais se encontram funcionários, advogados, empresários e técnicos oficiais de contas. 

Segundo a PJ, a operação resultou de uma "complexa e sigilosa investigação" da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) daquela polícia, em colaboração com a Autoridade Tributária (AT), e mobilizou mais de 200 elementos da Polícia Judiciária, bem como magistrados judiciais e do Ministério Público. Os detidos vão ser ouvidos em primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação. 

PGR identificou os suspeitos 
Segundo a Procuradoria-Geral da República, entre os suspeitos estão técnicos de administração tributária, inspectores tributários, chefes de finanças, um diretor de serviços da Autoridade Tributária, um diretor de finanças adjunto, um membro do Centro de Estudos Fiscais e Aduaneiros, advogados, técnicos oficiais de contas e empresários. 

"Em causa estão alegadas ligações que terão sido estabelecidas entre alguns suspeitos, funcionários da Autoridade Tributária, e técnicos oficiais de contas, advogados, empresários, outros prestadores de serviços na área tributária e contribuintes que se mostrassem dispostos a pagar quantias monetárias ou outros proventos para que lhes fosse fornecida informação fiscal, bancária ou patrimonial de terceiros e consultadoria fiscal", precisou a nota de imprensa da PGR. 

O Ministério das Finanças confirmou a megaoperação que envolve buscas a repartições de Finanças e adiantou que a Autoridade Tributária está a colaborar com a Polícia Judiciária. 

"A operação em curso está a ser realizada com a colaboração da Autoridade Tributária que coadjuva a investigação criminal da Policia Judiciária neste processo", indicou fonte do Ministério das Finanças à Lusa. 

* Não nos lembramos de tanta actividade conjunta do Ministério Público e da PJ. Ficamos satisfeitos!


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