12/02/2016

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DBRS: 
“Estamos confortáveis” 
com o rating de Portugal


"Estamos confortáveis com a nossa tendência estável" no rating de Portugal. É "apropriada", disse o analista que segue o país -

Apesar do tumulto nos mercados de dívida soberana e do agravamento do custo da dívida pública portuguesa, a agência de rating canadiana DBRS diz estar “confortável” com a situação do país, mantendo assim Portugal ligado à máquina de fazer dinheiro barato do Banco Central Europeu (BCE), avança a Reuters. 

 “Atualmente, sentimo-nos confortáveis relativamente à nossa tendência estável sobre Portugal, que consideramos apropriada“, disse à agência noticiosa Fergus McCormick, o analista responsável pela avaliação da dívida pública (rating) do país. 
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Esta opinião relativamente favorável contrasta com cometários negativos sobre as contas públicas portuguesas e o novo Orçamento do Estado que têm vindo a público (por exemplo, os de Wolfgang Schaüble, ministro das Finanças alemão).

 Estas declarações acabam também por ser importantes para desanuviar o ambiente de alta tensão que se abateu sobre o país, sobretudo vindo da DBRS, a única agência das quatro grandes agências de rating que mantém Portugal (os bancos) elegível para aceder às compras de Obrigações do Tesouro por parte do BCE. Esta política tem sido decisiva para manter os juros soberanos muito baixos, até abaixo do que é a média histórica desde a adesão ao euro. 

 A decisão da DBRS terá ajudado a taxa de juro das Obrigações do Tesouro a dez anos (mercado secundário) a descer dos 4,2% registados na sexta-feira de manhã (12 de fevereiro) para cerca de 3,5% a meio da tarde. 

Ontem, essa taxa chegou a tocar 4,5%, bastante mais que os 2,5% ou 3% que vigoraram nos últimos meses com a influência do BCE (até menos que isso). Estas últimas referências têm permitido à República refinanciar-se a preços mais razoáveis: trocar dívida cara por outra mais barata. 

DBRS atenta a limites políticos do governo e à subida de taxas 
Mas McCormick não se coíbe de deixar avisos à navegação. Segundo escreve a Reuters, a DBRS está confortável enquanto a pressão dos mercados não colocar em causa as metas e os pressupostos orçamentais, até porque há acordos políticos à esquerda que podem introduzir rigidez no ajustamento preferido pela agência de rating. Esta perceção seria claramente negativa do ponto de vista desta empresa. 

 “O aumento recente nas taxas de juro das obrigações é uma preocupação, tendo em conta o fardo elevado de refinanciamento”, referiu o analista. Por isso, “se a volatilidade do mercado persistir, então a nossa atenção virar-se-á para a equação política e para o que é exequível em termos de ajustamento orçamental“, rematou o economista à Reuters. 

Segundo as regras do BCE, os bancos de Portugal só têm conseguido liquidez barata através das vendas de OT porque a DBRS, uma das quatro agências de rating eleitas por Frankfurt como barómetros da qualidade do crédito, continua a manter o país acima da nota de “investimento especulativo”. 

A nota da DBRS é BBB (baixo), o nível mais reduzido dos investimentos médios e bons, mas a perspetiva sobre essa classificação, que indica a tendência futura do rating, é “estável”. Foi isso que McCormick veio hoje reassegurar. 

As restantes agências reconhecidas e cujos serviços são usados pelo BCE (Fitch, Moody’s e S&P) classificam a dívida portuguesa como “especulativa”. Lixo. Por elas, Portugal não tinha acesso às benesses do BCE. 

Por isso, a situação de financiamento do país é muito frágil. Basta que a DBRS despromova Portugal e haverá problemas sérios e graves nos bancos e no Estado. A torneira de dinheiro a preço de saldo fecha-se e toda a economia fica em xeque. A dívida pública equivale quase a 130% do PIB, a dívida externa está acima de 200% do PIB e os níveis de malparado das empresas são altos e têm vindo a piorar. 

A última avaliação de rating da DBRS aconteceu a 13 de novembro do ano passado, mas desde 30 de janeiro de 2012 que a empresa não mexe na classificação BBB (baixo).

* Com estupefacção observamos políticos quase a simularem um orgasmo com as notícias do enforcamento de Portugal por parte da DBRS. 
Sabemos que a situação portuguesa se deve por exemplo à fuga de Durão Barroso para outro "tacho", aos desvarios de Socrates e Teixeira dos Santos, à incompetência e arrogãncia de Passos, Portas e outros responsáveis pelas finanças e economia, sabemos que este governo já cometeu erros mas  mantém coerência e negoceia melhor.
Agora, analistas, políticos e opinadores de meia tigela unidos a desejar que a situação de Portugal piore, como se fossem possuidores do elixir do sucesso, essa não.

NR: Não sabemos se o jornal "i" morreu, site sem acesso, telefone sem som, terá hibernado ou feneceu?


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