22/12/2015

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA


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NA BARRA


























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GRANDES LIVROS/18

AUTORES DO MUNDO


1-A REPÚBLICA

 PLATÃO



** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Maria Luís acusa supervisão. 
BdP culpa governo PSD-CDS

Existe "claramente um problema de supervisão" no sistema financeiro, admitiu ontem, numa entrevista à TVI, a ex-ministra das Finanças, quando questionada sobre o papel do Banco de Portugal (BdP)nas crises dos bancos nos últimos anos, desde o BPN ao BES e agora o Banif. Embora, logo a seguir, tenha tentado corrigir, sublinhando a sua "confiança" no atual governador Carlos Costa - reconduzido pelo seu governo (em maio), sob uma chuva de críticas -, a verdade é que esta é a primeira vez que Maria Luís Albuquerque deixa cair publicamente uma acusação ao BdP.
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ESTA BANCA QUE VOS DEIXO
O comentário caiu como uma bomba no BdP, onde a ex-governante não goza da melhor popularidade: "A culpa do que aconteceu ao Banif é do governo anterior PSD-CDS porque não fez sentir, junto da Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia, o seu peso e a sua pressão para que os planos de reestruturação fossem aprovados e houvesse uma solução mais rápida", disse ao DN fonte próxima desta entidade. Mas as relações entre Carlos Costa e Maria Luís Albuquerque entraram em rota de colisão já em outubro, com o governador a apelar, sem êxito, à então ministra para que encontrasse uma solução. De acordo com o jornal Público, na origem da desavença estava uma auditoria externa a alertar para os riscos do atraso a encontrar uma solução.
A crítica de Maria Luís à supervisão é acompanhada, de resto, pelo CDS, e não é de agora. "A recondução de Carlos Costa como governador mereceu todo o sentido crítico do partido. Paulo Portas, aliás, disse que só compreendia aquela recondução à luz das circunstâncias da altura, que era o processo de venda do BES. Não se mudava o vendedor a meio de uma venda", recordou ao DN fonte da direção centrista.
O CDS assumiu agora uma atitude mais ofensiva do que o próprio PSD, contra a decisão do governo PS. O presidente do grupo parlamentar, Nuno Magalhães, manifestou "fundadas" dúvidas sobre a solução encontrada, nomeadamente sobre os valores em causa (2,2 mil milhões)tendo em conta a dimensão do Banif, bem como sobre a repartição dos custos, a pesar mais nos contribuintes. Apesar de nenhum partido ter ainda assumido qual vai ser a sua posição de voto no orçamento retificativo, o CDS deixa aqui um sinal de crítica.
Nem CDS, nem PSD, quiseram comentar a carta, de dezembro de 2014, ontem divulgada pela TSF, na qual a comissária europeia da concorrência alertava Maria Luís Albuquerque para a necessidade de uma solução célere e atribuía a falta de decisão à necessidade do governo conseguir a "saída limpa" do programa de reajustamento. Essa "saída" foi em abril desse ano.
Maria Luís Albuquerque negou a falta de "esforço", lembrando que o seu governo apresentou a Bruxelas oito planos de reestruturação que foram todos chumbados.
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Para a esquerda não há dúvidas sobre a responsabilidade do anterior governo e de Carlos Costa no caso Banif. "Não é a resolução agora apresentada que tem custos para os contribuintes. Esta é a conta que recebemos da intervenção do Estado em 2012 e do papel da autoridades nos últimos três anos, apenas com objetivos eleitorais, sem acautelar o interesse dos depositantes e dos contribuintes e dos depositantes", salientou Ana Catarina Mendes, do PS.
Já PCP e BE classificaram de "criminoso" o comportamento do anterior governo, com a bloquista Mariana Mortágua a mostrar a porta de saída a Carlos Costa. "Não tem as mínimas condições para se manter na sua posição", afirmou.
O PCP, por sua vez, lembrou que desde 2012 que o seu partido alertava para a situação ao Banif e para as posições do Estado no capital. Quanto ao Banco de Portugal, "esteve sempre à margem da regulação efetiva" e que o governador "sabia há três anos da situação".

* O problema é que quem paga a incompetência deste bando de energúmenos vai ser o povo português que não votou PàF, os pacóvios que votaram PàF, pois os responsáveis são quase sempre inimputáveis.


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V-OLHO DE 
HÓRUS


1 - SAQQARA

 O COMPLEXO 

DE CRISTAL




O documentário apresenta a história de uma suposta organização sacerdotal hermética, pertencente à escola de mistérios conhecida como Olho de Hórus. Esta escola teria sido responsável pela orientação espiritual e a direcção dos destinos do povo egípcio durante milhares de anos.
Seu objectivo principal teria sido o de promover a elevação do nível de consciência dos egípcios através, principalmente, da construção de diversos templos sagrados ao longo das margens do rio Nilo. Além disso, os sacerdotes eram os zelosos guardiões da sabedoria acumulada desde tempos imemoriais, quando ainda "existia" o continente perdido da Atlântida.

A série foi baseada nas investigações do egiptólogo e matemático R. A. Schwaller de Lubicz e nas realizações da escola Olho de Hórus.

Para os antigos egípcios, havia um plano divino baseado na reencarnação destinado a que o homem experimentasse em sua própria carne as leis que determinam o funcionamento do universo. Vivendo um processo evolutivo através da acumulação de experiências ao longo de 700 "reencarnações", o ser humano, inicialmente um ser instintivo, ignorante, inocente e primitivo, poder-se-ia  transformar  num super-homem,  um sábio imortal.

Assim se produzia uma iluminação temporal do discípulo, durante a qual podia viajar conscientemente pelo tempo e pelo espaço.

O documentário original está dividido em 10 capítulos:
Capítulo 1: A Escola dos Mistérios.
Capítulo 2: O Senhor da Reencarnação.
Capítulo 3: A Esfinge, Guardiã do Horizonte.
Capítulo 4: A Flor da Vida.
Capítulo 5: O Complexo de Cristal.
Capítulo 6: A Máquina Quântica.
Capítulo 7: O Amanhecer da Astronomia.
Capítulo 8: O Caminho da Compreensão.
Capítulo 9: O Portal da Liberdade.
Capítulo 10: O Princípio Feminino.

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HOJE NO
"RECORD"
Ticha Penicheiro sonhava 
ser atleta olímpica

A ex-basquetebolista Ticha Penicheiro, homenageada esta terça-feira pelo Comité Olímpico Internacional (COI), revelou que em pequena sonhava vir a ser atleta olímpica e competir na liga profissional norte-americana de basquetebol (NBA).
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"Quando era pequena tinha muitos sonhos, um era jogar na NBA e outro era ser atleta olímpica. Não consegui, joguei na WNBA [a liga feminina]. Temos de lutar pelos nossos sonhos", disse Ticha Penicheiro, agradecendo o Prémio COI Mulheres e Desporto 2015 entregue na Figueira da Foz pela ex-atleta e campeã olímpica Rosa Mota.

Na cerimónia, realizada nas instalações do Ginásio Clube Figueirense, o primeiro emblema (1984) que Ticha Penicheiro representou, José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico Português (COP), destacou o exemplo da ex-basquetebolista, referindo que não foi necessário ser atleta olímpica para que o reconhecimento na promoção da prática desportiva feminina e igualdade de género no desporto fosse feito.

O presidente do COP disse ainda que não havia melhor local para homenagear Ticha Penicheiro do que no clube que foi o seu "berço desportivo", destacando o facto de o Ginásio Clube Figueirense, fundado em 1895 e o sexto emblema mais antigo do país, ser presidido por Ana Rolo e ter na direção quatro mulheres, uma das quais na vice-presidência.

"Também isto é uma referência, do ponto de vista da promoção da mulher no dirigismo desportivo", frisou José Manuel Constantino.

* Uma senhora e grande jogadora.

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X-CIDADES 
OCULTAS


4 - ETRÚRIA





* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Portugueses estão a gastar mais 
com Multibanco neste Natal
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Segundo a empresa gestora da rede Multibanco, entre 23 de novembro e 20 de dezembro, nos terminais de pagamento automático foram feitos levantamentos no valor de 2.257 milhões de euros, um montante 0,5% acima do registado no período homólogo. 
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No total, o montante transacionado na rede Multibanco, incluindo levantamentos de dinheiro e compras feitas nos terminais das lojas, aumentou 3,5% em termos homólogos, somando 5.194 milhões de euros.

Por dia, o valor médio levantado foi de 66 euros, tendo o valor médio dos pagamentos das compras em lojas sido de 40 euros.

* Os portugueses estão mais ricos, não é verdade mas parece.

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VALTER HUGO MÃE

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Desabrigo

Paradoxalmente, a era da comunicação, da propagação ao infinito da notícia, é boicotada pela sua própria abundância e voracidade. Como diria Eduardo Lourenço, o esplendor do caos, como aprendemos a cada passo, a limitação humana perante o esplendor e a vitória eminente do caos como o grotesco do costume. A verdade é que não consumimos mais do que um nico de cada história. Lemos parangonas e vemos fotografias ou vídeos até 30 segundos. Somos apenas o imediato das coisas. A demasia não é para cidadãos comuns. Apenas os heróis fazem da demasia uma normalidade.

O jornalismo precioso é aquele que está muito para lá da boutade sedutora. O jornalista precioso é um pesquisador permanente, aturado, um que comparece no texto como alguém que não esquece, um detentor da memória para encontrar, tanto quanto possível, o sentido profundo e a ironia de cada versão do presente.

A facilitação dos meios, no entanto, parece induzir o público a uma simplificação que reduz insuportavelmente os assuntos e os toma como alaridos momentâneos e não como construções responsáveis. Não sei o que pode vir de uma sociedade que se demite de uma melhor informação em prol de uma espécie de entretenimento aparentado com o ser-se informado. Estaremos, como colectivo, numa realidade perigosamente superficial, desmemoriada, sem referências, uma débil ou nenhuma identidade.

A magnífica virtualização dos suportes de comunicação pode ser tão absoluta na democratização dos conteúdos quanto fatal. A frenética competição online, onde o público inteiro se tornou também emissor, sem ratificação por terceiros nem mesmo lúcida consciência da liberdade de expressão, acaba por criar uma urgência sensacionalista, onde o clique inicial é tudo quanto se pretende. Na verdade, são cada vez mais as notícias sem conteúdo com que nos seduzem. Títulos que servem de isco para uma visualização contabilizada para impressão de patrocinadores e anunciantes. Os jornais do tempo da Internet arriscam-se a ser frentes de casa para espectáculo nenhum ou, de facto, um nico de espectáculo.

Já todos entendemos que a facilidade com que se debita um texto imenso na Internet é proporcional à dificuldade de lhe granjear leitores. O cidadão comum não se empenhará mais do que brevíssimos minutos, talvez até apenas segundos, na percepção do que parece estar em causa. Por algum motivo, ainda não conferimos à informação disponibilizada na Internet a validade suficiente para nos convencer ao empenho e, pior, o nosso mecanismo de memória fragiliza-se dramaticamente nos conteúdos apreendidos no formato virtual. Descartamos o que nos é apresentado numa lógica descartável. A corrida para o espanto seguinte não se compadece com a preservação de nada.

A nossa imprensa está a estreitar-se. Fico a pensar que estreitamos o pensamento, estreitamos o país. Recebemos cada vez mais as grandes matérias em traduções do que se pesquisa em outras latitudes, a dimensão portuguesa, ou o modo como Portugal vê o mundo, caminha tragicamente para um circuito que se fecha num universo mais e mais académico. Talvez o país se torne algo cada vez mais teórico, uma questão progressivamente do foro da discussão filosófica e menos aferível no quotidiano de cada um. Subitamente, vivemos territorializados, medidos como consumidores e pagadores de impostos, mas não como um colectivo detentor de uma qualquer identidade.

Viver assim é, de certo modo, estar ao desabrigo. Perigando as forças e mantendo ao nível da sobrevivência os objectivos. O problema é que a humanidade começa um pouquinho depois da fome. Até à fome somos bichos como outros quaisquer.

IN "PÚBLICO"
20/12/15

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728.UNIÃO

EUROPEIA



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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
10 respostas para 
perceber a queda do Banif

A implosão do Banif foi tão surpreendente quanto uma longa deterioração financeira pode ser. Na ressaca da decisão do Governo, o Negócios explica os temas mais elementares da nova crise bancária.

1 - Qual era o problema do Banif?
O Banif foi um dos quatro bancos nacionais a recorrer ao dinheiro emprestado para cumprir os rácios de solidez. No último dia de 2012, foi acordada a injecção de 1,1 mil milhões (700 milhões em acções, que deu a maioria do capital ao Estado; 400 milhões por instrumentos híbridos, os CoCos), autorizada provisoriamente pela Comissão Europeia. Um dos compromissos assumidos pelo banco fundado por Horácio Roque era a reestruturação, com a redução da estrutura. O banco teria de ir devolvendo a ajuda estatal, para que a autorização de Bruxelas fosse permanente. Foram devolvidos 275 milhões de euros em CoCos. Não foram reembolsados, na data marcada, os 125 milhões em falta. Motivo que levou Bruxelas a uma investigação aprofundada, para averiguar se a ajuda estatal era ilegal por conferir um benefício concorrencial ao Banif. 
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O Estado não foi capaz de encontrar um comprador para a sua participação accionista no banco e, no final de 2015, Bruxelas pressionou para uma solução. Sem a venda, e se Bruxelas considerasse a ajuda ilegal, o Estado teria de ir buscar o dinheiro ao banco, o que colocaria os seus rácios em risco e obrigaria a uma intervenção, que poderia ser desordenada.

2 - Porque não foi resolvido antes?
A Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia não aceitou nenhum dos oito planos de reestruturação apresentados pela gestão de Jorge Tomé. E só com um plano aprovado é que era viável a salvação da instituição. Ao mesmo tempo, o Governo de Pedro Passos Coelho também se foi deparando com a dificuldade de vender a participação de 60,5% que o Estado detinha no Banif. A antiga ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, defendeu que havia interessados mas nunca chegou, ao Ministério das Finanças, qualquer proposta de compra. Jorge Tomé lamentou, na semana antes da queda do Banif, em entrevista à SIC, que nunca tenha sido lançado um processo formal de venda (a não ser aquele que ocorreu na última semana de vida da instituição, em Dezembro deste ano). Entretanto, um processo de alienação, a ocorrer na primeira metade do ano, teria colidido com o concurso, falhado, de venda do Novo Banco. A ex-governante defende que os dois processos não estavam relacionados e nenhum colocou obstáculos ao outro.

3 - O que precipitou a intervenção do Estado?
No início de Outubro, a auditora do banco escreveu ao Banco de Portugal avisando para novas dificuldades de capital na instituição, nomeadamente para garantir rácios de capital mais exigentes que entrarão em vigor no próximo ano. Injectar mais dinheiro público sem uma resolução da instituição não era uma opção permitida por Bruxelas, que exigia também que o Estado não perdesse dinheiro na venda do Banif. Além disso, as novas regras de resolução de instituições financeiras, que entrarão em vigor em 2016, poderão obrigar ao envolvimento dos depositantes com mais de 100 mil euros, o que não era desejado pelo Governo de António Costa que tomou posse no final de Novembro. Foi assim tomada a decisão, apoiada por Bruxelas, de encontrar uma solução para o banco até ao final do ano. Uma corrida aos depósitos na última semana após uma notícia que dava conta do risco de fecho da instituição, precipitou a necessidade de uma solução urgente.

4 - Porque custou tanto dinheiro?
O Estado poderá ter de mobilizar 3.001 milhões de euros nesta intervenção. Com a intenção de salvaguardar a estabilidade financeira (uma liquidação representaria, para o Banco de Portugal, "um enorme risco sistémico e uma séria ameaça para a estabilidade do sistema financeiro e dos interesses públicos em presença"), o Estado pagou 2.100 milhões para que o Santander Totta ficasse com o negócio tradicional do Banif (foram gastos 2.255 milhões nesta parte da operação, mas o banco devolveu 150 milhões pela compra). O montante é elevado porque o Estado tem de fazer face à desvalorização dos activos do Banif (perdem valor no contexto de uma resolução) e também porque o Totta compra o negócio do Banif a cumprir os requisitos mínimos a serem exigidos, pelos reguladores, no próximo ano. Há mais 323 milhões numa garantia, para o caso dos activos transferidos sofrerem uma desvalorização adicional. A somar a isto, 422 milhões de euros foram aplicados no veículo de gestão de activos, onde está por exemplo a participação na Açoreana. Só que o auxílio do Estado ainda é maior porque há a acrescentar ainda os 825 milhões que o Estado não viu serem-lhe devolvidos da injecção de 1,1 mil milhões do final de 2012.

5 - Quem é que paga a intervenção?
Na sua grande maioria pagam os contribuintes. A medida de resolução implica perdas para os restantes accionistas (os 450 milhões de euros que foram injectados no aumento de capital em 2013), assim como os detentores de obrigações subordinadas (268 milhões de euros), mas os cofres públicos são os que mais sofrem. Para começar, perderam-se os 825 milhões de euros que estavam no banco desde a recapitalização pública de 2013. A esse valor juntaram-se agora 1.776 milhões de uma nova recapitalização feita pelo Tesouro (dinheiro irrecuperável) e 489 milhões de euros de uma injecção de capital pelo Fundo de Resolução (que teve de pedir emprestado dinheiro ao Tesouro, mas que depois o pagará ao longo dos anos com as contribuições que forem pagas pelos bancos). Foram ainda concedidas garantias públicas de 750 milhões de euros a activos que transitaram para o Santander, e que constituem perdas potenciais para os contribuintes.

6 - O Banif acabou?
O Banif não acabou, mas não durará muito. O Banif passa a ser um banco de transição no qual "permanecerá um conjunto muito restrito de activos, que será alvo de futura liquidação, bem como as posições accionistas, dos créditos subordinados e de partes relacionadas", como anunciou António Costa. É um "zombie". Depois há ainda a sociedade de gestão de activos criada pela resolução – a Naviget – como fundos imobiliários, a Açoreana ou a Banif Imobiliária, bem como a rede de balcões e a de banca empresarial, que foi comprada. O Santander Totta aceitou pagar 150 milhões de euros para ficar com a carteira de clientes do Banif. Isto é, ficou com os depósitos das famílias e empresas, mas também com os créditos que estes contraíram junto da instituição. Os clientes do Banif passam a ser do Santander Totta que só a prazo irá realizar a integração da rede agora adquirida. Até Março, os balcões roxos passarão a adoptar o vermelho do banco detido pelo grupo espanhol Santander.

7 - O Estado ainda pode recuperar dinheiro?
Pode, mas pouco. O Governo garante que com esta operação as perdas dos contribuintes ficam limitadas a 2,4 mil milhões de euros de injecções de capital (o resultado das injecções de capital de 825 milhões de euros em 2013 e 1.776 milhões em 2015, subtraídas dos 150 milhões de euros pagos pelo Santander para ficar com o negócio do Banif). A este montante podem somar-se as garantias de 750 milhões de euros concedidas pelo Estado. O Governo tem no entanto a expectativa de conseguir realizar algum dinheiro com a venda de activos de um veículo financeiro que transitou para o Fundo de Resolução. Esses ganhos são no entanto incertos. O dinheiro injectado pelo Fundo de Resolução na sequência da resolução – 489 milhões de euros financiados com um empréstimo do Tesouro – será recuperado ao longo dos anos com contribuições da banca.

8 - O que ganha o Santander Totta?
Ao comprar os activos bons do Banif, o Santander Totta ganha dimensão no sistema financeiro nacional. Consegue superar o Banco BPI, considerando-se o "segundo maior banco privado português". Fica atrás do privado BCP e também da CGD e do Novo Banco, que continua na órbita do Estado já que o Fundo de Resolução é o accionista. Ficará com "uma quota de mercado de 14,5% em créditos e depósitos", diz. São mais 2,5 pontos percentuais do que antes da operação. Considerando os dados do Banif ao final do terceiro trimestre, o Totta conquista um total de 3.211 milhões de euros em crédito só de clientes particulares, a que se juntam mais 6.182 milhões de euros em depósitos das famílias. E aumenta a sua rede de balcões, mas essencialmente conquista geografias. O Banif contava com 161 agências bancárias no final de Setembro que agora vão passar para o Totta, sendo que uma parte substancial destas são na Madeira, de onde o banco é originário. O Santander Totta contava com apenas 10 balcões na região. O Banif tem 26.

9 - Quem é o responsável pela queda do Banif?
É uma pergunta de difícil avaliação e com muitos "se" e vários intervenientes. O banco cai agora na sequência de, em 2012, ter recebido um auxílio estatal decidido pelo Executivo de Pedro Passos Coelho. Na altura, o compromisso assumido era o de apresentar-se um plano de reestruturação que limitasse a distorção da concorrência. A equipa de Jorge Tomé e de Luís Amado nunca foi capaz, ao longo destes anos, de apresentar um plano que recebesse a aprovação da Comissão Europeia. O anterior Executivo não encontrou comprador para a posição do Estado. O actual Governo de António Costa decidiu, numa semana, aplicar uma medida de resolução ao banco porque, defendeu, estava sob pressão da Comissão Europeia para o fazer. Fê-lo com a venda do negócio ao Totta, recebendo 150 milhões mas pagando 2.225 milhões. Também o Banco Central Europeu teve uma palavra a dizer porque terá ameaçado deixar de reconhecer o Banif como seu contraparte. Em todos estes anos, o Banif esteve sempre sob o olhar do Banco de Portugal, que não impediu a queda.

10 - Qual a diferença em relação ao BES?
Resolução: a palavra entrou nos últimos anos no léxico português e europeu e deve-se ao facto de a Europa querer deixar de impor perdas aos contribuintes para salvar bancos; as perdas devem ser impostas a accionistas e detentores de dívida subordinada (a partir de 2016, os prejuízos ficarão também a cargo de quem tem dívida sénior e depósitos com mais de 100 mil euros). O BES foi alvo de uma medida de resolução em Agosto de 2014 e o Banif foi-o em Dezembro de 2015. No primeiro, a decisão deveu-se a operações descobertas pouco antes da resolução, que colocaram o banco em incumprimento face às exigências do BCE. Uma situação de pressão que impediu encontrar-se um investidor privado que capitalizasse o banco. Além de tudo isto, o Banco de Portugal falou em indícios de fraude na administração de Ricardo Salgado. Não há esses indícios no Banif; mas, de resto, há algumas parecenças. O que estava em causa era a possibilidade de o Estado ser obrigado a "ir" buscar ao banco o dinheiro que emprestou, se Bruxelas considerasse a ajuda de 2012 ilegal, o que destruiria a viabilidade da instituição, obrigando a uma liquidação e colocando-a em incumprimento face às exigências do BCE (o que teria impacto nos depósitos e nos postos de trabalho).

* Muito bem explicado.


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60-BEBERICANDO


COMO FAZER LACTOBACILOS
LOUCOS, SAFADOS E KAMIKAZES


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 II - PÁTRIA JURÁSSICA
4-ANATOMIA DE UM
DINOSSAURO


ÚLTIMO EPISÓDIO

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


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HOJE NO
"DESTAK"
Portugal e Espanha querem investir 3 ME
. na Reserva da Biosfera Meseta Ibérica

O agrupamento de cooperação transfronteira ZASNET anunciou hoje que vai candidatar a fundos comunitários projetos de três milhões de euros para promover o território ibérico declarado há meio ano Reserva da Biosfera pela UNESCO. 
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O montante destina-se a concretizar o plano de ação da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica com um território equivalente à área de atuação do agrupamento, que reúne municípios do distrito de Bragança, em Portugal, e de Salamanca e Zamora, em Espanha.

A classificação, em junho, pela UNESCO, a organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura, deste território como Reserva da Biosfera "representa um "selo" de excelência e uma oportunidade de promoção do território", segundo os responsáveis. 

* Uma boa notícia.

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Mariah Carey

A New Christmas Song


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HOJE NO
"i"

Médicos veterinários.
 Ordem poderá ter dado prendas
 de 2500 euros

Durante o ano de 2013, a bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários e o Tesoureiro da instituição percorreram, em conjunto, 46580 quilómetros, e receberam 11.645 euros por essas deslocações em nome da Ordem. Esta é uma das parcelas das contas de 2013 que suscitaram dúvidas ao autor da queixa apresentada junto do Ministério Público (MP) em Janeiro deste ano, e que já levou a uma investigação da Polícia Judiciária.
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SERÁ ALVISSAREIRA?
Depois de insistir junto da bastonária da OMV, Laurentina Pedroso, José Oom Vale Henriques teve acesso às contas de 2013. O médico veterinário analisou os registos da organização e o resultado foi um levantamento exaustivo, mês a mês, de despesas pagas pela Ordem mas que poderão não ter cobertura legal, se tiverem sido aproveitadas em benefício pessoal. Foi precisamente esses dados que apresentou no MP e que a Polícia Judiciária está a investigar.
O levantamento inclui todo o tipo de despesas: de facturas de pastelaria  e restaurantes a cheques-prenda, passando por portagens e outras despesas.

Uma das dúvidas prende-se com o pagamento das deslocações. O tesoureiro, José Prazeres, terá feito quase 24.700 quilómetros, mais três mil que a própria bastonária. Por esses quilómetros recebeu quase 6200 euros da Ordem (Laurentina Pedroso não chegou aos 5500).

Mas também há registo de cheques-prenda no El Corte Inglés e no Continente, com respectiva data e número, que, ao todo, somam quase 10 mil euros - alguns dos quais poderão ter um valor unitário de 2500 euros.

Há ainda gastos em gabinetes de estética (um conta de 40 euros), refeições individuais, portagens. Tudo isto faz parte do relatório ainda sob análise.

Mas há outras questões que nunca mereceram uma explicação clara. Por exemplo, o projecto “Cliente Mistério”. O projecto serviria, segundo a bastonária, para avaliar situações de “usurpação de funções” de farmácias aos médicos veterinários. Custou mais de 14.600 euros mas os resultados nunca foram conhecidos. Como aconteceu com outro projecto, o “cheque-solidário”, uma iniciativa já de 2014, que contava com verbas autárquicas para garantir cuidados veterinários a animais de famílias carenciadas.

Auditorias anuais abertas
A polémica passa ao lado de Jorge Cid, o novo bastonário da OMV que venceu Laurentina Pedroso nas eleições de dia 12 de Dezembro. O médico veterinário diz que não tinha informação sobre irregularidades nas contas da Ordem e que foi apanhado de surpresa com a notícia do i onde se dava de uma investigação em curso.

Ainda sem data para a tomada de posse, Jorge Cid garante que não vai assumir funções com ideias pré-concebidas a este respeito. “As pessoas são sérias até prova em contrário”, diz.
No seu mandato, o futuro bastonário fará a defesa dos princípios de “rigor e transparência”. Por isso mesmo, “todos os anos as contas serão auditadas e estarão disponíveis para consulta sempre que tal for solicitado” pelos membros da OMV, garante o médico veterinário.

Jorge Cid quer implementar algo que já constava no seu programa: um limite de custos para as despesas realizadas em nome da Ordem, que terão sempre de ser “devidamente justificadas e documentadas”.

* O exemplo vem de cima, se tínhamos um ministro que recebia 7% de comissão nos vistos gold e mais uns quantos titulares de topo com semelhantes alvíssaras, o caso da bastonária não espanta ninguém.


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 OS CLIENTES DIVERTEM-SE


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HOJE NO
"A BOLA"
ONU
Guterres responde a Donald Trump

O Alto-comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, disse, esta segunda-feira que todos «aqueles que rejeitem os refugiados sírios, principalmente se forem muçulmanos, tornam-se nos melhores aliados da propaganda e do recrutamento dos grupos extremistas».
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O discurso de Guterres é a resposta ao candidato republicano, Donald Trump, na corrida às presidenciais norte-americanas, que sugeriu que fosse bloqueada a entrada a muçulmanos nos Estados Unidos.

De acordo com o The Guardian, António Guterres lembrou que mais de 4,3 milhões de sírios já fugiram do país, que é fustigado pela guerra civil desde 2011, e que essas pessoas, que são vítimas do conflito, não podem ser culpadas pelos atos terroristas. 

* Nem outras palavras se poderiam esperar de Guterres.

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IDEAL PARA QUEM AMAMENTA

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
 DA MADEIRA"

Morreu Madame Claude, a proxeneta 
mais conhecida de França

A proxeneta mais famosa de França, Fernande Grudet, conhecida como Madame Claude e que, nas décadas de 1960 e 1970, geria uma rede de prostituição que servia políticos, altos funcionários e artistas, morreu sábado em Nice, noticiou a AFP.
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De acordo com a agência noticiosa France Presse, Fernande Grudet, que faleceu com 92 anos, viveu a última década e meia naquela localidade mediterrânica, tendo permanecido hospitalizada nos últimos dois anos.

Nascida em Angers, no oeste de França, Madame Claude liderou, durante cerca de duas décadas, uma rede com 500 mulheres e alguns homens que se prostituíam por entre 1.500 e 2.300 euros por noite, ficando ela com 30% do ganho, a título de comissão.

Fernande Grudet instalou-se no distrito XVI da capital francesa e, segundo o diário The Huffington Post, nunca revelou a identidade dos seus clientes.

Em 1970, acossada pelas Finanças, que lhe exigiam 11 milhões de francos de impostos, a mulher que dizia não forçar ninguém a trabalhar para ela refugiou-se nos Estados Unidos.

Ao regressar a França, em 1985, convencida de que o seu processo havia prescrito, foi detida, passando quatro meses na prisão.

Reconquistada a liberdade, Madame Claude reativou o negócio, o que lhe valeu, em 1992, uma nova estada no cárcere, sob a acusação de "proxenetismo agravado".

Após esta detenção, Fernande Grudet retirou-se, sozinha, para um pequeno apartamento na Côte d'Azur.

* Claro que a senhora nunca obrigou ninguém a prostituir-se, tal como o BPN, BPP, BES e BANIF nunca obrigaram ninguém a depositar lá o dinheiro, mas também é uma espécie de proxenetismo.

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OMÃ
FORTALEZAS, MESQUITAS E ÓPERA



* Uma produção "EURONEWS"


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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

UTAO: 
Bruxelas pode dar a Portugal mais 
um ano para cumprir défice de 3%

Portugal não deverá abandonar este ano o Procedimento por Défices Excessivos, em resultado do impacto da venda do Banif no défice. No entanto, a Comissão Europeia pode dar a Portugal mais um ano para sair daquele procedimento, diz a UTAO, no relatório de análise ao Orçamento rectificativo, a que o Económico teve acesso.
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"Caso se venha a apurar que o não cumprimento daquele prazo resultou da ajuda ao sector financeiro, o país poderá beneficiar de uma extensão do prazo para a correcção do défice excessivo previsivelmente por um ano, adiando o encerramento do Procedimento por Défices Excessivos", lê-se no relatório que já foi distribuído aos deputados.

De acordo com os cálculos da UTAO, o apoio público para a viabilização da venda do Banif ao Santander terá um impacto negativo no défice deste ano de 1,25 pontos percentuais do PIB.

Este impacto pode ser maior, por exemplo, se for registado este ano a perda de 125 milhões de euros (0,1 pontos percentuais do PIB) pelo não pagamento da última tranche do empréstimo de 400 milhões de euros feito no início de 2013.

Assim, o défice deste ano deverá ficar "claramente" acima do limite de 3% do PIB definido no Procedimento por Défices Excessivos. O anterior Governo tinha previsto um défice de 2,7% este ano, mas o Executivo de António Costa já disse que o défice não ficará nesse patamar, comprometendo-se a fazer tudo para que o défice ficasse abaixo de 3%.

Tendo em conta o impacto do Banif, o défice ficará sempre acima de 4% do PIB.

No relatório, os técnicos do Parlamento referem que as regras europeias estabelecem que, "se não for possível a um país corrigir o seu défice excessivo dentro do prazo acordado em resultado do apoio ao sector financeiro, é considerada no âmbito do procedimento dos défices excessivos a possibilidade de extensão do prazo por um ano".

E acrescentam que esta regra foi "particularmente relevante no contexto do debate que ocorreu em 2013 e 2014 acerca da prorrogação dos prazos para o encerramento do défice excessivo em alguns países".
As regras europeias definem pré-requisitos para o adiamento do prazo: "a ocorrência de um acontecimento económico adverso e imprevisto com impacto desfavorável nas finanças públicas" e "o estado-membro ter tomado as "medidas eficazes" requeridas, tendo por base os esforços de ajustamento estrutural anual".

No entanto, os técnicos do Parlamento deixam um alerta: "é importante salientar que quando se avalia a questão da revogação do PDE o apoio ao sector financeiro não é excluído, uma vez que essa avaliação se baseia no défice global nominal, o qual não é ajustado do apoio ao sector financeiro".

Os técnicos da UTAO estima em 1,66 pontos percentuais do PIB o impacto da venda do Banif na dívida pública. O impacto no rácio da dívida explica-se pelo aumento do défice (1,25 pontos percentuais) e pela emissão de obrigações pelo veículo de gestão de activos, a Navigest, que vale 0,41 pontos percentuais do PIB (0,23 pontos percentuais do PIB associadas à transferência de activos problemáticos do Banif e 0,18 pontos percentuais do PIB para cobrir variações do valor dos activos transferidos para o Santander).    

* A situação é mesmo uma desgraceira, vamos ver se os pacóvios que votaram na PàF voltam a votar em quem lhes deu esta maravilhosa prenda de natal.

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