10/10/2015

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
81 pessoas morreram 
à espera de um transplante

Há mais dadores cadáveres, mas muitos órgãos não são aproveitados por não estarem bons. Europa preocupada com tráfico de órgãos.

No ano passado, 81 pessoas morreram à espera de receber um órgão. Portugal conseguiu aumentar o número de dadores por milhão de habitante, mas o o número de transplantes não está a subir na mesma proporção e a 31 de dezembro de 2014, 2216 doentes estavam na lista de espera. Pessoas mais velhas e mais doentes levam a que uma parte dos órgãos não possa ser aproveitada. 
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Cerca de 30% no rim, órgão que coloca mais pessoas em lista de espera. Hoje assinala-se o 17º Dia Europeu da Doação de Órgãos, promovido pelo Conselho da Europa, que este ano se realiza em Lisboa.

Nos primeiros oito meses deste ano, Portugal registou 218 dadores cadáveres, o maior número dos últimos cinco anos. E realizou 521 transplantes (mais um do que em 2014), com aumento dos transplantes cardíacos e hepáticos. Subida que não se registou no rim, cujo tempo de espera em Portugal ronda os quatro anos. No final de 2014 estavam 1970 na lista, 43 morreram enquanto esperavam. Até agosto realizaram-se 305 transplantes de rim. "Fazemos um esforço muito grande para aumentar a colheita, mas muitos órgãos não se conseguem usar. Entre 20% a 30%. Temos uma população muito idosa e muito doente", afirmou Fernando Macário, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação.

Uma das grandes preocupações do Conselho da Europa é o combate ao tráfico de órgãos. "Representam 10% de todos os transplantes de todo o mundo, segundo os dados da Organização Mundial de saúde", referiu Fernando Macário, alertando que "a crise de refugiados é propicia ao tráfico de órgãos". Casos em Portugal, o responsável refere que são esporádicos. "Existem alguns portugueses que foram lá fora comprar um rim. São números pequenos. Seis em seis anos, que conhecemos".

* O pioneirismo de Christiaan Barnard  de 1967 ainda com muitas dificuldades.

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