11/09/2015

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HOJE NO
 "JORNAL DE NEGÓCIOS"

Mais de 10% dos trabalhadores
 de restaurantes e eventos estavam
 ilegais em Agosto

A inspecção do trabalho esteve em Agosto em mais de mil restaurantes e eventos. Mais de 10% dos trabalhadores estavam ilegais a maioria dos quais mulheres.
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A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) fez em Agosto inspecções a 1.132 restaurantes e eventos de Norte a Sul do País. Resultado: mais de 10% dos trabalhadores estavam ilegais, porque não foram declarados à Segurança Social.
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"No decorrer destas acções, os inspectores do trabalho detectaram 404 trabalhadores não declarados, o que corresponde a 10% do total de trabalhadores abrangidos, sendo de realçar que 61% dos trabalhadores não declarados eram mulheres. Foram ainda detectados 13 falsos prestadores de serviços, vulgarmente conhecidos por 'falsos recibos verdes'", lê-se num comunicado da ACT.

A ACT informa que foi regularizada a situação de 159 trabalhadores não declarados (40% do total) e de 12 recibos verdes. "No total os inspectores do trabalho adoptaram 873 procedimentos inspectivos", refere o comunicado.

Por vezes, depois da inspecção, "os trabalhadores desaparecem"

No ano passado, o trabalho não declarado detectado pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) subiu 73% no ano passado, mas só 45% das situações foram resolvidas na sequência da intervenção da inspecção.

Na altura, em declarações ao Negócios, o Inspector-Geral Pedro Braz defendeu a responsabilização das empresas que subcontratam entidades com trabalhadores ilegais, que actualmente não são penalizadas.

No ano passado os inspectores encontraram 1.939 trabalhadores não declarados, que implicaram um valor de 4,6 milhões de euros em dívida à Segurança Social. Das situações encontradas, apenas 45% foram regularizadas após a intervenção da ACT.

E nos outros casos? Por vezes "levantamos o auto de notícia e a entidade empregadora despede-os. Os trabalhadores desaparecem", explicava na altura o Inspector-Geral. Outras vezes, desaparecem os próprios empresários.

* Devem ser estes os empresários de quem o sr. Paulo Portas tanto fala como verdadeiros patriotas.

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