08/07/2015

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577.
Senso d'hoje

EDUARDO PAZ FERREIRA
 Presidente do Instituto Europeu e do Instituto 
de Direito Económico Financeiro e Fiscal
SOBRE A GRÉCIA

Simpatizo com a posição do governo grego de manter as promessas eleitorais e de chamar o povo grego a pronunciar-se. Quando o Papandreou [primeiro-ministro grego entre 2009 e 2011] anunciou um referendo, houve um golpe de Estado semelhante ao que está em curso. O que a União Europeia está a tentar fazer é, através, de um conjunto de mecanismos de chantagem, uma espécie de golpe de Estado que leve ao afastamento de um governo democraticamente eleito.
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Isso tornou-se claríssimo nas inacreditáveis declarações do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, que declarou que era preciso correr com o Syriza e colocar na Grécia um governo tecnocrata.
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É uma monstruosidade, ainda por cima vinda do presidente do Parlamento Europeu, que deveria ser o primeiro a defender a democracia. E espanta-me muito que antigos primeiros-ministros, que foram os principais responsáveis pela situação grega, tenham o descaramento de apelar ao sim. Deviam existir códigos mínimos de decência na política. Infelizmente aprendemos que não, e que uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade.
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* Excertos de entrevista à "TSF" e  "DINHEIRO VIVO"

** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de comunicação social, onde poderá ler ou ver a entrevista por inteiro. 


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