09/06/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DINHEIRO VIVO"

Incumprimento das famílias e 
das empresas em níveis históricos

O crédito malparado das famílias continua a aumentar em Portugal. Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, 4,44% do total dos empréstimos concedidos a particulares em abril eram creditos dados como vencidos. Qualquer coisa como 5,4 mil milhões de euros. A parcela maior é a do crédito à habitação, com 2,5 mil milhões de euros de malparado.
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Estes são os valores mais elevados de sempre do malparado desde que o Banco de Portugal publica estes dados, ou seja, desde 1997. Em março, o total do malparado nos particulares era de 4,41% dos empréstimos.

Os 2,5 mil milhões indicados pela banca como valores vencidos no crédito à habitação representam 2,52% do total do financiamento concedido às famílias para este fim. Há quatro meses consecutivos que a percentagem do malparado neste segmento aumenta, consecutivamente, o que constitui fator de preocupação para entidades como a associação de defesa do consumidor, já que é sabido que o crédito à habitação é o última prestação que as famílias em difículdades deixam de cumprir.

"O maior incumprimento no crédito à habitação causa-nos grande preocupação porque é a prova que a situação financeira das famílias não só não está melhor como, infelizmente, está cada vez mais precária e mais dramática", afirmou ao Dinheiro Vivo Natália Nunes, responsável do Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado (GAS)

Para Natália Nunes, estes dados que, assume, "não são surpreendentes, infelizmente", na medida em que "continuamos, todos os dias, a ser contactados por famílias em números muito semelhantes aos de 2014", provam que todas as medidas tomadas para prevenir situações de incumprimento, designadamente ao nível do crédito habitação, como o decreto-lei 227/2012 "não tiveram os efeitos esperados".

Só até ao dia 8 de junho, o Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado foi contactado por mais de 14 mil famílias e foram aberto 1100 processos, mais de metade do total aberto no total do ano de 2014.
Se é verdade que o maior montante no malparado se prende com o crédito à habitação, não é menos certo que a maior percentagem se prende com os créditos ao consumo e outros fins. Segundo o Banco de Portugal, 10,89% do total dos empréstimos ao consumo estavam vencidos em abril, contra os 10,91% de março. No financiamento para outros fins, o malparado era de 16,22%, a percentagem mais elevada de sempre.

O malparado nas empresas está, também a crescer. Totalizava, em abril, 13,38 mil milhões de euros e correspondia a 15,69% do total do crédito às empresas, percentagem nunca antes atingida.

* Este governo e a maioria parlamentar  que o apoia causam  náuseas por tanta mentira exibirem, não gostávamos nada de Socrates, de Passos e Portas é "abaixo de nada".

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