02/06/2015

.

HOJE NO
 "DIÁRIO ECONÓMICO"

Quinta da Marinha dá ao BPI 88 moradias para pagar dívida de 18 milhões

Miguel Champalimaud, dono da Quinta da Marinha Aldeamentos Turísticos, chegou a um acordo com o seu maior credor, o BPI0.64%, para pagar uma dívida de 18 milhões de euros. O acordo foi feito na Justiça e pretende resolver uma dívida que já tinha entrado em crédito malparado e impedir a falência da empresa de imobiliário. A notícia é avançada pela Rádio Renascença.

Nos últimos três anos, uma das empresas do ícone imobiliário nacional passou por graves dificuldades financeiras.
 .
Esta é uma das nove empresas que fazem parte da holding do império residencial criado por um dos irmãos Champalimaud, descendentes de Carlos Montez Champalimaud - a Quinta da Marinha Aldeamentos Turísticos (QMAT). No início deste ano, a dívida total era superior a 24 milhões de euros.

Só um acordo após "longas negociações", assinado no final da semana passada, com o BPI, principal credor da empresa, levou à salvação da QMAT. Mas neste documento, que  resolve as dívidas deste projecto imobiliário, o banco liderado por Fernando Ulrich decidiu assinar por entender que isso levará à recuperação desta unidade e também porque ajudará a que "outras sociedades do Grupo Quinta da Marinha" possam regularizar e reestruturar passivos perante o banco. A dívida ascendia a mais de 18 milhões de euros.

O banco disse à Rádio Renascença que os activos desta empresa do grupo são também garantias hipotecárias de outras sociedades da Quinta da Marinha para com o BPI.

Esta instituição financeira atribuiu ao lote de 88 moradias - ainda em fase de infraestruturação -, que a Quinta da Marinha acordou passar para a propriedade do banco, no valor de quase 16 milhões de euros. Ou seja, o BPI assume, à cabeça, uma perda de dois milhões de euros. Ainda assim, as avaliações feitas em 2013 davam conta de que uma venda imediata se faria por 17 milhões de euros.
A QMAT, liderada por Miguel Sommer Champalimaud, que acumula também a presidência do grupo, nasceu com o objectivo de desenvolver dois aldeamentos turísticos, divididos em dois lotes, um com 88 moradias e outro com 60, ou seja, "148 moradias turísticas unifamiliares".

Em declarações escritas à Renascença, o advogado da Quinta da Marinha, Paulo Neves Antunes diz que o acordo alcançado pelas partes é positivo. Caso contrário, "não teria sido celebrado e muito menos apresentado no âmbito de um PER como o que foi aprovado".

Os outros credores da QMTA eram a SGPS do grupo e o Estado, a quem a empresa deve mais de dois milhões de euros, mas a quem contesta a validade desta dívida.

À Quinta da Marinha Aldeamentos Turísticos resta agora o lote 7 como único activo, que se destina à construção de 60 moradias.

* Quando se tem mais olhos que barriga...


.

Sem comentários: