16/05/2015

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HOJE NO
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Descida em relação ao ano passado 
será de apenas um ponto percentual.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida das administrações públicas tenha ascendido aos 128,9% do PIB, um valor abaixo do registado no final de 2014 e acima da previsão para o final de 2015.
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TEODORA CARDOSO
De acordo com uma nota sobre a dívida pública até Março, a que a Lusa teve acesso, os técnicos independentes que apoiam o parlamento calculam que a dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, se tenha situado “entre 128,6% e 129,3% do PIB [Produto Interno Bruto]” no primeiro trimestre, sendo o valor central da previsão os 128,9%.

Os economistas da UTAO referem que, confirmando-se esta projecção, a dívida pública “terá excedido a previsão oficial para o final do ano”, que é de 124,2% do PIB, mas terá caído face ao valor provisório da dívida pública no final de 2014, que foi de 130,2%.

A UTAO salienta, no entanto, que “os dados do primeiro trimestre não permitem retirar conclusões quanto ao nível de dívida pública no final do ano”, uma vez que a dinâmica da dívida pública poderá ser diferente de trimestre para trimestre.

Além disso, estes técnicos que apoiam o parlamento notam que estão ainda previstos para este ano ajustamentos directos ao stock de dívida de 5,0 pontos percentuais, decorrentes da amortização do empréstimo ao Fundo de Resolução com a venda do Novo Banco, da utilização da liquidez existente, da aquisição da dívida pela Segurança Social e da substituição de dívida bancária por dívida ao Estado pelas empresas públicas reclassificadas.

A informação provisória disponibilizada já pelo Banco de Portugal indica que a dívida pública na óptica de Maastricht ascendeu aos 226,3 mil milhões de euros no final de Março, o que, a confirmar-se, “representa um aumento de mil milhões de euros em termos nominais face ao final de 2014”.

Para este aumento terão contribuído a “emissão significativa” de Obrigações do Tesouro e de Aforro e a não utilização de depósitos da administração central (que se mantiveram em cerca de 17 mil milhões, ou cerca de 10% do PIB), segundo a UTAO.

* Temos um governo perito em competências do "inconseguimento"

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