24/05/2015

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ESTA SEMANA NO
"SOL"

Taxistas querem €10 no Natal e Ano Novo

Afinal não é só uma tarifa especial de 20 euros para os serviços de táxi nos aeroportos e portos nacionais (Lisboa, Funchal, Leixões, Portimão e Ponta Delgada). As associações de taxistas também propuseram ao Governo a criação de uma tarifa única de 10 euros para todos os serviços na noite de Natal e na passagem de ano.

Estas propostas foram apresentadas em Outubro do ano passado pela Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral) e pela Federação Portuguesa do Táxi, no âmbito da convenção negociada todos os anos com a Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE) - que serve para fixar os preços do sector para todo o país (incluindo bandeirada e suplementos).
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Mas o Ministério da Economia rejeitou todas as propostas, inclusive a pretensão de aumentar o tarifário geral em 8%. “Era manifestamente excessivo, tendo em conta a taxa mínima de inflação que se regista actualmente, a estabilização do consumo privado e dos preços do petróleo”, explicou ao SOL o secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, sublinhando que aguarda uma contra-proposta das associações.

“A negociação continua. Estamos dispostos a rever o modelo, mas este assunto tem de ser visto como um todo e deve reflectir a situação económica do país e a oferta turística”, esclarece o governante.

A discussão continua
Foi criado um grupo de trabalho só para discutir estas tarifas especiais. A de 20 euros seria aplicada a todos os que viajassem a partir da zona de chegadas da Portela, por exemplo, dando direito a um percurso até 14,8 quilómetros. 

Os taxistas vão continuar a bater-se pela aprovação destas tarifas especiais. “Há situações que não podem continuar nos aeroportos, como as sucessivas especulações. E este modelo já existe em Madrid, Barcelona, Itália e Grécia”, nota Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi, lembrando que o Governo mostrou abertura para adoptar estas tarifas de serviço mínimo.

“Não há objecções de princípio à sua fixação”, lê-se na acta de uma reunião em Janeiro passado, entre a DGAE e os representantes do sector. Nessa altura, os valores concretos ainda não tinham sido decididos nem analisados.

A verdade é que, a serem implementadas, estas taxas vão implicar uma série de obrigações por parte dos taxistas que serão estabelecidas em regulamento próprio. Segundo o projecto de regulamento, a que o SOL teve acesso, o taxista que prestar serviço nas praças que vierem a ser abrangidas por esta convenção terão, por exemplo, de “actuar com zelo, isenção, correcção e urbanidade no trato com passageiros”, “zelar e cuidar da sua higiene e apresentação pessoal” e “observar as orientações que o passageiro fornecer quanto ao itinerário e à velocidade, devendo, na falta de orientações expressas, adoptar o percurso mais curto”. Não está previsto qualquer fardamento específico como chegou a ser noticiado.

Já os carros que forem licenciados para este regime devem dispor de ar condicionado, bom sistema de iluminação interior e terminal de pagamento com cartões de débito e crédito, devendo apresentar-se em bom estado de conservação e limpeza.

Até que os preços e tarifas para 2015 sejam decididos, mantêm-se em vigor os valores da convenção do ano passado. “Não há instabilidade nem vazio legal nesta matéria”, sublinha o secretário de Estado Leonardo Mathias.

ANA quer taxar acesso 
Mas outras alterações estão em marcha, como o acesso condicionado de táxis e particulares aos terminais dos aeroportos, através da introdução de cancelas e de  uma taxa de um euro, por parte da ANA - Aeroportos de Portugal. “Mas este assunto é entre privados, nada tem que ver com o Governo nem com a convenção universal de preços”, sublinha Leonardo Mathias.

O SOL sabe que a Câmara de Lisboa está a preparar, em conjunto com as associações de taxistas, o Instituto da Mobilidade e Transportes, a Polícia e outras entidades, um regulamento de estacionamento para o aeroporto e para o terminal de cruzeiros na capital.

* Está tudo louco, então e todos os outros trabalhadores que são obrigados a trabalhar naqueles dias, que fazem muito mais falta que taxistas "voluntários", ganham o quê?
As associações de táxis deviam estar mais atentas às condições de higiene dos automóveis e de mecânica, existem bastantes que mal se entra sai-se de imediato tal é o mau cheiro e outros com a suspensão completamente fanada. .


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