29/05/2015

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HOJE NO
 "CORREIO DA MANHÃ"

PSP agressor invoca razões pessoais

Diretor nacional sublinha que agentes têm problemas "comuns"
 
Filipe Silva, subcomissário da PSP que agrediu o empresário José Magalhães no passado dia 17, junto ao Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, disse à Inspeção- -Geral da Administração Interna (IGAI) que agiu pressionado por problemas pessoais, mostrando-se consciente de que não teve a atitude mais correta. 
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O testemunho do PSP foi dado na investigação do IGAI à violência após o jogo entre V. Guimarães e Benfica. Até fim dos inquéritos – o do IGAI deve estar concluído a 19 de junho –, Filipe Silva fica ao serviço. Ontem, nas cerimónias dos 138 anos do comando de Braga [Filipe Silva ia receber um louvor, mas a distinção foi suspensa], em Barcelos, o porta-voz nacional da PSP, Paulo Flor, não respondeu se a polícia vai fazer um pedido de desculpa ao empresário. Disse apenas que a agressão foi uma "situação excecional", que "não corresponde à imagem da PSP".

Já o diretor nacional, Luís Farinha, sublinhou que "a polícia é constituída por homens e mulheres comuns, com problemas comuns". "Têm filhos, família, casa, despesas, problemas emocionais e pessoais. O seu trabalho é complexo e está sob escrutínio da sociedade e da comunicação social. Estamos em democracia, é bom que assim seja. Mas não aceitamos julgamentos públicos", frisou.

* Vai muito mal o sr. director nacional Luís Farinha. Sempre considerámos a PSP como instituição respeitável mas  os seus elementos não estão acima da lei. Os outros homens e mulheres deste país que não têm farda nem bastões para dar porrada também têm filhos, família, casa, despesas, problemas emocionais e pessoais e aguentam com as brutalidades de quem vestiu uma farda para proteger e não para desancar. O alistamento na PSP é voluntário, se não têm condições para representar dignamente a instituição procurem outro emprego. 

Certamente o sr. director nacional Luís Farinha viu as imagens de um agente a tranformar um bastão num "falo" de comprimento avantajado, dirá talvez que aquele polícia além de que os outros agentes têm, tinha naquela hora a líbido em autogestão.
Todos os dias, em todas as ruas deste país os polícias têm de ser julgados da mesma maneira que os mesmos julgam os cidadãos pacíficos.
Não tomamos uma parte pelo todo, respeitamos os gentes da PSP, mas o sr. director nacional perdeu uma boa ocasião para estar calado.
Nas páginas deste blogue indignámo-nos contra a condenação do agente que matou uma criança sem saber, quando perseguia o meliante do pai, que usava o filho como escudo dentro da carrinha em fuga.

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