22/03/2014

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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O QUE NÓS


 NÃO ATINAMOS








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5-TRUCAGENS

















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 O FUTURO






















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Show do Tom
Riso e Improviso




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6-TRUCAGENS




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.II - CLASSIFICAÇÃO DAS
DOENÇAS EM PSIQUIATRIA
3-PSICOSE



Uma interessante série conduzida pelo Prof. Dr. Miguel Chalub.
 

Uma produção: CANAL MÉDICO


NR: Todos os episódios anteriores de todas as séries podem ser vistos nas semanas antecedentes no mesmo dia e à mesma hora.




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4-TRUCAGENS




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  4A ILHA DO DIABO


Alcatraz é uma ilha localizada no meio da Baía de São Francisco na Califórnia, Estados Unidos. Inicialmente foi utilizada como base militar, e somente mais tarde foi convertida em uma prisão de segurança máxima. Atualmente, é um ponto turístico operado pelo National Park Service junto com a Área de Recreação Golden Gate. 

Alcatraz foi uma base militar de 1850 a 1930. Posteriormente, foi adquirida pelo Departamento de Justiça dos EUA, em 12 de Outubro de 1933, quando sofreu a conversão. Em 1 de Janeiro de 1934, foi re-inaugurada como uma Prisão Federal. Durante seus 29 anos de existência, a prisão alojou alguns dos maiores criminosos norte-americanos, como Al Capone, Robert Franklin Stroud (o Birdman of Alcatraz), Alvin Karpis e Frank Morris. 

A prisão foi fechada em 21 de Março de 1963, menos de um ano após a primeira fuga realizada na prisão. O governo alegou que o complexo foi fechado devido ao seu alto custo de manutenção, e ao fato de que não garantia uma total segurança, em relação às prisões mais modernas. Era mais fácil e mais barato construir uma prisão nova do que melhorar as condições de Alcatraz. 

Em 1969, um grupo de nativos norte-americanos criou um movimento que ocupou a ilha, baseando-se num tratado federal de 1868, que permitia que os nativos utilizassem todo o território que o governo não usava ativamente. Após quase dois anos de ocupação, o governo os retirou da ilha. Durante 29 anos, a prisão de Alcatraz nunca registrou oficialmente fugas bem sucedidas de prisioneiros. 

Em todas as tentativas, os fugitivos foram mortos ou afogavam-se nas águas da baia de São Francisco. Três fugitivos, Frank Morris, e os irmãos John e Clarence Anglin, desapareceram das sua celas em 11 de Junho de 1962. Somente algumas provas foram encontradas, e elas levam a crer que os prisioneiros morreram, mas, oficialmente, ainda estão listados como desaparecidos e provavelmente afogados. 

Em 1979 foi feito um filme sobre essa fuga com Clint Eastwood chamado Escape from Alcatraz. A história chegou a ser testada no programa "Mythbusters-Os caçadores de Mitos" no episódio Fuga de Alcatraz.





NR: Todos os episódios anteriores de todas as séries podem ser vistos nas semanas antecedentes no mesmo dia e à mesma hora.

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3-TRUCAGENS





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MANUEL LOFF

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Alucinações e
manipulação histórica

Passos não sai bem do paralelo que estabeleceu.

O disparate das imagens/metáforas históricas do primeiro-ministro não cessa de me surpreender!

Há dias, Passos foi às Caldas da Rainha no dia em que passavam 40 anos sobre o 16 de Março de 1974, o fracassado golpe spinolista que procurava antecipar-se ao que viria a ser o 25 de Abril do Movimento dos Capitães. Não é difícil ter sérias dúvidas sobre se Passos Coelho saberá alguma coisa de minimamente sólido sobre o 16 de Março e o 25 de Abril, o contexto da crise final da ditadura, um país empurrado para o abismo pela opção da guerra colonial tomada por Salazar. O que é extraordinário é que este homem se atreva a invocar “a coragem dos militares que fizeram o 16 de Março e o 25 de Abril, num momento de grande incerteza e em que a História não estava ainda escrita, para realçar que também hoje se está perante um momento em que é necessário tomar decisões arriscadas”, como aquelas “medidas muito difíceis” que ele mesmo tomou “no quadro de ajuda financeira” (PÚBLICO, 17/3/2014).
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É que só nos faltava mais esta! O homem a quem tocou dirigir o Governo no ano em que se comemoram 40 anos de democracia julga-se um Salgueiro Maia?, um decidido capitão que se revolta contra uma ditadura que prolongava, havia 13 anos, uma guerra ilegítima, sem apoio popular e sem saída militar? O problema não é só esta petulância de se comparar a si próprio com os capitães de Abril; é, acima de tudo, comparar o 25 de Abril e a libertação de um povo que, por vontade própria e, então sim, soberana, renunciava à guerra e, nas palavras de Costa Gomes na ONU, “não mais [admitia] trocar a liberdade de consciência coletiva por sonhos grandiosos de imperialismo estéril” com esta procura deliberada do regime de protetorado da troika que Passos nos apresenta como o dos “sacrifícios” para conseguir “a mudança estrutural” da economia portuguesa, como descreveu ele a Merkel.

Esta não é a primeira das alucinações de Passos entre o presente desastroso que ele próprio nos vem impondo e o passado recente da revolução de Abril e do fim da ditadura. Há um ano e tal, querendo prestar homenagem aos ex-combatentes da guerra colonial, enalteceu o esforço destes, não por terem suportado uma guerra injusta sobre a qual não tinham tido direito a pronunciar-se, mas porque haviam "servido a pátria de forma tão absoluta"; ora, como Portugal vive também hoje, segundo ele, "uma guerra intensa", "precisamos de encontrar em cada cidadão um soldado que esteja disposto a lutar pelo futuro do país" (Económico, com Lusa, 21/12/2012)! Se aceitarmos a metáfora – quase abjeta –, Passos não sai bem do paralelo que estabeleceu: a guerra que se vivia em 1974 fora declarada em 1961 por Salazar; a de hoje, foi declarada por Sócrates ao assinar o memorando da troika, mas apoiada e redobradamente assumida por Passos em 2011.

É um curioso sintoma este, o de uma direita política que, de tão embaraçada e intrinsecamente alheia ao 25 de Abril e à luta pela democracia em Portugal, não sabe o que há de dizer sobre a revolução. E que nem sequer aprende as lições revisionistas que a direita intelectual nos pretende há muito ensinar sobre o passado. Os programas oficiais de comemoração dos 40 anos da democracia são reveladores. Quando Cavaco lançou a ideia de uma pomposa conferência Portugal, Rotas de Abril: o Espírito da Democracia, a Cultura de Compromisso e os Desafios do Desenvolvimento, o historiador David Justino, da organização, propôs que se “usassem os princípios que a revolução trouxe para refletir para o futuro, em vez de se olhar em volta à procura de sinais no tempo de hoje idênticos ao do tempo de pré-revolução de 1974” (PÚBLICO, 6/12/2013). Justamente o que Passos Coelho não pára de fazer! Claro que o que incomoda o ex-ministro de Cavaco é a denúncia de um retorno ao passado, a evidências como uma emigração superior à dos piores anos do período 1961-74, um governo que apela, como o de Marcelo fazia, ao sacrifício nacional em nome de um projeto para Portugal que não submeteu a ratificação popular, dirigindo, num caso como noutro, um sistema político que perdeu o essencial da sua credibilidade...

Há vinte anos, o cavaquismo comemorou o 20.º aniversário do 25 de Abril tratando-o como se tivesse sido um golpe de uns quantos militares mandriões que abriram deliberadamente as portas ao totalitarismo, nada menos. Há dez, outro governo da direita, o de Durão, quis descafeinar a revolução negando o caráter revolucionário dos seus efeitos (“Abril é evolução”, lembram-se?). Agora, Cavaco só quer falar na “cultura de compromisso” (justamente o que, felizmente, o MFA não fez com a ditadura), a presidente da AR gostava de ver chaimites engalanadas par Joana Vasconcelos e patrocinadas pelo Pingo Doce, e o Governo aprovou no dia 11 (alguém se apercebeu?) um programa de comemorações que inclui uma coisa tão pertinente como um “call for design, dirigido a diversas categorias (print, motion, product e fashion)” a cargo de Guta Moura Guedes...

Dois dias depois do desaparecimento de Medeiros Ferreira, o historiador pioneiro na investigação sobre a Revolução dos Cravos, o melhor mesmo é fingir que nada disto está a acontecer...


IN "PÚBLICO"
20/03/14

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127.UNIÃO



 EUROPEIA







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2-TRUCAGENS





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É FÁCIL RESPONDER




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  V- COMO TUDO


FUNCIONA

   1 - CERVEJA




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1-TRUCAGENS




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J.M.Branco,S.Godinho e Fausto


Mudam-se os tempos




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HOJE NO
"A BOLA"

Jorge Jesus defende 
a profissionalização dos árbitros

O treinador do Benfica, Jorge Jesus, defende que o caminho a seguir passa pela total profissionalização dos árbitros, que assim ficam completamente concentrados em apitar os jogos, pelo que aumenta a qualidade da sua atuação.

«Portugal tem excelentes árbitros e preciso que eles recebam mais confiança e meios para serem melhores. A profissionalização é uma das iniciativas que vai ajudar os árbitros a estarem mais focados e a desempenharem melhor o seu papel. Se todos forem profissionais não tenho dúvidas que vão ser melhores», afirmou Jorge Jesus, em conferência de Imprensa.

O treinador encarnado também abordou a possibilidade de mudar a escolha dos árbitros e regressar o sorteio.

«Já tivemos anteriormente o sorteio e desde que a quantidade de árbitros com qualidade for elevada tudo bem, porque assim já não existe tanta especulação.»

* A arbitragem é pouco dignificada, para isso concorrem todos os agentes do desporto com especial relevância para os dirigentes dos clubes, habitantes do covil de variadas corrupções.


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 PESADELO



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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Rejeição de pedido para 
antecipar congresso do PSD/M 
não surpreendeu Albuquerque

O candidato à liderança do PSD/Madeira Miguel Albuquerque afirmou hoje não ter ficado surpreendido com a decisão do conselho regional de rejeitar o seu requerimento para antecipar o congresso regional, considerando que este órgão "não reflete a pluralidade do partido".
 
VELHOS TEMPOS

"Não fiquei surpreendido", disse o ex-presidente da câmara do Funchal à agência Lusa, no dia em que o conselho regional chumbou a sua proposta de realizar o congresso regional dos sociais-democratas madeirenses em junho, contrariando a decisão do líder regional do partido de agendar as eleições diretas em dezembro (2014) e a reunião magna em janeiro de 2015.

O requerimento de Miguel Albuquerque, subscrito por mais de 600 militantes, foi hoje votado no conselho regional do PSD/Madeira, obtendo apenas três votos a favor.

"Mas foi uma vitória importante para os militantes e para a legalidade democrática e estatutária levar o requerimento a votação, ao contrário da vontade do atual líder que chegou a ameaçar-me de expulsão", declarou Albuquerque.

"A circunstância de o conselho regional não ser eleito com base no princípio da proporcionalidade, ao contrário do que defendi nas ultimas eleições internas e à semelhança do acontece a nível nacional e nos Açores faz com que o conselho regional não reflita a pluralidade do partido", argumentou o candidato.

"Agora vamos avançar com o projeto em dezembro", concluiu.

A rejeição do requerimento também não apanhou de surpresa o outro candidato à liderança do partido Miguel Sousa, o qual opinou que "esta forma de fazer eleger o conselho regional do PSD/M, sem ser por método de Hondt, provoca estas unanimidades".

"Não fiquei surpreendido porque falo com os militantes e sei que o sentido da votação seria este", afirmou igualmente o presidente deste conselho regional, João Cunha e Silva, considerando que Miguel Albuquerque ter obtido apenas três votos a favor foi uma "expressão bastante acentuada".
João Cunha e Silva considerou "muito mau" e disse ter ficado "incomodado" com o facto das conclusões desta reunião terem sido divulgadas pelo Jornal da Madeira, mesmo antes da reunião ter terminado.

Instado a confirmar se é também candidato à liderança do partido, Cunha e Silva argumentou que "quis manter uma postura de algum recatamento por causa do que foi discutido" durante esta reunião do conselho regional.
"Não desminto, nem confirmo", declarou Cunha e Silva.

Neste momento são conhecidas quatro candidaturas à liderança do PSD/Madeira, para suceder a Jardim, designadamente as apresentadas pelo ex-presidente da câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, pelo ex-eurodeputado Sérgio Marques, pelo deputado Miguel Sousa e a do secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia.

* Alberto João o ZEDU da Madeira.

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 BRINQUEDOS
ANATÓMICOS















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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Jornal publica conclusões 
antes do fim da reunião

O Jornal da Madeira, detido pelo Governo Regional do arquipélago, publicou esta manhã as conclusões do Conselho Regional do PSD/Madeira antes mesmo de esta reunião ter terminado 
A notícia com o título "Conselho Regional do PSD-M classifica de "vergonhosa e fraudulenta" a campanha contra sistema de saúde regional", publicada às 10:39 na edição online do Jornal da Madeira, inclui as conclusões "na íntegra" do conselho regional, que se iniciou pelas 9:30 e à hora da publicação ainda decorria.

A notícia acabou, mais tarde, por ser retirada da homepage do jornal.

* Chama-se jornalismo por antecipação, "democrático" e carunchoso.

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COMERCIAL




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HOJE NO
"RECORD"

João Silva compete em "casa"

Depois do 12.º lugar obtido na semana passada na Taça do Mundo de Mooloolaba, na Austrália, naquela que foi a estreia na temporada, João Silva volta a competir já amanhã, igualmente para a Taça do Mundo, desta vez em “casa”. 


O triatleta do Benfica é um dos participantes na prova de New Plymouth, na Nova Zelândia, país para onde se mudou em janeiro e onde deverá permanecer até ao próximo mês.

“A minha primeira competição do ano foi um bom ponto de partida e de trabalho para a época que ainda está para vir”, referiu João Silva na sua página do Facebook. As provas de Mooloolaba e New Plymouth têm como finalidade preparar o atleta para a estreia nas World Series, que acontece no dia 6 de abril, em Auckland, também na Nova Zelândia.

A acompanhar João Silva em New Plymouth vai estar de novo Vasco Pessoa. O triatleta do Águias de Alpiarça já tinha participado na prova de há uma semana, onde alcançou o 48.º lugar.

Alpiarça
João Silva e Vasco Pessoa serão pois os grandes ausentes do Triatlo de Alpiarça/Miguel Jourdan, que abre amanhã a época nacional de triatlo. A prova ribatejana, de acordo com a Federação, superou os inscritos do ano passado, devendo estar em ação mais de cinco centenas de atletas.

* Boa sorte

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 O PRIMEIRO PLANO 
E A PANORÂMICA


 
Taj Mahal
AGRA - ÍNDIA



 
Porta de Brandenburg 
BERLIM - ALEMANHA



Cidade Proíbida
PEQUIM - CHINA



Pirâmides de Gizé
CAIRO -EGIPTO



O símbolo de Hollywood
LOS ANGELES - USA



Serra de Rushmore
KEYSTONE - USA



Cataratas do Niágara
FRONTEIRA USA-CANADÁ



Parthenon
ATENAS - GRÉCIA



 
Stonehenge
CONDADO DE WILTSHIRE 
 INGLATERRA



Terreiro do Paço
LISBOA -  PORTUGAL


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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

 Método inovador trava cancros mortais

Nova esperança para evitar mortes poderá ser aplicada dentro de cinco anos.

 Uma equipa de cientistas da Universidade de Gotemburgo (Suécia) desenvolveu uma técnica para diagnosticar precocemente o cancro no pâncreas. A técnica poderá estar disponível nos hospitais dentro de cinco anos. O cancro do pâncreas é um dos mais temíveis por quase sempre ser detetado numa fase avançada, quando já se espalhou para outros órgãos - o que faz com que apenas cinco por cento dos doentes sobrevivam cinco anos ou mais após o diagnóstico.

Recorde-se, por exemplo, o caso do ator norte-americano Patrick Swayze que morreu em 2009, aos 57 anos, dois anos depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro do pâncreas. A situação, porém, poderá estar prestes a mudar. Segundo a revista ‘Journal of the National Cancer Institute', esta nova técnica permitiu detetar, com 97 por cento de certeza, certos precursores do cancro do pâncreas.

Sabe-se hoje que a presença de quistos - tumores cheios de fluido - pode ser um sinal precursor do cancro. Estes quistos, no entanto, eram geralmente descobertos de forma acidental na realização de exames de imagiologia tais como a tomografia axial computadorizada (TAC) ou a ressonância magnética. Nem todos têm potencial canceroso, mas como não é possível prever a sua evolução com base nas imagens, isso conduz a análises desnecessárias - e pouco fiáveis - do líquido contido nos quistos, bem como a cirurgias invasivas que apresentam riscos para os pacientes.

O novo método desenvolvido por Karolina Jabbar e colegas outros colegas da Universidade de Gotemburgo consiste em utilizar a técnica dita de espectrometria de massa para detetar com precisão, nos quistos, a presença de proteínas chamadas mucinas, cuja produção aumenta nos tumores malignos.

E permitiu aos cientistas diagnosticarem corretamente que, entre 79 quistos, 77 eram efetivamente precursores de cancros. Um resultado "espetacularmente bom para um teste de diagnóstico", conforme classificou Karolina Jabbar que poderá impedir muitas mortes.

* Toda a luta científica é boa


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ACORDANDO

 



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HOJE NO
"i"

Malditas alergias. 
O que precisa de saber para 
sobreviver à Primavera

Os pólenes estão aí. Mesmo que nos próximos dias acalmem com a chuva, se sofreu no passado não se limite a tomar anti-histamínicos. Mais vale prevenir e ir ao médico. Luís Delgado, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica e médico no Hospital de S. João, e Susana Piedade, imunoalergologista da Cuf, respondem às dúvidas

Quais são as alergias mais comuns nesta altura do ano?  
O problema da Primavera para quem tem alergias é ser o pico da polinização na maioria das plantas mais alergénicas. Em Portugal as principais causas de alergia a pólen são as gramíneas, fenos. Estas começam a polinizar no início da Primavera e atingem o pico entre Maio e Junho. Também é frequente a alergia à erva parietária, do grupo das ervas daninhas e que tem um período de polinização que começa na Primavera mas em alguns pontos do país repete no início do Outono. Em relação aos pólenes das árvores, o mais alergénico é o da oliveira. Luís Delgado explica que os do pinheiro, ao contrário do que pensam muitas pessoas, são pólenes de maior dimensão e pouco alergénicos – os mais prejudiciais são invisíveis. É o caso também dos pólenes amarelos que se encontra em cima do carro, com os quais não se deve preocupar. “Apesar de raramente causarem alergia, podem servir de aviso que a época de polinização já começou.” Em algumas zonas de clima mais frio e seco, na Primavera também é mais frequente a alergia aos ácaros, por que a temperatura amena promove a sua replicação. Muitas vezes estas duas alergias aparecem conjugadas nesta altura.


Como sei que estou a ter uma alergia?
 A alergia aos pólenes e aos ácaros  do pó da casa pode ter três manifestações. Pode afectar nariz e garganta e aí os sintomas mais comuns são a irritação, pingo no nariz e espirros. É chamada rinite alérgica. Pode afectar os olhos, com comichão e inflamação (conjuntivite alérgica). Pode ser também causa de asma, quando se manifesta com pieira, dificuldade em respirar e dor no peito. Muitas vezes surgem conjugadas. Susana Piedade explica que os sintomas de uma alergia distinguem-se de os de uma constipação porque, se não forem controlados, vão manter-se toda a época de polinização. Além de autolimitados, numa constipação os sintomas são homogéneos todo o dia e numa crise alérgica aumentam quando há maior exposição ao alergénio, no caso dos pólenes quando a pessoa está na rua.

É importante saber a que tipo de pólen sou alérgico? 
 Sim. Por um lado, é essencial para planear o tratamento. Se uma pessoa for alérgica a vários pólenes poderá precisar de uma prevenção mais ampla que inclua vacina contra os alergénicos a que é sensível mas também há comprimidos que funcionam como vacinas contra infecções respiratórias, que são um factor de descompensação quando há uma crise. Delgado sublinha também que pode ser importante para se planear viagens. É que o período de polinização de uma planta pode não começar em todo o país na mesma altura. “Nas férias da Páscoa uma pessoa de uma zona mais a norte e chuvosa como Braga pode ainda não ter tido sintomas mas vai para o Algarve e pode ter uma grande crise alérgica porque lá as gramíneas começaram a polinizar mais cedo”, diz. 

Como sei os níveis de polinização?  
A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica publica todas as semanas um boletim polínico detalhado por região. Pode ser consultado no site da SPAIC ou pode subscrever a newsletter para receber a informação no email. 

Como funcionam as vacinas? 
Podem ser injectáveis ou de administração sublingual, em gotas ou comprimidos. Vão expor o organismo ao pólen para aumentar o reconhecimento do mesmo e fazer com que o sistema imunológico não tenha uma resposta anti-inflamatória excessiva quando encontra o inimigo real. Não são indicadas em todas as situações, apenas quando há prognósticos de alergia mais graves. Podem também não ser indicadas a quem tem várias alergias. Devem feitas a partir de Outubro/Novembro, para que o sistema imunitário consiga tolerar melhor os alergénios na Primavera. 

São comparticipadas?  
Deixaram de ser, lamenta Luís Delgado. Os preços da vacinação podem chegar a centenas de euros pois tem de ser mantida por regra três anos para ter eficácia a longo prazo. “Actualmente há alguns sistemas complementares e seguros que as comparticipam mas têm um preço incomportável para muitas pessoas”, diz o médico, que revela que a SPAIC tem insistido na importância deste tratamento estar disponível por ser custo-eficaz. “Pode ser inicialmente dispendioso mas reduz os custos com a medicação e o desconforto durante as crises, que motivam quebras de produtividade na escola e no trabalho.” 

Já não vou a tempo de fazer a vacina. Vale a pena ir ao médico?
Mesmo que tome um anti-histamínico para aliviar os sintomas, se tem uma suspeita de alergia deve ir ao médico. “A maioria das pessoas chega muito tarde, já no fim da época quando além da congestão nasal desenvolveu problemas respiratórios.” Se já teve más experiências no passado, deve ir ao médico antes de os sintomas aparecerem. Os próximos dias, com chuva e temperaturas mais baixas, são uma boa altura para consultar um especialista para ter um plano de ataque. “Muitas pessoas vão sentir menos sintomas e pensar ainda bem que ainda não começou. Se não se prevenirem, daqui a três semanas estão aflitas.” Além de anti--histamínicos, o plano pode incluir descongestionantes nasais e medicação local anti-inflamatória que ajuda a controlar a alergia. Há ainda outro argumento: se passar uma época com as alergias mal controladas, provavelmente a próxima será pior. “Quando não é feito tratamento, o corpo produz mais anticorpos que, no ano seguinte, vão provocar uma resposta ainda mais forte. Se foi mau o ano passado e não fez nada, este ano pode ser pior.” 

Mas se já fui ao médico o ano passado, posso automedicar-me?  
Os médicos aconselham uma consulta com um especialista uma vez por ano. Mas se já tem um guia escrito para SOS, pode segui-lo a menos que os sintomas agravem. Mesmo que lhe aconselhem um anti-histamínico, se tiver sintomas persistentes deve consultar o médico pois pode não ser o adequado e não garantir um controlo eficaz da doença. 

Porque é que há dias particularmente difíceis? 
Durante a época de polinização, as concentrações de pólen aumentam sobretudo nos dias quentes, secos e ventosos. Há maior risco de fragmentação dos pólenes, que pode fazer com que se depositem mais facilmente nas vias respiratórias.

Viver na cidade é pior para quem tem alergias?  
Parece um paradoxo porque há menos vegetação mas é verdade. Os pólenes viajam muitos quilómetros e nas cidades encontram mais barreiras arquitectónicas como prédios que fazem com que se depositem na estrada e parapeitos, deixando as pessoas mais expostas. Luís Delgado e Susana Piedade sublinham ainda que vários estudos têm mostrado que a poluição torna alguns pólenes mais alergénicos para o ser humano e também facilitam a sua entrada nas vias respiratórias. “Mesmo que não tenha nenhuma planta à sua volta pode estar mais exposto do que quem tem”, diz Delgado. É o caso, por exemplo, de habitações próximas de auto-estradas. 

Manter a casa arejada ajuda? 
Por um lado é importante por causa do pó da casa, alergénio frequente. Mas no que toca aos pólenes é preciso cautela. “Como  é um pau de dois gumes, o que recomendamos é que na Primavera se abram as janelas mais ao final do dia, quando os níveis de polinização são menores”, diz Luís Delgado.

O ar condicionado no trabalho é prejudicial para quem tem alergias?  
O médico explica que a relação não é directa: não vai aumentar a exposição a pólenes ou ácaros. O que acontece é que uma pessoa com uma crise alérgica há alguns dias tem o aparelho respiratório inflamado o que a vai tornar mais sensível a mudanças na temperatura ou mesmo a cheiros, como o da zona das refeições ou o perfume de um colega. “Não agrava a alergia, aumenta é a sensação de
desconforto.”

Dormir poucas horas piora as crises alérgicas? 
Susana Piedade explica que existem indícios de que o stresse emocional provocado por noites más dormidas ou por detrás da falta de sono pode influenciar os processos inflamatórios, logo as alergias. Mas na maioria das vezes o que acontece é que os sintomas de alergia, sobretudo a congestão nasal, não deixam dormir. “Daí a importância do controlo da doença e de uma medicação adequada”, sublinha. Tomar medicação para dormir não é boa ideia, reforça Luís Delgado. “A pessoa tem dificuldades respiratórias e não terá um bom descanso. Com medicação ainda ficará mais desconfortável.” 

Tomar banho à noite ajuda? 
É uma das dicas dos sites de saúde: chegar a casa ao final do dia e lavar o cabelo para os pólenes saírem e não se depositarem na almofada. Os especialistas dizem que não existe evidência disto funcionar e dizem que há dicas mais certas para um lar confortável para um alérgico. “Em casa o principal problema é o pó e os ácaros que nele existem. Devem lavar-se os lençóis todas as semanas a mais de 60 graus, aspirar e usar capas protectoras no colchão e almofadas.” A cama não deve ser logo feita de manhã, para arejar um pouco. Mas também não é aconselhável que fique vários dias por fazer.
  
Há alguma dieta que ajude a suportar melhor as alergias da primavera?  
Não existe nenhum alimento específico aconselhável a quem tem estas alergias mas Luís Delgado sublinha que alguns estudos têm demonstrado que a dieta mediterrânica parece estar associada a menos alergias ou mesmo a menor gravidade da asma do que a dieta ocidental típica, rica em gordura e açúcar. “É um comportamento que parece prevenir a incidência e gravidade, como está demonstrado também para as doenças cardiovasculares. Mas não nos permite dizer que se comer muitas azeitonas não as terá”, brinca.

Existe perigo em tomar anti-histamínicos com outros medicamentos?  
O principal perigo é a mistura de anti-histamínicos sedativos com substâncias que já comprometem a reacção, como álcool, antidepressivos ou ansiolíticos. Os especialistas sublinham que este é mais um motivo para não se automedicar mas reforçam que hoje já quase não se justifica a toma de anti-histamínicos sedativos por haver novas gerações de remédios sem esse efeito. Como saber se são sedativos? Se não tiver ido ao médico, o primeiro passo aconselhado é perguntar na farmácia ou ler a bula. 

Existe relação entre alergias a alimentos e a pólenes?
Algumas pessoas com alergia a pólenes desenvolvem reacções a frutos frescos com constituintes semelhantes  – por exemplo a maçã ou pêra, diz Piedade. Delgado reforça que também há casos destes de reacção a melão ou banana e que por vezes só se manifestam na Primavera. 

Fumar quando se está com uma crise alérgica é prejudicial?
Os médicos avisam que é sempre mau. Numa crise, a exposição ao fumo afecta a actividade dos pulmões e também pode interferir com a acção dos medicamentos, nomeadamente dos anti--inflamatórios usados em casos mais persistentes e na asma, chamados de corticosteróides inalados. A exposição ao fumo é particularmente nociva para as crianças.

E fazer exercício físico?
A actividade física regular e moderada parece ajudar a prevenir respostas inflamatórias e alergias. Na Primavera, para quem as tem, deve haver cuidados especiais. Deve evitar-se correr de manhã e nos jardins urbanos. “Se houver essa possibilidade, é preferível ir correr para junto do mar, marcar os jogos de ténis e futebol para o final do dia ou em espaços fechados”, diz Luís Delgado. Mesmo a escolha de uma esplanada para quem sofre de alergias pode ditar se a tarde será bem passada. “É melhor zonas perto da orla marítima do que ir para a baixa da cidade ou para o jardim.”

Há outros cuidados que possa ter? 
 Um dos mais simples nestas alturas é usar óculos de sol. As plantas que habitualmente causam alergia são as que polinizam pelo vento, sobretudo as que libertam grãos microscópicos que muito provavelmente vão cruzar-se consigo na rua e podem desencadear uma crise.

* Excelente informação


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