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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
11/03/2014
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DO QUE NÓS
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRACÇÃO.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
4- A ESTRATÉGIA DO DIFERIDO.
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DO QUE NÓS
NOS LEMBRAMOS
Chomsky e as 10 Estratégias de
Manipulação Mediática
O linguista americano Noam Chomsky elaborou a lista das "10 estratégias de manipulação" através da comunicação social:
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRACÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distracção
que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e
das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a
técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distracções e de
informações insignificantes.
A estratégia da distracção é igualmente indispensável para impedir o
povo de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área das
ciências, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.
"Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas
sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público
ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à
quinta como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para
guerras tranquilas')".
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado "problema-reacção-solução". Cria-se um
problema, uma "situação" prevista para causar certa reacção no público, a
fim de que este tenha a percepção que participou nas medidas que se
deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se
intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a
fim de que o público exija novas leis de segurança e políticas em
prejuízo da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer
aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o
desmantelamento dos serviços públicos.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la
gradualmente, a conta-gotas, durante anos consecutivos. É dessa maneira
que condições socioeconómicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram
impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo,
privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa,
salários baixíssimos, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução
se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4- A ESTRATÉGIA DO DIFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de
apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação
pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um
sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o
esforço não é aplicado imediatamente. Segundo, porque o público - a
massa - tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá
melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá vir a ser evitado.
Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e de
aceitá-la com resignação quando chegar o momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO SE DE CRIANÇAS SE TRATASSEM
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso,
argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas
vezes próximos da debilidade mental, como se cada espectador fosse uma
criança de idade reduzida ou um deficiente mental. Quanto mais se
pretende enganar ao espectador, mais se tende a adoptar um tom
infantilizante. Porquê? "Se você se dirigir a uma pessoa como se ela
tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela
tenderá, com certa probabilidade, a dar uma resposta ou reacção também
desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou
menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranquilas")".
6- UTILIZAR MUITO MAIS O ASPECTO EMOCIONAL DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do discurso emocional é uma técnica clássica para causar um
curto circuito na análise racional, e pôr fim ao sentido critico dos
indivíduos. Além do mais, a utilização do registo emocional permite
abrir a porta de acesso ao inconsciente para incutir ideias, desejos,
medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os
métodos utilizados para o seu controle e escravidão. "A qualidade da
educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e
medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira
entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e
permaneça impossível de eliminar (ver 'Armas silenciosas para guerras
tranquilas')".
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover no público a ideia de que é moda o facto de se ser estúpido, vulgar e inculto...
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria
desgraça, por causa da insuficiência da sua inteligência, de suas
capacidades, ou do seu esforço. Assim, ao invés de revoltar-se contra o
sistema económico, o indivíduo autocritica-se e culpabiliza-se, o que
gera um estado depressivo, do qual um dos seus efeitosmais comuns, é a
inibição da acção. E, sem acção, não há revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No decorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm
gerado um crescente afastamento entre os conhecimentos do público e os
possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à
neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um
conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente.
O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele
mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o
sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos
do que os indivíduos sobre si próprios.
NR: Manipilação mediática sigifica a influência que os meios de propaganda e de mídia social
exercem sobre a mente consciente e inconsciente dos indivíduos, sob a sua
esfera de alcance.
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HOJE NO
"DESTAK"
Viseu é o distrito com mais idosos a
. viverem sozinhos e/ou isolados
O Comando Territorial de Viseu da GNR anunciou hoje ter sido aquele que, a nível nacional, referenciou mais idosos a viverem sozinhos e/ou isolados durante os Censos Sénior 2014, num total de 2.945.
Os dados recolhidos mostraram que "2.588 idosos vivem sozinhos, 235 vivem isolados, tendo ainda sido identificados 122 idosos que vivem sozinhos e isolados", refere a GNR, em comunicado.
Segundo a GNR, os concelhos de Moimenta da Beira (381), Vila Nova de Paiva (239) e São João da Pesqueira (226) são aqueles onde foram referenciados mais idosos a viverem sozinhos.
* 2.588 situações muito graves só no distrito de Viseu, enquanto o ministro da lambreta gasta 6.700 euros em jornais e cafés p'ró pessoal.
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HOJE NO
"i"
Leia o manifesto:
"Preparar a Reestruturação da Dívida
. Para Crescer Sustentadamente"
Preparar a Reestruturação da Dívida
Para Crescer Sustentadamente
Nenhuma estratégia de combate à crise poderá ter êxito se não
conciliar a resposta à questão da dívida com a efectivação de um robusto
processo de crescimento económico e de emprego
num quadro de coesão e efectiva solidariedade nacional. Todos estes
aspectos têm de estar presentes e actuantes em estreita sinergia. A
reestruturação da dívida é condição sine qua non para o alcance desses objectivos.
O que reúne aqui e agora os signatários, que têm posições diversas
sobre as estratégias que devem ser seguidas para responder à crise
económica e social mas que partilham a mesma preocupação quanto ao peso
da dívida e à gravidade dos constrangimentos impostos à economia
portuguesa, é tão somente uma tomada de posição sobre uma questão
prévia, a da identificação das condições a que deve obedecer um processo
eficaz de reestruturação.
O que a seguir se propõe tem sempre em atenção a necessidade de
prosseguir as melhores práticas de rigorosa gestão orçamental no
respeito das normas constitucionais bem como a discussão de formas de
reestruturação honrada e responsável da dívida no âmbito de
funcionamento da União Económica e Monetária, nos termos adiante
desenvolvidos.
A Actual Dívida é Insustentável na Ausência de Robusto e Sustentado Crescimento
A crise internacional iniciada em 2008 conduziu, entre outros
factores de desequilíbrio, ao crescimento sem precedentes da dívida
pública. No biénio anterior, o peso da dívida em relação ao PIB subira
0.7 pontos percentuais, mas elevou-se em 15 pontos percentuais no
primeiro biénio da crise. No final de 2013 a dívida pública líquida era
de 129% do PIB e líquida de depósitos de cerca de 120%. O endividamento
externo público e privado ascendeu a 225% do PIB e o endividamento
consolidado do sector empresarial a mais de 155% do PIB. A resolução da
questão da dívida pública não só se impõe pelas suas finalidades
directas como pela ajuda que pode dar à criação de condições favoráveis à
resolução dos problemas específicos do endividamento externo e do
sector empresarial, que são igualmente graves.
A dívida pública tornar-se-á insustentável na ausência de crescimento
duradouro significativo: seriam necessários saldos orçamentais
primários verdadeiramente excepcionais, insusceptíveis de imposição
prolongada.
A nossa competitividade tem uma base qualitativa demasiado frágil
para enfrentar no futuro a intensificação da concorrência global. É
preciso uma profunda viragem, rumo a especializações competitivas
geradas pela qualidade, pela inovação, pela alta produtividade dos
factores de produção envolvidos e pela sagaz capacidade de penetração
comercial em cadeias internacionais ou nichos de mercado garantes de
elevado valor acrescentado.
Trata-se certamente de um caminho difícil e de resultados diferidos
no tempo. A sua materialização exige continuidade de acção, coerência de
estratégias públicas e privadas, mobilização contínua de elevado volume
de recursos, bem como de cooperação nos mais diversos campos de
actividade económica, social e política. Será tanto mais possível
assegurar a sustentabilidade da dívida, quanto mais vigoroso for o nosso
empenho colectivo no aproveitamento das oportunidades abertas pela reestruturação no sentido de promover esse novo padrão de crescimento.
É Imprescindível Reestruturar a Dívida para Crescer, Mantendo o Respeito pelas Normas Constitucionais
Deixemo-nos de inconsequentes optimismos: sem a reestruturação da
dívida pública não será possível libertar e canalizar recursos
minimamente suficientes a favor do crescimento, nem sequer fazê-lo
beneficiar da concertação de propósitos imprescindível para o seu êxito.
Esta questão é vital tanto para o sector público como para o privado,
se se quiser que um e outro cumpram a sua missão na esfera em que cada
um deles é insubstituível.
Sem reestruturação da dívida, o Estado continuará enredado e tolhido
na vã tentativa de resolver os problemas do défice orçamental e da
dívida pública pela única via da austeridade. Deste modo, em vez de os
ver resolvidos, assistiremos muito provavelmente ao seu agravamento em
paralelo com a acentuada degradação dos serviços e prestações
provisionados pelo sector público. Subsistirá o desemprego a níveis
inaceitáveis, agravar-se-á a precariedade do trabalho,
desvitalizar-se-á o país em consequência da emigração de jovens
qualificados, crescerão os elevados custos humanos da crise,
multiplicar-se-ão as desigualdades, de tudo resultando considerável
reforço dos riscos de instabilidade política e de conflitualidade
social, com os inerentes custos para todos os portugueses.
Por outro lado, a economia sofrerá simultaneamente constrangimentos
acrescidos, impeditivos em múltiplas dimensões do desejável crescimento
do investimento, da capacidade produtiva e da produtividade,
nomeadamente pela queda da procura e desestruturação do mercado,
diminuição da capacidade de autofinanciamento, degradação das condições
de acesso, senão mesmo rarefacção do crédito da banca nacional e
internacional, crescente liquidação de possibilidades competitivas por
défice de investimento e inovação. Por maioria de razões, o ganho
sustentado de posições de referência na exportação ficará em risco e
inúmeras empresas ver-se-ão compelidas a reduzir efectivos.
Há que encontrar outros caminhos que nos permitam progredir. Esses
caminhos passam pela desejável reestruturação responsável da dívida
através de processos inseridos no quadro institucional europeu de
conjugação entre solidariedade e responsabilidade.
Há alternativa
A Reestruturação Deve Ocorrer no Espaço Institucional Europeu
No futuro próximo, os processos de reestruturação das dívidas de
Portugal e de outros países – Portugal não é caso único – deverão
ocorrer no espaço institucional europeu, embora provavelmente a
contragosto, designadamente, dos responsáveis alemães. Mas reacções a
contragosto dos responsáveis alemães não se traduzem necessariamente em
posições de veto irreversível. Veja-se o que vem sucedendo com a Grécia,
caso irrepetível, de natureza muito diferente e muito mais grave, mas
que ajuda a compreender a lógica comportamental dos líderes europeus.
Para o que apontam é para intervenções que pecam por serem demasiado
tardias e excessivamente curtas ou desequilibradas. Se este tipo de
intervenções se mantiver, a União Europeia correrá sérios riscos.
Portugal, por mais que cumpra as boas práticas de rigor orçamental de
acordo com as normas constitucionais – e deve fazê-lo sem hesitação,
sublinhe-se bem – não conseguirá superar por si só a falta dos
instrumentos que lhe estão interditos por força da perda de soberania
monetária e cambial.
Um país aderente ao euro não pode ganhar
competitividade através da política cambial, não lhe é possível
beneficiar directamente da inflação para reduzir o peso real da sua
dívida, não pode recorrer à política monetária para contrariar a
contracção induzida pelo ajustamento, não tem Banco Central próprio que
possa agir como emprestador de último recurso. Mas se o euro, por um
lado, cerceia a possibilidade de uma solução no âmbito nacional, por
outro convoca poderosamente a cooperação entre todos os Estados-membros
aderentes. A razão é simples e incontornável: o eventual incumprimento
por parte de um país do euro, em última instância, acarretaria custos
difíceis de calcular mas provavelmente elevados, incidindo sobre outros
países e sobre o próprio euro. Prevenir as consequências nefastas desta
eventualidade é, de facto, um objectivo de interesse comum que não pode
ser ignorado.
Após a entrada em funções da nova Comissão Europeia, deverá estar na
agenda europeia o início de negociações de um acordo de amortização da
dívida pública excessiva, no âmbito do funcionamento das instituições
europeias Na realidade, esse processo já foi lançado e em breve iniciará
o seu caminho no contexto do diálogo interinstitucional europeu, entre
Comissão, Conselho e Parlamento. É essencial que desse diálogo resultem
condições fundamentais para defender sem falhas a democracia nos
Estados-membros afectados, como valor fundacional da própria União.
Três Condições a que a Reestruturação Deve Obedecer
A Comissão Europeia mandatou um Grupo de Peritos para apresentar,
designadamente, propostas de criação de um fundo europeu de amortização
da dívida. O seu relatório será publicado antes das eleições para o novo
Parlamento Europeu . Essas propostas juntar-se-ão a
várias outras formuladas nos últimos quatro anos. Recorde-se que a
presente tomada de posição visa apenas a questão prévia da identificação
das condições a que deve obedecer um processo eficaz de reestruturação
Serve-nos de guia o exposto sobre a dívida portuguesa, mas pensamos que
as condições abaixo sugeridas defendem também os melhores interesses
comuns dos países do euro.
Tendo presente que a capacidade para trazer a dívida ao valor de
referencia de 60% do PIB depende fundamentalmente de três variáveis
(saldo orçamental primário, taxa de juro implícita do stock de dívida e
taxa nominal de crescimento da economia), identificamos três condições a
que deve obedecer a reestruturação da dívida.
1) Abaixamento da taxa média de juro
A primeira condição é o abaixamento significativo da taxa média de
juro do stock de dívida, de modo a aliviar a pesada punção dos recursos
financeiros nacionais exercida pelos encargos com a dívida, bem como
ultrapassar o risco de baixas taxas de crescimento, difíceis de evitar
nos próximos anos face aos resultados diferidos das mudanças estruturais
necessárias. O actual pano de fundo é elucidativo: os juros da dívida
pública directa absorvem 4.5%. do PIB. Atente-se ainda no facto de quase
metade da subida da dívida pública nos últimos anos ter sido devida ao
efeito dos juros.
2) Alongamento dos prazos da dívida
A segunda condição é a extensão das maturidades da dívida para 40 ou
mais anos. A nossa dívida tem picos violentos. De agora até 2017 o
reembolso da dívida de médio e longo prazo atingirá cerca de 48 mil
milhões de euros. Alongamentos da mesma ordem de grandeza relativa têm
respeitáveis antecedentes históricos, um dos quais ocorreu em benefício
da própria Alemanha. Pelo Acordo de Londres sobre a Dívida Externa
Alemã, de 27 de Fevereiro de 1953, a dívida externa alemã anterior à II
Guerra Mundial foi perdoada em 46% e a posterior à II Guerra em 51,2%.
Do remanescente, 17% ficaram a juro zero e 38% a juro de 2.5% Os juros
devidos desde 1934 foram igualmente perdoados. Foi também acordado um
período de carência de 5 anos e limitadas as responsabilidades anuais
futuras ao máximo de 5% das exportações no mesmo ano. O último pagamento
só foi feito depois da reunificação alemã, cerca de 5 décadas depois do
Acordo.
O princípio expresso do Acordo de Londres era assegurar a
prosperidade futura do povo alemão, em nome do interesse comum.
Reputados historiadores económicos alemães são claros em considerar que
este excepcional arranjo é a verdadeira origem do milagre económico da
Alemanha. O Reino Unido, que alongou por décadas e décadas o pagamento
de dívidas suas, oferece outro exemplo.
Mesmo na zona euro, já se
estudam prazos de 50 anos para a Grécia. Portugal não espera os perdões
de dívida e a extraordinária cornucópia de benesses concedida à Alemanha
mas os actuais líderes europeus devem ter presente a razão de ser desse
Acordo: o interesse comum. No actual contexto, Portugal pode e deve,
por interesse próprio, responsabilizar-se pela sua dívida, nos termos
propostos, visando sempre assegurar o crescimento económico e a defesa
do bem-estar vital da sua população, em condições que são também do
interesse comum a todos os membros do euro.
3) Reestruturar, pelo menos, a dívida acima de 60% do PIB
Há que estabelecer qual a parte da dívida abrangida pelo processo
especial de reestruturação no âmbito institucional europeu. O critério
de Maastricht fixa o limite da dívida em 60% do PIB. É diversa a
composição e volume das dívidas nacionais. Como é natural, as soluções a
acordar devem reflectir essa diversidade. A reestruturação deve ter na
base a dívida ao sector oficial, se necessário, complementada por outras
responsabilidades de tal modo que a reestruturação incida, em regra,
sobre dívida acima de 60% do PIB. Nestes termos, mesmo a própria
Alemanha poderia beneficiar deste novo mecanismo institucional, tal como
vários outros países da Europa do Norte.
Os mecanismos da reestruturação devem instituir processos necessários
à recuperação das economias afectadas pela austeridade e a recessão,
tendo em atenção a sua capacidade de pagamento em harmonia com o
favorecimento do crescimento económico e do emprego
num contexto de coesão nacional. Se forem observadas as três condições
acima enunciadas, então será possível uma solução no quadro da União e
da zona euro com um aproveitamento máximo do quadro jurídico e
institucional existente.
A celeridade da aprovação e entrada em funcionamento do regime de
reestruturação é vital. A única maneira de acelerar essa negociação é
colocá-la desde o início no terreno firme do aproveitamento máximo da
cooperação entre Estados-membros de modo a acolher o alongamento do
prazo de reestruturação, a necessária redução de juros e a gestão
financeira da reestruturação, tendo em atenção as finalidades visadas
pelos mecanismos de reestruturação.
Cada país integraria em conta exclusivamente sua a dívida a
transferir e pagaria as suas responsabilidades, por exemplo, mediante a
transferência de anuidades de montantes e condições pré-determinadas
adequadas à capacidade de pagamento do devedor. As condições do acordo a
estabelecer garantiriam a sua estabilidade, tendo em conta as
responsabilidades assumidas por cada Estado-membro. Deste modo, a uma sã
e rigorosa gestão orçamental no respeito das normas constitucionais
acresceria o contributo da cooperação europeia assim orientada. As
condições relativas a taxas de juro, prazos e montantes abrangidos devem
ser moduladas conjugadamente a fim de obter a redução significativa do
impacto dos encargos com a dívida no défice da balança de rendimentos do
país e a sustentabilidade da dívida pública, bem como a criação de
condições decisivas favoráveis à resolução dos constrangimentos impostos
pelo endividamento do sector empresarial público e privado e pelo
pesado endividamento externo.
O processo de reestruturação das dívidas públicas já foi lançado pela
Comissão Europeia. Fomos claros quanto a condições a que deve obedecer
esse processo. A sua defesa desde o início é essencial. O nosso
alheamento pode vir a ser fatal para o interesse nacional
A reestruturação adequada da dívida abrirá uma oportunidade ímpar,
geradora de responsabilidade colectiva, respeitadora da dignidade dos
portugueses e mobilizadora dos seus melhores esforços a favor da
recuperação da economia e do emprego e do desenvolvimento sustentável com democracia e responsabilidade social.
Por quanto ficou dito, os signatários reiteram a sua convicção de que
a estratégia de saída sustentada da crise exige a estreita harmonização
das nossas responsabilidades em dívida com um crescimento duradouro no
quadro de reforçada coesão e solidariedade nacional e europeia.
Estes são os termos em que os signatários apelam ao debate e à
preparação, em prazo útil, das melhores soluções para a reestruturação
da dívida.
Conheça os signatários :
Adriano Moreira
Adalberto Campos Fernandes
Adriano Pimpão
Alberto Ramalheira
Alberto Regueira
Alexandre Quintanilha
Alfredo Bruto da Costa
André Machado
António Bagão Félix
António Capucho
António Carlos Santos
António Eira Leitão
António Sampaio da Nóvoa
António Saraiva
Armando Sevinate Pinto
Artur Castro Neves
Boaventura Sousa Santos
Carlos César
Carlos Moreno
Constantino Sakellarides
Diogo Freitas do Amaral
Eduardo Cabrita
Eduardo Ferro Rodrigues
Eduardo Paz Ferreira
Emanuel Santos
Esmeralda Dourado
Eugénio Fonseca
Fausto Quadros
Fernanda Rolo
Fernando Gomes da Silva
Fernando Rosas
Francisco Louçã
Henrique Neto
João Cravinho
João Galamba
João Vieira Lopes
Joaquim Gomes Canotilho
Jorge Malheiros
Jorge Novais
José Almeida Serra
José Maria Brandão de Brito
José Maria Castro Caldas
José Reis
José Silva Lopes
José Vera Jardim
José Tribolet
Júlio Mota
Luís Braga da Cruz
Luís Nazaré
Luís Veiga da Cunha
Manuel Carvalho da Silva
Manuel de Lemos
Manuel Macaísta Malheiros
Manuel Porto
Manuel Sobrinho Simões
Manuela Arcanjo
Manuela Ferreira Leite
Manuela Morgado
Manuela Silva
Mariana Mortágua
Pedro Adão e Silva
Pedro Bacelar de Vasconcelos
Pedro Delgado Alves
Pedro Lains
Pedro Marques Lopes
Ricardo Bayão Horta
Ricardo Cabral
Ricardo Paes Mamede
Rui Marques
Teresa Pizarro Belesa
Viriato Soromenho-Marques
Vítor Martins
Vítor Ramalho
Adalberto Campos Fernandes
Adriano Pimpão
Alberto Ramalheira
Alberto Regueira
Alexandre Quintanilha
Alfredo Bruto da Costa
André Machado
António Bagão Félix
António Capucho
António Carlos Santos
António Eira Leitão
António Sampaio da Nóvoa
António Saraiva
Armando Sevinate Pinto
Artur Castro Neves
Boaventura Sousa Santos
Carlos César
Carlos Moreno
Constantino Sakellarides
Diogo Freitas do Amaral
Eduardo Cabrita
Eduardo Ferro Rodrigues
Eduardo Paz Ferreira
Emanuel Santos
Esmeralda Dourado
Eugénio Fonseca
Fausto Quadros
Fernanda Rolo
Fernando Gomes da Silva
Fernando Rosas
Francisco Louçã
Henrique Neto
João Cravinho
João Galamba
João Vieira Lopes
Joaquim Gomes Canotilho
Jorge Malheiros
Jorge Novais
José Almeida Serra
José Maria Brandão de Brito
José Maria Castro Caldas
José Reis
José Silva Lopes
José Vera Jardim
José Tribolet
Júlio Mota
Luís Braga da Cruz
Luís Nazaré
Luís Veiga da Cunha
Manuel Carvalho da Silva
Manuel de Lemos
Manuel Macaísta Malheiros
Manuel Porto
Manuel Sobrinho Simões
Manuela Arcanjo
Manuela Ferreira Leite
Manuela Morgado
Manuela Silva
Mariana Mortágua
Pedro Adão e Silva
Pedro Bacelar de Vasconcelos
Pedro Delgado Alves
Pedro Lains
Pedro Marques Lopes
Ricardo Bayão Horta
Ricardo Cabral
Ricardo Paes Mamede
Rui Marques
Teresa Pizarro Belesa
Viriato Soromenho-Marques
Vítor Martins
Vítor Ramalho
* Leu com atenção???
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José Pedro tem 14 anos e sofre de paralisia cerebral. No passado domingo concretizou um dos seus maiores sonhos: conhecer Jorge Jesus, assim como o plantel do Benfica.
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«O José Pedro vê o futuro como um jogo de estratégia e o seu ídolo é Jorge Jesus. Foi o que ele me pediu, foi o sonho que ele quis ver realizado. O Benfica é campeão na solidariedade», explicou o pediatra José Peralta, que acompanhou o jovem nesta iniciativa promovida pela Fundação Benfica.
Além de Jorge Jesus, com quem esteve vários minutos à conversa, José Pedro, numa iniciativa promovida pela Fundação Benfica, teve ainda oportunidade de privar com Rui Costa e vários jogadores do plantel.
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HOJE NO
"A BOLA"
Jorge Jesus concretizou sonho
de jovem com paralisia cerebral
de jovem com paralisia cerebral
José Pedro tem 14 anos e sofre de paralisia cerebral. No passado domingo concretizou um dos seus maiores sonhos: conhecer Jorge Jesus, assim como o plantel do Benfica.
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«O José Pedro vê o futuro como um jogo de estratégia e o seu ídolo é Jorge Jesus. Foi o que ele me pediu, foi o sonho que ele quis ver realizado. O Benfica é campeão na solidariedade», explicou o pediatra José Peralta, que acompanhou o jovem nesta iniciativa promovida pela Fundação Benfica.
Além de Jorge Jesus, com quem esteve vários minutos à conversa, José Pedro, numa iniciativa promovida pela Fundação Benfica, teve ainda oportunidade de privar com Rui Costa e vários jogadores do plantel.
* O sonho é uma constante da vida, Jorge Jesus e plantel alimentaram o sonho de José Pedro, foi bonito.
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TERESA DE SOUSA
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A Europa joga
o seu destino na Crimeia
Não é demais lembrar que o que está em jogo nesta crise é o futuro da Europa e o futuro da relação transatlântica.
1. Escrevi muitas vezes que a Europa, distraída com a sua crise
existencial e (mal) habituada a ter a sua segurança garantida pelos EUA,
passou os últimos anos a ignorar as enormes mudanças do mundo à sua
volta. Não viu chegar as Primaveras árabes, não definiu uma estratégia
para influenciar a sua evolução, ignorou a ameaça terrorista que se
instalava nos Estados-falhados na região do Sahel. E nem sequer se deu
ao trabalho de rever a sua “estratégia de segurança” de 2003 e já largamente ultrapassada pelas mudanças internacionais.
Apesar da Líbia ou do Mali, não fez qualquer esforço
para se adaptar à nova doutrina de Washington que lhe atribuiu muito
mais responsabilidade pela segurança regional. Confesso que nunca pensei
que a crise que se trava hoje na Ucrânia nos entrasse pela porta dentro
numa dimensão e numa gravidade para a qual essa ausência de estratégia
se torna dramaticamente visível. É, já ninguém tem dúvida, a maior crise
vivida na Europa desde a queda do Muro. Que põe em causa as fronteiras
estabelecidas desde o fim da Guerra Fria (e a Europa sabe, melhor do que
ninguém, o que isso significa) e que apanhou os europeus absolutamente
de surpresa. Desta vez, não vai ser fácil resolvê-la apenas pelo método
preferido: deixar andar.
Em boa verdade, esta distracção traz
consigo um profundo ensinamento. Apesar da estratégia de Putin para a
reconstituição de um novo “império russo”, capaz de apagar as
consequências da implosão da União Soviética (“a maior tragédia
geopolítica do século XX, nas suas próprias palavras), a União foi
fechando os olhos. Primeiro, apostou numa “parceria estratégica” com
Moscovo assente nos “valores comuns”, indiferente ao endurecimento do
regime. Putin chegou a ser um “democrata” quando Jacques Chirac e
Gerhard Schroeder caíram na asneira de o incluir num chamado “eixo da
paz” em oposição à guerra de Bush no Iraque (2003). Mudou de agulha para
uma abordagem mais realista.
Os direitos humanos e a democracia foram
guardados na gaveta. Os negócios subiram para o topo da lista de
prioridades dos países europeus, grandes ou pequenos. Obama, chegado à
Casa Branca, carregara no botão do “reset”, pondo termo a um período de
maior hostilidade entre Washington e Moscovo.
O parêntese Medvedev
permitiu realizar uma “histórica” cimeira da NATO em Lisboa (2010) que,
como muita gente escreveu, era o verdadeiro fim da Guerra Fria. Já tinha
ficado para trás a estratégia americana de alargar continuamente a
NATO, incluindo a Ucrânia e a Geórgia. A Alemanha foi fundamental para
convencer George W. Bush, na cimeira de Bucareste (2008), de que era
preciso levar em conta os interesses russos e a sua percepção de
“cerco”. A União Europeia era vista como a via preferencial para
integrar progressivamente esses países, na medida em que não aparecia
aos olhos dos russos como uma instituição militar. O mundo, entretanto
mudava a uma grande velocidade.
A China emergiu como a principal
candidata a “superpotência”, tirando todo o proveito da globalização.
Obama definiu a sua integração na ordem internacional como o maior
desafio estratégico dos EUA. A União Europeia mergulhou na crise mais
grave da sua história, isolando-se ainda mais do mundo à sua volta. A
burocracia de Bruxelas e as relações bilaterais dos grandes países
europeus não permitiram uma visão global do relacionando com a Rússia,
capaz de integrar a economia e a segurança. O aparente sucesso da
“revolução laranja” (2004) tinha convencido a Europa de que tudo estava
bem na “frente leste” e nem sequer a invasão da Geórgia em 2008 e a
eleição de um Presidente pró-russo na Ucrânia em 2010 a fez parar para
pensar.
Vladimir Putin engoliu o revés ucraniano mas não abandonou
a sua estratégia de reconquista das zonas de influência russas (na
Europa, no Cáucaso e na Ásia Central). Desta vez, parece não estar
disposto a recuar à espera de melhor oportunidade.
A criação da União Euroasiática como um pólo de poder ao nível do
Ocidente e da China só faz sentido se tiver lá dentro os países
europeus, dividindo a Europa em duas, ainda que um pouco mais a Leste do
que a antiga Cortina de Ferro. Nunca lidou bem com a perda de
influência sobre os antigos satélites europeus, que trataram de se
integrar nas instituições ocidentais (União e NATO) antes que fosse
tarde de mais. A Europa não levou em conta a sua especial sensibilidade
face a Moscovo. Ouvi muitas vezes altos responsáveis queixarem-se da
obsessão desses países em continuarem a olhar para a Rússia como uma
ameaça. Agora, foi a Europa que apanhou um grande susto.
2.
Até agora, a Europa e os Estados Unidos estão a agir em uníssono face à
ofensiva de Putin. Há muito tempo que um comunicado no final de um
Conselho Europeu sobre um problema internacional não era tão claro e tão
conciso. O palavreado habitual, capaz de dizer tudo e o seu contrário,
deu lugar a uma avaliação comum e a medidas concretas. Não importa se a
reunião foi “tempestuosa”, como disse o primeiro-ministro polaco. A
coordenação transatlântica está a fazer-se. Ela é a mais eficaz forma de
pressão sobre Putin, que está a desafiar Obama e a contar com a
habitual fraqueza dos europeus, que não sabem falar a linguagem da força
nem estão preparados para pagar o preço que sempre custa a segurança.
Mas
estamos ainda muito longe do fim da crise. Os EUA e a Europa têm um
espaço de tempo muito curto para definir o passo seguinte, face à
convocação de um referendo na Crimeia para o próximo dia 16, que Putin
quer que seja um facto consumado, para lhe mostrar que só tem a perder
(o que é verdade) se insistir na sua anexação.
Dizem os analistas,
por necessidade de simplificação, que Kiev se transformou no lugar
geométrico de um novo confronto Leste-Oeste. Não é totalmente verdade. O
que está em causa neste braço-de ferro entre Putin e Obama é
precisamente a Europa: a sua unidade enquanto entidade política e o
futuro da própria aliança transatlântica. O problema é saber se, em
Berlim, também se pensa assim. A Alemanha comporta-se um pouco como uma
“potência emergente” que, para além da sua capacidade económica, ainda
não se adaptou às novas responsabilidade políticas que a liderança
europeia também lhe exige. É um desafio para o qual a chanceler pode não
estar preparada. O SPD, seu parceiro de coligação, tem historicamente
uma corrente que privilegia as relações com a Rússia em detrimento da
velha aliança com os EUA. Berlim pode ter um papel decisivo na procura
de uma solução que leve em conta os interesses da Rússia, mas também
pode inviabilizar qualquer estratégia de médio prazo que defina as bases
de uma relação com Moscovo assente no respeito pelo direito
internacional e pela independência dos países que se situam no seu
“estrangeiro próximo”. A presença de Iulia Timochenko em Dublin (no
Congresso do PPE) ou o convite ao primeiro-ministro do governo
provisório de Kiev para ir a Bruxelas no dia do Conselho Europeu
extraordinário, traduzem firmeza política. Mas não é demais lembrar que o
que está em jogo nesta crise é o futuro da Europa e o futuro da relação transatlântica.
Judy
Dempsey, analista do Carnegie, fazia uma simples pergunta: “Putin vai
finalmente fazer a Europa despertar?”. É esta a questão fundamental.
Jornalista
IN "PÚBLICO"
08/03/14
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Bloco quer electricidade
com taxa de IVA mínima
O Bloco de Esquerda entregou, na Assembleia da
República, propostas legislativas que aplicam à electricidade as taxas
mínimas de IVA, 6% no Continente e 5% na Madeira.
Esta medida foi divulgada, hoje, pelo BE/Madeira que lembra que a electricidade "é um bem essencial" e por isso não pode ter a taxa de IVA máxima, de 22% na Madeira 23% no Continente.
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Roberto Almada alertou, mais uma vez, para o "garrote social que os governos da República e da Região têm aplicado aos madeirenses" e deu como exemplo o caso da electricidade que deveria aumentar, em Janeiro deste ano, 2,1% mas que tem casos em que o aumento é superior a 5%.
"As pessoas já estão com o programa de austeridade sobre as costas, têm salários penhorados, dívidas e até situações de corte de água e luz e são confrontadas com aumentos deste calibre. Isto é inaceitável", afirma o coordenador regional do Bloco de Esquerda.
* Este IVA na electricidade é também um sufoco para pequenas empresas que não têm capacidade de recuperar o valor do imposto. Uma boa iniciativa do BE.
Esta medida foi divulgada, hoje, pelo BE/Madeira que lembra que a electricidade "é um bem essencial" e por isso não pode ter a taxa de IVA máxima, de 22% na Madeira 23% no Continente.
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Roberto Almada alertou, mais uma vez, para o "garrote social que os governos da República e da Região têm aplicado aos madeirenses" e deu como exemplo o caso da electricidade que deveria aumentar, em Janeiro deste ano, 2,1% mas que tem casos em que o aumento é superior a 5%.
"As pessoas já estão com o programa de austeridade sobre as costas, têm salários penhorados, dívidas e até situações de corte de água e luz e são confrontadas com aumentos deste calibre. Isto é inaceitável", afirma o coordenador regional do Bloco de Esquerda.
* Este IVA na electricidade é também um sufoco para pequenas empresas que não têm capacidade de recuperar o valor do imposto. Uma boa iniciativa do BE.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"É imprescindível reestruturar
a dívida para crescer"
Manifesto a favor da reestruturação da dívida, a que o Diário Económico teve acesso, defende juros mais baixos e mais tempo para pagar o remanescente da dívida acima do limiar de 60% do PIB.
O documento assinado por 70 personalidades de esquerda e direita em
Portugal, noticiado hoje pelo Público, defende que "nenhuma estratégia
de combate à crise poderá ter êxito se não conciliar a resposta à
questão da dívida" com um "robusto processo de crescimento económico e
de emprego
num quadro de coesão e de efectiva solidariedade nacional". E sublinha
que a reestruturação da dívida "é condição 'sine qua non' para o alcance
desses objectivos".
O manifesto, subscrito por personalidades como Ferreira Leite, Bagão
Félix, Francisco Louçã ou António Saraiva, nota que "a actual dívida é
insustentável na ausência de robusto e sustentado crescimento". O
problema é que Portugal está num ciclo vicioso, porque o rácio de
endividamento estrangula a capacidade do país e mantém o Estado
"enredado e tolhido na vã tentativa de resolver os problemas do défice
orçamental e da dívida pública pela única via da austeridade".
"Deixemo-nos de inconsequentes optimismos: sem a reestruturação da
dívida pública não será possível libertar e canalizar recursos
minimamente suficientes a favor do crescimento", afirmam os 70
subscritores do manifesto.
O documento, que sublinha a necessidade de Portugal continuar a
"cumprir as boas práticas de rigor orçamental", defende que o País "não é
caso único" na necessidade de renegociar a dívida. E acrescenta que
deve fazê-lo aproveitando a janela de oportunidade após as eleições europeias.
"Após a entrada em funções da nova Comissão Europeia, deverá estar na
agenda europeia o início de negociações de um acordo de amortização de
dívida pública excessiva", pode ler-se no manifesto, que sublinha que
"esse processo já foi iniciado" e que Bruxelas até já mandatou um grupo
de peritos para analisar "a criação de um fundo europeu de amortização
de dívida".
Os subscritores defendem, nomeadamente: uma baixa de juros
significativa da dívida, assente no facto de "mais de metade da subida
da dívida pública nos últimos anos ter sido devida ao efeito de juros"; e
uma extensão dos prazos de pagamento, lembrando que a Alemanha
beneficiou de algo semelhante após a Segunda Guerra Mundial. "Portugal
não espera os perdões de dívida e a extraordinária cornucópia de
benesses concedidas à Alemanha, mas os actuais líderes europeus devem
ter presente a sua razão de ser: o interesse comum", frisam.
Por fim, afirmam que a renegociação deve incidir "pelo menos" na
dívida acima de 60% do PIB, que é o critério estabelecido pelo acordo de
Maastricht. E, "nestes termos, a própria Alemanha poderia beneficiar
deste novo mecanismo institucional", concluem.
* Mas o governo sabichão do Coelhão já criticou este manifesto.
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Amor Electro
Onde tu me quiseres
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* Há muitos anos que nos USA as grandes cidades têm aves de rapina que se alimentam de animais mais pequenos proporcionando um certo eco-equilíbrio de voadores urbanos. Lisboa tem uma exagerada população de pombos que os alfacinhas e turistas alimentam por graça, mas infelizmente são mais poluidores do que encantadores.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Aves de rapina caçam pombos
nas cidades
Fenómeno começa a ser cada vez mais comum nas maiores cidades inglesas.
O falcão peregrino é uma ave de rapina que vive
tipicamente em bosques, mas nas cidades inglesas de Bristol e Londres
começa a ser observado a caçar pombos e outras aves migratórias.
É
uma das aves mais rápidas do mundo e, em pleno voo, consegue atingir
velocidades de 386km/h, tornando-se fácil caçar pombos e outras aves
mais pequenas com as suas garras afiadas. Habitam normalmente em sítios
de grande altitude como precipícios, montanhas e outros sítios remotos.
O
fotógrafo Sam Hobson, especializado em falcões que habitam centros
urbanos, afirma que as aves foram atraídas para as cidades pelo grande
número de pombos e outros pássaros migratórios que lá habitam.
Hobson esclarece
que já os viu fazer na cidade "aquilo que nunca fariam no campo", como
por exemplo "caçar à noite", com a ajuda das luzes citadinas.
* Há muitos anos que nos USA as grandes cidades têm aves de rapina que se alimentam de animais mais pequenos proporcionando um certo eco-equilíbrio de voadores urbanos. Lisboa tem uma exagerada população de pombos que os alfacinhas e turistas alimentam por graça, mas infelizmente são mais poluidores do que encantadores.
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Nem mais um dado bancário para os
EUA, propõem eurodeputados
Parlamento Europeu vota recomendação para suspender acordos com Estados Unidos enquanto NSA não provar que não espia Europa.
O Parlamento Europeu vota hoje um relatório que propõe a suspensão do
acordo sobre a transferência de dados bancários entre a Europa e os
Estados Unidos e do acordo “porto seguro” enquanto não houver a certeza
absoluta de que a Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA) já
não faz espionagem sobre cidadãos europeus.
Os problemas não
são de agora, realça o relator, o eurodeputado trabalhista britânico
Claude Moraes. Algumas das falhas foram já apontadas em 2001, num
inquérito ao programa Echelon. Mas as recomendações de então
nunca foram concretizadas – e esse desleixo deveria ter servido de
“lição”, afirma. A intenção é que a curto prazo seja de facto posto em
prática o que o relator apelida de “habeas corpus digital europeu”, de forma a proteger os direitos fundamentais dos cidadãos na era digital.
A
proposta dos eurodeputados vem no seguimento do inquérito lançado no
âmbito da comissão parlamentar das Liberdades Cívicas depois do
escândalo de espionagem revelado por Edward Snowden. Moraes, a par de
outros eurodeputados, defendeu esta terça-feira que o Parlamento Europeu
deve ter uma atitude frontal, unida e de força perante os Estados
Unidos, aprovando a recomendação de suspender diversos acordos.
“As
regras de protecção de dados e das pessoas têm que ultrapassar a
geografia”, defendeu, por seu turno, a comissária Vivianne Reding. Outra
crítica permanente no debate de ontem foi dirigida ao Conselho Europeu
que, apontou o eurodeputado português Carlos Coelho, seguido por outros
parlamentares de diversas proveniências políticas, “guardou um cúmplice e
embaraçoso silêncio”. “Perderíamos a credibilidade se fingíssemos que
nada aconteceu”, reforçou.
Para além da suspensão do acordo sobre a
transferência de dados bancários com os EUA, nesta agenda digital
proposta pelos eurodeputados está a criação de um programa europeu para a
protecção de autores de denúncias, como foi o caso de Snowden, assim
como a adopção urgente ainda este ano, na União Europeia, de um vasto
pacote de legislação relativa à protecção de dados.
Propõe-se
ainda que seja suspenso o acordo “porto seguro”, o instrumento jurídico
usado para a transferência de dados pessoais da União Europeia para
empresas norte-americanas, como é o caso da Google, Microsoft, Facebook,
Apple ou LinkdIn, até que seja feita uma “revisão aprofundada e
colmatadas as lacunas” nesse processo de transferência de dados que
deveriam ter apenas fins comerciais.
Mas há também a ideia de a
União Europeia mostrar que quer estar na vanguarda política destas
questões propondo-se que desenvolva uma estratégia europeia (com a
participação de cada Estado-membro) para “promover a indústria
informática e permitir às empresas europeias tirar partido da vantagem
concorrencial da União no plano da privacidade”, ou seja, “vender” a
Europa como um território “seguro” por contraponto aos Estados Unidos.
Por exemplo, desenvolvendo sistemas de computação em nuvem europeus para
assegurar elevados níveis de protecção dos dados pessoais. E poder
também assim ser um “interveniente de referência na governação
democrática e neutra da internet”, defende o eurodeputado Claude Moraes.
Para
evitar que as recomendações não tenham seguimento, sobretudo numa
altura em que a composição do Parlamento Europeu está prestes a mudar, o
relator propõe um calendário a dois anos que inclui, entre outros, a
criação de grupos de acompanhamento para seguirem novas revelações sobre
os casos de espionagem dos Estados Unidos a entidades, instituições e
cidadãos europeus, assim como um mecanismo de controlo permanente das
transferências de dados, assim como iniciativas mais gerais, como
conferências e até a intervenção do Conselho Europeu.
A jornalista viajou a convite do Parlamento Europeu
* Não acreditamos que o Parlamento Europeu tenha a coragem de dizer não aos EUA.
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