01/01/2014

UMA GRAÇA PARA O FIMDO DIA

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ANGÚSTIA
A empregada, chorando, pega sua mala e se despede da patroa que lhe pergunta:
—Ué, onde você vai?

- Para minha terra Dona Fro, morrer junto dos meus.

- Mas o que aconteceu, querida?

- Óh Dona Fro, a senhora mesmo fala que o seu marido é um excelente médico e nunca errou um diagnóstico.


- Pois é, é verdade, ele nunca se engana no diagnóstico... Mas, o que tem isso a ver com a sua saída de casa?

- Então Dona Fro, é que o Dr. hoje pela manhã, antes de ir embora, me disse, apertando minha bunda com as duas mãos:

- DESTA NOITE NÃO PASSAS !!!


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 O QUE NÓS


APRENDEMOS!











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QUESTÕES



A 2014


26. Os transportes e a água serão concessionados? 
por Alexandra Noronha

A concessão de linhas de transportes públicos a empresas privadas pode ser uma das notícias de 2014, mas não há garantias de que o processo avance definitivamente. 
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O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro (na foto), já abordou a questão várias vezes e disse que o processo deveria estar no terreno em meados de 2013, o que não aconteceu. Há muitas incógnitas em torno desta questão, nomeadamente se haverá interesse dos privados face à situação actual das empresas públicas de transportes, sobretudo o alto endividamento. 

Apesar do trabalho feito no corte de custos e na reestruturação das transportadoras, as empresas continuam com vários problemas, até porque as receitas têm pouca margem de subida, com a redução do número de passageiros. Além disso, empresas como a CP trazem problemas acrescidos, com a necessidade de renovar a operação de linhas suburbanas.

No sector da água o Governo adoptou nos últimos meses um discurso mais cauteloso, fazendo crer que em 2014 dificilmente haverá uma concessão a privados dos negócios actualmente nas mãos da Águas de Portugal (AdP).

Em Novembro o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, afirmou que "a concessão das águas pode ser desnecessária se a gestão dos subsistemas conseguir produzir resultados positivos, como os alcançados actualmente pela EPAL".

O governante também afirmou que a concessão das águas "não é inevitável", acrescentando que a prioridade em 2014 é prosseguir a reestruturação do grupo AdP. A acontecer, uma concessão a privados das águas deverá ocorrer apenas em 2015, segundo Moreira da Silva. Já a privatização da EGF, empresa de gestão de resíduos da AdP, deve avançar no início de 2014.


 IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13

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O ÓBVIO











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 ADEUS ANO NOVO





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QUESTÕES


A 2014


25. A TAP e a RTP vão ser privatizadas?
por Ana Torres Pereira

As privatizações da RTP e da TAP não estão paradas, nem vão arrancar, estão "em banho maria". O Governo já manifestou a sua intenção de as fazer, mas parece ainda não ser o momento certo. Entretanto, as administrações das duas empresas têm dado continuidade à sua estratégia. Alberto da Ponte, presidente da RTP, continua a cortar nos custos e Fernando Pinto, presidente da TAP, deu luz verde à entrada de mais aviões na frota para crescer.
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"A privatização não é fundamental em 2014". Fernando Pinto diz que é possível esperar que haja mais interessados na venda do grupo. A companhia que, em 2012 e 2013, tinha crescido organicamente, quer no próximo ano ser mais "agressiva", admite o gestor. Sem a luz verde do Executivo para retomar o processo de venda, a administração da TAP está a dar seguimento ao plano estratégico que estabeleceu até 2015.
O Governo só arrancará com a operação assim que tiverem reunidas as condições, ou seja, quando houver mais interessados. Em 2012, apenas o Synergy Group se candidatou, mas a falta de garantias não permitiu a conclusão do processo.

Quanto à RTP, o processo parece mais parado do que nunca. Antes de sair, o então ministro Miguel Relvas já tinha dado um passo atrás na intenção de privatizar um dos canais da RTP. Mas a sua saída do Governo alterou, por completo, a estratégia. O sucessor, Poiares Maduro, estudou e mudou o modelo, mantendo os canais que tem e até admitindo mais em sinal aberto. O ministro quer mais canais na televisão digital terrestre.

Com a reestruturação, houve nova vaga de saídas e menos dinheiro público. Acabaram-se as indemnizações compensatórias, subiu-se a contribuição audiovisual.

IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13

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CALENDÁRIO PIRELLI


2014





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QUESTÕES



A 2014


24. Vão circular mais automóveis novos nas estradas? 
por João Carlos Malta

O mercado de vendas automóvel recuperou este ano algum fulgor, depois de 2012 ter sido o pior dos últimos 25 anos. O cenário foi de reestruturações, despedimentos e encerramentos de stands e concessionários. Foi altura de as principais marcas cerrarem fileiras e tentarem manter o negócio.
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O ano que agora acaba começou com um ligeiro crescimento, mas é a partir de Junho que o aumento de vendas passa a ser mais significativo. 

Numa análise mês a mês, e comparando entre este ano e 2012, verifica-se que o grande salto no mercado se dá a partir de Junho, com crescimentos constantes superiores a 12%. Até ao fim do primeiro semestre deste ano, o comparativo mensal nunca ia além de subidas de 5%.

A pesar destes dados positivos, a associação do sector (ACAP) chama a atenção para o facto de, por exemplo em 2010, o mercado valer 250.000 unidades, mais do dobro do valor actual.

Para o próximo ano, é expectável que o mercado venda mais carros novos (ainda que de forma pouco significativa), sobretudo se se confirmarem os dados macroeconómicos sobre o aumento do PIB projectado (+0,8%) .


IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13


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IV-OS SUPER
 HUMANOS
2-HIPER MEMÓRIA




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QUESTÕES


A 2014


23. Portugal vai receber mais turistas? 
por Ana Torres Pereira

Os turistas provenientes dos principais mercados estrangeiros estão a ajudar Portugal. O País ainda está em crise, a troika ainda está presente, mas o turismo parece estar a passar ao lado. O facto é que até Outubro, o número de estrangeiros que chegam a Portugal aumentou, o que permite fazer um balanço positivo do ano. Para 2014, tudo indica que a tendência se irá manter nestes moldes. 
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França, Alemanha e Estados Unidos são os principais "responsáveis" do aumento em 536,1 milhões de euros das receitas turísticas portuguesas de Janeiro a Outubro deste ano, segundo os dados do Banco de Portugal. 

Segundo os mesmos dados, é possível observar que o Reino Unido, que até 2012 foi o primeiro emissor para Portugal em valor das receitas turísticas, é, além dos países já citados, o único cujo aumento é mais de 10% do incremento total, com mais 60,5 milhões ou 11,3% do total.

A perspectiva para 2014 é que o fluxo turístico internacional continue a crescer. "O turismo internacional continua a crescer acima das expectativas, apoiando o crescimento económico tanto das economias desenvolvidas como das emergentes e proporcionando o tão necessário apoio à criação de emprego, ao produto interno bruto e à balança de pagamentos de muitos destinos", afirmou, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Taleb Rifai.

Na Europa, a região mais visitada do mundo e a mais decisiva para avaliar o desempenho de Portugal, as chegadas de turistas internacionais aumentaram 6%, até Outubro, estimuladas por resultados acima da média na Europa Central e de Leste (mais 7%) e na Europa do Sul e Mediterrânea (mais 6 %), o que abre boas perspectivas para Portugal.


IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13
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ALFREDO LEITE

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Um ano novo

A entrada num novo ano comemora-se de muitas e bizarras formas por esse Mundo fora. São tradições que têm, quase sempre, um objetivo comum. O de formular os melhores desejos para os 12 meses que se aproximam, na tentativa de esquecer os que estão a terminar. Algo que os portugueses não desprezariam por muitas uvas-passas que comam à passagem das 12 badaladas. 
Na Argentina a tradição é outra. Acredita-se que usar lingerie nova e cor-de-rosa na passagem do ano dá sorte no amor. Na velha Itália o costume é idêntico, mas o mito do macho latino manda que se ofereça roupa interior vermelha às mulheres. Já no Brasil, país que em termos latinidade, chamemos-lhe assim, nada fica a dever aos transalpinos, usar branco por fora é condição. Para afugentar os maus espíritos. 

Nos nossos antípodas, o costume faria corar de vergonha uma manifestação de luso-indignados, uma vez que na Nova Zelândia se celebra cada ano a bater em panelas e frigideiras com mais ruído do que se estivéssemos na escadaria da Assembleia da República. Em França - o país outrora elegante que deu o nome ao "réveillon" - come-se simplesmente bem e bebe-se champanhe. Este ano talvez alguns franceses se lembrem da má sorte de terem um François Hollande a viver no Palácio do Eliseu. Sem o falido glamour gaulês, no Chile há quem coma uma colher de lentilhas esperando, dessa peculiar forma, que o novo ano possa trazer trabalho e dinheiro. São vícios que, de tão enraizados, se torna difícil abandonar. 

Há, no entanto, um lugar onde, em vez de se formularem desejos para o ano que vem, se assinala prudentemente o que passou. Acontece na remota aldeia de Portmagee, na Irlanda, mas não era mau que também fosse tradição entre nós. Pelo menos este ano. E a referência geográfica é obra do acaso, sem qualquer intenção assistencial.

Olhar para trás seria bom para não nos esquecermos do ano que agora termina e que marcará para sempre Portugal. Foi um ano irrevogável. E também aquele em que o desemprego cresceu de forma dramática. Um período marcado pelas machadadas na Função Pública e pelo êxodo migratório da nossa juventude mais qualificada.

Por muito que Pedro Passos Coelho chegue ao final de 2013 a lembrar que 2014 será um ano "cheio de desafios" em que "há muito para fazer", não devemos deixar de olhar para o rasto de desespero social que vivemos até agora. A euforia dos últimos dias, com o comércio a vangloriar-se pelo encaixe de vendas, e o final de dezembro a ser marcado por uma histérica corrida aos saldos não nos deve iludir. A crise ainda está aí para durar. Os mais céticos podem inspirar-se, de novo, na Irlanda e cumprir a tradição de mergulhar nus nas águas gélidas do Atlântico. Para nós até seria mais fácil. Enquanto os irlandeses precisam de despir a roupa toda, os portugueses só têm de tirar a tanga.
Um bom mergulho em 2014.

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
30/12/13

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47.UNIÃO



EUROPEIA
















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QUESTÕES


A 2014


 22. As empresas vão ter mais apoios? 
por João Carlos Malta

São enormes as expectativas para as empresas que advêm da criação do Banco de Fomento até ao fim do primeiro semestre de 2014, e do início do próximo quadro comunitário de apoio – o Portugal 2020. Até por que muitas delas estão em sérias dificuldades por falta de liquidez. 
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As perspectivas são de que estes mecanismos, juntamente com o prolongamento de outras linhas bonificadas pelo Estado (ex: PME Crescimento), possam desafogar as tesourarias.

As queixas sobre as dificuldades de acesso ao crédito e do seu custo é permanente no discurso de tecido empresarial. Os encargos com o financiamento são apontados em diversas situações como uma das condicionantes que mais penalizam as empresas nacionais na competição com as congéneres europeias. Os principais banqueiros portugueses rejeitam a argumentação e dizem que há crédito para as empresas, mas não há projectos que o absorva. Acrescentam ainda que depois das fortes restrições criadas pela troika, devido à necessidade de reforço dos rácios de solvabilidade, estão agora com menos limitações.

Os números do Banco de Portugal deste ano mostram que nos novos créditos até um milhão de euros a variação mensal homóloga só foi negativa, num conjunto de dez meses, por quatro vezes. Em Outubro, é até contabilizada uma variação positiva de 31,2% nesta rubrica.

Já o Banco de Fomento é visto, por muitos, como uma necessidade para colmatar as falhas de mercado, mas ainda subsistem muitas dúvidas sobre como será operacionalizado. O secretário de Estado da Economia, Leonardo Mathias (na foto), não garantiu nem "spreads", nem períodos de carência mais baixos face ao que existe já no mercado.


 IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13

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FELIZ 2014












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5- OS VERDADEIROS
PIRATAS DO CARIBE


ÚLTIMO EPISÓDIO


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QUESTÕES


A 2014


21. As exportações vão aumentar? 
por Rui Neves

Exportar, exportar, exportar. O crescimento de Portugal continua assente nas mãos das empresas viradas para o exterior. Uma tendência cada vez mais forte no tecido empresarial nacional. Todos os indicadores apontam para um aumento das exportações em 2014. 
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O Banco de Portugal reviu recentemente em alta, de 0,3% para 0,8%, as suas previsões relativas ao crescimento do PIB nacional no próximo ano, estimando que as exportações irão crescer 5,5% em 2014 – valor que, apesar de tudo, traduz um abrandamento face aos 5,9% previstos para o fecho do ano em curso. 

"As projecções apontam para um crescimento robusto das exportações, traduzindo um perfil de aceleração da procura externa", enfatiza o banco central. Por outro lado, os principais mercados de destino dos produtos nacionais – com Espanha, Alemanha e França à cabeça – deverão reforçar significativamente as suas compras ao exterior.

Nos últimos cinco anos, apesar do total de empresas com actividade comercial ter recuado 9,5%, o número de empresas exportadoras aumentou 12%, de acordo com um estudo da Informa D&B. Foram 43.430 as empresas que registaram vendas ao exterior em 2012, o que corresponde a 17% do total, totalizando um volume de exportação de 57,4 mil milhões de euros. As exportações deste núcleo empresarial representam 21% da sua facturação, mais quatro pontos percentuais do que em 2007.

Dado curioso, ainda segundo a Informa D&B: 4% das empresas exportadoras são "start-up" e mais de 10% das surgidas em 2012 são exportadoras. Há vez mais empresas "nascidas para exportar", numa dinâmica exportadora com margem de crescimento.


IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13

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ABBA


HAPPY NEW YEAR






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QUESTÕES


A 2014


20. A banca vai dar mais crédito às empresas? 
 por Maria João Gago
 
Se a recuperação da economia portuguesa se confirmar, a tendência de crescimento do novo crédito a empresas, sobretudo pequenas e médias empresas (PME) de sectores de bens transaccionáveis, iniciada no segundo semestre de 2013 deverá manter-se ou até ser reforçada.
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Se a recuperação da economia portuguesa se confirmar, a tendência de crescimento do novo crédito a empresas, sobretudo pequenas e médias empresas (PME) de sectores de bens transaccionáveis, iniciada no segundo semestre de 2013 deverá manter-se ou até ser reforçada.

Os próprios bancos nacionais têm procurado promover o financiamento a empresas de risco aceitável, com o objectivo de contrariarem a queda de receitas resultante quer do processo de desalavancagem – que levou à diminuição do crédito concedido e em "stock" –, quer da redução das taxas de juro de referência.

O empenho da banca em aumentar o financiamento às "boas" empresas tem sido visível na redução dos "spreads" cobrados pelas instituições financeiras. A disputa pelos melhores clientes tem levado a uma redução das taxas de juro médias que os bancos estão a exigir pelos novos créditos.

Já as empresas que operam em sectores mais penalizados pela crise – construção civil e promoção imobiliária – deverão continuar a enfrentar restrições na obtenção de novos financiamentos, sobretudo estando em causa projectos a nível doméstico.

O sector bancário português continua, apesar da maior margem para conceder crédito, sob pressão do cumprimento de várias metas. Os bancos que contam com o apoio do Estado – BCP, BPI, Banif e CGD – continuam não só a ter de pagar e reembolsar esse apoio, como também estão limitados na sua actividade por razões de concorrência. Por outro lado, os maiores bancos irão também ser sujeitos a testes de "stress" no âmbito das mudanças em curso na regulação europeia.

IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13

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 NO CÉU




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QUESTÕES



A 2014


19. Vai haver mais crédito para comprar casa? 
por Paulo Moutinho

Comprar casa a crédito tem sido tarefa complicada. Com o incumprimento em alta, que fez disparar a carteira de imóveis detidos pela banca, o sector tem mantido a "torneira" quase fechada. Este ano, até Outubro, foram concedidos 1.661 milhões em novo crédito com destino à habitação, bem menos que os 11.746 milhões registados no mesmo período antes da crise, em 2008. Em 2014, a tendência de corte deverá manter-se.
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"Não me parece que a oferta venha a aumentar", diz Filipe Garcia, economista da IMF. "As condições de concessão de crédito deverão continuar moderadamente restritivas", remata Paula Carvalho.

A economista-chefe do BPI explica: "por um lado, pelos condicionantes que afectam o sistema bancário em termos de rentabilidade e adequação do capital. Por outro, porque os níveis de endividamento das famílias continuam altos".

"Ainda não se nota uma abertura pronunciada, mas o primeiro sinal virá da disponibilidade do crédito e só depois no preço", acrescenta Filipe Garcia.

Rui Serra, por seu lado, diz "que o primeiro sinal de redução das restrições já ocorreu: o novo crédito começou a subir". Para o economista-chefe do Montepio, a "redução dos ‘spreads’ irá acompanhar a redução dos ‘spreads’ da República Portuguesa e a diminuição do incumprimento bancário".

IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13

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ESPAÇOS SIMULADOS















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QUESTÕES


A 2014


18. O incumprimento no crédito vai continuar a aumentar? 
por Raquel Godinho

O incumprimento deverá continuar a aumentar em 2014, mas a um ritmo mais lento do que tem acontecido até agora. Os economistas antecipam que o atraso no pagamento dos créditos vai acompanhar a diminuição da taxa de desemprego, mas com algum desfasamento. Os pacotes legislativos também deverão ajudar a colocar um "travão" nas dificuldades das famílias portuguesas.
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Os últimos dados da Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal, relativos ao terceiro trimestre, revelaram que o número total de portugueses em incumprimento baixou pelo segundo trimestre consecutivo, recuando 4,8% para 658.882 casos. Esta tendência foi contrariada no crédito à habitação onde se verificam perto de 148.500 casos de incumprimento, mais 2.200 do que no início do ano.

Filipe Garcia, economista do IMF, diz que esta tendência deverá manter-se no próximo ano, "mas a taxas decrescentes" e com "um ritmo mais moderado". Já Paula Gonçalves Carvalho, economista-chefe do BPI, estima que "se a recuperação da actividade económica se confirmar e o desemprego estabilizar, os índices de incumprimento deverão pelo menos aumentar a um ritmo mais baixo (apesar de continuarem a subir, seguindo com atraso o ciclo económico)".

Rui Bernardes Serra antecipa que o incumprimento siga a evolução da taxa de desemprego que deverá recuar em 2014. "Esperamos que o incumprimento também acompanhe esse movimento, ainda que, por vezes, com algum desfasamento, pelo que ainda não é claro se o pico máximo intra-anual já foi atingido, ao contrário do que terá ocorrido com a taxa de desemprego", refere o economista-chefe do Montepio.


IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13

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 Joaquín Cortés





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QUESTÕES


A 2014



17. Os juros da casa vão subir? 
por Paulo Moutinho

As famílias portuguesas beneficiaram de um forte alívio das taxas de juro em 2013. As Euribor, que são utilizadas como referência no crédito à habitação, afundaram para mínimos históricos. Nesta recta final, começaram a subir. A perspectiva é de que no próximo ano ocorra um aumento moderado.
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As Euribor estão a subir em resultado da menor oferta de liquidez (crédito barato) no mercado. Ela resulta de "os bancos continuarem a reembolsar a ritmo elevado os empréstimos obtidos [junto do BCE], da reentrada progressiva no mercado de bancos que devido à crise das dívidas soberanas tinham sido excluídos e forçados a recorrer ao BCE para crédito (estes bancos menos sólidos obtêm taxas acima da média) e do facto de os mercados estarem a aumentar a probabilidade de que o BCE não irá cortar a taxa de depósitos para negativo, nem descer mais a taxa directora", explica Rui Bernardes Serra. 

O economista-chefe do Montepio antecipa "que continue a haver subidas, mas moderadas". "Estamos perante uma normalização das Euribor pelo que o normal é que as taxas estejam ligeiramente acima da taxa central, dada a componente de prémio de risco", remata Filipe Garcia, economista da IMF.

"É preciso ter consciência de que os mínimos [das Euribor] não deverão regressar. O que também é um bom sinal, pois esta normalização nas taxas de juro estará associada à melhoria de tendências na economia e no emprego", refere Paula Carvalho. Mas o "agravamento não será expressivo", sublinha a economista-chefe do BPI.

"A nossa previsão aponta para [que a Euribor a três meses esteja nos] 0,35%" no final do próximo ano". É uma subida "muito ligeira [face aos níveis actuais], pelo que o impacto na prestação será marginal", remata.

IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13 

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TRAJECTOS DE BALA 

EM CÂMARA LENTA
























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QUESTÕES


A 2014



16. O preço dos combustíveis vai aumentar?
por Paulo Moutinho

Este ano, os preços dos combustíveis ficaram praticamente inalterados: descidas de 2% na gasolina e no gasóleo. No próximo, tendo em conta as estimativas dos analistas para a evolução dos preços do petróleo, há margem para que os valores de venda ao público baixem. A grande incógnita é o mercado cambial. Uma queda do euro poderá travar a descida dos preços de venda dos combustíveis nos postos de abastecimento em Portugal.
 
Antecipar a evolução dos preços dos combustíveis é sempre uma tarefa complicada. Uma forma de o fazer é ter em conta as perspectivas dos analistas para a cotação da matéria-prima de base, o petróleo. O consenso aponta no sentido da descida, sendo mais expressiva no que respeita ao Brent, que serve de referência para a Europa.

"A nossa perspectiva moderadamente negativa para o petróleo reflecte o simples facto de que o mercado está a evoluir no sentido de um excesso de oferta fruto do aumento da produção dos países que não pertencem à OPEP [especialmente do petróleo de xisto dos EUA] e do Irão", refere o Bank of America Merrill Lynch. "O provável regresso do petróleo iraniano e da Líbia também poderá pressionar os preços", nota o banco, que antecipa que o Brent possa negociar, em média, nos 105 dólares em 2014 (109 dólares em 2013). O WTI, em Nova Iorque, pode cair dos 97 para os 92 dólares.

Mesmo assumindo uma descida das cotações da gasolina e do gasóleo em linha com o petróleo é preciso ter em conta o câmbio. Se em 2013 o euro fortaleceu-se face ao dólar, travando subidas e ampliando as quedas dos preços, em 2014 não deverá acontecer o mesmo.

A maioria dos analistas antecipa que à medida que a Fed retire os estímulos aos EUA, o dólar valorize. Ou seja, que a moeda única perca valor, o que poderá anular o efeito positivo nos combustíveis da descida do petróleo. 

IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13  


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QUESTÕES


A 2014




15. A factura doméstica vai ficar mais cara?
por Alexandra Machado

Falar ao telefone ou ver televisão vai custar mais a partir de Janeiro. PT e Zon Optimus já comunicaram as subidas de tarifários quer para os telemóveis, quer para os serviços fixos (voz, internet e televisão). A Vodafone não aumenta já em Janeiro, mas a partir de Fevereiro deve também subir preços. 
Os operadores optaram por subidas médias de 2,5%, embora os serviços Meo aumentem, em média, 2%. Só os serviços quádruplos (ofertas que incluem voz, internet fixa, comunicações móveis e televisão) não vão variar. As subidas deste sector voltam assim a ser superiores à inflação prevista. Para 2014, o Orçamento do Estado aponta para uma inflação de 1%. 

Na electricidade, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) definiu que em Janeiro as tarifas transitórias subirão 2,8%. Embora esta subida se aplique aos clientes que ainda não migraram para o mercado liberalizado, também os consumidores de electricidade do mercado livre deverão sofrer um agravamento tarifário desta ordem, já que a generalidade dos comercializadores indexa os seus preços às tarifas transitórias. Durante o próximo ano o regulador da energia poderá voltar a definir actualizações tarifárias numa base trimestral.

No que respeita ao gás natural, a ERSE não revelou ainda se as tarifas sofrerão alterações em Janeiro, mas, tal como na electricidade, os preços regulados do gás natural continuarão sujeitos em 2014 a revisões trimestrais.

Outra incógnita na factura doméstica é o preço da água. Embora a nível nacional haja uma pressão para a subida de preços, decorrente do défice tarifário existente no sector, a decisão de subida, redução ou congelamento das tarifas é tomada localmente.


 IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13

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 Indo p'rá festa













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QUESTÕES



A 2014




14. Vai haver cheque-ensino?
por Marlene Carriço

Esse era o objectivo inicialmente previsto pelo ministro da Educação, Nuno Crato. No próximo ano lectivo deveriam já arrancar projectos-piloto em torno do "cheque-ensino". Porém, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já veio afastar essa ideia. 

Embora o Governo defenda a liberdade de escolha na educação, por razões orçamentais, "as escolhas que podem ser feitas dentro da escola pública são neste momento mais importantes", disse recentemente o chefe de Estado.

Certo é que o Orçamento do Estado para o próximo ano prevê um aumento da verba destinada aos contratos simples – modalidade que actualmente já permite às famílias mais carenciadas terem um apoio do Estado quando colocam os filhos a estudar num colégio privado. Cerca de 22 mil alunos beneficiam desse apoio.

De lembrar ainda que no passado mês de Setembro, o Governo aprovou em Conselho de Ministros o novo estatuto do ensino particular e cooperativo que contempla uma visão mais ampla da liberdade de escolha.

O combate ideológico tem marcado a discussão em torno deste assunto. 


 IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13


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