19/12/2014

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HOJE NO
 "DIÁRIO ECONÓMICO"

Onde está a primeira avaliação
. pós-programa da troika a Portugal?

Relatório já devia ter sido publicado, mas ainda não viu a luz do dia. Versão inicial continha duras críticas ao Governo.

O relatório da troika sobre a primeira avaliação pós-programa a Portugal está atrasado. O documento já devia ter sido publicado, mas tal não aconteceu e, de entre as várias fontes nacionais e internacionais consultadas pelo Económico, ninguém conseguiu avançar uma data para a sua divulgação.
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A publicação do documento é prática habitual após as visitas da troika, mesmo as pós-programa. Na Irlanda, os relatórios têm sido publicados cerca de um mês após as visitas decorrerem. Ora, em Portugal a primeira avaliação do pós-troika decorreu entre fim de Outubro e os primeiros dias de Novembro e ainda não há documento.

Tecnicamente, até existem dois relatórios diferentes, um da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE), e outro do Fundo Monetário Internacional (FMI). Já há pelo menos um "draft" do relatório da Comissão, a que o Económico teve acesso no final de Novembro, que tece duras críticas ao Governo por ter perdido o ímpeto reformista desde o fim do programa. Nesse documento os técnicos de Bruxelas até criticam a forma como as reuniões da avaliação foram preparadas pelo Executivo.

No início de Novembro, após a reunião dos ministros das Finanças da zona euro, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, criticou o facto de a troika publicar uma declaração sobre a avaliação a Portugal, com considerações negativas, sem a fazer acompanhar de um relatório técnico que suportasse as críticas. 

O Económico sabe que, também por isso, era suposto o relatório final de Bruxelas ter sido publicado a tempo do Eurogrupo da semana passada, mas tal acabou por não acontecer. Fonte comunitária disse ao Económico não saber o que está a atrasar a divulgação do documento.

* O verdadeiro relatório é a fome quotidiana de 3 milhões de portugueses, o folclore de banqueiros, patos bravos e políticos bafejados pela legislação cirúrgica elaborada em seu favor, pela impunidade que gozam. Que melhores exemplos podem existir para demonstrar o abismo entre poucos muito ricos e muitos, mas muitos, muito pobres.

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