25/09/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Branson vai dar férias aos funcionários. 
Todas as que quiserem.

O patrão do grupo Virgin quer acabar com o controlo sobre o tempo que os funcionários passam na empresa. Por isso, instaurou uma nova regra para quase 200 trabalhadores: tirem as férias que quiserem, quando quiserem. Mas há uma condição. O trabalho tem de estar feito. 
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Richard Branson, fundador do grupo Virgin, voltou esta quinta-feira a ser notícia pelo que muitos estão a considerar a nova excentricidade do empresário. Depois dos planos para levar os clientes ao espaço, com a Virgin Galactic, Branson quer agora levar os trabalhadores de férias. E por tempo ilimitado.
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De acordo com a imprensa internacional, o empresário disse a 170 funcionários que podem gozar a quantidade de férias que queiram, desde que isso não prejudique o negócio. No seu site explicou: "O trabalho flexível tem revolucionado o como, onde e quando todos nós fazemos o nosso trabalho. Se trabalhar das nove às cinco já não se aplica, então por que devemos ser rígidos com a política de férias anuais?".

O patrão da Virgin explica que foi inspirado pela Netfix, o serviço de ‘streaming’ de vídeo com sede nos Estados Unidos, que tem uma política semelhante, de não controlar as férias dos funcionários. E os resultados parecem ser positivos. De acordo com os responsáveis da empresa, o bem-estar, a criatividade e a produtividade do pessoal aumentaram desde a introdução desta "não-política".

A indefinição das fronteiras entre a vida profissional e a vida familiar, causada pelos avanços na tecnologia móvel, fez com que as empresas deixassem de ser capazes de "controlar com precisão o tempo total que os empregados passam no local de trabalho", justifica Richard Branson, acrescentando que não há necessidade de a sua equipa pedir autorização para passar tempo fora da empresa.

"Cabe ao empregado decidir sozinho se, e quando, quer tirar algumas horas, um dia, uma semana ou um mês de folga. O pressuposto é que só irão fazê-lo quando se sentirem 100% confortáveis que eles e a sua equipa estão actualizados em todos os projectos, e que sua ausência não irá, de qualquer forma, prejudicar o negócio e as suas carreiras ", acrescenta o empresário.

Segundo o Financial Times, as novas regras aplicam-se a 170 funcionários que trabalham nos escritórios centrais da Virgin no Reino Unido e Estados Unidos. Quanto ao grupo, no seu conjunto - que emprega cerca de 50 mil pessoas em todo o mundo nas áreas dos transportes, aviação, tecnologia e sector bancário - não vai adoptar a mesma política. Ainda.

"Vamos incentivar todas as nossas subsidiárias a seguirem o mesmo caminho, o que vai ser extremamente emocionante de assistir", concluiu Branson. 

* À atenção do "managére" da CIP que não se sabe porquê foi sindicalista.


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