07/07/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS

Merkel teme que esteja em causa a 
relação de “confiança” com Washington

A chanceler alemã reagiu pela primeira vez em público ao novo caso de espionagem alegadamente praticada pelos Estados Unidos. Angela Merkel reforçou tratar-se de um “caso sério”.
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Se forem provadas as alegadas práticas de dupla espionagem estar-se-á perante um "caso sério". Foi desta forma que a chanceler alemã, Angela Merkel, reagiu às notícias que indiciam a possibilidade de um funcionário dos serviços de inteligência alemã ter operado a soldo da espionagem norte-americana.
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Merkel, que se encontra em Pequim na sua sétima visita oficial à China desde que assumiu a chancelaria da Alemanha, referiu-se pela primeira vez em público desde que foi noticiada a prisão de um indivíduo de nacionalidade alemã, de 31 anos, que apesar de ser funcionário do Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (BND na sigla original), estaria também a colaborar com a inteligência norte-americana.

"Se as alegações forem verdadeiras seria, para mim, uma clara contradição do que considero uma cooperação de confiança entre agências e [países] parceiros", acrescentou Merkel ladeada pelo primeiro-ministro chinês Li Keqiang.

Apesar da preocupação de Merkel, a posição institucional do ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, foi mais dura. "Estes incidentes têm de ser esclarecidos rapidamente", afirmou este domingo numa televisão alemã.

"Só então poderemos medir o âmbito da alegada espionagem. Agora espero uma rápida e não ambígua declaração dos Estados Unidos da América", disse ainda o ministro que também é o responsável pela área da segurança alemã.

Depois das notícias avançadas na última sexta-feira, entretanto o jornal alemão Bild avança que o referido cidadão, detido desde a passada quarta-feira, se terá encontrado com agentes norte-americanos na Áustria, pelo menos três vezes entre 2012 e 2014, tendo fornecido documentos classificados em troca de pagamentos a rondar os 25 mil euros.  

* Espionagem norte- americana é sempre um caso sério, incitamento à guerra, caso Iraque, é sempre um caso sério, quando é que os europeus demonstram não ter medo do  "pig sam".

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