15/05/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Funcionários públicos perderam mais 
de 5% do salário no início do ano

O reforço dos cortes salariais em Janeiro retirou em média mais 5,1% à folha de vencimento dos funcionários públicos, face ao final do ano passado. Nos primeiros três meses de 2014 saíram do Estado 2.618 trabalhadores.
Pela primeira vez é possível ter uma noção de quanto perderam os funcionários públicos com o reforço dos cortes salariais aplicado no início deste ano. Em média, a folha salarial dos trabalhadores do Estado – incluindo o vencimento base, prémios, subsídios ou suplementos regulares e horas extraordinárias – encolheu 5,1% em Janeiro deste ano, quando comparado com o mês de Outubro do ano passado, o que se traduz num corte médio de 81 euros.
SALÁRIOS MÍNIMOS NA EUROPA, ATRÁS DE PORTUGAL SÓ PAÍSES ESLAVOS

Já se compararmos o ganho médio mensal dos trabalhadores em Janeiro deste ano (1.512 euros) com o ganho médio mensal no mesmo mês do ano passado (1.601,3 euros) então aí o corte ainda é maior (5,6%) o que se poderá justificar pelas saídas de pessoal no final de 2013, que poderá ter levado a uma recomposição da distribuição dos salários. Os dados constam da mais recente Síntese Estatística de Emprego Público (SIEP), divulgada esta quinta-feira, 15 de Maio.

Os polícias municipais (-9,1%), os militares (-7,6%), os funcionários dos registos e notariados (-7,5%) e os enfermeiros (-6,8%) e técnicos de diagnóstico e terapêutica, bem como os bombeiros (- 6,7%) são as carreiras mais penalizadas pelos novos cortes.

A justificar as novas quebras surge o reforço dos cortes salariais em Janeiro deste ano, que agravam os cortes que já vinham de 2011. Até Dezembro apenas os funcionários com mais de 1.500 euros levavam menos dinheiro para casa. Em Janeiro os cortes foram estendidos aos trabalhadores que ganham mais de 675 euros. E se antes o corte começava nos 3,5% e subia até aos 10%, agora começa nos 2,5% e alcança os 12% logo a partir dos 2.000 euros.

Saíram do Estado 2.618 funcionários nos primeiros três meses do ano
Nos primeiros três meses do ano saíram das administrações públicas 2.618 funcionários. Em Março passado, o Estado empregava 561.121 trabalhadores, o que corresponde a uma quebra de emprego de 0,5% face a Dezembro de 2013, segundo os dados apurados pela Direcção-geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). Em termos homólogos, as administrações públicas perderam 21.757 postos de trabalho.

Foram os municípios, o Ministério da Defesa e o da Segurança Social que mais contribuíram para a redução de funcionários neste início de ano, com 1.547, 1.160 e 539 saídas, respectivamente.

Os dados publicados esta quinta-feira revelam ainda que o sistema de requalificação dos trabalhadores públicos (antigo regime da mobilidade especial) está a marcar passo, quando o objectivo seria intensificá-lo, com o envio de mais trabalhadores para esta bolsa que está associada a uma redução salarial. Em Março estavam neste sistema 978 funcionários, menos 149 do que em Dezembro do ano passado.

* Unidade, é pensarmos que somos todos os portugueses a pagar os desmandos dos governos de Portugal. Não deixe que os políticos inventem uma guerra entre funcionários públicos e trabalhadores do sector privado.
NÃO FORAM OS PORTUGUESES QUE VIVERAM ACIMA DAS POSSIBILIDADES, FORAM OS GOVERNOS A TECERM "ARRANJINHOS" PARA NÓS PAGARMOS.
ESTAMOS TODOS A SER ROUBADOS!


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