11/05/2014

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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"

Estatística ‘apaga’ 
metade dos pobres em todo o mundo 

Banco Mundial quer elevar linha de pobreza para 1,75 dólares, para contornar distorções da paridade de poder de compra 

O número de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza em todo o mundo caiu para metade desde que o Banco Mundial começou a medir o nível de pobreza em cada país.

Na década de 80, mais de 1,2 mil milhões de pessoas viviam com menos de 1,25 dólares (pouco mais de 90 cêntimos) por dia; hoje, há apenas 600 milhões de pessoas nesta situação.

Mas não há motivo para festejar, já que o fenómeno se deve às novas estimativas para a paridade de poder de compra, indicador que, para calcular o volume de bens e serviços que o dinheiro adquire em cada país, corrige as distorções refletidas nas taxas de câmbio. Os novos números de PPP já permitem prever, aliás, que a China venha a ocupar o lugar dos EUA como maior economia do mundo ainda este ano.

Para fazer face a estas distorções, o Banco Mundial está a equacionar aquele que será o maior aumento do limiar de pobreza em duas décadas - de 1,25 para 1,75 dólares.

O economista chefe da unidade de pobreza e desigualdade do Banco Mundial, Peter Lanjouw, salienta que estes cálculos são preliminares e que serão sujeitos a revisão. E acrescenta que, apesar de este ser um aumento significativo, também terá de ser feita uma revisão ao custo de vida.

* A inefável beleza da hipocrisia


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