18/05/2014

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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"

"Não acabou", 

Mais um aviso a Portugal. Agora, é a vez de Klaus Regling. O país "reconquistou a soberania" e alcançará um "longo período de crescimento sustentável", mostra-se convicto, mas as reformas têm de continuar.


O diretor-executivo do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), mecanismo que suportou um terço dos empréstimos a Portugal, afirmou-se convicto de que o país alcançará um "longo período de crescimento sustentável", desde que prossiga as reformas.
Numa mensagem divulgada pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade, o novo fundo permanente, que também dirige, no dia em que, oficialmente, o programa de assistência do FEEF a Portugal terminou, Klaus Regling considerou que "o Governo e o povo merecem reconhecimento pelos resultados alcançados nos últimos três anos", e fez um balanço positivo do ajustamento.


"O fim deste programa significa que, primeiro, Portugal é outra vez capaz de se refinanciar nos mercados com taxas de juro razoáveis, pelo que a soberania foi reconquistada; e, segundo, o ajustamento económico que teve lugar nos últimos três anos, embora tenha sido doloroso para a população, está a mostrar resultados agora. As exportações estão a crescer de novo, a competitividade foi reconquistada, e a situação orçamental está muito mais sob controlo", considerou. 

Defendendo que a 'saída limpa' de Portugal mostra claramente que a "abordagem de prestar assistência financeira com condicionalidade, de reformas de política económica" funciona, Regling advertiu, todavia, que "não acabou, não há lugar para complacência, e o processo de reformas deve continuar".

"Ainda há vários desafios económicos importantes que Portugal enfrenta, pelo que o processo de reformas deve continuar a acredito que vai continuar", disse.


Prioridade ao desafio diário do desemprego 

O responsável considerou ainda que a prioridade deve ser o combate à alta taxa de desemprego, "o desafio mais importante que as pessoas enfrentam diretamente", e que o Governo "também deve manter o orçamento sob controlo", lembrando igualmente que "a  dívida privada ainda é muito elevada". 

"Mas estou confiante que, se todos estes problemas forem enfrentados, Portugal pode chegar a um longo período de crescimento sustentável", acrescentou.

A terminar, Klaus Regling disse que o MEE continuará a trabalhar com Portugal ainda que noutros moldes, explicando que não haverá mais dinheiro, e, como tal, não haverá mais condicionalidade, mas o mecanismo tem de garantir que o país é capaz de pagar de volta, tal como os outros países que receberam assistência financeira, pelo que todos estarão sujeitos ao sistema de alerta precoce, conduzido juntamente com a Comissão Europeia.

Do pacote total de ajuda externa a Portugal, no montante global de 78 mil milhões de euros, um terço foi concedido pela União Europeia ao abrigo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, o MEEF, outro tanto através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o FEEF (26 mil milhões cada), e a terceira fatia, de idêntico valor, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Por ocasião da criação do MEE, ficou estabelecido que o FEEF continuaria operacional para terminar o financiamento dos programas de assistência à Grécia, Portugal e Irlanda.

A 'saída limpa' de Portugal do resgate foi a terceira, após a Irlanda e a Espanha (no caso espanhol de um programa de assistência dirigido ao sector bancário).


* Os dirigentes destes organismos financeiros têm sempre de dar uma no cravo e outra na "ditadura". Por um lado tentam confundir os portugueses dando os parabéns ao governo por uma coisa  que não fez para além da vampiragem fiscal, não aconteceu nenhuma reforma estrural neste país. 
Por outro advertem para possiveis futuras dificuldades para virem, claro está, sacar mais juros de novos "prosaicos" e solidários empréstimos.
Acabou a pachorra para tanta aldrabice.


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