22/02/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA "

41 deputados de Ianukovich 
abandonaram o partido

Pelo menos 41 deputados do partido no poder na Ucrânia abandonaram a formação política que apoia o presidente Viktor Ianukovich, segundo dados atualizados hoje. 


Até agora, o grupo parlamentar do Partido das Regiões (PR) era constituído por 205 deputados, que juntamente com o Partido Comunista da Ucrânia e vários independentes mantinham uma maioria parlamentar no hemiciclo ucraniano, em que se sentam 450 legisladores.

Segundo a agência UNN, Ianukovich abandonou durante a noite Kiev para viajar para a cidade oriental de Jarkov, onde se reunirá com os deputados das regiões pró-russas do leste do país.
Em declarações à mesma agência, a deputada e assessora do chefe de Estado, Anna Guerman, informou que o Presidente falará hoje por televisão desde Jarkov.

"O Presidente da Ucrânia está em Jarkov. Viajou de avião durante a noite. Hoje tem previsto reunir-se com os eleitores e falar por televisão desde Jarkov", disse Guerman.

Guerman tentava assim desmentir os rumores, referidos inclusivamente na sessão urgente de hoje da Rada Suprema (Parlamento), de que Ianukovich teria fugido da capital ucraniana, tomada pelos manifestantes da Maidan, nome que significa praça e que é usado para identificar o movimento popular que há três meses exige na Praça da Independência a renúncia do chefe de Estado.

Entretanto, o presidente da Rada Suprema, Vladimir Ribak, demitiu-se hoje do seu cargo por motivos de saúde, um dia depois de Ianukovich assinar um acordo de paz com os líderes da oposição para pôr fim à crise no país.

Na terça-feira, quando começavam os distúrbios nas ruas de Kiev e a Rada se reunia em sessão ordinária, Ribak sofreu uma crise de hipertensão e teve de ser atendido pelos médicos no local. Também o primeiro vice-presidente do parlamento, Igor Kalétnik, se demitiu do cargo.

O porta-voz do Presidente ucraniano na Rada, o deputado Yuri Miroshnichenko, pediu aos seus colegas parlamentares que não tomem decisões importantes sem contar com o Partido das Regiões, advertindo que caso contrário a Ucrânia corre o risco de divisão.

Apenas 23 deputados do PR participam na sessão parlamentar de hoje, na qual se registaram 248 dos 450 deputados.

O líder da formação opositora UDAR, Vitali Klitschko, propôs entretanto ao Parlamento aprovar uma resolução para destituir Ianukovich e motivar assim a imediata convocação de eleições presidenciais antecipadas.

O Presidente e a oposição assinaram na sexta-feira um acordo para pôr fim à crise que durava há três meses e que se agravou nos últimos dias, com mais de 100 mortos em Kiev.

O acordo prevê a antecipação das eleições presidenciais, a formação de um Governo de coligação e uma reforma constitucional.

A crise política na Ucrânia iniciou-se há três meses, depois de Ianukovich suspender os preparativos para um acordo com a União Europeia, e agravou-se em finais de janeiro, quando se registaram as primeiras mortes, com a aprovação de leis limitando a liberdade de manifestação.

* Os deputados demitiram-se tarde demais. Até agora foram coniventes com as atrocidades cometidas pelo governo de Ianukovich, um descarado putinesco. Quem morre é o povo, vítima destes "querubins" dos sovietes.


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