25/02/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Reino Unido 
pondera ‘leilão’de vistos gold

Órgão governamental pertencente ao Ministério do Interior propõe a atribuição de vistos gold por leilão.

A ideia é atribuir todos os anos 100 vistos ‘premium' a estrangeiros, uma espécie de ‘via verde' para viverem no Reino Unido apenas acessível aos mais ricos. Mas condicionada à participação num leilão, cuja base de licitação é de 2,5 milhões de libras (3 milhões de euros), 2 milhões de libras das quais para investimento e pelo menos 500 mil para instituições de beneficência.

'Arrematar' o visto significaria poder residir definitivamente no Reino Unido ao fim de dois anos (ao contrário do actual modelo, que estabelece cinco anos) e obrigaria a permanecer apenas 90 dias por ano no país, contra os 180 actualmente exigidos.

Segundo o órgão governamental responsável pela migração, o actual sistema pouco ou nenhum benefício traz para o Reino Unido, seja no sector imobiliário, seja na geração de emprego. Esta modalidade - que tem atraído sobretudo chineses, russos e norte-americanos - impõe aos candidatos um investimento de entre um a 10 milhões de libras em obrigações britânicas.

O Ministério do Interior ainda não se pronunciou sobre a proposta, mas o Financial Times adianta que o Governo estará muito céptico em relação a esta proposta.

Portugal introduziu há cerca de um ano um sistema que estabelece a autorização de residência como uma contrapartida à realização de investimentos no país. No caso português, o 'visto gold' está dependente da transferência de capitais no montante igual ou superior a um milhão de euros, da criação de, pelo menos, dez postos de trabalho ou da aquisição de bens imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros.

As mais de 500 autorizações de residência para investimento emitidas até ao momento pelo Governo foram atribuídas maioritariamente a cidadãos chineses, russos, brasileiros e angolanos, representando mais de 300 milhões de euros em investimento.

* Lavagem de dinheiro sim, mas a outro nível, não a sucata dos 500 mil euros.


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