22/01/2014

FERNANDA MESTRINHO

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Então não é….

Em Espanha o genro do rei está a contas com a justiça. Olha a sorte de viver em república. E num país honrado e milenar, como canta Quim Barreiros, isto não era possível. 

Dei por mim a voltar aos calhamaços para ler o que lá está escrito sobre tráfico de influências. Nem sei para que é que aquilo lá está. Ponto final. Ainda falta vender a TAP e as Águas. Quem serão os facilitadores desta fez? 

Então não é que agora estamos no melhor dos mundos? Os juros descem para metade, a economia arranca, o combate (e bem) à evasão fiscal deu milhões e vamos ficar abaixo dos 5 por cento no défice. Se a Europa ordenou a austeridade, agora, com as eleições, quer o regresso à normalidade. Os mercados já esmifraram tudo e entraram em velocidade de cruzeiro. 

Logo, só por dolo ou sadismo com os seus cidadãos se insiste numa dose reforçada de assalto à carteira dos contribuintes, dos reformados e pensionistas e dos funcionários. Se os juros voltaram a 2010, que tal acontecer o mesmo com os rendimentos da população? Estão à espera das eleições de 2015 para distribuir umas migalhas: 15 euros no salário mínimo e uns cêntimos no IRS. Os mesmos, sempre os mesmos, ficam com a ração reforçada. 

A transitoriedade nos cortes, invocada pelo governo começa a perder sentido. Por isso, tolerância ZERO nas inconstitucionalidades. E há. 

Por isso voltei ao estrangeiro, França, para acompanhar a telenovela mexicana. O presidente Holande, como político, desiludiu os socialistas europeus. O SPD alemão também.
É azar… 

Jornalista/advogada

IN "i"
18/01/14


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