25/10/2013

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA





O QUE NÓS

APRENDEMOS!



AS INTELIGÊNCIAS



*MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL (2)

Cargo: Assessora
Nome: Ana Miguel Marques Neves dos Santos
Idade:
29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 € ?

Cargo: Adjunto
Nome: João Miguel Saraiva Annes
Idade:28 anos

Vencimento Mensal Bruto: 5.183,63 € ?


MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS (1)

Cargo: Adjunto
Nome: Filipe Fernandes
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.633,82 €?

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS (4)

Cargo: Adjunto
Nome: Carlos Correia de Oliveira Vaz de Almeida
Idade:
26 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 € ?

Cargo: Assessor
Nome: Bruno Miguel Ribeiro Escada
Idade:
29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.854 € ?

Cargo: Assessor
Nome: Filipe Gil França Abreu
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.854 € ?

Cargo: Adjunto
Nome: Nelson Rodrigo Rocha Gomes
Idade:
29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 € ?

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (2)

Cargo: Assessor
Nome: Jorge Afonso Moutinho Garcez Nogueira
Idade:
29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 € ?

Cargo: Assessor
Nome: André Manuel Santos Rodrigues Barbosa
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.364,50 € ?

MINISTRO ADJUNTO E DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES (5)

Cargo: Especialista
Nome: Diogo Rolo Mendonça Noivo
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 € ?

Cargo: Adjunto
Nome: Ademar Vala Marques
Idade:
29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 € ?

Cargo: Especialista
Nome: Tatiana Filipa Abreu Lopes Canas da Silva Canas
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 € ?

Cargo: Especialista
Nome: Rita Ferreira Roquete Teles Branco Chaves
Idade:
27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 € ?

Cargo: Especialista
Nome: André Tiago Pardal da Silva
Idade:
29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 € ?

MINISTÉRIO DA ECONOMIA (8)

Cargo: Adjunta
Nome: Cláudia de Moura Alves Saavedra Pinto
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 € ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Tiago Lebres Moutinho
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 € ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: João Miguel Cristóvão Baptista
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 € ?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Tiago José de Oliveira Bolhão Páscoa
Idade:
27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: André Filipe Abreu Regateiro
Idade:
29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Ana da Conceição Gracias Duarte
Idade:
25 anos (deve ser mesmo boa)
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: David Emanuel de Carvalho Figueiredo Martins
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: João Miguel Folgado Verol Marques
Idade:
24 anos (deve ser mesmo bom)
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €?


MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (3)

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Joana Maria Enes da Silva Malheiro Novo
Idade:
25 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €?

Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Antero Silva
Idade:
27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €?

Cargo: Especialista
Nome: Tiago de Melo Sousa Martins Cartaxo
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 €?

MINISTÉRIO DA SAÚDE (1)

Cargo: Adjunto
Nome: Tiago Menezes Moutinho Macieirinha
Idade:
29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,37 €?

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DA CIÊNCIA (2)

Cargo: Assessoria Técnica
Nome: Ana Isabel Barreira de Figueiredo
Idade:
29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.198,80 €?

Cargo: Assessor
Nome: Ricardo Morgado
Idade:24 anos  (deve ser mesmo bom)
Vencimento Mensal Bruto:
4.505,46 €?

SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA (1)

Cargo: Colaboradora/Especialista
Nome: Filipa Martins
Idade:
28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 2.950,00 €?


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T-SHIRTS
SORRIDENTES/18

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 HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

A quinta de luxo no Dão
 que seduz reis e milionários

A Quinta de Lemos, na região do Dão, é o quartel-general do grupo Abyss & Habidecor. Fundada por Celso de Lemos, recebe clientes de todo o lado. É ali que mostra as melhores toalhas do mundo e um vinho de excelência.

Barack Obama, Putin, Ronaldo e membros da realeza já experimentaram os tecidos de algodão, linho e cachemira produzidos nas duas fábricas portuguesas - uma em Tondela e outra em Mundão - de Celso de Lemos, o fundador da Quinta de Lemos, em Viseu. Ali, entre as Serras da Estrela e do Caramulo, em pleno Dão, escondem-se outros tesouros: um vinho que ambiciona ser o melhor do mundo, três suites luxuosas e um heliporto para receber clientes famosos.
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A quinta é o melhor cartão-de-visita para mostrar o que de bom ali se faz. As toalhas conquistaram fama e até o prestigiado Wall Street Journal descreveu-as como as melhores do mundo. Aliás, os artigos da Abyss & Habidecor, marca do grupo da família Lemos, são famosos em todo o mundo. No Harrods, em Londres, ou no Bloomingdale's, em Nova Iorque, podem encontrar-se lençóis de cama, robes e tapetes de casa de banho com selo português. Os hotéis de luxo Burj Al Arab, no Dubai, ou o Grand Hyatt, em Hong Kong, também foram seduzidos pela marca. Pierre de Lemos - filho do empresário português - diz mesmo que a Abyss & Habidecor "é a Hermès da casa de banho".

Mas para atingir esta notoriedade foi preciso desbravar caminho.
Um regresso às origens
Celso de Lemos é o nome do empreendedor. Nasceu em Viseu, filho de um maquinista e de uma vendedora de artigos têxteis no mercado local, e partilhou a sua infância e juventude com mais seis irmãos. Conta Pierre de Lemos que o seu avô "faleceu muito jovem" e foi a avó Georgina que educou "no rigor" os sete filhos. Fê-los industriais, arquitectos e professores e "deu-lhes os princípios da vida, que ainda hoje perduram".

"A minha avó dizia que para receber é preciso dar, dar muito. E nos negócios o que conta é o ser humano, é criar uma relação", recorda Pierre de Lemos. O pai, que em Viseu "não era o primeiro da classe", na juventude jogou no Sporting e, por essa altura, teve que definir o seu rumo. Conseguiu ‘escapar' à tropa e a mãe aconselhou-o a ir para a Bélgica, onde tirou o curso de engenharia química e iniciou-se no comércio de artigos têxteis produzidos nas grandes fábricas do Norte de Portugal. Tinha cerca de 30 anos quando percebeu que havia um nicho de mercado que podia ser explorado: a alta qualidade. Pôs os pés a caminho de Viseu, porque Portugal está-lhe na alma, e fundou numa cave a Abyss & Habidecor. No início contava apenas com Isabela - que só recentemente se reformou - e Aníbal como trabalhadores. A empresa foi crescendo, sempre com o objectivo de produzir qualidade e não quantidade.

O segredo da qualidade? "É tudo feito à mão, com as melhores matérias-primas, algodão do Egipto - não é qualquer algodão, é o Giza 70, um dos melhores do mundo - cachemira da Mongólia, seda da Ásia e linho - e não queremos ir por outro caminho". São as 200 pessoas que actualmente emprega o grupo, que trabalham o artigo desde o fio até à entrega ao cliente final. Pierre Lemos destaca ainda que uma das características das unidades é a flexibilidade.

"Fazemos todos os artigos à medida que o cliente quiser e personalizamos o produto ao máximo, desde a cor até protecções contra frio ou calor extremo", salienta.

Pierre garante que o "grupo é autónomo, os investimentos são feitos com capital próprio, tem um chefe e uma equipa" e "nunca despediram ninguém". A Abyss & Habidecor exporta 85% da sua produção e é nos Estados Unidos que tem o seu principal mercado (vale 30%). Mas é possível que em breve Inglaterra dispute essa primazia. A Abyss tem desde Abril um espaço de 35 metros quadrados no Harrod's e "já ocupa o primeiro lugar nas vendas de artigos de casa de banho. É a primeira marca a ultrapassar as outras em tão pouco tempo", diz com orgulho. A Abyss teve que esperar para conseguir um bom espaço no Harrods, mas o sucesso bateu logo à porta pois a "marca é conhecida em todo o mundo".

Certo é que para além de equipar suites de hotéis de luxo, os produtos da Abyss estão à venda em 25 lojas dentro dos melhores ‘department stores' do mundo. Para além do já citados Harrods e Bloomingdale´s, a Abyss & Habidecor marca presença no ABC de Nova Iorque, no Harvey Nichols do Dubai ou no Lane Crawford de Hong Kong. Espanha, Itália, Bélgica ou França são outros dos destinos dos têxteis. Em Portugal, os artigos podem ser encontrados no El Corte Inglés ou no espaço Paris, em Lisboa.

Para o futuro, a empresa definiu um objectivo: reduzir dos actuais 1500 clientes para 500. "Queremos facturar mais com menos clientes, queremos melhores clientes, melhorar ainda mais a relação com os clientes", diz Pierre.

HELIPORTO PARA OS CLIENTES
Com o negócio dos têxteis em velocidade cruzeiro, Celso de Lemos quis também homenagear o pai, que sempre esteve apreciou muito o cultivo da terra. O empresário decidiu comprar uma propriedade de cinco hectares em Passos de Silgueiros, no Dão, circunscrita pelas serras da Estrela, Caramulo, Buçaco e Nave. A Quinta de Lemos foi crescendo lentamente, ano após ano, e hoje são 50 hectares com 25 de vinha, três mil pés de olival, cinco colmeias e uma horta.


As primeiras garrafas de vinho tinto Quinta de Lemos saíram para o mercado em 2008, após um período de cinco anos de envelhecimento. Como explica o enólogo Hugo Chavez, a quinta tem uma capacidade de produção de 500 mil garrafas anuais, "mas só produzimos 100 mil, na vindima 75% das uvas são atiradas à terra". "Nós queremos ser dos melhores . O objectivo é a qualidade e mais dia, menos dia vai dar resultado", garante. 

Os vinhos Quinta de Lemos já receberam variadíssimas distinções, ainda este ano no ‘International Wine Challenge' - concurso de prestígio internacional - o vinho Dona Georgina 2005 foi distinguido com a ‘Gold Medal, Portuguese Red Trophy e Dão Trophy' e com o prémio James Rogers Trophy 2013, tendo ficado nomeado com um dos cinco melhores vinhos do mundo. Na Quinta de Lemos são produzidas sete referências de vinhos, com destaque para os tintos. Contudo, e porque a tendência mundial exige, também fazem brancos e pensam plantar brevemente mais dois hectares de uva branca. O primeiro branco irá para o mercado em 2014.

"É um trabalho de formiga", diz Pierre de Lemos. A Quinta de Lemos quer vender essencialmente em garrafeiras e restaurantes, onde seja possível explicar ao consumidor o vinho, as castas e como o acompanhar. Os vinhos estão à venda em Portugal, Bélgica, Suíça, Áustria, Inglaterra. "Nós produzimos 100 mil garrafas e queremos partilhá-las com 20 países, cinco mil em cada país", confidencia.

Como é desígnio de Celso de Lemos, a Quinta de Lemos é um instrumento para "promover o Dão, promover Portugal, toda a gente conhece Bordéus, Champagne, mas pouca gente conhece o Dão. Isto é um investimento que só vai beneficiar a futura geração", salienta Pierre de Lemos.

E quanto já gastaram? O investimento na propriedade não é revelado, mas Pierre de Lemos admite que foram bem mais de 10 milhões de euros. Ainda agora, finalizaram um novo projecto na quinta, um edifício no cimo de uma colina e encostado à pedra granítica típica da região. O empreendimento alberga um restaurante - sob o comando do chef Daniel Rocha - que abrirá ao público, sujeito a reserva, no início do ano, três luxuosos quartos onde imperam esculturas de Paulo Neves, um ‘show room' dos têxteis da Abyss e em breve uma garrafeira. E a pensar nos clientes internacionais que vêm fazer negócios com a empresa têxtil construíram um heliporto.

Até porque a Quinta de Lemos "é uma carta de visita", "é para partilhar com os amigos, com os clientes ligados ao têxtil e ao vinho, para trabalhar e descansar em Portugal e ficar com uma boa memória do País, é esse o objectivo", adianta. Ainda há duas semanas lá estiveram agentes do Harrods e uma delegação dos Estados Unidos.

Com 65 anos, Celso de Lemos, o mentor de todos estes projectos, continua em grande actividade, sempre dentro do avião a dar seguimento aos negócios. Os seus três filhos têm também já papéis relevantes no grupo e já asseguraram a terceira geração. São nove pequenos que vão ver o Dão crescer no mundo.

* Um sucesso português.

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OUTRO ALGUÉM






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HOJE NO
" CORREIO DA MANHÃ"

Ordem expulsa psiquiatra 
por violar paciente grávida

João Vasconcelos Vilas Boas pode ainda recorrer. Família da vítima satisfeita com expulsão 

O Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos expulsou o psiquiatra João Vasconcelos Vilas Boas por ter forçado uma paciente grávida de oito meses a ter uma relação sexual no consultório que detinha no Porto. O caso remonta a setembro de 2009 e a vítima continua à espera de receber uma indemnização de 100 mil euros, decidida pelo Supremo Tribunal de Justiça.
O psiquiatra, de 50 anos, foi condenado na 1ª instância a cinco anos de pena suspensa, mas um acórdão polémico da Relação do Porto acabou por absolver o médico. "É uma grande vitória para nós, sentimos que foi feita alguma justiça e que tudo o que se fez, ao denunciar o caso, serviu para ter a certeza de que pelo menos a outras pacientes não irá acontecer o mesmo", disse um familiar da mulher.

O médico pode ainda recorrer para o Tribunal Administrativo da decisão, que foi tomada por unanimidade.
João Vilas Boas entrou, entretanto, com um pedido de insolvência individual. O processo foi extinto porque não pagou as taxas de justiça, mas entregou na Relação um recurso que lhe permitiu pedir apoio judicial. O processo voltou à discussão entre credores, com vista a um acordo. 

* Eu gosto dos meus médicos que consulto com regularidade, eu gosto de médicos, enfermeiros técnicos e auxiliares que me ajudam e tratam quando recorro a um hospital.
Este sacana tinha um curso de medicina e exercia a profissão, mas médico não era, porque médico tem ética e eu tenho provas disso.

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 1- ACELERADOR

DE PARTÍCULAS




 FONTE: wcodfs
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Acusados de distribuir pela internet
 vídeos de abusos sexuais de crianças 
Polícia espanhola detém 18 pessoas 

A Polícia Nacional espanhola anunciou hoje a detenção de 18 pessoas e a constituição de 11 outros arguidos por distribuir pela internet vídeos que mostram abusos sexuais de crianças com entre quatro e seis anos. 

Em comunicado, a Polícia explica que na operação se confiscaram 80 discos rígidos, 7 CPU, 10 computadores portáteis e mais de 200 suportes de armazenamento em diferentes formatos com imagens e vídeos. 

 Os agentes localizaram 38 conexões através das quais se realizaram descargas e se distribuíram grandes quantidades de arquivos com pornografia infantil, na sequência de uma investigação que começou com várias denúncias de cidadãos em Múrcia. 


Os denunciantes deram conta às autoridades da existência de vários vídeos que mostravam abusos sexuais a menores e que circulavam através de redes de intercâmbio de arquivos na Internet. Estes arquivos, junto a outros idênticos, detetados em operações anteriores contra a distribuição de pornografia, foram utilizados por agentes especializados para realizar um rastreamento em uma conhecida rede de intercâmbio de arquivos e assim localizar as conexões através das quais os vídeos estavam a ser distribuídos. 

 Foi assim possível detetar 29 alegados responsáveis de crimes de posse e distribuição de pornografia infantil, tendo-se realizado 38 rusgas em vários pontos de Espanha. A polícia espanhola explica que este tipo de operações permitem não só por a salvo menores vítimas de abusos em Espanha, mas também localizar, identificar e por a salvo vítimas em todo o mundo, graças à colaboração através da Interpol e Europol.

 “A colaboração dos cidadãos é um elemento essencial para detetar a presença de material pornográfico infantil na Internet”, refere a nota. A polícia refere que a maioria dos detidos são casados ou estavam em relacionamentos e que “grande parte dos consumidores de materiais audiovisuais de pornografia infantil termina procurando ter relações com um menor de idade, isto é, passa de ser um espetador a um participante ativo, convertendo-se assim em criminoso sexual".

* E não se pode exterminar estes filhos da p..a!

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DANIELOLIVEIRA

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O ódio a Sócrates

Quando comecei a minha coluna semanal no EXPRESSO, ainda Santana Lopes era primeiro-ministro e Sócrates o queria ser, o meu primeiro texto tinha como título "A coisa". Era sobre José Sócrates e o seu vazio ideológico e programático. Uma acusação, à altura, mais do que justa. Ao contrário de outros ex-primeiro-ministros, Sócrates fez-se ideologicamente no poder. Com várias guinadas ao longo de seis anos. Não apenas guinadas tácticas, bastante comuns em muitos políticos. Mas guinadas sinceras de quem estava a aprender o mundo enquanto governava. 

Durante seis anos fiz-lhe oposição. E não me arrependo. Também o apoiei em várias medidas, como é evidente. Mas, acima de tudo, tratei sempre com cuidado os casos menos políticos em que o seu nome foi sendo envolvido. Na realidade, o mesmíssimo cuidado que tenho com todos os casos que surgiram com pessoas deste governo: não os deixo de tratar, exponho os factos conhecidos e retiro conclusões políticas. Com Sócrates, nuns casos fiquei esclarecido, noutros mantenho dúvidas. Numa análise a todas as acusações que lhe tinham sido feitas conclui, em fevereiro de 2010: "No meio desta histeria, que torna o debate político insuportável - é já quase sinal de cedência escrever sobre qualquer outro assunto que não seja José Sócrates -, a falta de rigor e de apego à verdade de que o primeiro-ministro é acusado parece ter tomado conta do país inteiro. Interessa saber se José Sócrates fez o que se diz que ele fez. Mas, se não levarem a mal, a verdade dos factos pode, de vez enquanto, ter voto na matéria."  Sobre esses casos, podem ler texto que aqui refiro. Chega e sobra. Não é com eles que quero perder tempo. 

É normal que se investiguem primeiros-ministros e dificilmente me veem a comprar teses de cabalas e campanhas negras. Mas ninguém negará que nunca, sobre um governante, saíram tantas notícias de pequenos casos de forma tão insistente. Sobretudo não me lembro de terem sobrevivido tanto tempo a qualquer esclarecimento, bom ou mau. Compare-se o caso do Freeport - que durou anos - com o da Tecnoforma, que passou desapercebido a quase todos os portugueses. Acho que posso dizer com rigor, sem ter de tomar partido, que nunca um primeiro-ministro em Portugal foi tão atacado como José Sócrates. Nada escapou: da sua vida intima ao património da sua família, do seu percurso profissional e académico à forma como exerceu os seus cargos políticos anteriores. Até escutas ao primeiro-ministro a oposição de direita quis que o país ouvisse, coisa que nunca alguém se atreveu a propor em qualquer outro caso. A verdade é esta: pequenos pormenores da vida de Sócrates ainda hoje vendem mais jornais do que venderia a biografia mais intima de Passos Coelho. 

Porque gera tantos ódios José Sócrates? Os que o odeiam responderão com rapidez que faliu o país. Nessa não me apanham mesmo. Até porque a "narrativa" tem objetivos políticos e ideológicos que ultrapassam em muito a figura do ex-primeiro-ministro, o que revela até que ponto podem ser estúpidos os ódios pessoais de uma esquerda que, por mero oportunismo de momento, comprou uma tese que agora justifica todo o programa ideológico deste governo.

É pura e simplesmente falso que Sócrates tenha falido o país. E isto não é matéria de opinião. Sócrates faliu o país da mesma forma que todos os que eram primeiros-ministros entre 2008 e 2010 em países periféricos europeus o fizeram. Até 2008 todos os indicadores financeiros do Estado, a começar pela dívida pública, e todos os indicadores da economia seguiam a trajetória negativa que vinha desde a entrada de Portugal no euro (ou até desde o início da convergência com o marco, que lhe antecedeu), verdadeiro desastre económico que ajuda a explicar uma parte não negligenciável da situação em que estamos. A narrativa que esta crise se deve ao governo anterior, além de esbarrar com todos os factos (o truque tem sido o de juntar o aumento da dívida anterior e posterior a 2008 e assim esconder a verdadeira natureza dessa dívida), esbarra com a evidência do que se passa nos países que estavam em situação semelhante à nossa e não tiveram Sócrates como primeiro-ministro. Posso escrever tudo isto com uma enorme serenidade: fui opositor de Sócrates e sempre disse o que estou a dizer agora. 

Também nada de fundamental, até 2008, distinguia, para o mal e para o bem, os governos de Sócrates dos anteriores. O que era diferente correspondia às pequenas diferenças entre os governos do PS e do PSD, que já poderiam ter sido detectadas em Guterres. O que era igual, conhecemos bem e podemos identificar em Barroso, Guterres ou Cavaco. Em todos eles houve decisões financeiras desastrosas - das PPP à integração de fundos de pensões privados na CGA, da venda ruinosa de ativos a maus investimentos públicos. Em todos eles houve interesses, tráficos de influências, mentiras, medidas demagógicas e eleitoralistas. Sócrates foi apenas mais um.

Há uma parte deste ódio que surgiu à posteriori (sim, vale a pena recordar que Sócrates venceu duas vezes as eleições). Perante a crise, o país precisava de encontrar um vilão da casa. Como escrevi, irritando até muitas pessoas de esquerda, em Outubro de 2010, ainda Sócrates era primeiro-ministro: "São sempre tão simples os dilemas nacionais: encontra-se um vilão, espera-se um salvador. Sócrates foi um péssimo primeiro-ministro? Seria o último a negá-lo. Mas, com estas opções europeias e a arquitetura do euro, um excelente governo apenas teria conseguido que estivéssemos um pouco menos mal. Só que discutir opções económicas e políticas dá demasiado trabalho. Discutir a Europa, que é 'lá fora', é enfadonho. É mais fácil reduzir a coisa a uma pessoa. Seria excelente que tudo se resumisse à inegável incompetência de Sócrates. Resolvia-se já amanhã." O único acerto a fazer é que, perante este governo, a avaliação de incompetências passou para um outro patamar. 

Sócrates acabou por servir, nesta crise, para muitas cortinas de fumo. A de quem quis esconder as suas próprias responsabilidades passadas. A de quem queria impor uma agenda ideológica radical e tinha de vender uma "narrativa" que resumia a história portuguesa aos últimos 9 anos e esta crise a um debate sobre a dívida pública. E a de quem, sendo comentador, economista ou jornalista, e tendo fortes limitações na sua bagagem política, foi incapaz de compreender a complexidade desta crise e optou por uma linha um pouco mais básica: o tiro ao Sócrates. Não lhes retiro o direito ao asco. Eu tenho o mesmo pelo atual primeiro-ministro. Mas não faço confusões e já o escrevi várias vezes: Passos sai, Seguro entra e, se não houver um enfrentamento com a troika, fica tudo exatamente na mesma. Porque o problema não é exclusivamente português e, mantendo o país no atual quadro europeu, depende muito pouco do nosso governo. 

Há outra explicação para o ódio que Sócrates provoca. As novas gerações da direita portuguesa são, depois de décadas na defensiva, de uma agressividade que Portugal ainda não conhecia. A que levou à decapitação da direção de Ferro Rodrigues, através do submundo da investigação criminal e do submundo do jornalismo, representado, desde sempre, pelo jornal "Correio da Manhã". A mesma que tratou de criar um cerco de suspeição que transformou, durante seis anos, a política nacional num debate quase exclusivamente em torno do carácter do primeiro-ministro. Um primeiro-ministro que, como tantos políticos em Portugal, se prestou facilmente a isso. Um cerco que fez com que poucos se dessem ao trabalho de perceber o que estava a acontecer na Europa desde 2008 e como isso viria a ser trágico para nós. Andávamos entretidos a discutir escutas e casos. 

Foi esta direita que, irritada pela iminência de perder prematuramente o poder que tinha reconquistado há apenas três anos, espalhou o boato sobre a suposta homossexualidade de Sócrates. Pedro Santana Lopes veio, em reação à entrevista de Sócrates ao EXPRESSO, dizer que essa campanha vinha do PS. Tenho boa memória e recordo-me das indiretas no debate entre Santana e Sócrates, na SIC. Lembro-me também de Santana ter passado uma campanha a insistir para que Sócrates tomasse posição sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, quando isso ainda nem era debate e sabendo-se o boato que corria. Lembro-me ainda de, num inédito mas muito conveniente comício de mulheres do PSD, em Famalicão, em plena campanha, uma ter dito isto: "Ele [Santana] ainda é do tempo em que os homens escolhiam as mulheres para suas companheiras... bem hajam os homens que amam as mulheres!" E de, entusiasmado, Santana Lopes ter rematado, em declarações aos jornalistas: "O outro candidato [Sócrates] tem outros colos, estes colos sabem bem". Todos sabem como Santana importou, através de um publicitário brasileiro, uma determinada forma de fazer política. Felizmente, como se viu pelo seu resultado, não funcionou.

Goste-se ou não do estilo, Sócrates é, muitas vezes, de uma violência verbal inabitual em Portugal. Ele é, como se definiu na entrevista a Clara Ferreira Alves, anguloso. E voltou a prová-lo, nesta conversa, de forma eloquente. Num País habituado a políticos redondos isso choca. Ainda mais quando se trata de um líder do centro-esquerda, por tradição cerimoniosa e pouco dotada de coragem política. Sócrates, pelo contrário, tem, e isso nunca alguém lhe negou, uma extraordinária capacidade de confronto e combate. O estilo público de Guterres, Sampaio, Ferro Rodrigues e Seguro (muito diferentes entre si em tudo o resto) é aquele com o qual a direita gosta de se confrontar. A aspereza de Sócrates deixa-a possuída, irritada, quase invejosa. A ele não podiam, como fizeram com Guterres, acusar de indecisão e excesso de diálogo. Sócrates acertou na mouche: ele é o líder que a direita gostaria de ter. 

Também a maioria dos portugueses tende a gostar de um estilo autoritário, mas sonso, que nunca diz claramente ao que vem, de que Cavaco Silva é talvez o exemplo mais acabado. Diz-se, ou costumava dizer-se, que Cavaco é previsível. Mas ele não é previsível por ser fiel às suas convicções, que nós desconhecemos quais sejam. É previsível porque quer sempre corresponder ao arquétipo do político nacional: moderado, ajuizado, prudente, asceta e severo. Apesar de, na realidade, no seu percurso cívico e político pouco ou nada corresponder a estas características. Pelo contrário, Sócrates corresponde, na sua imagem pública, ao oposto de tudo isto. 

Não é o primeiro político português a fugir ao modelo do líder austero e sacrificado, que Salazar impôs ao imaginário nacional e que Cunhal, Eanes, Cavaco ou Louçã acabaram por, mesmo que involuntariamente, reproduzir. Já Soares fugira desse estilo e se apresentara emotivo, imprevisível e bon vivant. O que mudou desde então? Tudo. A exposição pública, o escrutínio da imprensa, o poder de disseminação do boato. Ainda assim, arrisco-me a dizer que se há um político português vivo que consegue arrebatar mais paixões, sejam de amor ou de ódio, do que José Sócrates ele é Mário Soares. À sua direita e à sua esquerda. 

Mas há uma enorme diferença entre Soares e Sócrates: o estatuto. Que resulta da idade, do currículo político e do tempo histórico em que foram relevantes. E, para tentar resumir, é esta diferença que ainda faz Sócrates correr. Acho que ele não se importa nada de ser odiado pela direita e por parte da esquerda. O que o incomoda é isso não corresponder a um papel histórico que, mal ou bem, lhe seja reconhecido. É não ter atingido um estatuto em que ser odiado por muitos não só é normal como recomendável. No fundo, move-se pelo mesmo que todos os políticos que ambicionaram mais do que uma pequena carreira: o sonho da imortalidade. E essa é, entre outras, uma das razões porque não compro o retrato do pequeno bandido que enriqueceu com uns dinheiros dum outlet em Alcochete. Parece-me que a sua ambição é muito maior. Por isso, façamos-lhe justiça de acreditar que também serão maiores e, quem sabe, mais nobres os seus pecados. 

IN "EXPRESSO"
24/10/13

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