27/12/2013

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HOJE NO
"RECORD"

Telma Santos:
 «Tive muito medo»

Telma Santos está na corrida para os Jogos Olímpicos do Rio’2016, mas esse objetivo da jogadora nascida em Peniche não está isento de sacrifícios e, algumas vezes, de perigos, tal como aconteceu recentemente na sua aventura em África.

Depois dos triunfos em Israel e Marrocos, Telma enfrentava dois desafios antes do final do ano, no Botsuana e em África do Sul. Aparentemente, e face ao que já passara em Telavive e Rabat, nada faria prever as situações que viveu, principalmente, no Botsuana.

No entanto, deixemos Telma Santos contá-las. “Cheguei no dia 12 ao Botsuana, vinda de Joanesburgo; eram 14 horas, e não tinha ninguém à espera, apenas ali se encontravam duas atletas da Zâmbia que também estavam na mesma situação. Contactei a organização, disseram-me que, como o avião se tinha atrasado, tinham vindo embora e só voltariam às 19 horas para me virem buscar. Resolvemos ir de táxi para o hotel mas, aí chegadas – já lá estava a Sónia Gonçalves –, verifiquei que o quarto que tinha reservado estava ocupado e que não havia outro. A solução, disseram-nos, era procurar outro hotel que ficava a 70 km. Claro que recusei ir. A nossa sorte foi que um senhor das Ilhas Maurícias foi para outro hotel e cedeu-nos o quarto dele. Conclusão, a Sónia dormiu na cama e eu no chão.”

Mas a desorganização no Botsuana não ficou por aqui. O primeiro jogo estava agendado para dia 13 – Telma Santos chegou no dia anterior – e, para espanto das duas jogadoras portuguesas, os jogos inaugurais foram antecipados um dia. “Tínhamos jogo no dia seguinte à nossa chegada, mas afinal este tinha sido antecipado. Assim, se fôssemos para o outro hotel a 70 km não jogávamos e perdíamos por falta de comparência”, contou.


Viagem
Depois do Botsuana, Telma Santos viajou para Pretória para disputar o Open da África do Sul. Só que a viagem foi realizada num pequeno avião, situação que a jogadora do CheLagoense, de 30 anos, não esquecerá.

“A viagem para a África do Sul foi para não mais esquecer. Fomos num pequeno avião, a hélice que abanava por todos os lados. Tive muito medo. Foram 45 minutos terríveis! Foi tão mau que desejei ter ido de autocarro do Botsuana para a África do Sul”, referiu.

Telma Santos já tinha visitado Pretória, quando participou, em 2012, no Open da África do Sul. Agora, a jogadora portuguesa encontrou uma cidade alterada, uma vez que a viagem coincidiu com as cerimónias fúnebres do antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela. “Encontrei uma cidade que eu já conhecia completamente diferente. Assisti a coisas incríveis, como cerca de 5 km de filas para verem o corpo de Mandela. Não vou esquecer aqueles momentos”, disse.

* Badminton safari adventure.

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