13/09/2013

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Portugal é dos países com preços 
mais reduzidos na restauração

Apesar do aumento do IVA, Portugal é o país com preços mais reduzidos em restaurantes e hotéis, face aos competidores mais próximos na atracção do turismo.

Em 2012, apesar reestruturação da taxa de IVA no sector da restauração e similares, Portugal foi o país com preços mais reduzidos em restaurantes e hotéis, face aos seus competidores mais próximos na atracção do turismo. Comparando com o nível de preços em restaurantes e hotéis, em Portugal, foi inferior, em 16%, ao observado em Espanha, tendo sido assim salvaguardada a vantagem competitiva do sector do turismo.



A conclusão consta do relatório do grupo de trabalho interministerial sobre os custos de contexto, situação económica e financeira e o IVA da restauração e hotelaria hoje publicado no site do Governo e entregue aos grupos parlamentares.

"Esta informação é particularmente significativa e vem evidenciar outro facto relevante: apesar da reestruturação das taxas do IVA da restauração e similares, a mesma foi apenas repercutida parcialmente nos preços praticados pelo sector em Portugal", destaca o relatório, concluindo que o efeito da reestruturação da taxa do IVA aplicável a este sector foi integrado parcialmente na margem de rentabilidade das empresas, sujeitando-as "a uma pressão adicional, em paralelo com a contracção verificada no consumo".

Segundo o documento, a quebra do volume de negócios e a incapacidade de aumentar os preços, devido à forte atomização e ao elevado nível de concorrência na restauração e similares, "configuraram um risco acrescido à sustentabilidade de algumas empresas do sector".
Na análise, o grupo de trabalho interministerial aponta ainda diferenças de níveis de preços de 22% quando comparado com a UE28 e níveis também inferiores em 18% face à Grécia e em 26% face aos preços praticas na Itália.

Contudo, na proposta de redução da taxa de IVA para 13%, o grupo de trabalho admite que esta medida poderia "reduzir a desvantagem competitiva face à alternativa do-it-yourself", ou seja, da tendência crescente dos portugueses levarem "marmita" de casa para o seu local de trabalho, reduzindo a despesa diária em restaurantes.

O Executivo alerta, porém, que a possível descida do IVA na restauração de 23% para 13% terá um impacto no tecido empresarial, mas pode não significar baixa de preços, uma vez que os empresários portugueses não repercutiram o aumento desta carga fiscal na factura a pagar pelo consumidor.

O aumento da taxa de IVA na restauração para 23% foi apenas repercutido "parcialmente" nos preços, ou seja, os preços aumentaram em média cerca 5%, o que compara com o aumento de 8,85% que resultaria da variação da taxa. O grupo de trabalho conclui que a restruturação da taxa do IVA teve impacto, essencialmente, na margem de rentabilidade das empresas.

* O aumento do IVA para 23%  afastou os consumidores portugueses dos restaurantes, esse é o problema.

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