25/07/2013

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HOJE NO
 " DIÁRIO ECONÓMICO"

Sobe número de pessoas que 
esgotam subsídio de desemprego

Aumentou o número de cidadãos que esgotou a duração do subsídio de desemprego, passando a receber outro apoio social.

Em Junho, a Segurança Social pagou menos prestações de desemprego do que em Maio mas, entre os vários tipos de subsídio existentes, houve um que passou a contar com mais beneficiários. É o subsídio social subsequente, atribuído a pessoas que já esgotaram o subsídio de desemprego "principal" mas que se mantêm desempregadas e vivem em famílias de rendimentos muito baixos. Este é, portanto, um apoio social que depende da condição de recursos.

De acordo com os dados da Segurança Social actualizados recentemente, em Junho foram pagos 46,7 mil subsídios sociais subsequentes, mais 3% face ao mês anterior. Entre os quatro tipos de subsídio de desemprego existentes (três são apoios sociais), apenas esta prestação chegou a mais pessoas em Junho. O subsídio de desemprego "normal", que abrangeu cerca de 326 mil desempregados, sofreu uma quebra mensal de 1,3%. A prestação social inicial (atribuída a pessoas que não descontaram tempo suficiente para ter acesso ao subsídio "normal" e vivem em agregados de baixos rendimentos) recuou quase 9%.

Mesmo comparando com igual mês de 2012, o número de subsídios sociais subsequentes aumentou 33,4%, a maior subida entre os quatro tipos de prestação. O subsídio de desemprego "principal" subiu 11,7% e a prestação social inicial recuou 25,3%.

No conjunto de todas as prestações de desemprego, a Segurança Social terá pago subsídios a quase 395 mil pessoas em Junho, mas os dados estão sobreavaliados já que quem transita entre subsídios é contabilizado uma vez em cada uma dessas prestações. Excluindo este efeito, estarão em causa cerca de 393 mil prestações, mas mesmo aqui pode haver dados contabilizados duas vezes, caso o beneficiário tenha mudado de centro distrital. Olhando para este número, está em causa uma descida mensal de 1,4%. Esta é, aliás, a segunda quebra mensal consecutiva, embora em Maio o recuo tivesse sido mais pronunciado (-4,7%).

Em termos homólogos, o número total de prestações pagas (incluindo subsídios sociais) subiu 10,6%. À excepção do mês de Maio (que registou um crescimento de 6,8%) esta subida homóloga é a mais baixa desde Janeiro de 2012.

A quebra mensal nos subsídios pagos acompanha a descida sentida no número de inscritos nos centros de emprego. Aliás, a inscrição no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) é obrigatório para ter acesso ao subsídio. Os dados do IEFP apontam para descidas mensais no número de inscritos desde Fevereiro. Em Junho, o recuo foi de 1,9%.

Os dados da Segurança Social permitem ainda aferir que, em Junho, o subsídio médio (entre os quatro tipos de prestação) era de 484,13 euros, o valor mais baixo desde Outubro de 2010. Em Maio, a prestação média era de 510,22 euros, o valor mais alto, desde, pelo menos, 2005.

* Um exemplo de vergonhosa injustiça:
Duas famílias com o mesmo nível económico  e com os conjuges no desemprego, apenas uma diferença, uma delas tem andar próprio porque o pagou ao longo de penosos anos, a outra família vive em casa alugada.
A primeira família actualmente com as mesmas dificuldades que a segunda não tem direito a qualquer subsídio de apoio depois de se esgotar o apoio do IEFP, é uma família "capitalista" e vai ter que vender o andar para poder comer porque nem no Banco Alimentar Contra a Fome a aceitam, a segunda família vai ter subsídio de renda e mais alguns trocos, É JUSTO???

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