14/03/2013

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Alberto da Ponte: 
“Não há o objectivo de despedir 
pessoas por despedir pessoas” 

Alberto da Ponte garante que “só em último recurso” a RTP avançará com um despedimento colectivo, garantindo que, “nesta altura” não é uma questão que esteja em cima da mesa. O presidente da RTP diz não ser possível saber o número potencial de despedimentos já que se vai avançar primeiro com um processo de rescisões amigáveis.
“Não posso dizer” quantos despedimentos poderão ocorrer na RTP, afirmou Alberto da Ponte durante a audição na Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação. E explicou porquê: “Vamos começar com uma política de rescisões amigáveis”, sendo que “50 pessoas já disseram que queriam negociar connosco”.
Este “plano começa a partir de amanhã e dura até 15 de Maio”, adiantou o responsável.
“Só em último recurso recorreremos ao despedimento colectivo e neste momento nem se coloca”, respondeu Alberto da Ponte após ser questionado sobre o facto de estar incluído no plano de reestruturação esta possibilidade.

“Não há objectivo de despedir pessoas por despedir pessoas. Há um objectivo de redução de custos de pessoal”, afirmou o presidente do conselho de administração da RTP que está na Comissão para apresentar o plano de reestruturação da estação pública já aprovado pelo Governo e que tem como um dos objectivos a redução de 28% dos custos com pessoal.

Alberto da Ponte explicou que estes cortes podem ser feitos nos “salários, benesses, viagens. Tudo isto está nos custos com pessoal”, adiantou.

O responsável salientou que o que está previsto no plano de reestruturação é uma redução de 28% de “custos com pessoal e não de trabalhadores.”

O “custo total por trabalhador é 45 mil euros ano”, afirmou o presidente da RTP, salientando que há ajudas de custo no valor de 80 mil euros, subsídios de deslocação no montante de 470 mil euros, subsídios de conduções no valor de 450 mil de euros e trabalho extraordinário de 1,8 milhões de euros.

Alberto da Ponte sublinhou que “estes valores não podem, não devem continuar”, num País que “tem 18,2% de desemprego”. Um valor que se trata de um lapso do responsável. Os últimos dados do Eurostat revelam que a taxa de desemprego em Portugal atingiu os 17,6%, em Janeiro. Este valor já supera as novas previsões da Comissão Europeia para a taxa de desemprego em Portugal este ano que apontavam para 17,3%.

* Quando um administrador de uma empresa faz uma afirmação daquelas é porque considera que "despedir por despedir" é uma medida branda.

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