07/01/2013

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Treze mil vivem em carros e barracas 

Fernando Santos, de 44 anos, vive há perto de três meses num carro em Porto Alto, no concelho de Benavente. Em Portugal há 13 mil pessoas que vivem em carros, armários ou barracas, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística. No total são 6633 famílias que não possuem rendimentos ou apoios sociais que lhe garantam viver numa casa.

Motorista, ficou desempregado há ano e meio. Desde então não teve qualquer apoio da Segurança Social. Fernando Santos é mais um exemplo de quem não consegue resolver sozinho os problemas levantados pela crise. 
Além da carência habitacional, Fernando Santos enfrenta também graves problemas de saúde. Vítima de depressão, deixou de tomar a medicação diária. "A falta de dinheiro leva, por exemplo, a que não tenha possibilidade de comprar uns óculos. Também estou a perder os dentes e não tenho possibilidade de ir ao dentista", referiu.
Divorciado e com três filhos, que ficaram a viver com a mãe, Fernando Santos explicou que não consegue ver um futuro. "Os trabalhos que arranjo são precários. Vivo de fretes que faço para os armazenistas", acrescentou.
Natural de Soure, conta que dormir num carro é perigoso. "A fim de evitar um possível assalto procuro passar as noites em locais diferentes. Tento ficar junto de estações de serviço, ou rulotes de venda de bifanas", disse.
"Para as necessidades básicas, peço nos armazéns para me deixaram tomar banho" acrescentou.
Nesta altura do ano, o maior desafio é o frio. "É muito difícil sobretudo de madrugada. Por vezes, as pernas ficam de tal maneira geladas que parece que não tenho força", referiu.

* Estas situações são obra dos  partidos do "covil da governação"

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