16/07/2012

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA


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TIREM-ME DAQUI





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CABELOS



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STREET FASHION

































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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DINHEIRO VIVO"


FMI: bons resultados do início do ano deveram-se a fatores temporários
 
O Fundo Monetário Internacional (FMI) avisou hoje que os bons resultados registados nos primeiros três meses deste ano foram provocados por fatores temporários, como as medidas criadas pelo Banco Central Europeu (BCE). Desta forma, o crescimento menos negativo do que o esperado que Portugal teve no primeiro trimestre poderá ter sido corrigido nos três meses seguintes. A fraca recuperação do mercado de trabalho é uma das principais preocupações do Fundo.

"Nos últimos três meses [segundo trimestre de 2012], a recuperação mundial, que já não era forte, mostrou sinais de maior enfraquecimento. A pressão nos mercados financeiros e sobre os países periféricos zona euro cresceu, para perto de níveis de final de 2011", escreve o FMI na atualização intercalar do Global Economic Outlook.
Segundo o Fundo, o crescimento da economia mundial no início do ano surpreendeu pela positiva, "principalmente devido a fatores temporários, entre os quais uma melhoria das condições financeiras e uma recuperação da confiança, em resposta às operações de financiamento de longo prazo do Banco Central Europeu (BCE)".
No entanto, os indicadores do segundo trimestre têm sido mais negativos. O FMI refere que a criação de emprego continua estagnada, com taxas de desemprego muito elevadas, "principalmente entre os jovens da periferia da zona euro", da qual Portugal faz parte. 
Ainda acerca das economias periféricas, o FMI refere que elas têm sido "o epicentro de uma escalada ainda maior da pressão nos mercados financeiros, provocada por cada vez maior incerteza política e financeira na Grécia, problemas no setor bancário espanhol e dúvidas sobre a capacidade dos governos de executarem o ajustamento orçamental e as reformas, bem como até que ponto os parceiros comunitários estão dispostos a ajudar".
A saída de capitais e o aumento das taxas de juro da dívida voltaram acelerar no segundo trimestre, contagiando os bancos, o que faz com os efeitos estabilizadores das medidas do BCE tenham perdido eficácia. Além disso, "indicadores económicos avançados prevêem uma renovada contração da atividade na zona euro no segundo trimestre".


* Na práctica  não estamos na mesma que há um ano atrás, estamos pior!

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1 - A VIDA DESCONHECIDA 
DE JESUS





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HOJE NO
"RECORD"

Três portugueses na lista 
dos candidatos ao melhor na Europa 

Os portugueses Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão estão entre os 32 candidatos iniciais ao prémio "Melhor Jogador da UEFA na Europa", revelou esta segunda-feira a organização que rege o futebol europeu.

Da lista fazem também parte Lionel Messi, vencedor do galardão no ano passado, e o ex-portista Ramadel Falcão, atualmente no Atlético de Madrid, no qual ajudou a conquistar a Liga Europa na época passada.

O Real Madrid, orientado por José Mourinho, é o clube com mais jogadores na lista, apresentando, além dos três portugueses, os espanhóis Iker Casillas, Xabi Alonso e Sérgio Ramos e ainda o alemão Mesut Özil.

Os 32 candidatos, que foram escolhidos por um júri formado por jornalistas oriundos das 53 federações filiadas na UEFA, serão reduzidos a uma lista de três jogadores no dia 14 de agosto.

O vencedor será decidido a 30 de agosto, na cerimónia do sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões, durante a qual os mesmos jornalistas irão utilizar um sistema eletrónico para determinar a atribuição do prémio entre os três candidatos.

O Prémio Melhor Jogador da UEFA na Europa foi entregue pela primeira vez no ano passado.


A lista dos 32 candidatos:

Real Madrid (Esp): Iker Casillas (Esp), Sergio Ramos (Esp), Xabi Alonso (Esp), Fábio Coentrão (Por),Pepe (Por),Cristiano Ronaldo (Por), Mesut Özil (Ale).

Manchester City (Ing): Sergio Agüero (Arg), Mario Balotelli (Ita), Joe Hart (Ing), Vincent Kompany (Bel), Yaya Touré (Cmf), David Silva (Esp).

Chelsea (Ing): Petr Cech (Che), Didier Drogba (Cmf), Frank Lampard (Ing), Fernando Torres (Esp).

Barcelona (Esp): Cesc Fàbregas (Esp), Andrés Iniesta (Esp), Xavi Hernández (Esp), Lionel Messi (Arg).

Borussia Dortmund (Ale): Jakub Blaszczykowski (Pol), Shinji Kagawa (Jap).

Juventus (Ita): Gianluigi Buffon (Ita), Andrea Pirlo (Ita).

Manchester United (Ing): Wayne Rooney (Ing).

Arsenal (Ing): Robin van Persie (Hol).

Atlético Madrid (Esp): Radamel Falcao (Col).

AC Milan (Ita): Zlatan Ibrahimovic (Sue).

Tottenham (Ing): Luka Modric (Cro).

Bangor City (Ing): Leslie Davies (Gal).

Schalke 04 (Ale): Raúl González (Esp).



* Candidatos de luxo.

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T-SHIRTS
SORRIDENTES















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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"


Produtos da marca "SOS Pobreza" com bom acolhimento nos hipermercados  

O presidente da Assistência Médica Internacional, Fernando Nobre, revelou, esta segunda-feira, que os produtos da marca de solidariedade 'SOS Pobreza' lançados pela organização estão a ter "bom acolhimento", com vários hipermercados a pedirem o reabastecimento da mercadoria. 
 Desde o dia 6 de julho que 55 hipermercados espalhados pelo país têm nas suas prateleiras produtos de consumo básico, vendidos a "preço justo", como farinhas, arroz, azeite, óleo alimentar, frutas e legumes, águas, refrigerantes, papel higiénico, rolos de cozinha e guardanapos.
Ressalvando que ainda não há dados sobre o volume vendas, o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, disse à agência Lusa que "os produtos estão a ter bom acolhimento" nos hipermercados localizados em 44 localidades do país.
Fernando Nobre adiantou que há "bastantes supermercados a pedirem novo abastecimento, tanto dos produtos alimentares, como dos de higiene, que também fazem parte do lote dos 30 produtos" colocados no mercado.
Para o presidente da AMI, a boa recetividade dos portugueses a estes produtos prende-se com o facto de saberem que "a receita líquida da venda reverte para as ações sociais da AMI" em todo o país e que são "produtos nacionais".
"Esses dois fatores são estimulantes para que as pessoas se interessem pelos produtos, mas é uma leitura muito provisória", disse o responsável, adiantando que o balanço será feito no final da semana.
A "SOS Pobreza" é a primeira marca nacional de solidariedade que abrange 30 bens essenciais e tem como objetivo ajudar a combater a pobreza que existe em Portugal, lembrou.
"Conseguimos congregar a vontade de nove produtores nacionais, entre os quais algumas cooperativas, e de quatro distribuidores nacionais (Jumbo, Pingo Doce, Leclerc e Continente), que disponibilizaram 55 grandes superfícies em 44 localidades distintas do país", adiantou Fernando Nobre.
No primeiro semestre deste ano, os 12 centros sociais da AMI apoiaram 10030 pessoas, o que corresponde ao dobro das ajudadas durante todo o ano de 2009, "o ano do arranque da grande tragédia financeira em Portugal e também noutras partes do mundo".

 Segundo a organização humanitária, das pessoas que procuraram os serviços sociais da AMI, uma em cada quatro fê-lo pela primeira vez.
Os serviços sociais mais utilizados nos primeiros seis meses do ano foram os pedidos de alimentos (57%), seguindo-se o apoio social (54%) e os pedidos de roupas (42%).
A maioria estava em idade ativa, um quarto tem menos de 16 anos e sete por cento tem mais de 65 anos, sendo sobretudo cidadãos portugueses e com baixas habilitações literárias.


* Uma excelente iniciativa, vamos comprar deste produtos sempre que pudermos.

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PEDRO BIDARRA




 Bom marketeer procura-se


 "'O que és para mim?', pergunta o consumidor num diálogo mudo com cada item do seu cabaz. Cada produto/marca tem de lhe dar, a cada momento, a resposta.
" In O Consumidor na Crise - Uma Ajuda à Navegação, C Lab, junho de 2012.

Tive outra vez o privilégio de ler o relatório do Consumer Inteligence Lab, da Augusto Mateus e Associados, Return on Ideas e Ipsos Apeme. Um estudo patrocinado por empresas inteligentes que monitoriza o comportamento do consumidor - o que, como está bom de ver, tem um valor imenso nesta conjuntura absolutamente demente em que vivemos.
O parágrafo com que abro este artigo é de lá e é um dos muitos insights que o iluminam. Diz-nos, com resumida elegância, que o processo de decisão de compra moveu-se, definitivamente, nos eixos da racionalidade e do envolvimento e no sentido destes mesmos: o consumidor faz escolhas mais racionais, menos levado por sentidos ou emoção, e envolve-se mais na compra lendo e refletindo; deixou de "confiar" no impulso.
As implicações são óbvias para a comunicação: mais informação, mais copy, mais argumentação, mais dramatização dos benefícios e da relevância dos produtos; e menos fashion, menos imagem, menos pub. aspiracional do tipo eu-gostava-mesmo-de-ser-assim-giro-e-andar-em-câmara-lenta.
Este insight é sobre a importância do bom marketing e lembra-nos que o consumidor pensa. E que quanto mais pessimismo e menos dinheiro tem, mais pensa. O que nem sempre é óbvio para o marketeer-muito-moderno que tende a olhá-lo como espectador de filmes publicitários a quem basta mostrar qualquer coisa que ele vai e compra.
O marketeer-muito-moderno, especialista em realizadores, centrais de produção e fornecedores em geral, e que fez a carreira adaptando ou copiando o que chega de fora, tenderia a pensar que o insight é sobre comunicação e anúncios, sobre que filmes se devem fazer nesta conjuntura, que tom usar, que novas tendências e tiques de linguagem deve a marca adoptar para esse tal diálogo.
Mas não é nada de tão moderno. É sobre marketing à antiga, essa venerável disciplina da gestão hoje pouco praticada e cujas boas práticas têm sido esquecidas; primeiro em detrimento da publicidade (marketing é fazer anúncios), depois do branding (marketing é fazer marcas) e finalmente da produção (marketing é fazer filmes e eventos). Mas marketing é fazer produtos relevantes para o consumidor e vendê-los.
O que a observação do C Lab nos ensina é que é tempo de voltarem a ser os bons produtos a fazer as boas marcas: é tempo para produtos relevantes de qualidade, lógicos - com a lógica do tempo, que não é só o preço baixo.
Mais do que nunca, e antes de bons filmes, de eventos cool com tenda VIP e de celebridades a vender com empatia de falsete, as empresas precisam de bom marketing; o que só se consegue com boas pessoas. É tempo para profissionais de marketing "à antiga", gente que sabe ler e escrever (números e letras), com cabeça para criar produtos que criem valor para o consumidor. Gente com boa escola, enfim, que fez as cadeiras todas e teve boas notas. O consumidor agradecerá.



Psicossociólogo, publicitário, autor

IN "DINHEIRO VIVO"
13/07/12

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IDENTIFIQUE-SE
         COM ESTA CAUSA






"Perderei a minha utilidade no dia em que abafar a voz da consciência em mim". Mahatma Gandhi


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HOJE NO

"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Tribunal de Contas detecta 
irregularidades no pagamento 
de suplementos em autarquias
 
Auditoria a cinco municípios no ano de 2009 detectou falhas susceptíveis de eventual responsabilidade financeira.
O Tribunal de Contas detectou irregularidades na atribuição de suplementos nas autarquias de Faro, Figueira da Foz, Palmela, Rio Maior e Valongo, durante o ano de 2009, susceptíveis de "eventual responsabilidade financeira".

Na auditoria hoje publicada, o TC identifica falhas, por exemplo, no pagamento de trabalho extraordinário. Nos municípios de Faro e Figueira da Foz foram realizadas horas extra “sem autorização prévia, nos valores de 68.085,65 euros e 69.189,80 euros, respectivamente”, e nos municípios de Faro e Valongo o trabalho extra foi pago “para além do limite de 60% da remuneração base do trabalhador”.


Tanto o trabalho extraordinário como os subsídios de turno aumentaram, no período de 2007 a 2009, 44% e 9,4%, respectivamente.


Também o montante gasto em abonos por falhas cresceu 142% neste mesmo período. No câmara de Valongo “foram pagos abonos por falhas a trabalhadores sem o prévio reconhecimento desse direito pelo Presidente da Câmara” e nos cinco municípios auditados “o abono por falhas foi pago com carácter mensal, independentemente da efectividade de funções”.


Ao nível dos subsídios extraordinários também o TC encontrou falhas a este nível no município de Faro, relativas a pagamentos a membros do órgão executivo, no montante de 2.349,90 euros.

São ainda idenfiticadas outras irregularidades ao nível da retribuição por férias não gozadas, do pagamento de férias não gozadas, comunicações móveis e outros abonos no sector empresarial local. Também no transporte de pessoal foram detectadas falhas, por exemplo, no município de Palmela, onde os trabalhadores eram transportados diariamente de casa para o trabalho e deste para casa em viaturas da autarquia. Uma prática que, segundo o Presidente da Câmara, terá findado em Fevereiro de 2012.

*  Porque não pode o Tribunal de Contas penalizar quem prevarica, pois são os diversos agente políticos que cometem as maiores ilegalidades???
À frente deste orgão  está uma pessoa que sempre se desmarcou das trafulhices e não há ninguém que lhe aponte um acto desonesto.

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2 - IN PROPRIETÁRIO



 "Inproprietário O mundo do software livre" é um projeto experimental, trabalho de conclusão do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo dos ex-alunos Jota Rodrigo (Johnata Rodrigo de Souza) e Daniel Pereira Bianchi do Centro Universitário FIEO UNIFIEO.

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HOJE NO
"DESTAK"
 
PPP 
Paulo Morais entende que reavaliação 
é "uma emergência"
 
O vice-presidente da Associação Transparência e Integridade, Paulo Morais, defendeu hoje, em Coimbra, que a reavaliação das parcerias público-privadas (PPP) é "uma emergência", considerando que este modelo de negócio "privatiza lucros e socializa riscos, duma forma inaceitável".
 A reavaliação das parcerias público-privadas "constitui já uma emergência. Este modelo de negócio dá garantias de rentabilidade em regra superiores a 14 por cento aos concessionários e transfere todos os riscos do negócio para o Estado", sublinhou.

O docente da Universidade Lusófona do Porto foi um dos preletores no I Curso Luso-Brasileiros de Verão de Direito do Consumo, que começou hoje e decorre até sábado no auditório da Ordem dos Advogados de Coimbra.


* Sempre concordámos com o Dr Paulo Morais sobre as questões que levanta, mas muito gostaríamos de uma opinião sua sobre o imbróglio Relvas, é que ele lecciona na universidade benfeitora.

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AS 100 MELHORES CANÇÕES DOS ANOS 80

(PARA A NME)
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Nº34
STHERE IS A LIGHT THAT NEVER GOES OUT
.THE SMITHS



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HOJE NO

"i"

Fisco: apenas 29% das empresas 

pagaram IRC em 2010

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O número de empresas que não paga IRC voltou a aumentar e o imposto relativo ao exercício de 2010 foi pago apenas por 29 por cento das empresas, segundo dados do ministério das Finanças hoje divulgados.
Do total de 393.891 declarações de IRC entregues ao Fisco, apenas 114.865 empresas (29 por cento do total) apresentaram resultados que permitiram a cobrança do imposto, não tendo sido liquidado este imposto em 71 por cento das empresas.
O número de empresas que não paga IRC em cada ano tem vindo a aumentar, passando de 66 por cento em 2008 para 69 por cento em 2009 e para 71 por cento do total em 2010.
Apesar destes valores, o número de empresas que acabou por entregar IRC ao Estado em 2010 foi de 297.924. Isto porque às 114.865 empresas que pagaram imposto sobre o rendimento, ainda se juntam 58.148 empresas que efetuaram Pagamento Especial por Conta (PEC) e 124.911 empresas que pagaram em 2010 IRC referente a outros exercícios fiscais.
O número de empresas com PEC tem aumentado nos últimos anos, mas muito ligeiramente: 56.596 empresas em 2008, 57.388 em 2009 e em 2010 o maior número de sempre, 58.148.


* As empresas não têm vendas suficientes por isso a receita fiscal é escassa.

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Vinho



é cultura


CULTURA É LIBERDADE




  5.ESSÊNCIa


  


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HOJE NO
"A BOLA"
 
Testes anti-doping obrigatórios 
para os medalhados
 
O Comité Olímpico Internacional está apostado em garantir que nos Jogos de Londres não se registem casos de consumo de substâncias proibidas. Durante as Olimpíadas, que tem início a 27 de julho próximo, serão realizados 6000 controlos anti-doping, uma média de 400 testes diários.

O Centro de Controlo Anti-Doping operará 24 horas por dia, contanto com um grupo de 150 cientistas liderado por David Cowan, do Centro de Controlo de Substâncias do London King´s College.
 
Durante os Jogos, cerca de metade dos atletas olímpicos realizarão testes de despiste a 24 substâncias proibidas, sendo que o COI assegura que todos os medalhados serão sujeitos a controlo. 

*  Não é nada demais!

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CAVALOS







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  ONTEM NO
"PÚBLICO"

Como a socialite do regime russo 
se virou contra Putin

 Durante quase uma década Ksenia Sobtchak foi uma das mais glamorosas apoiantes do Presidente russo. Com dinheiro, fama e as ligações certas – e a alcunha de "Paris Hilton da Rússia" – era uma celebridade próxima do Kremlin, até se converter numa das vozes mais críticas nos protestos ao regime.

Ksenia Sobtchak dispensa apresentações na Rússia. É estrela de programas de enorme popularidade, tem quase meio milhão de seguidores no Twitter e é provavelmente a figura pública mais conhecida no país a seguir ao Presidente Vladimir Putin e ao primeiro-ministro Dmitri Medvedev – ela diz que assim é. Mas quando se juntou aos 80 mil manifestantes que protestavam em Moscovo contra o Governo, na véspera de Natal, fez questão de dizer: "Sou Ksenia Sobtchak, tenho algo a perder e estou aqui mesmo assim."

Foi acolhida com vaias e duros insultos, que pouco mais a deixaram dizer naquele dia, por uma multidão de russos que não esquecem que ela é a epítome dos privilegiados herdeiros da era soviética. E, para mais, filha do antigo mentor de Putin, o antigo presidente da Câmara de São Petersburgo, Anatoli Sobtchak, e de uma senadora da câmara alta do Parlamento, Liudmila Narusova, que permanece acérrima leal à "democracia soberana" do regime. Dão, por isso, pouco crédito à sua conversão, mesmo tendo em conta o pedigree liberal recebido do pai, uma das figuras mais aclamadas da resistência à tentativa de golpe de 1991 contra a perestroika.

Ksenia, com 30 anos e conhecida como a "Paris Hilton da Rússia", passara afinal a última década em festas luxuosas, de stilletos e longos casacos de vison, e poses "vulgares" para as revistas cor-de-rosa; até mesmo para as capas da Playboy e Maxim russas. A sua fortuna pessoal está avaliada pela Forbes em 2,8 milhões de dólares, num pequeno império empresarial que incluiu uma marca de roupa, um perfume (Como Casar com um Milionário – e ela namorou uns quantos) e um dos restaurantes mais elitistas de Moscovo.

Passados porém o choque e a surpresa de ver uma filha do regime a virar-se contra o Kremlin – e conforme Ksenia endureceu cada vez mais o tom crítico –, por alturas de Março, em novo protesto anti-Governo, as vaias aos seus discursos já não eram tão sonoras. Em Maio, na manifestação que antecedeu a tomada de posse de Putin, regressado ao poder após o intervalo de quatro anos imposto pela Constituição, foi até aplaudida. E também detida, por algumas horas, junto com outras figuras da velha e nova oposição.

"A mãezinha pode sempre telefonar a Putin", ironizou então o veterano oposicionista e antigo primeiro-ministro Boris Nemtsov. Devido às ligações muito próximas da família com o autocrático Presidente – Putin, numa das suas raras exibições públicas de emoção, chorou no funeral de Anatoli Sobtchak –, assumira-se que Ksenia gozava de "alguma protecção", nota o editorialista Brian Whitmore, da Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade. "Mas essa presunção está a ser desmentida", sustenta.

A 11 de Junho oito agentes do Comité de Investigação bateram à porta de Ksenia, uns minutos antes das oito da manhã, e vasculharam-lhe o apartamento durante seis horas. Só dali saíram depois de encontrarem e confiscarem envelopes com dinheiro: quase um milhão em euros e meio milhão em dólares.

Alguns armados, todos encapuzados, viraram-lhe os armários do avesso, ligaram-lhe o computador e leram em voz alta mensagens antigas trocadas com ex-amantes à frente do novo namorado, Ilia Iashin, um dos líderes do Partido Popular da Liberdade, envolvido na organização dos protestos anti-Governo.

E antes de saírem ainda lhe disseram: "Se tens casado com um bom homem dos FSB [agência de serviços secretos que substituiu o KGB] nada disto acontecia." Duas horas mais tarde, todos os pormenores da busca eram divulgados no website do tablóide pró-regime Life News, incluindo a descrição da "sugestiva" roupa interior que Ksenia vestia quando abriu a porta aos agentes.

Foi interrogada já duas vezes, dada como suspeita de evasão fiscal sobre o dinheiro encontrado na rusga, com fontes anónimas do Ministério do Interior a revelarem para os mediacontrolados pelo Estado que Ksenia declarou nos últimos dois anos rendimentos que pouco ultrapassaram os 200 mil dólares. Ela nega estas acusações, frisa que há vários anos que declara rendimentos entre um e dois milhões de euros e mantém que as suas contas "estão limpas"."Seja a prisão ou o exílio, [as autoridades] estão decididas a silenciar-me", denunciou Ksenia numa entrevista ao New York Times. 

Na mesma manhã em que o seu apartamento foi vasculhado, as casas de outros líderes da oposição foram também objecto de buscas, mas os observadores entendem que ela é que era "o alvo" da operação. "A única pessoa que Putin quis castigar naquele dia foi Ksenia Sobtchak. Não foi uma coisa política. Foi pessoal. Putin não conhece os outros líderes dos protestos e, por isso, não tem razão nenhuma para se sentir ofendido por eles. Mas parece acreditar que tem razões para se sentir ofendido com Ksenia Sobtchak", defendeu o analista político Stanislav Belkovski, no diário Moskovski Komsomolets.

Putin não está de facto a dar nenhuns sinais de misericórdia para com a filha do seu antigo professor de Direito e mentor político, e, sustentam os kremlinlogistas, dificilmente o fará. Para Putin, que se mostrara relativamente tolerante com a oposição até à tomada de posse, Ksenia cometeu o maior crime possível: é uma aliada que o traiu.

O Presidente, observou a jovem numa entrevista ao Moscow Times, "é o tipo de pessoa que divide os outros entre os que estão com ele e os que estão contra ele. Respeito-o muito, por tudo o que fez antes pela Rússia, mas creio que ele acha que eu deixei de "estar com ele" e, agora, estou a sentir as consequências. E não há nada que eu possa fazer agora. A máquina da repressão neste país só pode ser iniciada, jamais parada – nem mesmo por Putin".

O que mais distingue Ksenia Sobtchak e o que a faz ser amada e odiada é o sucesso como apresentadora de alguns dos mais polémicos e mais populares programas de entretenimento na televisão nacional russa: desde o Top Model Po-Russki, inspirado no programa de moda da americana Tyra Banks, ao Dom-2, um reality show que, segundo um crítico britânico de televisão, "consegue fazer o Big Brother parecer um modelo de bom gosto e humanidade". Alguns deputados fizeram mesmo uma petição para acabar com aquele programa e acusaram Ksenia de "proxenetismo".

Ela, obreira única da sua imagem pública, revelou-se nos últimos meses envergonhada com o passado recente e chegou a lamentar não poder romper o contrato que a ligava àquele programa. Já não precisa de o fazer: acabou por ser despedida de todos os contratos na televisão nacional após o raide policial à sua casa.

Era já, entretanto, também uma das grandes estrelas do canal de cabo e Internet TV-Rain, onde tem dois programas políticos: o magazine Sobtchak Live, em que apanha políticos "em flagrante" (como o antigo líder da organização de juventude pró-Putin Vasili Iakemenko a almoçar num restaurante de luxo, ou a ministra da Agricultura com uma mala Hermès Birkin de 25 mil dólares no braço) e o talk show Gosdep-2 ao qual o embaixador norte-americano, recém-chegado a Moscovo, se ofereceu prontamente a ir para "desmistificar alguns mitos".

Este último programa chegou a estar na televisão nacional, no canal que é a versão russa da MTV, mas acabou cancelado logo após o primeiro episódio, em Fevereiro, no qual Ksenia entrevistou o popular oposicionista Alexei Navalni.

Para muitas das figuras de topo da oposição russa – uma elite também, como nos tempos soviéticos, mas intelectual –, Ksenia Sobtchak ainda não mereceu um lugar entre eles, apesar de ter já mostrado estar disposta a usar todos os seus recursos. Muitos já a instaram a "distanciar-se" do movimento de contestação no país que ganhou fôlego com as eleições legislativas de Dezembro, vencidas pelo partido de Putin e denunciadas pela oposição como fraudulentas."Percebo os receios que têm. Vêem em mim uma ameaça, temem que eu dê má imagem à oposição. E talvez tenham razão... Mas não posso mudar o que fiz no passado", nota Ksenia ao New York Times. Nem o percurso de celebridade da televisão, nem o de socialite escandalosa, nos anos que se seguiram à morte do pai, em que abandonou os estudos de Ciência Política.

O blogger russo Anton Nossik, um dos mais influentes no país, sublinha que a jovem Sobtchak não deve ser subestimada: "Aquilo que ela está a fazer pode vir a relevar-se muito mais importante do que o que é feito por qualquer outro opositor. Putin tem os poderes do Kremlin, claro. Mas ela tem algo que ele não tem: os fãs".

E domina com mestria o instrumento mais poderoso da oposição russa: a Internet, que na Rússia tem 66 milhões de utilizadores por dia, a maior população web de um país em toda a Europa, e constitui o grande refúgio da kreativni class (a classe criativa), a geração que entrou na idade adulta na primeira década do século XXI. Os vídeos que Ksenia protagonizou em paródia à campanha presidencial de Putin - onde aparece a elogiar o regime com as mãos atadas e uma arma apontada à cabeça por um homem encapuzado - foram vistos na web mais de dois milhões de vezes.

Diz que o "ponto sem retorno", o momento em que o sentimento de lealdade ao regime se quebrou e se converteu à oposição, foi o anúncio feito em Outubro por Putin e Medvedev de que iriam voltar a trocar papéis. Foi isto que a fez abraçar o combate às "falhas do regime": a perpetuação no poder, a corrupção, o estado de polícia, a ausência de liberdade de imprensa.

"Eu tenho dinheiro, os shows na televisão, sou popular. Mas a certa altura pensei que tudo aquilo era apenas para mim própria. Estou envolvida em alguns projectos de beneficência, mas isso não chega, só serve para ganhar mais popularidade. E quando os protestos começaram a surgir vi que tinha finalmente uma oportunidade para pôr toda a minha popularidade ao serviço da causa certa. Sou a única líder da oposição que pode falar para uma audiência de massas", defende Ksenia em entrevista à revista Harper"s Bazar.

Mas não quer que a vejam como política, diz não ter tais ambições, "pelo menos para já", e pede que não a descrevam como "revolucionária". "Nem me retratem como uma espécie de cavalo de Tróia, por favor", pediu ao New York Times. "Sou jornalista de política", afirma. "Idealmente uma jornalista com uma carreira que seja como a de Larry King. Sei que é difícil imaginar alguém que apresentou um programa de moda e é capaz também de ter discussões sobre política. Mas é disso mesmo que tenho orgulho: ser a Tyra Banks é bom e ser o Larry King é bom, mas melhor ainda que tudo isso é ser a Tyra Banks e o Larry King ao mesmo tempo.


* A promiscuidade entre a comunicação social e o poder político não dá bom resultado, Portugal já tem alguns exemplos.
Agora na Rússia fia mais fino, porque enfrentar o ex-director do KGB, eleito "democráticamente" para presidente do país, mesmo que seja personagem do show bizz, dá direito a umas amolgadelas.

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