03/12/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Bancos precisam de 474 milhões 
para prevenir perdas 
na construção e imobiliário 

Os bancos portugueses necessitam de reforçar até final do ano em 474 milhões de euros as provisões para imparidades ligadas aos setores da construção e do imobiliário, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. 

Este montante é cerca de metade do total de 861 milhões de euros que o supervisor identificou que os bancos precisavam a 30 de junho, data que serviu de base ao programa de inspeções à exposição que as principais instituições financeiras têm aos setores da construção e promoção imobiliária.

 No entanto, explicou o Banco de Portugal (BdP), a 30 de setembro os bancos já tinham coberto "parte das necessidades de reforço de imparidade identificadas, reduzindo o seu montante de 861 milhões de euros para 474 milhões de euros". O reforço terá de ser feito até 31 de dezembro.

O supervisor bancário disse ainda em comunicado que estas necessidades de reforço não comprometem "o umprimento do mínimo regulamentar de 10%" de rácio de capital 'core tier 1' (a medida mais exigente para avaliar a solvabilidade de um banco), que os bancos têm de cumprir até final deste ano.

A operação levada a cabo pelo BdP e duas empresas de auditoria (PricewaterhouseCoopers e Ernst&Young) envolveu os oito principais grupos bancários a operar em Portugal: BCP, Banco BPI, Caixa Geral de Depósitos (CBG), Montepio, Santander Totta, Crédito Agrícola e ainda as 'holdings' que detêm o BES (Espírito Santo Financial Group) e o Banif (Rentipar Financeira).

Nestes oito grupos bancários, as exposições aos setores da construção e imobiliário era de 69 mil milhões de euros, sendo 61% aos setores da construção e promoção imobiliária e 39% de entidades relacionados com empresas destes setores, o que representa cerca de 40% do segmento empresarial.
Deste total, a inspeção do BdP usou uma amostra de 2.856 entidades (56% da população), numa exposição de 39 mil milhões de euros.

* Engraçado...e os bancos que não precisavam de dinheiro.

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