11/12/2012

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 HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS

Ex-funcionárias de lar ilegal confirmam denúncias de maus tratos 

Ex-funcionárias do Lar Idoso 24, em Azeitão, Setúbal, estiveram no local, esta terça-feira, e confirmaram as denúncias de más condições e maus tratos aos utentes.
O JN encontrou, ao início da tarde, várias ex-funcionárias em frente ao Lar Idoso 24, mandado encerrar com caráter imediato na sequência de uma inspeção feita por elementos da Segurança Social e da Direção Regional de Saúde de Setúbal. 

As ex-funcionárias confirmam as denúncias de más condições da habitação onde funcionava um lar ilegal desde janeiro e os maus tratos aos cerca de 20 utentes. "Os idosos eram mal alimentados, praticamente à base de sopas, e passavam muito frio, a roupa era insuficiente", contou Maria dos Anjos, que deixou de trabalhar no lar a 30 de novembro. 

"A única sobremesa eram laranjas apanhadas diretamente no quintal e com muito açúcar para disfarçar a acidez", acrescenta.
Também Tânia Silva, que saiu em julho após dois meses de trabalho no local, confessa que ficou em "choque "com tudo o que viu e acusa o proprietário do lar, Carlos Prado, de lhe ter ficado a dever 750 euros e a ter ameaçado caso revelasse algo publicamente.
Em declarações aos jornalistas, Carlos Prado negou que os idosos fossem vítimas de maus tratos, mal alimentados ou medicados em excesso para ficarem sedados. 

Amélia Raposo, ex-funcionária do lar e autora das denúncias, disse à agência Lusa que, de madrugada, foram retirados cinco idosos para um outro lar com o mesmo nome, na Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, no qual Carlos Prado também "tem participação" e onde "as condições ainda são piores".
De acordo com informações prestadas pelo Instituto da Segurança Social (ISS), o lar recebeu uma ordem de "encerramento administrativo" a 1 de outubro por ser ilegal, depois de uma fiscalização que detetou irregularidades que não colocavam "em risco a vida ou a integridade física dos idosos".

* A serem verdadeiras as denúncias feitas o dono do lar é um homem nojento, sem dignidade, merece ser preso.

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