19/11/2012

 .

HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Mota Soares: 
UE tem de estar atenta ao "enorme esforço" dos portugueses 

 O ministro da Solidariedade e Segurança Social afirmou hoje que a União Europeia tem de "estar atenta" ao "enorme esforço" que os portugueses têm feito nos últimos 18 meses para cumprirem as obrigações entre o Estado e a troika.
Um esforço enorme,
o "salto" duma vespa
para um Audi

 "Os portugueses têm feito um esforço extraordinário, têm sido exemplares no cumprimento de um memorando traçado com entidades externas", disse Pedro Mota Soares na Conferência Internacional sobre Envelhecimento e Inovação Social, que decorre na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Dirigindo-se ao comissário europeu para o Emprego, Inclusão e Assuntos Sociais, Lászlo Andor, presente na conferência, Mota Soares afirmou que a União Europeia "tem de estar atenta ao esforço dos países que tem feito um ajustamento de forma exemplar" e compreender o momento que os portugueses atravessam.

À margem da conferência, o ministro salientou o esforço que tem sido feito para reforçar a coesão social: "Num ano com um orçamento muito difícil, mesmo assim, foi possível encontrar verbas para reforçar um pouco o contributo para as instituições sociais que estão próximas das pessoas".

Segundo Pedro Mota Soares, o Estado gasta 1,2 mil milhões de euros na comparticipação de todas as respostas sociais, mas, afirmou, "o Estado sozinho teria de gastar muito mais sem chegar a uma resposta tão eficiente".

Pedro Mota Soares disse ainda que "o Governo foi sensível ao apelo dos partidos da maioria" e garantiu o mesmo nível contributivo para os trabalhadores independentes.

"A coesão social é o nosso maior activo e, exactamente por isso, o diálogo social tem de estabelecer pontes na concertação social", afirmou na conferência.

Na conferência, o comissário europeu Lászlo Andor reconheceu que Portugal "a passar por um momento difícil", reconhecendo que os esforços devido à crise "são complexos" e coincidem com mudanças demográficas na Europa, que passam por uma população mais envelhecida que apresenta mais desafios a nível laboral, dos serviços sociais e da saúde.

Para Lászlo Andor, é preciso garantir que as pessoas, à medida que envelhecem, possam continuar a contribuir para a sociedade.

"Precisamos de permanecer activos nas nossas comunidades", frisou o comissário europeu, defendendo a necessidade de promover uma política de envelhecimento activo que seja de inclusão, e não de exclusão, e que capacite, em vez de ser condescendente.

O comissário adiantou que o aumento da esperança de vida exige ajustamentos para garantir as pensões, sublinhando, contudo, que "a reforma das pensões é uma questão espinhosa. Muitas pessoas sentem que as reformas em curso lhes tiram direitos para os quais trabalharam arduamente".

* O esforço dos portugueses é directamente proporcional à incompetência governativa e perdulária, a partir dos governos do sr. Silva inclusive.
 .

Sem comentários: