08/11/2012

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Teodora Cardoso 
OE/13 ignora riscos do impacto 
da austeridade nas famílias 

 A presidente do Conselho das Finanças Públicas reitera que as previsões de Vítor Gaspar não incluem alguns riscos. Durante a audição na Comissão de Orçamento e Finanças, Teodora Cardoso voltou a frisar que o Orçamento do próximo ano comporta riscos significativos. O primeiro, considera, está desde logo ligado ao facto de a execução orçamental deste ano ainda não estar assegurada, porque uma eventual nova derrapagem terá consequências na execução do próximo ano.

 Mas a presidente do CFP critica sobretudo o facto de as previsões macroeconómicas e orçamentais do ministro das Finanças não incorporarem os riscos de um impacto excessivo da austeridade no bolso das famílias. "Há cada vez mais a constatação de que a expectativa de redução temporária do rendimento disponível começa a tornar-se, para muitas pessoas, uma expectativa de redução permanente", avisou, acrescentando que isso "afecta obviamente o consumo privado". "E não me parece que essas expectativas estejam consideradas nas previsões do Orçamento", concluiu.

Recorde-se que o parecer do CFP sobre o OE/13, divulgado ontem, considera que as previsões orçamentais são demasiado optimistas, por não incorporarem os riscos negativos que pairam sobre o país no próximo ano e que até são referidos de forma "exaustiva" no relatório do Orçamento.
Hoje, no Parlamento, Teodora Cardoso criticou ainda a forma como a despesa pública tem sido gerida nos últimos anos em Portugal, considerando que o sistema de gestão do Estado "não responsabiliza suficientemente os responsáveis" pelo descontrolo na despesa nos vários quadrantes das administrações públicas.

* Esta Senhora sabe o que diz e não tem medo de ninguém

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