06/11/2012

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 HOJE NO
"PÚBLICO"

Socialistas europeus admitem moção 
. de censura à Comissão Europeia 

O líder dos Socialistas Europeus admitiu esta terça-feira que o grupo apresente, no próximo ano, uma moção de censura à Comissão Europeia, caso Durão Barroso não mude de rumo na resposta à crise económica.

Num encontro com jornalistas em Bruxelas, Hannes Swoboda acusou o presidente da Comissão Europeia e o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, de serem os principais responsáveis pela falta de liderança política em Bruxelas na resposta à crise na zona euro. Por isso, admitem a apresentação de uma moção de censura na assembleia, apesar de esta ter uma maioria conservadora.

“Actualmente não temos maioria no Parlamento. Mas não excluo que, no próximo ano, caso a situação continue a degradar-se, e se [Durão] Barroso não mudar de rumo, apresentemos uma moção, contando com mais apoio” de outras bancadas, disse o líder parlamentar do grupo dos Socialistas Europeus.

Para Swoboda, Durão Barroso “é um líder europeu, ou devia ser, e devia lutar por algo”, mas considerou que tanto o presidente da Comissão Europeia, como o comissário limitam-se a seguir os acontecimentos e outros intervenientes. “Não digo que tudo o que [Durão Barroso] faz é errado. Ele tem lutado, por exemplo, por um orçamento forte. Mas isso não chega”, sustentou.

Swoboda acrescentou que, sobre o combate à crise, o presidente da Comissão Europeia “não parece estar convencido de que é necessária outra política”, quando os Socialistas Europeus defendem haver alternativas à austeridade.

Os Socialistas Europeus (grupo que inclui a delegação do PS) formam a segunda maior família política da assembleia, com 190 deputados, atrás do Partido Popular Europeu (que inclui as delegações do PSD e CDS-PP), que ocupa 270 assentos, e à frente dos Liberais, com 85 lugares.

O Parlamento Europeu tem o poder de aprovar uma moção de censura contra a Comissão Europeia no seu conjunto, por uma maioria de dois terços dos votos expressos, a qual deverá igualmente corresponder à maioria dos membros que o compõem.

* Os políticos estão num mundo à parte seja qual fôr a tendência política, que ninguém acredite, excepção feita aos escandinavos, que existem políticos na Europa imbuídos de espírito de missão, no que respeita a melhorar as condições de vida dos povos mais frágeis. Barroso, Merkel, Holande e todos os outros, juntamente com os donos do dinheiro, andam a tratar da vidinha,  capital, vaidades e honrarias e para disfarçar lançam migalhas, são mesmo migalhas, aos laparotos dos cidadãos europeus.
Só com uma varridela monumental, Islândia é exemplo, é que a Europa será autêntica na sua diversidade.

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