15/10/2012

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Crise pode aumentar prevalência 
de obesidade infantil 

“Entre 2007 e 2010 a prevalência da obesidade infantil diminuiu ligeiramente e isso é um factor positivo.

No entanto, a nossa maior preocupação são os anos de crise e o seu impacto na prevalência desta doença”, já que “encontramos sempre a maior prevalência de obesidade e de excesso de peso infantil nas famílias mais carenciadas”, garantiu Ana Rito, investigadora do Instituto Nacional Ricardo Jorge e coordenadora do novo programa MUN-SI: Promoção de Saúde Infantil em Municípios, apresentado esta segunda-feira, em Oeiras.

“Nos tempos que correm é muito normal que se potenciem os dois extremos da má nutrição: por um lado as crianças que passam fome e que podem agravar os casos de desnutrição, por outro, as crianças que eventualmente têm excesso de peso e obesidade. É nesta matéria que temos que intervir agora para que este problema não se propague, nem aumente”, acrescentou a investigadora.

 Por que combater a “epidemia do século XXI” é um “dever de todos” e uma” tarefa intersectorial”, o novo programa MUN-SI: Promoção de Saúde Infantil em Municípios, do qual fazem parte, por agora, 29 municípios, com 167 escolas, pretende dar às autarquias, agentes privilegiados pela proximidade com as suas comunidades, as ferramentas adequadas para a promoção de uma vida saudável. 
“Nós conseguimos perceber que há factores de sucesso no combate a esta questão e na promoção da saúde infantil. Percebemos que o município é de facto um agente muito importante porque conhece os seus cidadãos, o seu estilo de vida e pode identificar quais são os seus problemas. A nossa ideia é que através de apoios institucionais se consiga desenvolver um leque de actividades que vão de encontro às necessidades de cada município”, concluiu Ana Rito.
Uma dessas ferramentas é o Manual de Nutrição Alimentar, um guia prático constituído por fichas de actividades para crianças do 1º ciclo do ensino básico, que a partir de agora está disponível em qualquer livraria, uma vez que não se destina apenas aos professores, mas sim a toda a comunidade educativa.  
Segundo Isabel Leite, secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário presente na apresentação deste novo programa, “a educação alimentar tem sido uma das principais preocupações do Ministério da Educação e da Ciência, já que este tem vindo a trabalhar para melhorar os comportamentos alimentares dos alunos em ambiente escolar”, nomeadamente com a elaboração do documento ‘Oferta alimentar em meio escolar’ e do manual sobre alergias alimentares, cuja apresentação terá lugar na próxima terça-feira.
Já Fernando Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto do Ministério da Saúde, destacou a preocupação do governo em melhorar a saúde dos portugueses e sublinhou que a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde depende da redução da carga económica e social da diabetes, doença associada à obesidade.

* Portugal tem uma dieta tradicional mediterrânica, boa, o fast food tem três características maliciosas, boa aparência, sabor q.b. e baixo preço, ingredientes ideais para fomentar a obesidade infantil com a conivência parental, os pais não podem fingir que  desconhecem os malefícios do fast food.

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