10/10/2012

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HOJE NO
"A BOLA"

Guarda-redes treinam-se 
com bolas de… ténis! 

O treino de guarda-redes da Seleção de Moçambique pode ser considerado de muita coisa menos de monótono. E, do ponto de vista de quem vê, até pode ser bastante apelativo, como ver Kampango e Pinto a defenderem bolas de… ténis. 

Vítor Magaia, treinador de guarda-redes da Seleção, pega numa raquete e atira bolas para a baliza, onde os guarda-redes são colocados à prova. «O objetivo deste exercício é testar os reflexos. Ao diminuirmos o tamanho da bola estamos e exigir maior concentração e maior rapidez de decisão», comenta Vítor Magaia. Que, de quando em vez, utiliza bolas de voleibol e râguebi. «As bolas de futebol estão a ficar cada vez mais leves e, com isso, com trajetórias e efeitos penalizam muito os guarda-redes. Ora, as bolas de voleibol são mais leves e as de râguebi imprevisíveis. Uma vez mais, estamos a testar os reflexos dos guarda-redes», frisou. «Guarda-redes com instinto é guarda-redes morto» 

Vítor Magaia é ele próprio um ex-guarda-redes. Em Moçambique defendeu as cores de Maxaquene e Desportivo, pelo meio passou pelo Egito. E deixou de jogar aos… 30 anos. «Para um guarda-redes, 30 anos é a altura da maturação e tem ainda muitos anos pela frente. Mas eu, em especial depois de ter passado pelo Egito, perdi a motivação de decidi parar. Mas não deixei o futebol, já que, ainda como jogador, aproveitei para fazer formação no treino», revela, ele que é instrutor FIFA. Aos 33, preparada os guarda-redes da Seleção, ao mesmo tempo que treina o Cape Cape na segunda liga. 

E é dos que defende que o instinto, mais do que uma qualidade inata, é o fruto de muito treino. É a repetição e o teste permanente que permitem apurar esse instinto, o que o leva a defender os tais exercícios com bolas que não as do futebol. «Como costumo dizer, guarda-redes com instinto é guarda-redes morto», conta. Por isso, nada como treinar, treinar e treinar. E, já agora, treinar… 

Recorde-se que a Seleção moçambicana encontra-se em Portugal a estagiar, tendo em vista o jogo com Marrocos, no próximo sábado, em Marraquexe, encontro decisivo para o apuramento para o CAN de 2013, da África do Sul, depois de ter vencido em Maputom por 2-0. 

* Como não gostamos de ser treinadores de bancada aceitamos como lógica a explicação de Magaia.

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