24/10/2012

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Ministro da Saúde quer "diminuir os tempos de espera" para transplantes de órgãos e tecidos

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou hoje, em Coimbra, que "temos de fazer tudo para diminuir os tempos de espera" para transplantes de órgãos e tecidos, em Portugal.

"Temos consciência que há pessoas em espera, e temos de fazer tudo para diminuir os tempos de espera" e para que "estes venham a ser cada vez menores", sustentou o governante, que falava no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), numa sessão evocativa do primeiro transplante hepático efetuado há 20 anos, naquela cidade, por uma equipa liderada por Alexandre Linhares Furtado.
 "A nossa limitação reside na diminuição de dadores cadavéricos com condições para doar", sublinhou Paulo Macedo, reconhecendo, no entanto, que "também há problemas ao nível da colheita, que têm de ser corrigidos".

Há "assimetrias regionais" em relação à colheita de órgãos, disse o ministro, referindo que a região de Coimbra, com uma média de 39 dadores cadavéricos por milhão de habitantes, "está acima da média nacional" (28,1) e mesmo da média registada em Espanha, que é uma das mais elevadas da Europa.
Portugal, no entanto, "tem tido uma posição invejável nos que diz respeito à transplantação de órgãos e tecidos", apesar de, "nos últimos três/quatro anos, ter vindo a assistir a uma diminuição de transplantes".
O país "continua numa posição de destaque no panorama internacional", o que, todavia, não deve fazer com que "ignoremos que tem havido quebras", que "determinam o aumento do número de doentes que aguardam transplantação", defendeu Paulo Macedo.

Na sessão evocativa do 20.º aniversário do primeiro transplante hepático, realizado em Coimbra, depois de ter sido descerrada uma lápide alusiva à efeméride, na Unidade de Transplantação Hepática do CHUC, também intervieram Alexandre Linhares Furtado e o seu filho, o cirurgião Emanuel Furtado, o presidente do conselho de administração do CHUC, José Martins Nunes, e a primeira doente adulta e a primeira criança transplantadas por aquele serviço.

"As pessoas aqui transplantadas há 20 anos" e "a atividade deste hospital" são reflexo da "capacidade diferenciadora que temos" em Portugal, uma das circunstâncias que faz com que os hospitais não sejam apenas "locais de esperança -- os hospitais do nosso Serviço Nacional de Saúde são uma certeza", afirmou Paulo Macedo.

* É o único ministro deste governo que consideramos e se tiver hipóteses faz obra, pese a ligação forte que tem à banca com interesses em hospitais privados.

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