17/09/2012

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Discordou da medida da TSU, mas não
. bloqueou decisão de Passos 

Ministro disse que 'soube', da medida para baixar a TSU, teve 'uma opinião diferente', e defendeu 'outros caminhos'

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou ontem que discordou da medida da TSU e defendeu 'outros caminhos', explicando que não bloqueou a decisão para evitar uma crise nas negociações com a troika e uma 'crise de Governo', Confrontado com a participação do ministro do CDS-PP Pedro Mota Soares na preparação da medida, conforme revelou o primeiro-ministro, Paulo Portas respondeu que 'era o que faltava que houvesse greve de zelo dentro do Governo', 'Uma coisa é ter uma opinião, outra coisa é recusar uma função', acrescentou. 

O também ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros disse que 'soube', da medida para baixar a TSU às empresas suportada pelos trabalhadores, teve 'uma opinião diferente', e defendeu 'outros caminhos', 'Se me perguntam se eu bloqueei a decisão, não bloquei, pela simples razão de que fiquei inteiramente convencido que isso conduziria a uma crise nas negociações com a missão externa, a que se seguiria uma crise de Governo, um caos que levaria a desperdiçar todo o esforço já feito pelos portugueses', declarou. 'Eu não seria responsável por uma crise que considero trágica para Portugal', sublinhou. Portas diz que vira 'essa página, até porque, entretanto, muitas coisas aconteceram', e 'a proposta não está definida em todos os seus contornos', 

O líder do CDS desdramatizou as 'diferenças', dentro da coligação governativa, que disse serem ultrapassadas na procura do 'compromisso e do equilíbrio', tendo em conta 'que uns tiveram mais votos e outros tiveram menos', 'Os contratos que se assinam são contratos que se cumprem', afirmou, referindo-se à coligação com o PSD no Governo. 

O responsável democrata-cristão argumentou que 'é normal haver diferenças dentro de uma coligação, por isso é que uma coligação não é uma fusão', sendo que 'o essencial é perceber qual é a atitude cimeira das forças políticas que compõem uma coligação', 'A atitude essencial só pode ser uma: a procura do compromisso e do equilíbrio. E quando digo equilíbrio não desconheço que uns tiveram mais votos e outros tiveram menos votos', afirmou, referindo-se ao menor peso eleitoral do CDS-PP, que teve 12 por cento de votos nas eleições legislativas. 
A procura do compromisso é, assim, o que prevalece quando os partidos que compõem a coligação alteram as referências objetivas porque se regem, no caso o programa eleitoral. 'É evidente que, como a realidade evolui, os programas não são estáticos, mas sempre que for necessário avaliar uma alteração do programa, o nosso dever mútuo é sentarmo-nos à procura de um compromisso como quando nos sentámos quando foi feito o programa', disse. 'Eu acredito sinceramente que é esta a atitude que existe nos dois partidos que formam a maioria, para que Portugal tenha um Governo, faça as suas reformas, atravesse este caminho doloroso, mas no fim tenha um resultado', acrescentou. Pedido de Seguro é 'questão de calendário ' 

O presidente do CDS-PP defendeu ontem que é 'muito importante evitar a mera hipótese', de um chumbo do Tribunal Constitucional ao Orçamento, mas considerou uma 'questão de calendário', a antecipação da apresentação do documento pedida pelo PS. 'Eu acho muito importante evitar a mera hipótese de uma recusa do Tribunal Constitucional sobre documentos fundamentais. Agora, questões de calendário devem ser vistas no interior do Governo', afirmou Paulo Portas. 

O líder do CDS-PP falava depois de questionado sobre o pedido de António José Seguro para que o Governo antecipe em 15 dias a apresentação do Orçamento do Estado para 2013, para dar tempo ao Presidente da República e ao Tribunal Constitucional para o fiscalizarem em tempo útil. 

*  Mais uma acto traiçoeiro de Paulo Portas nas costas de um "amigo". Manuel Monteiro e Marcelo Rebelo de Sousa já tinham experimentado o fio da navalha, segue-se agora o neo-liberal Passos Coelho, não temos a certeza de que este governo viva até ao fim da legislatura, as exéquias  foram anunciadas por quem de direito.

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