07/06/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

 Abandono escolar precoce em Portugal 
é o terceiro mais elevado da UE 

 Portugal está longe de atingir o objetivo de reduzir para 10%, em 2020, a taxa de abandono escolar precoce, apresentando a terceira mais elevada, segundo dados divulgados esta quinta-feira, em Bruxelas, pela Comissão Europeia. 

A taxa de abandono escolar precoce em Portugal é, segundo dados de 2011, de 23,2%, sendo o terceiro Estado-membro com o pior indicador, depois de Malta (33,5%) e Espanha (26,5%), sendo a média europeia de 13,5%. Bruxelas nota, no entanto, que Portugal fez progressos na matéria, uma vez que a taxa era, em 2000, de 43,6% e, em 2020, de 28,7%. 

O abandono escolar precoce definido como a taxa de jovens entre os 18 e os 24 anos com habilitações secundárias, na melhor das hipóteses, que não seguem quaisquer ações de educação nem formação. Por outro lado, Portugal está também longe de cumprir outro objetivo para a educação traçado na estratégia Europa 2020, o de atingir mais de 40% de licenciados entre os 30 e os 34 anos, até 2020. 

Em 2011, a taxa de conclusão do ensino superior entre os 30-34 anos era, em Portugal, de 26,1%, sendo a média da União Europeia de 34,6%. Em 2000, nota a Comissão Europeia, a taxa era de 11,3% e, uma década depois, de 23,5%. O país está, neste indicador, no quarto pior lugar, depois da Eslovénia (37,9%), Letónia (35,7%), e Hungria (28,1%). "Os Estados-Membros devem concentrar-se nas reformas e intensificar os seus esforços para executar as estratégias globais de luta contra o abandono escolar precoce. 
Têm, em simultâneo, de fomentar o acesso ao ensino superior e aumentar a sua qualidade", disse a comissária para a Educação, Androulla Vassiliou. A estratégia Europa 2020 é uma súmula de objetivos a cumprir pelos Estados-membros, até 2020,em áreas como educação, emprego (uma taxa de 75% de emprego entre os 20 e os 64), alterações climáticas (reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 20 por cento, entre outras), e exclusão social (reduzir em pelo menos 20 milhões o número de pessoas em risco de exclusão social). 

* Há que digificar as famílias, apoiando as mais carenciadas, mas também responsabilizá-las pelo insucesso escolar das suas crianças e jovens.

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