23/05/2012

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ILHAS MALVINAS

As Ilhas Malvinas (em inglês Falkland Islands) são territórios britânicos ultramarinos no Atlântico Sul constituídos por duas ilhas principais e um número elevado de ilhas menores, situadas ao largo da costa da América do Sul, mais ou menos à latitude de Río Gallegos. Sua capital é a aldeia de Stanley.

 


 A soberania sobre as ilhas é reclamada pela Argentina. Em 1982, argentinos e britânicos travaram a Guerra das Malvinas pela posse do território. Apesar da vitória militar britânica no conflito, o governo argentino mantém a reivindicação de soberania até hoje.

 Etimologia 
O nome "Falklands" foi dado por John Strong em 1690, em homenagem ao Visconde de Falkand, nobre escocês, que era o patrocinador da sua expedição, enquanto o nome "Malvinas" deriva do nome francês Îles Malouines, dado em 1764 por Louis Antoine de Bougainville em referência à cidade francesa de Saint-Malo. 

História 
Acredita-se que o marinheiro holandês Sebald de Weert primeiro tenha avistado as ilhas Malvinas em 1600, porém britânicos e espanhóis defendem que seus próprios exploradores tenham descoberto a ilha. Alguns mapas mais antigos, especificamente os holandeses, usam o nome de "ilhas de Sebald". 

A história da exploração segue abaixo: 
- 1504: Américo Vespúcio (Florença ) 
- 1520: Esteban Gómez (Espanha , capitão de um dos navios da frota de Fernão de Magalhães, vê de longe umas ilhas que poderiam ser as Malvinas. 
-1540: Ferdinando Camargo (Espanha ) 
-1592: John Davis (Inglaterra) capitão do Desire, realiza uma suposta observação das ilhas. 
-1593: Richard Hawkins (Inglaterra)
-1598: Sebald de Weert (Países Baixos), na foto, avista as ilhas (é a primeira observação confirmada do arquipélago). 
-1684: Cowley & Dampier (Inglaterra) descobrem Pepys Island, rebatizada Geórgia do Sul por James Cook en 1775. -1690: John Strong (Inglaterra) realiza o primeiro desembarque nas ilhas batizando-as de Falklands, em homenagem ao sobrenome do patrocinador de sua expedição. 
-1701: Gouin de Beauchesne (França)) 
-1708: Roger Woodes (Grã-Bretanha) 
-1740: George Anson (Grã-Bretanha) 
-No século XVIII, em 1764, Louis Antoine de Bougainville fundou uma base naval em Port Louis (Malvinas Oriental). O francês chamou-a de Îles Malouines.
-Ignorando a presença francesa na ilha, em 1765, John Byron (britânico) estabeleceu uma base em Egmont (Malvina Ocidental). 
-Em 1766 a França vendeu sua base para a Espanha, que declara guerra à presença britânica nas ilhas, mas a disputa se acalmou no ano seguinte, decidindo-se que a parte oriental seria controlada pela Espanha e a parte ocidental pelos britânicos. 
-Em 1811, durante as lutas de independência na América do Sul, os espanhóis partem e abandonam as ilhas, que ficam totalmente abandonadas durante quase uma década. 
-Em 1820, a Argentina envia um mercenário dos EUA para reocupar as ilhas em nome do novo governo independente. Mas a ocupação das ilhas, na prática, só começou em 1827, quando a Argentina enviou colonos. A anteriormente francesa Port Louis é rebatizada como Puerto Soledad e em 1829 foi nomeado Luis María Vernet governador da ilha para colonizá-la. 
- Em 1831, Vernet apreendeu três baleeiros norte-americanos, o que causou uma operação comandada pelo Capitão Silas Duncan que destruiu as instalações de Puerto Soledad, na qual foram feitos prisioneiros que foram posteriormente entregues ao governo da Argentina. 
 - Em 2 de janeiro de 1833, veio a fragata britânica HMS Clio, comandada pelo capitão John James Onslow, na foto, que informou aos argentinos que o Império Britânico iria retomar a posse das ilhas. O Capitão José Maria Pinedo, considerando que não havia condições para resistência, embarcou seus homens e voltou para a Argentina. O Reino Unido coloniza as ilhas com escoceses, galeses e irlandeses. Puerto Soledad transforma-se em “Puerto Stanley”. Apesar da retomada da posse pelo Império Britânico em 1833, a Argentina manteve sua reivindicação. 
- Em 1966 um grupo nacionalista argentino seqüestra um DC4, pousa nas Malvinas e declara a reconquista das ilhas. O grupo é imediatamente desarmado pelas autoridades britânicas. 
- Essas tensões levaram a uma invasão argentina em 1982. O conflito ficou conhecido como a Guerra das Malvinas. Mais tarde as ilhas foram retomadas pelos britânicos. 

Guerra das Malvinas (alguns dados) 
A Guerra das Malvinas (em inglês Falklands War e em castelhano Guerra de las Malvinas) ou Guerra do Atlântico Sul ou ainda Guerra das Falklands foi um conflito armado entre a Argentina e o Reino Unido ocorrido nas Ilhas Malvinas (em inglês Falklands), Geórgia do Sul e Sandwich do Sul entre os dias 2 de abril e 14 de junho de 1982 pela soberania sobre estes arquipélagos austrais reinvindicados em 1833 e dominados a partir de então pelo Reino Unido. 
DITADOR GALTIERI

Porém, a Argentina reclamou como parte integral e indivisível de seu território, considerando que elas encontram "ocupadas ilegalmente por uma potência invasora" e as incluem como partes da província da Terra do Fogo, Antártica e Ilhas do Atlântico Sul. O saldo final da guerra foi a recuperação do arquipélago pelo Reino Unido e a morte de 649 soldados argentinos, 255 britânicos e 3 civis das ilhas. 
Na Argentina, a derrota no conflito fortaleceu a queda da Junta militar que governava o país e que havia sucedido as outras juntas militares instaladas através do golpe de Estado de 1976 e a restauração da democracia como forma de governo. 
Por outro lado, a vitória no confronto permitiu ao governo conservador de Margaret Thatcher obter a vitória nas eleições de 1983.  

Antecedentes 
As ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul são três arquipélagos situados no Oceano Atlântico, perto da costa argentina, que constituem um domínio colonial britânico desde 1833. Não obstante, desde a sua ocupação em 1690 foram motivos de conflito entre o Reino Unido, França e Espanha, e depois entre o Reino Unido e a Argentina, que se considera herdeira dos direitos espanhóis sobre estas ilhas. 
Neste período, surgiram diversas discussões para estabelecer uma ou outra soberania, que terminaram com a ocupação britânica de 1833. 
Só um destes arquipélagos, as ilhas Malvinas, tem uma população civil nativa permanente (chamados em inglês de kelpers). Geralmente de origem escocesa, esta população se considera a si mesma britânica e apoia o estado atual de soberania sobre estas ilhas. As outras duas estão ocupadas, essencialmente, por cientistas. 
Em 1965 a Argentina conseguiu que a ONU aprovasse a resolução 2065, qualificando a disputa como um problema colonial e convocando as partes para negociar uma solução; não obstante, as negociações ficaram infrutíferas durante os próximos dezessete anos. De todas as formas, as relações entre a Argentina, o Reino Unido e os habitantes das Ilhas até os finais da década de 1960 e o início da década de 1970 foram excelentes. Tanto assim, que durante grande parte dos anos anteriores à guerra, semanalmente operava uma ponte aérea entre a Argentina e Puerto Argentino/Port Stanley, da qual os insulares dependiam para provisão e assistência médica. Sendo que a pista de aterragem original de Puerto Argentino/Port Stanley (feita em alumínio) foi construída pela Força Aérea Argentina.  

A importância das ilhas 
Em outros tempos, nestas ilhas existiram importantes postos de caça de baleias, porém a prática provocou o desaparecimento de numerosas espécies de baleias nos mares austrais e fez com que a importância econômica dos três arquipélagos fosse reduzida. 

O interesse por elas obedece fundamentalmente a três causas: 
-Tanto a Argentina como o Reino Unido consideram que a soberania sobre estes territórios representa uma questão de orgulho e credibilidade nacional. 
 -O controlo deste arquipélago encerra uma posição estratégica ao seu ocupante sobre o cruzamento austral e o seu tráfego marítimo. 
- A recente notícia de exploração de petróleo por ingleses, próximo às Malvinas, pode indicar que os britânicos sabiam da existência de combustíveis fósseis na região. 

Argentina fez voos secretos para transportar armas durante guerra 
Para reforçar os stocks bélicos destinados à guerra, o governo militar utilizou a empresa Aerolíneas Argentinas para transportar armas e munições da Africa do Sul, Israel e Líbia em voos secretos e aeronaves civis modificadas
 Os militares argentinos utilizaram aviões comerciais modificados para buscar armas em Israel e na Líbia durante a Guerra das Malvinas, informa neste domingo o diário argentino Clarín. De acordo com o jornal, sete pilotos se arriscaram em voos sigilosos, com rádio e luzes desligadas e tentando fugir dos radares britânicos, que controlavam o Oceano Atlântico. 
Segundo o jornal, os pilotos argentinos Gezio Bresciani, Luis Cuniberti, Leopoldo Arias, Ramón Arce, Mario Bernard, Juan Carlos Ardalla e Jorge Prelooker, da companhia Aerolíneas Argentinas, foram os encarregados da operação, que consistiu em dois voos para Tel Aviv, em Israel, quatro para Trípoli, na Líbia, e um para a África do Sul, entre 7 de abril e 9 de junho de 1982. 
 O último voo, no entanto, teria sido cancelado em pleno trajeto por falta de acordo com um traficante de armas. Como as nações ocidentais, aliadas do Reino Unido, impuseram sanções ao governo argentino, o governo militar precisava realizar uma série de viagens a nações remotas em buscas de armas para o país. Em decorrência disso, os pilotos civis foram convocados para a missão: voar em aviões em que os assentos foram removidos para dar espaço a todos os tipos de armamentos e conviver com a ideia de que poderiam ser abatidos a qualquer momento se fossem identificados. 
"Quando alguém te diz que o seu país está em guerra e que podes ajudar de alguma forma, não se pensa muito. Nós sentíamos que tínhamos que ajudar", diz Bresciani. Contudo, as viagens não eram feitas apenas de riscos. Segundo o Clarín, os pilotos foram recebidos com pompa tanto em Israel quando na Líbia. "Ao chegar na Líbia, nos davam um livros de cor verde. Depois que eu vim a saber que era o Livro Verde de Kadafi. Estava em árabe e inglês", conta Leopoldo Arias. 
Apesar do caráter secreto das missões, os pilotos consideram que o mundo da aviação sabia do transporte de armas feito pelos aviões das Aerolíneas Argentina, mas os britânicos não podiam derrubar os aviões sem provas. "Se fôssemos derrubados, íamos ao fundo do mar e nunca poderiam confirmar que levávamos armas", diz Prelooker. "Além disso, teriam atacado aviões de linha com civis e desencadeado um escândalos internacional", especula o piloto argentino.  

A decisão de atacar 
A ditadura militar que governava a Argentina em 1982 tinha como parte significativa de seu apoio um exacerbado sentido de patriotismo. A questão das Malvinas ocupava um lugar central nesta estrutura ideológica. 

No início dos anos 1980, o modelo econômico da Junta militar se esgotou, com as consequentes tensões sociais: 90% de inflação anual, recessão profunda, interrupção de boa parte das atividades econômicas, banalização do IVA (imposto ao valor agregado), empobrecimento da classe média, grande aumento do endividamento externo das empresas e do Estado, salário real cada vez mais baixo, aumento da pobreza e de seus efeitos, etc. 
 A substituição do chefe da Junta Jorge Rafael Videla pelo general Roberto Viola e posteriormente pelo general Leopoldo Fortunato Galtieri é o indicativo desta crise econômica, social e política, e era o momento certo em que a decisão de recuperar as ilhas se põe em prática com o objetivo de recuperar o crédito perdido entre os setores sociais sensíveis a este discurso patriótico. 

Esta decisão se baseou em três características militares que, a princípio, pareciam certas: 
*A guarnição britânica nas ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul era reduzida, e a distância em relação à metrópole impedia a chegada de reforços a tempo. 
*A capacidade de guerra anfíbia do Reino Unido a meio mundo de distância não parecia estar à altura destas circunstâncias, apesar do seu grande poderio aeronaval. *Não parecia provável que o Reino Unido realizaria um contra-ataque em grande escala, afetando o território continental argentino — por exemplo, usando seus submarinos nucleares — por uma questão colonial sobre algumas ilhas remotas. 

Não obstante, a Junta não teve em conta os elementos geopolíticos e diplomáticos essenciais na hora de tomar tal decisão:
*Existiam numerosos conflitos fronteiriços no mundo. No contexto da Guerra Fria, não era provável que a comunidade internacional visse com bons olhos a ação violenta de um deles, pois isso poderia legitimar e, mesmo, desencadear várias guerras regionais nos cinco continentes.
 *No contexto da Guerra Fria, os Estados Unidos davam mais importância à OTAN, concebida diretamente para deter a URSS, que ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), mais orientado para conter o comunismo na América Latina e percebido como de interesse secundário por Washington. 
*Uma ditadura de extrema direita não poderia esperar apoio da URSS, nem de nenhum de seus países satélites ou daqueles por ela influenciados, nem tampouco da maior parte das democracias ocidentais, de onde as graves violações dos Direitos Humanos cometidas pela Junta Militar argentina já eram de domínio generalizado da opinião pública. 
* A Junta subestimou, aliás, as estreitas relações entre os Estados Unidos e o Reino Unido que transcendem o marco da OTAN. O Reino Unido é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, com direito a veto. 
*A Junta subestimou a importância que tem para a credibilidade do Reino Unido a manutenção dos territórios coloniais da Comunidade Britânica das Nações (Commonwealth). 1982 era um ano eleitoral no Reino Unido. Se em algum momento houvesse dúvida em dar resposta ou não a uma invasão, a proximidade dos comícios impediria que um fato humilhante como este fosse resolvido por meio de negociações. 
*Numa pesquisa realizada a poucos dias do início da guerra, 28% da população britânica declarou que «a questão das Malvinas» ia a ser o seu elemento fundamental de decisão de voto. 
*A Junta subestimou o potencial e a habilidade militar de que por vários séculos foi a Armada mais poderosa do mundo, e particularmente a capacidade de alguns de seus elementos substanciais. Com esta análise errônea, o Governo argentino articulou um plano para a recuperação militar dos três arquipélagos em disputa, chamado de Operação Rosário, cuja idealização foi obra do almirante Jorge Isaac Anaya, membro da Junta militar presidida por Galtieri, no final de 1981 e início de 1982. 

A recuperação das ilhas pela Argentina e a reação britânica 
A recuperação das ilhas Malvinas por parte das Forças Armadas Argentinas não foi uma ação brutal. 
 Geralmente respeitaram a população local, se bem que praticariam as correspondentes mudanças de topônimos por suas versões argentinas, adotaram o castelhano como língua oficial e, entre outras mudanças, modificaram o padrão de circulação de veículos para conduzi-los pela mão-direita em vez da esquerda. 

Num primeiro momento, a reação britânica foi essencialmente confusa. No dia 2 de abril, o diário The Times de Londres, ao final da primeira página e no início da segunda, perguntava como poderia ocorrer tal episódio já que os serviços secretos britânicos vinham captando as mensagens de telex da Embaixada Argentina nos últimos seis meses. 
O público do Reino Unido reagiu perante as imagens de alguns «soldados terceiro-mundistas» mostrando os seus compatriotas rendidos no solo, o que fez explodir na Argentina um verdadeiro sentimento patriótico que mudou a configuração política de seu país. 
ANTI-AÉREA ARGENTINA

 O governo de Margaret Thatcher estava então muito debilitado. Suas duras medidas econômicas de cunho neoliberal, então postas em prática, colocaram-no em confronto com amplas camadas da população britânica. Francis Pym, ministro de Relações Exteriores, não via com bons olhos um conflito com a Argentina pela posse das ilhas remotas do Atlântico Sul. Não obstante a tudo isto, no dia 3 de abril, o Reino Unido conseguiu que a ONU aprovasse a resolução 502, exigindo à Argentina a retirada de suas tropas dos arquipélagos ocupados como condição prévia para qualquer processo de negociação. O Reino Unido também rompeu todas as relações comerciais com a Argentina, e começou a buscar aliados diplomáticos com êxito muito maior que a Junta Argentina. 

Durante o conflito bélico, que causou a imediata ruptura das relações diplomáticas entre ambos os países, o Peru representou os interesses diplomáticos da Argentina no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e, por sua vez, a Suíça representou os interesses diplomáticos da Grã-Bretanha na Argentina. Assim, os diplomatas argentinos residentes em Londres se converteram em diplomatas peruanos de nacionalidade argentina, e os britânicos em Buenos Aires, como diplomatas suíços de nacionalidade britânica. Durante o transcurso do conflito, o adido do Serviço de Inteligência britânico à Embaixada peruana em Londres e a seus diplomatas foi tal que originou como resposta mensagens de distração. No dia 9 de Abril, a Grã-Bretanha obteve o pleno apoio da Comunidade Econômica Europeia (hoje União Europeia), da OTAN, da Comunidade Britânica das Nações (Commonwealth) e da ONU. Surgem propostas de paz por parte do Secretário Geral das Nações Unidas, o peruano Javier Pérez de Cuéllar, e do presidente peruano Fernando Belaúnde Terry. 

 Porém, no dia 30 de Março, quando se fez óbvio de que a invasão era um fato, o Governo britânico ordenou que o destróier HMS Antrim, seguido de outros dois navios de superfície e de três submarinos nucleares, se dirigissem à Geórgia do Sul para apoiar o HMS Endurance. O resto das unidades da marinha britânica foi posto em alerta de quatro horas. Alexander Haig, Secretário de Estado dos Estados Unidos, percorreu milhares de quilômetros tentando evitar a guerra entre seus dois aliados. Não teve êxito. A URSS, por sua parte, se dedicou a observar o decorrer dos acontecimentos com alegria dissimulada: dois aliados dos Estados Unidos, ambos com governos de direita — uma Monarquia Parlamentarista e uma ditadura —, se enfrentavam. Moscou estava consciente de que, cedo ou tarde, Washington teria que escolher um dos dois. 
HAIG E KISSINGER

Fazendo isto poderia romper a OTAN ou romper o TIAR. Qualquer das duas opções era benéfica aos soviéticos. Na prática, a neutralidade era impossível. No final do mês de Abril, o presidente norte-americano Ronald Reagan apoiou os britânicos. Ao fazê-lo descumpriu o TIAR, aplicável em casos de guerra, para favorecer a um membro da OTAN. Sua unilateralidade, em vez de manter a neutralidade por pertencer a dois tratados de defesa, lhe valeu o descrédito internacional por flagrante descumprimento dos tratados. Tanto a URSS como Cuba criticaram os Estados Unidos por este abandono do mais fraco, e Fidel Castro chegou a oferecer o seu apoio à Junta Militar argentina. 
JUNTA MILITAR

Existe uma visão dos fatos que considera que o Chile, por sua parte, ao optar por apoiar a Grã-Bretanha, descumpriu também seu compromisso com o TIAR , deixando um de seus postulados permanentes de política exterior na qual era a intangibilidade no cumprimento dos tratados internacionais. Este fato foi, segundo esta visão, o produto das relações muito estreitas cultivadas há anos com a Grã-Bretanha no âmbito da marinha, ao qual se agregam as relações especialmente delicadas entre a Argentina e o Chile, que chegaram em 1978 a uma situação pré-bélica por causa da questão do Canal de Beagle. É possível que o Chile, nas proximidades da guerra com a Argentina no Conflito de Beagle, tivera poucas opções e mais: exigir o cumprimento dos princípios de não-agressão baseado nas Nações Unidas e constatar que o TIAR descartava em seu "considerando" qualquer apoio a uma ditadura agressora. 
A partir deste ponto de vista, este novo ímpeto de recuperação da soberania argentina poderia chegar até as fronteiras chilenas reconhecidas pelo multilateral Laudo Arbitral de 1971-1978, porém a Argentina havia declarado nulo de forma unilateral. O Chile não poderia apoiar a Junta nesta agressão, pois mais tarde ela poderia voltar-se contra ele. Por esta razão, as relações entre o Chile e a Grã-Bretanha[7] evoluíram, transformaram-se em cooperação. Desde os últimos dias de Abril, o Reino Unido contou com todo este apoio diplomático, com a inteligência norte-americana via satélite, com as últimas versões dos armamentos norte-americanos AIM-9L Sidewinder, mísseis Stinger, etc e com dados tecnológicos essenciais do que se considerava —e que se demostraria— a arma mais perigosa dos argentinos: os mísseis antinavio Exocet de fabricação francesa. 

Há duas versões sobre a conduta dos mísseis Exocet: 
 1°) o Reino Unido obteve acesso aos códigos para desativá-los em fase operacional, salvo os introduzidos na república do Peru. 
2°) não obstante as detalhadas informações obtidas pelo construtor Aérospatiale sobre as características dos Exocet e especificamente sobre seu sistema de pontaria final (homing) ficaram inúteis: este míssil ficou mais perigoso do que se temia e em nenhum momento da guerra puderam estabelecer contramedidas eficazes contra ele. Não houve declaração oficial de guerra por nenhuma das duas partes; porém, conforme passava o mês de Abril, o mundo viu os dois países entrar em guerra. 

Reacçãp inglesa e colapso arentino 
No dia 11 de junho de 1982, ao anoitecer, as forças britânicas iniciam o assalto final sobre Puerto Argentino e de seus arredores. 
A Armada dos defensores permanece ancorada no porto, e sua aviação apenas dá o mais de si: foram perdidos dezenas de aviões e pilotos, o material está muito deteriorado pelas constantes operações e alcances, não tinham mais Exocets; apenas algum avião de transporte consegue lançar um ou dois containers protegido pela noite. O bombardeio de suas posições a partir do mar, do ar e da terra é contínuo. Circulam rumores sobre a eficácia e letalidade das tropas britânicas.
CRUZADOR ARGENTINO AFUNDA-SE
Os soldados recrutas que ainda defendem as Malvinas começam a perder o moral. O comando britânico considera que um ataque diurno é demasiadamente perigoso, e decidem proceder através dos montes que rodeiam a Puerto Argentino pela noite para não incorrer na mesma falha ocorrida em Goose Green. 
 Durante a noite do dia 11 ao dia 12, os Royal Marines britânicos tomam o monte Harriet através de um campo minado e sob intenso fogo de artilharia pesada. Após alguns dias de luta, no  dia 23, o comandante das forças britânicas Jeremy Moore chega no helicóptero a Puerto Argentino e conversa com Menéndez. Quando o primeiro mostra ao segundo os documentos de rendição, Menéndez declara de imediato a palavra «incondicional».  Faz uma breve continência e abaixa a mão, o general Mario Benjamín Menéndez se rende nas ilhas Malvinas ao general Jeremy J. Moore às 23h59min do dia 14 de Junho de 1982, sendo testesmunha o coronel Pennicott. 
SOLDADOS ARGENTINOS DESARMADOS
Os 8.000 soldados argentinos são desarmados e concentrados no aeroporto na qualidade de prisioneiros de guerra. O inverno austral esfria. Faz muito frio. No dia 15 de Junho de 1982, a bandeira colonial britânica é içada de novo no edifício do governo das ilhas Malvinas. Quando as notícias chegam a Buenos Aires, produz-se uma importantes manifestações populares que são reprimidas pela Junta, perdendo assim o pouco apoio que os ficava entre a população sensível a seu discurso nacionalista e patriótico. Durante o dia 15, o resto das unidades argentinas presentes no arquipélago entregam as suas armas. No dia 20, cinco navios britânicos fazem ato de presença nas ilhas Sandwich do Sul e a guarnição de Thule se rende sem luta. Todos os prisioneiros são repatriados durante o mês seguinte.  

As consequências 
Um quarto de século depois, a normalidade reina nas Ilhas Malvinas (Falkland Islands em inglês). 
 Para sua população, a guerra de 1982 não era mais do que uma funesta recordação. Não obstante, anos depois de firmadas todas as pazes, estreitadas todas as mãos e caídos todos os políticos que a protagonizaram, alguns indícios permitem observar que não se trata de mais um domínio colonial. A guarnição britânica no arquipélago é singularmente numerosa, as pistas do pequeno aeroporto adquiriram tamanhos típicos de um aeroporto internacional e um discreto dispositivo antiaéreo e naval varre apazivelmente mares e céus. Para o povo britânico e a opinião pública internacional, a «questão das Malvinas» está essencialmente resolvida.
CEMITÉRIO DE SOLDADOS ARGENTINOS
 Entre o povo argentino, por outro lado, perduram aqueles que seguem considerando que as Malvinas são, em justo direito, argentinas. Sem dúvida, não parece que este desejo pode conduzir de novo a uma guerra, ao menos em tempos próximos. A Guerra das Malvinas foi o primeiro conflito aeronaval moderno em que se enfrentaram armas de alta tecnologia. Foi um enfrentamento entre duas nações ocidentais, ambas aliadas dos Estados Unidos na Guerra Fria. Violaram tratados, cometeram excessos, houve guerras secretas paralelas. A Guerra das Malvinas teve consequências.  

Consequências militares 
A Guerra das Malvinas revelou que, em termos costeiros, a guerra aeronaval não havia mudado muita coisa desde a Segunda Guerra Mundial. A maioria dos navios afundados se perderam nas mãos de aviões realizando «rasantes» com bombas, foguetes e canhões. Tal fato afirmou a importância da implementação de poderosos meios de defesa antiaérea nos navios das próximas décadas. O míssil já era uma arma apreciada em 1982, porém, a partir desse momento adquiriu uma relevância enorme tanto em suas variantes, tanto aéreas, como de superficie. 
 Em particular, a letalidade demonstrada pelos Exocet, na luta antinavio, e pelos Sidewinder, em combate aéreo, influenciou decisivamente na mentalidade militar mundial. Todos os navios de guerra posteriores a 1982 levam algum tipo de defesa antimíssil. Se pôs em evidência que o conceito de «projeção de força» era especialmente válido, pois podem produzir conflitos imprevistos que não se liberam nas imediações do próprio território ou países aliados. 
 Ficou nitidamente demostrada a eficácia dos submarinos modernos na hora de conter uma frota inimiga. A carência de submarinos modernos por parte da Argentina, e sua grande disponibilidade por parte do Reino Unido, foi decisiva para conceder a este último o dominio marítimo na guerra. A vulnerabilidade dos navios britânicos frente aos ataques aéreos argentinos resultaram em um duro ensinamento, não só para o Reino Unido, mas também para quase todas as forças navais do mundo, que vieram a necessidade de modernizar os radares e as defesas contra mísseis de seus navios com novas proteções, como o sistema de defesa de área. Demostrou-se que caças modernos subsônicos com eletrônica de ponta e pilotos bem preparados (Harrier britânicos) eram superiores aos caças supersônicos de alta velocidade com uma eletrônica mais antiga e pilotos menos treinados (Mirage argentinos). 
 Os Harriers impuseram superioridade aérea no primeiro combate de caças a jato da América Latina. O conflito deixou as Forças Armadas Argentinas debilitadas em equipamento, pessoal e moral. Perdeu a supremacía na região e, com a perda de prestígio da cúpula militar, as verbas e gastos militares foram mais controlados nos anos seguintes. Mostrou-se claramente que a superioridade de treinamento dos recursos humanos é decisiva para a vitória. Foi o princípio do fim dos exércitos de recrutamento obrigatório, um processo de desaparecimento ainda em curso, e o crescimento dos exércitos profissionais altamente especializados.  

Consequências políticas e históricas  
Desde a Guerra das Malvinas, nenhuma nação ousou disputar uma grande potência por uma possesão colonial. A partir deste ponto de vista, o conflito contribuiu a um maior grau de estabilidade internacional, como também ao reforço de políticas neocoloniais que aspiram a modificar o statu quo por meios mais sutis. A guerra piorou ainda mais a situação econômica argentina, e significou um severo golpe para a moral do país, do que tardaria muito em recuperar-se. Leopoldo Galtieri caiu e teve que renunciar a presidência três dias após a derrota, sendo substituído por Alfredo Óscar Saint-Jean, que a sua vez foi suplantado duas semanas depois por Reynaldo Bignone. Porém, a Junta Militar estava ferida de morte. 
Um ano e meio depois, o último militar entregava o poder a Raúl Ricardo Alfonsín, primeiro presidente eleito democraticamente desde o golpe de Estado de 1976. A democratização da Argentina foi, talvez, a única consequência política positiva da Guerra das Malvinas. O setor da sociedade que antes havia apostado sempre nos militares para que consertassem as coisas quando estas iam mal, começou a pensar que eles careciam na realidade de habilidades políticas, com isso, a mentalidade golpista foi se dissolvendo na Argentina durante os anos seguintes. 
No Reino Unido, a vitória tirou o governo de Margaret Thatcher do atoleiro em que se encontrava por suas duras políticas sociais de porte neoliberal, e ganhou as eleiçoes de 1982 com a mais ampla maioria que havia tido um candidato desde 1935. Isto lhe permitiu enfrentar com muita força todos os conflitos, com o apoio de amplas camadas da população, derivados das políticas mencionadas que se produziram nos anos seguintes e continuar no poder até 1990. A Guerra das Malvinas significou na prática, o fim do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), pois o mais poderoso dos seus componentes, Estados Unidos, decidiu desonrá-lo de fato para aliar-se com a outra parte no conflito. Também significou um fracasso para a ONU e para a diplomacia de numerosas nações. Pelo contrário, a Guerra das Malvinas reforçou a «relação especial» entre os Estados Unidos e o Reino Unido, dando lugar a um atlantismo extremo que em tempos recentes havia significado profundas divisões no processo de construção da União Europeia. 
Não obstante, os Estados Unidos votaram em novembro de 1982 a favor de uma resolução das Nações Unidas, juntando as partes para renegociar o conflito. Por sua parte, o resto dos países da União Europeia declarou sanções à Argentina, enquanto a guerra terminou. Havia mais mísseis e fragatas para vender. Na atualidade, as relações entre a Argentina e o Reino Unido podem qualificar-se de regulares. Há um «parêntese de silêncio» sobre a questão malvinense. Em 1985, Londres concedeu aos habitantes o direito a autodeterminação; tendo em conta que estes são e se sentem britânicos em sua imensa maioria, não parece que isso significa grande coisa. Em 1990, se restabeleceram as relações diplomáticas entre ambos os países. Em 1999, foi retirada do aeroporto de Buenos Aires a placa «Las Malvinas son nuestras» (As Malvinas são Nossas). *Voltaram os voos regulares entre a Argentina e Puerto Argentino/Port Stanley (o que a grande quantidade de argentinos continua chamando de Puerto Argentino). Em 2001, o Primeiro Ministro britânico Tony Blair visitou oficialmente a Argentina. Os arquipélagos seguem nas mesmas mãos que estavam no dia anterior ao início do conflito. As relações bilaterais são igualmente cordiais. Graças à neutralidade do Brasil na guerra, a Argentina começou a deixar de ver o país vizinho como um potencial perigo bélico. Os centros de veteranos indicam que desde o fim da guerra, mais de 450 ex-soldados suicidaram-se por estarem mergulhados em profundo estado de depressão. Esse número é superior ao de soldados mortos em batalhas nas ilhas, que foram um total de 326; outros 323 morreram quando um submarino britânico torpedeou o cruzador General Belgrano. 

 Os segredos não contados 
Usualmente, os governos só vão manter secretas durante 25 ou 30 anos certas informações delicadas para a opinião pública. No caso das informações classificadas nas mãos do Estado britânico acerca da Guerra das Malvinas, uma vez finalizado o conflito, «o governo desse país decretou que sua publicação somente poderá realizar-se no ano 2082». Em 2005, no programa Informe Especial, veio à luz o apoio que o Chile prestou ao Reino Unido. 
 Um dos membros da Junta Militar do Chile, o general Fernando Matthei, afirmou que o Chile apoiou secretamente o Reino Unido e fez todo o possível para que a Argentina perdesse a guerra. Aviões britânicos com insígnias chilenas sobrevoavam a Patagônia chilena e usavam bases chilenas como centros de operações. Ademais, um grande número de soldados chilenos foram trasladados para o sul do Chile, alarmando a Argentina e fazendo com que as tropas argentinas se transferissem para essa zona. Se supôs que o Peru não somente apoiou diplomaticamente a Argentina, como também apoiou militarmente com ações de inteligência e os temíveis mísseis Exocet de fabricação francesa, apetrechos militares e remédios, aliás, o Peru mobilizou a sua frota naval ao sul, fronteira que compartilha com o Chile com o propósito de neutralizar o movimento militar Chileno à Patagonia, as forças armadas peruanas estavam postas para entrar em ação se o Chile tomasse parte do conflito. Peru foi um dos poucos aliados da Argentina que a apoiou abertamente durante o conflito. Arquivos secretos mostram que o governo brasileiro alertou os EUA que não aceitaria que tropas britânicas atacassem a região continental da Argentina durante a Guerra das Malvinas. O documento narra dois encontros em maio de 1982 entre os então presidentes do Brasil, general João Baptista Figueiredo, e dos EUA, Ronald Reagan, além do secretário de Estado dos EUA, Alexander Haig. a primeira conversa, no dia 11 de maio, na Blair House – a casa de hóspede oficial do presidente dos EUA, Figueiredo encontra-se apenas com Haig, numa preparação para a reunião presidencial, dois dias depois, com Reagan. Tanto ele quanto Haig lamentam que a disputa pelas Malvinas – que os britânicos chamam de Falklands – tenha se tornado um conflito militar e tentam operar como moderadores. Mas Figueiredo avisa que as consequências poderiam ser muito piores se os britânicos terminassem por combater em solo continental, em vez de apenas no Arquipélago das Malvinas. O general brasileiro dá a entender que essa situação não seria aceita na América do Sul e o Brasil poderia até mesmo se posicionar militarmente ao lado dos vizinhos. Segundo o documento, ao término do encontro, Haig perguntou a Figueiredo se “haveria algo que pudesse dizer ao presidente Ronald Reagan” como preparação para o encontro do dia seguinte. Segundo o relato do arquivo, “o presidente Figueiredo, em resposta, disse que só tinha uma preocupação, qual seja a do fato consumado de que a Inglaterra promova ação no continente, o que teria repercussões desastrosas na América do Sul”. O documento deixa claro que “o presidente Figueiredo assinalou a necessidade de que essa hipótese seja evitada a todo custo”. O receio brasileiro era que um ataque desse tipo, representando invasão de território sul-americano por um país europeu, provocasse forte reação popular contrária. 

A ameaça nuclear contra a Argentina 
Em Dezembro de 2005, apareceu o livro Rendez-vous : La psychanalyse de François Mitterrand (ISBN 2-02-029760-4), escrito por Ali Magoudi, que havia sido psicanalista do presidente francês François Mitterrand entre 1982 e 1993. 
 No livro, Magoudi afirma que o presidente francês havia revelado que, durante a guerra das Malvinas, a primeira ministra britânica, Margaret Thatcher, ameaçou lançar um ataque nuclear contra a Argentina se a França não cedesse os códigos de desativação dos mísseis Exocet que ela havia vendido à Argentina ("Que mulher mais terrível, esta Thatcher). Com seus quatro submarinos nucleares destacados no Atlântico Sul, ameaça lançar mísseis nucleares contra a Argentina, a menos que o proporcione com os códigos secretos que deixariam os mísseis que vendemos surdos e cegos aos argentinos"). Questionado sobre a veracidade da afirmação de Mitterrand, Magoudi insistiu em que todas as citações atribuídas a Mitterrand no livro são autênticas, porém não pode garantir a veracidade das afirmações do presidente. Dois anos antes da guerra, o Partido Trabalhista britânico inquiriu se o Reino Unido havia enviado um submarino à ilha de Ascensão como apoio para um ataque nuclear contra a cidade de Córdoba, em caso de a guerra ir mal. Os almirantes a cargo da Armada Real o negaram

Geografia  das ilhas
É um arquipélago formado por duas ilhas principais e aproximadamente outras 700 ilhas menores, situado no Atlântico Sul com todas as ilhas somando uma área total de 12 173 km². 
 Inclui em suas dependências os arquipélagos das Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e Ilhas Shetland do Sul. As duas ilhas principais são Soledad, a leste e Gran Malvina, a oeste, separadas pelo canal de San Carlos. O litoral é acidentado e o relevo montanhoso. Em Soledad, a ilha mais povoada, está localizada a capital, Port Stanley, onde vive mais da metade da população. O Monte Usborne com 705 metros de altitude, é o ponto mais alto das ilhas Malvinas, localizado na ilha de Soledad. Paisagem na Ilha Leste. A proximidade com a Antártica traz interesse estratégico para o arquipélago e suas dependências, tendo as Ilhas Malvinas cerca de um milhão de pinguins.
Clima e vegetação 
As temperaturas baixas comuns nas altas latitudes contribuem com um frio clima temperado marítimo. A temperatura média varia dos 8 °C no mês de janeiro aos 2 °C no mês de julho. As temperaturas mínimas absolutas do ano não descem a menos de -7 °C, enquanto as máximas absolutas quase nunca chegam aos 20 °C. 
Apesar de escassa, a neve pode ocorrer em qualquer época do ano, mas não se acumula sobre a superfície. Geralmente chove em mais da metade dos dias do ano (embora a pluviosidade média anual não ultrapasse os 680 mm, geralmente de chuva fraca e constante) e os ventos fortes são comuns. Com um clima naturalmente agravado com as intempéries próprias nessas latitudes (51 e 52 sul), o vento e frio, o ecossistema nas duas maiores ilhas, a Malvinas Oriental (Soledade) e Malvinas Ocidental (Grande Malvina) encontra-se comprometido pela ação do homem. 
A vegetação nativa nessas ilhas foi substituída para servir de pasto ao gado e a criação de ovelhas reais (um dos ícones da bandeira colonial britânica) e devido à ausência de uma vigilância sanitária autônoma para tratar com esse tipo de interferência, o praial de todas as ilhas encontra-se também totalmente tomado por pequenos roedores. 

Economia 
As maiores indústrias estão relacionadas com a pesca e a agricultura. 

Existe também relevantes criações de ovelhas (totalizando 600 000), extração de petróleo e gás natural. Os kelpers possuem a renda per capita mais elevada da América Latina: US$ 25 mil/ano. 

Transportes 
Existem 348 km de estradas nas Ilhas Malvinas, das que 83 km são pavimentados. 
FOX BAY
 Existem dois serviços de táxi em Port Stanley, meio de transporte que pode ser usado para andar na cidade ou nas áreas em redor. Existem dois portos nas Ilhas Malvinas: Port Stanley e Fox Bay.


 Demografia 
Os habitantes denominam-se "ilhéus", os estrangeiros chamam-nos frequentemente de "kelpers". 
PORT STANLEY
A palavra kelper é mais usada na Argentina com o significado de cidadãos de segunda-classe em referência à situação dos ilhéus antes de serem considerados cidadãos britânicos pelo Ato de Nacionalidade de 1983. A densidade demográfica está entre as menores do mundo. Os 3060 kelpers convivem com 1500 soldados britânicos da base de RAF Mount Pleasant. 

Turismo
As Ilhas Malvinas,  situada na costa da Argentina é o destino ideal para quem busca mistérios,  é um local em que você quase que pode observar a vida selvagem no seu habitat natural. É por isso e muito mais que as Ilhas Malvinas são o destino de muitos turistas.
Os turistas geralmente chegam até as Ilhas Malvinas através dos cruzeiros que atracam no Porto Stanley, que fica na capital das Ilhas Malvinas. Outra atração das Ilhas Malvinas é o por do sol, um espetáculo e  não importa a época do ano; não se esqueça de aproveitar esse momento.
As Ilhas Malvinas,  o local ideal para quem busca observar a vida marinha, principalmente os animais aquáticos como os leões-marinhos e golfinhos; não se esqueça de também olhar para o céu, já que os pássaros são um show a parte nas Ilhas Malvinas. Mas o destaque mesmo nas Ilhas Malvinas no quesito observação da vida animal são os pingüins; o melhor local para observá-los no oceano Atlântico.
E o passeio começa justamente pela capital das Ilhas Malvinas, Port Stanley uma cidade que ainda conserva seus ares e jeitos de cidade inglesa; sempre bem cuidada, limpa e que tem como atração a sua catedral e o edifício do governo. Outro ponto curioso da cidade são os telhados das casas, cada um de uma cor diferente.
Para quem quiser ver os pingüins mais de perto, já que as Ilhas Malvinas são quase que uma extensão da Patagônia, é preciso ir até Gypsy Cove; uma área de preservação dos pingüins. Todo o percurso lá é feito a pé, justamente pra você observar a fauna do local. Os pingüins de lá estão acostumados as visitas dos homens, então eles não vão se assustar com a sua presença.
As temperaturas baixas comuns nas altas latitudes contribuem com um frio clima temperado marítimo. A temperatura média varia dos 8 °C no mês de janeiro aos 2 °C no mês de julho. As temperaturas mínimas absolutas do ano não descem a menos de -7 °C, enquanto as máximas absolutas quase nunca chegam aos 20 °C
As maiores atrações mesmo das Ilhas Malvinas são a natureza e o estilo de vida inglês das cidades. Há para se visitar todos os prédios públicos do local, como a casa governamental e até mesmo os correios é altamente pitoresco.
E para terminar a visita, nada melhor do que conhecer o museu do local que fica na Holdfast Road. Esse museu conta todas as histórias das Ilhas Malvinas e você ficará conhecendo todo o passado do local, desde a colonização até a guerra entre a Inglaterra e a Argentina pelo domínio das Ilhas Malvinas.
E não se esqueça de tirar uma bela foto do alto das Ilhas Malvinas. Para isso você terá que ir até o morro Kent; só lá você poderá ter uma exuberante vista das Ilhas Malvinas e se deliciar com o esplendido por do sol local.

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